Esquema de roubo de composições abala mercado sertanejo

Um esquema de roubo de composições está causando agitação no mercado sertanejo do Brasil, o mais popular e lucrativo do país. Compositores afirmam que músicas inéditas, geralmente compartilhadas no meio artístico antes de serem oficialmente escolhidas por cantores, estão sendo publicadas por perfis falsos em plataformas de streaming.

Segundo o colunista Rodrigo Ortega da UOL, uma investigação encontrou uma rede de 209 falsos artistas no Spotify, que publicaram 444 guias de músicas. Essas faixas tiveram mais de 28,3 milhões de reproduções na plataforma, o que poderia render até R$332 mil aos perfis.

O prejuízo não se limita à perda de receita. Cada composição costuma ser vendida por cerca de R$15 mil, podendo render até R$1 milhão em direitos autorais se alcançar o topo das paradas nacionais.

Os compositores, desesperados, estão tentando derrubar as músicas dos perfis falsos, mas enfrentam dificuldades para obter resposta de seus representantes e do Spotify.

O problema se agrava com a aparição das músicas piratas nas plataformas, pois as composições perdem o status de inéditas, dificultando sua venda para grandes artistas, que geralmente exigem exclusividade.

A situação tem deixado os compositores inseguros e cautelosos ao enviar suas músicas para potenciais interessados. Eles suspeitam que haja pessoas infiltradas nos canais de compra e venda de música sertaneja.

Enquanto isso, empresas do setor e entidades ligadas aos direitos autorais cobram das plataformas de streaming melhores ferramentas para identificar e derrubar conteúdos irregulares. No entanto, ainda não há ações direcionadas especificamente para as guias sertanejas.

Imagem: Arte/UOL

Sertanejo 2023: O Gênero Continua no Topo, com Destaque em 13 Estados Brasileiros

O sertanejo continua a ser o gênero musical mais ouvido em 2023, de acordo com a retrospectiva do Spotify. Em 13 estados, pelo menos três dos cinco artistas mais ouvidos na plataforma são do ritmo sertanejo.

Conforme O Globo, entre os estados que abraçaram intensamente o estilo, encontramos Acre, Roraima, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

No entanto, em contraste, três estados – Alagoas, Pernambuco e Rio de Janeiro – não têm nenhum representante do sertanejo entre os cinco artistas mais ouvidos. Nos estados nordestinos, o arrocha e o forró ganham destaque, com artistas como Felipe Amorim, Nadson o ferinha, Nattan e Wesley Safadão. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o trap e o funk são os protagonistas.

A diversidade musical reflete as preferências regionais, destacando que o Brasil é uma terra de ritmos variados.

OS 13 ESTADOS ONDE TRÊS DOS CINCO ARTISTAS MAIS OUVIDOS FORAM SERTANEJOS

  1. Acre
  2. Roraima
  3. Pará
  4. Rondônia
  5. Mato Grosso
  6. Mato Grosso do Sul
  7. Tocantins
  8. Goiás
  9. Minas Gerais
  10. Espírito Santo
  11. Paraná
  12. Santa Catarina
  13. Rio Grande do Sul

Foto: Divulgação TV Globo

Justiça condena sertaneja Paula Mattos por plágio

Recentemente, a sertaneja Paula Mattos e o cantor Pablo ‘da sofrência’ foram condenados por plagiar uma música. Conforme o Uol, o compositor Bruno Fontes iniciou o processo alegando que Pablo copiou um trecho de sua música “É sobre o seu abraço” (de 2012), na gravação da música “Sim (É só dizer que sim)” de 2014.

Em defesa, Pablo afirmou que foi apenas o intérprete da música, e que a responsabilidade da composição seria dos autores Paula Mattos e seu parceiro Renato Taveira dos Santos (também incluso no processo). O cantor disse ainda que agiu de boa-fé e que foi induzido ao erro.

Por outro lado, a defesa de Paula disse à Justiça que a cantora não conhecia o compositor Bruno, e que a alegação de plágio é “é absurda’. Além de não haver “correlação entre as melodias, as letras, os temas das canções e os seus roteiros”.

