Daniel Ek Revela Planos para ‘Uma Versão Muito Melhor do Spotify’ em Teleconferência de Resultados

O Spotify divulgou ontem seus resultados financeiros do segundo trimestre em uma teleconferência. Um dos pontos discutidos foi o crescimento de usuários ativos mensais (MAUs), que são pessoas que acessam o serviço pelo menos uma vez por mês. A empresa registrou 626 milhões de MAUs, um aumento de 14% em relação ao ano anterior, mas 5 milhões a menos do que o previsto.

Conforme o MusicAlly, o CEO Daniel Ek falou sobre duas iniciativas para aumentar os usuários da versão gratuita do Spotify. A primeira é melhorar o marketing, e a segunda é aprimorar a versão gratuita do aplicativo para aumentar o engajamento e a retenção, especialmente em mercados em desenvolvimento.

Ek também comentou sobre a disputa do Spotify com editoras nos EUA. Ele disse que os pagamentos às editoras continuam a crescer ano após ano, com recordes em 2023 e expectativas de superação em 2024.

Outro ponto discutido foi a introdução de um novo nível de serviço, que será mais caro e oferecerá recursos adicionais em comparação com a assinatura premium atual. Embora o lançamento ainda esteja sem data definida, Ek sugeriu que o novo plano pode custar entre US$17 e US$18 e proporcionará uma experiência aprimorada para os usuários mais exigentes.

Foto; reprodução

Spotify Enfrenta Ação Judicial por diminuir pagamento de royalties a compositores

No último mês, uma mudança na forma como o Spotify paga royalties mecânicos a compositores e editoras nos Estados Unidos provocou uma reação significativa na indústria musical. A alteração, que teve início em março deste ano, foi comunicada pela plataforma ao Mechanical Licensing Collective (MLC), organização responsável pela coleta de royalties mecânicos.

De acordo com o Music Business Worldwide, o Spotify começou a tratar seus planos Premium como “pacotes” que incluem 15 horas de audição de audiolivros, em vez de assinaturas de música “puras”. Isso permite ao Spotify pagar uma taxa de royalties menor, conforme um acordo de 2022 entre editoras musicais e serviços de streaming, supervisionado pelo Copyright Royalty Board (CRB).

Essa mudança, no entanto, gerou perdas significativas nos ganhos de compositores e editores. A Sony Music Publishing relatou uma redução de 20% nos royalties mecânicos recebidos, enquanto a MLC afirmou estar perdendo quase 50% dos royalties gerados pelas assinaturas Premium do Spotify.

Em resposta, a MLC entrou com uma ação judicial no tribunal federal dos EUA, exigindo que o Spotify recalculasse os royalties de acordo com o método anterior e pagasse a diferença devida. A MLC argumenta que o Spotify reduziu unilateralmente e ilegalmente os pagamentos ao caracterizar indevidamente o serviço como um “pacote”. Além disso, a MLC argumenta que não houve mudanças substanciais no serviço Premium que justificassem essa reclassificação e a subsequente redução dos royalties.

Conforme análise do portal, a MLC tem uma chance sólida de vencer no curto prazo. No entanto, a longo prazo, a organização pode enfrentar dificuldades em impedir que o Spotify continue a mudar suas ofertas de assinatura para incluir mais conteúdos e, assim, pagar menos royalties.

Este caso pode definir precedentes importantes para o futuro das relações entre plataformas de streaming e detentores de direitos musicais, impactando como os royalties serão calculados e pagos daqui para frente.

Spotify Revela Artistas do Programa RADAR 2024 na América Latina

O Spotify anunciou 12 artistas selecionados para o grupo RADAR 2024 na América Latina, sendo 10 mulheres entre os escolhidos. O programa global busca apoiar talentos emergentes, promovendo artistas de diversos países da região, como Brasil, México, Colômbia, Argentina, Venezuela e Peru.

De acordo com o streaming, os artistas do RADAR 2024 representam uma variedade de gêneros musicais originários da América Latina, incluindo quarteto argentino, música mexicana, funk brasileiro e reggaeton mexicano, além de pop, hip-hop, rock e R&B. O objetivo é impulsionar esses artistas para audiências locais, regionais e globais.

