“Família de Tim Maia Vence Processo por Uso Não Autorizado de Música pelo Corinthians”

Após um julgamento no Tribunal de Justiça de São Paulo, o Corinthians foi considerado responsável por utilizar a icônica música “Não quero dinheiro (Só quero amar)” de Tim Maia em comerciais durante o Campeonato Mundial de Clubes de 2012, sem a devida autorização.

Conforme a Rolling Stone Brasil, os herdeiros de Tim Maia, juntamente com a gravadora Warner Chappel, que detém os direitos da música, solicitaram uma indenização substancial pelo uso indevido. Embora o valor exato não tenha sido divulgado, a demanda é de R$4 milhões.

O tribunal considerou que o uso da faixa em uma campanha publicitária veiculada na televisão e na internet infringiu os direitos autorais. Além disso, a música também foi usada em estampas de camisetas usadas pelos jogadores, agregando valor econômico à exploração.

O clube alegou que o trecho da música utilizado fazia parte de uma paródia criada por torcedores e que o vídeo era uma produção da Rede Globo, tratando-se, portanto, de uma “mera paráfrase” que não necessitaria de autorização. No entanto, a corte não acolheu esse argumento, afirmando que a melodia conhecida foi mantida, juntamente com a letra original, o que configura a infração. O time de futebol pode recorrer da decisão.

Tim Maia (Foto: Divulgação) e Renato Augusto em jogo do Corinthians (Foto: Ricardo Moreira/Getty Images)

Djonga é acusado de violar direitos autorais por samplear música de Tim Maia

Recentemente, o rapper mineiro Djonga foi notificado judicialmente por violação de direitos autorais ao usar uma música de Tim Maia sem autorização.

De acordo com a Folha de São Paulo, a faixa “Contacto Com o Mundo Racional”, de Tim Maia, foi usada quase que integralmente na canção “Eterno”, interpretada pelo rapper em parceria com o Coyote Beatz, lançada em 2018 no álbum “O Menino que Queria Ser Deus”.

A reivindicação foi feita pelo ator Carmelo Maia, filho de Tim Maia. Ele afirmou que ficou surpreso ao saber sobre o uso da obra e fonograma de seu pai, e revelou que desde dezembro de 2020 vem tentado o acordo junto ao rapper: “Pasmifiquei porque não me pediram autorização”.

“Se ele não entender com bons olhos essa notificação, que é só um documento formal, a gente vai judicializar”, continuou.

O herdeiro de Tim Maia alegou que Djonga já faturou cerca de R$100 mil em direitos autorais sobre a faixa, e que a questão poderia ter sido resolvida há tempos da mesma forma que Anitta fez ao usar o sample de “Garota de Ipanema”, creditando desde o início Tom Jobim e Vinícius de Moraes: “Não é um comércio, não é só dinheiro. Poxa, é o meu pai”, afirmou à coluna.

Ainda de acordo com o portal, a defesa aponta que apenas em abril deste ano Tim Maia foi incluído nos créditos como coautor da música nas plataformas de streaming.

Por outro lado, a assessoria de Djonga disse que o artista está aberto às negociações para resolver o caso. Entretanto, o rapper está considerando a proposta para o acordo como “abusiva” uma vez que o herdeiro reivindica os direitos autorais e fonográficos de forma integral, tornando “uma divisão de fonograma fora de qualquer padrão seguido pelo mercado”.

“Samplear faz parte da cultura hip hop e, quando a música foi feita, o artista estava em outro momento de sua carreira. Não à toa, no momento atual, Djonga se dispôs a conversar a respeito”, disse a assessoria do artista.

 

Foto: Massao Goto Filho/ Folhapress – reprodução