Este ano, o Spotify se uniu à Meta para oferecer orientação personalizada aos artistas RADAR, ajudando-os a desenvolver estratégias sociais no Instagram. Além disso, a parceria com a plataforma sesh proporcionará mentorias focadas no crescimento e retenção de suas bases de fãs.

Desde 2020, o RADAR já apoiou mais de 700 artistas de 183 países, incluindo nomes de sucesso como Peso Pluma, Blessd e Maria Becerra. A edição 2024 promete continuar essa tradição de revelar talentos que marcarão a música mundial.

Artistas do RADAR Brasil

**Os Garotin**: Trio de soul music do Rio de Janeiro formado por Anchietx, Leo Guima e Cupertino. Além do grupo, cada um tem carreiras individuais.
**MC NAHARA**: Uma das principais vozes femininas do funk brasileiro, conhecida por suas colaborações com grandes nomes como Djonga.
**Xamuel**: Rapper gaúcho de 18 anos que começou nas batalhas de rimas e se tornou um fenômeno nas redes sociais.

Artistas do RADAR México

**Choca**: Cantora de reggaeton da Cidade do México, conhecida por sua energia e crescimento no gênero.
**Delilah**: Jovem cantora de música mexicana que expressa suas emoções através de suas canções.
**The Warning**: Trio de irmãs de Monterrey que se destacam no rock, tendo tocado com bandas como Muse e Foo Fighters.

Artistas do RADAR Andinos

**Susana Cala**: Cantora e compositora de Bogotá que já escreveu para artistas renomados.
**Joaquina**: Cantora venezuelana-americana de 19 anos, destacando-se no Pop Latino.
**Greccia**: Cantora de Lima que mistura dream pop, música urbana alternativa e R&B.

Artistas do RADAR Al Sur

**Magui Olave**: Cantora de quarteto argentina com 4 álbuns de estúdio e vencedora do Prêmio Gardel 2021.
**Valentina Marquez**: Jovem de 24 anos que continua o legado do quarteto argentino de sua família.
**Eugenia Quevedo**: Artista de San Luis, conhecida por sua participação em programas de talentos e colaborações com artistas de sucesso.

 

Foto:  Divulgação/Spotify

 

Spotify restringe acesso gratuito às letras de músicas em possível impulso para assinaturas Premium

O Spotify iniciou uma nova tentativa para atrair mais usuários para seu serviço Premium, restringindo o acesso às letras de músicas em seu nível gratuito. Embora não tenha feito um anúncio oficial, a empresa confirmou ao TechCrunch que os recursos podem variar entre mercados e dispositivos, sugerindo que a mudança pode ser mais do que apenas um teste limitado.

De acordo com o Music Business Worldwide,  usuários insatisfeitos relataram no Reddit que encontraram mensagens indicando um limite de acesso às letras. Essa mudança segue indícios anteriores de testes de restrições de letras para usuários não pagantes, com o Spotify direcionando-os ao serviço Premium para acesso total.

Embora inicialmente chamado de teste, o Spotify abandonou essa terminologia, sugerindo uma implementação mais permanente. Especula-se que seja um movimento estratégico para atrair mais usuários para o nível pago, especialmente após o aumento de 15% no número de usuários pagantes no quarto trimestre de 2023, totalizando 236 milhões.

No entanto, a eficácia dessa estratégia permanece incerta, pois as letras estão disponíveis em plataformas alternativas, como Genius, Shazam da Apple ou Musixmatch, diminuindo o valor da oferta premium do Spotify.

 

Foto: Taner Muhlis Karaguzel/Shutterstock

Receitas de artistas brasileiros no Spotify quadruplicam desde 2018, atingindo R$1,2 bilhão em 2023

As receitas geradas por artistas brasileiros no Spotify mais que quadruplicaram desde 2018, alcançando um valor impressionante de R$1,2 bilhão em 2023. De acordo com Roberta Pate, líder de negócios do Spotify Brasil, o país experimentou um crescimento acima do esperado, com um aumento de 27% nas receitas em comparação com o ano anterior.

De acordo com o Uol , esse crescimento foi impulsionado pelo retorno das atividades musicais sem restrições causadas pela pandemia, resultando em um ano próspero para toda a indústria musical. Em 2023, o Spotify pagou US$ 9 bilhões à indústria musical globalmente, sendo que mais de 70% das receitas geradas por artistas brasileiros foram para artistas ou gravadoras independentes.

O aumento nas reproduções das músicas de artistas brasileiros na plataforma contribuiu para um ciclo positivo, aumentando a qualidade das entregas musicais e proporcionando mais recursos para novas produções. O Spotify repassa cerca de dois terços de sua receita para os detentores de direitos, sendo que 70% desse valor vai para artistas independentes.

Apesar dos resultados positivos em 2023, o Spotify enfrentou desafios em 2024, com demissões de colaboradores impactando suas operações. O CEO Daniel Ek destacou que a empresa não alcançou suas metas de lucratividade e crescimento de usuários ativos, apesar de registrar um lucro líquido de 197 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024. O número de usuários cresceu 19% em comparação anual, mas ficou abaixo das projeções dos analistas.

Em meio a esses desafios, o Spotify continua sendo uma plataforma vital para artistas brasileiros, proporcionando oportunidades de alcance global e contribuindo significativamente para o panorama musical do país.

 

Foto: Guetty Images

Esquema de roubo de composições abala mercado sertanejo

Um esquema de roubo de composições está causando agitação no mercado sertanejo do Brasil, o mais popular e lucrativo do país. Compositores afirmam que músicas inéditas, geralmente compartilhadas no meio artístico antes de serem oficialmente escolhidas por cantores, estão sendo publicadas por perfis falsos em plataformas de streaming.

Segundo o colunista Rodrigo Ortega da UOL, uma investigação encontrou uma rede de 209 falsos artistas no Spotify, que publicaram 444 guias de músicas. Essas faixas tiveram mais de 28,3 milhões de reproduções na plataforma, o que poderia render até R$332 mil aos perfis.

O prejuízo não se limita à perda de receita. Cada composição costuma ser vendida por cerca de R$15 mil, podendo render até R$1 milhão em direitos autorais se alcançar o topo das paradas nacionais.

Os compositores, desesperados, estão tentando derrubar as músicas dos perfis falsos, mas enfrentam dificuldades para obter resposta de seus representantes e do Spotify.

O problema se agrava com a aparição das músicas piratas nas plataformas, pois as composições perdem o status de inéditas, dificultando sua venda para grandes artistas, que geralmente exigem exclusividade.

A situação tem deixado os compositores inseguros e cautelosos ao enviar suas músicas para potenciais interessados. Eles suspeitam que haja pessoas infiltradas nos canais de compra e venda de música sertaneja.

Enquanto isso, empresas do setor e entidades ligadas aos direitos autorais cobram das plataformas de streaming melhores ferramentas para identificar e derrubar conteúdos irregulares. No entanto, ainda não há ações direcionadas especificamente para as guias sertanejas.

Imagem: Arte/UOL

Apple é multada em 1,8 bilhão de euros pela União Europeia por práticas anticoncorrenciais

A União Europeia determinou que a Apple pague uma multa superior a 1,8 bilhão de euros (aproximadamente R$10 bilhões) nesta segunda-feira (4). A decisão veio após reclamação feita pelo Spotify em 2019, alegando que a empresa norte-americana impedia o oferecimento de opções de pagamento fora da App Store para usuários de seus dispositivos.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a Comissão Europeia identificou que as restrições da Apple constituem condições comerciais injustas, argumento similar ao utilizado em um caso anterior envolvendo a empresa holandesa. A multa inicial foi aumentada em 1,8 bilhão de euros devido a danos não monetários causados pela conduta da Apple.

Margrethe Vestager, chefe antitruste da UE, afirmou que a empresa abusou de sua posição dominante no mercado de distribuição de aplicativos de streaming de música. A empresa sueca Spotify, maior beneficiária da decisão, não paga comissões à Apple, vendendo suas assinaturas em seu próprio site.

A ordem da UE para que a Apple remova as restrições da App Store coincide com as novas regras conhecidas como Digital Markets Act (DMA), que a empresa deverá cumprir a partir de 7 de março.

Apesar da multa significativa, esta representa apenas um quarto das multas aplicadas ao Google em casos anteriores. A Apple está buscando resolver outras investigações antitruste oferecendo-se para abrir seus sistemas de pagamento móvel para rivais.

Foto:  reprodução

Spotify Revela Pagamento de US$9 Bilhões à Indústria Musical em 2023

O Spotify anunciou recentemente que desembolsou uma quantia de US$9 bilhões à indústria musical em 2023. A plataforma de streaming destacou que esse montante triplicou nos últimos seis anos, totalizando US$48 bilhões até o momento.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a empresa reiterou seu compromisso de devolver à indústria 70% de cada dólar gerado pelo seu catálogo. No entanto, é importante ressaltar que os artistas recebem uma parcela menor após os detentores dos direitos autorais.

O modelo de negócios do Spotify é predominantemente baseado em assinaturas e taxas de publicidade. Recentemente, a empresa divulgou um aumento no número de usuários ativos mensais, alcançando a marca de 28 milhões no segundo trimestre de 2023, elevando o total para 602 milhões de usuários.

Apesar do aumento no pagamento à indústria musical, a distribuição da receita entre os artistas continua sendo objeto de debate, com muitos artistas recebendo uma parte ínfima da renda gerada pela plataforma.

Foto: Schutterstock

Músicas de Djavan, Gal Costa, Maria Bethânia e outros desaparecem do Spotify

No último domingo, usuários do Spotify notaram a ausência de faixas de renomados artistas brasileiros como Djavan, Gal Costa e Maria Bethânia, além da banda Plastic Ono, de John Lennon e Yoko Ono. As reclamações foram feitas no ex-twitter da plataforma.

Procurada para esclarecimentos pela Folha de S. Paulo, a equipe do Spotify informou que está investigando o ocorrido. Djavan, por meio de sua equipe, e a editora do artista, Luanda Records, estão em busca de respostas sobre a retirada das canções.

Os discos afetados, distribuídos pela Sony Music, continuam disponíveis em outros serviços de streaming como Amazon Music e Deezer. A Sony afirmou que irá investigar o caso e se manifestará se o problema envolver a gravadora.

Julian Lepick, consultor do mercado fonográfico, sugere que a retirada pode estar relacionada ao pagamento de direitos autorais, uma questão sensível na transição para o digital. Ele aponta que é comum ocorrerem disputas sobre royalties entre editoras, gravadoras e plataformas de streaming.

No caso específico de Djavan, álbuns como “Djavan” e “Meu lado” estão incompletos na plataforma, com várias músicas indisponíveis. Hits como “Oceano” e “Sina”, assim como faixas de Gal Costa e Roberto Carlos, também desapareceram.

A UBEM, União Brasileira de Editoras de Música, esclareceu que não tem responsabilidade pela exclusão das obras e que tomou medidas para restabelecer a disponibilização das músicas afetadas, assegurando os direitos autorais.

Até o momento, o Spotify não se pronunciou sobre a causa exata do problema, mas usuários aguardam ansiosamente a resolução para poderem acessar novamente as músicas dos artistas afetados.

 

Foto: divulgação

Escritório de Direitos Autorais Nos EUA Anuncia Auditorias em Plataformas de Streaming para garantir precisão nos Pagamentos de Royalties

Na quarta-feira (17 de janeiro), o Mechanical Licensing Collective (MLC), instituição sem fins lucrativos estabelecida pelo Music Modernization Act (MMA), anunciou sua intenção de auditar Provedores de Serviços Digitais (DSPs). O período de análise compreende os três primeiros anos de operação plena do MLC, de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2023.

De acordo com o Music Business Worldwide, cerca de 50 DSPs, incluindo gigantes como Spotify, SoundCloud e Apple Music, receberam notificações de auditoria. O MLC, designado pelo Escritório de Direitos Autorais dos Estados Unidos, tem a responsabilidade de gerenciar o licenciamento mecânico, coletando e distribuindo royalties a compositores e detentores de direitos autorais.

A instituição já distribuiu mais de US$1,5 bilhão em royalties desde sua criação. Além das auditorias, o MLC adota medidas rigorosas, incluindo análises automatizadas e manuais dos relatórios mensais de uso dos DSPs. Utiliza também o processo de registros de uso estabelecido pelo Copyright Office dos EUA para examinar detalhadamente aspectos específicos dos relatórios.

Caso uma auditoria revele pagamentos insuficientes, o MLC se compromete a distribuir integralmente os valores recuperados aos titulares de direitos afetados, sem deduções. A instituição promete manter os membros informados sobre os resultados das auditorias e destacar qualquer quantia recuperada nas declarações de royalties fornecidas.

foto: reprodução