“As expressões que compõem o trecho objeto da alegação de reprodução integram inúmeras músicas de autoria de outros compositores, contudo, tal fato não induz à conclusão de que tenha a requerida [Paula] se apoderado e reproduzido das obras de terceiros”, afirmaram os advogados da compositora à Justiça.

Ainda de acordo como portal, apesar das defesas apresentadas, o juiz Seung Chul Kim decidiu favorecer as alegações de Bruno, e condenou os acusados ao pagamento de uma indenização de R$10 mil, e a exigência de correção sobre os créditos da letra. A decisão cabe recurso pelos músicos.

 

Foto: Paula Mattos /reprodução YouTube

EM ENTREVISTA, ZEZÉ DI CARMARGO FALA SOBRE COMO ERA MERCADO MUSICAL NA DÉCADA DE 1990

Em recente entrevista, o cantor Zezé Di Camargo revelou que nos anos 1990 chegou a assinar junto com seu irão Luciano, acordos que valiam até US$17 milhões.

Conforme noticiou otvfoco.com.br, durante uma entrevista ao colunista Léo Dias, o cantor Zezé Di Camargo contou detalhes de como era o mercado musical para as duplas sertanejas nos anos 1990.O cantor destacou que outras duplas como Leandro & Leonardo e Chitãozinho & Xororó abriram portas para que ele e seu irmão pudessem ser ouvidos em todo o Brasil:

“A música sertaneja naquela época não era tão comercial (…) O Leandro & Leonardo e Chitãozinho & Xororó foram realmente artistas que, antes de nós, estabeleceram uma valorização do mercado. Cantaram em casas de show grandiosas. As gravadoras passaram a respeitar as vendas de discos, valia quanto pesava”, disse Zezé ao jornalista.

Além disso, o sertanejo comentou que o primeiro contrato da dupla foi de R$2 milhões, e graças ao sucesso conseguiu pagar rapidamente tudo o que devia à gravadora.

“A gente já pagou esse contrato no primeiro disco. Era pra gente pagar com cinco discos ou número de faixas vendidas. O próximo contrato já foi de 8 milhões de dólares, o outro já foi de 7,5 milhões de dólares. Chegamos a fazer dois contratos de 8 milhões de dólares, um de 17 milhões de dólares, um de 6 milhões e um de 2 milhões”, expos Zezé.

Foto: Christian Gaul/VEJA

MAIARA E MARAISA SÃO PROIBIDAS DE USAR O NOME ‘AS PATROAS’ EM PROJETO COM MARÍLIA MENDONÇA

Na última sexta-feira (10), a dupla sertaneja Maiara e Maraisa recebeu uma liminar proibindo o uso da marca ‘As Patroas’, nome usado em seu último projeto em parceria com Marília Mendonça (1995-2021).

De acordo com o correio24horas.com.br, o processo foi iniciado pela cantora baiana Daisy Soares, que alegou ter registrado a marca ‘A Patroa’ no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) em 2017, para divulgar seu projeto que possui o objetivo de enaltecer o poder feminino, assim como a dupla em seu projeto.

Durante entrevista para o Globo, Daisy contou que antes de entrar na Justiça tentou contato com a WorkShow, empresa que cuida da carreira de Maiara e Maraisa, para buscar um acordo amigável, porém sem sucesso:

“Os diálogos foram interrompidos e os acionados passaram a incrementar a utilização da marca registrada da autora, inclusive com divulgação na mídia do Projeto Patroas, realizando apresentações musicais em formas de lives, disponibilizando músicas em diversas plataformas, comercializando bonés, camisetas, turnês, tudo a levar ao público a ideia de serem titulares da marca Patroas, com mesma fonte de logomarca e cor, estimulando o empoderamento feminino, nos moldes das bases da marca da autora”.

Na liminar, o juiz Argemiro de Azevedo Dutra, da 2ª Vara Empresarial de Salvador determinou a proibição do uso da marca pela dupla, sob multa de R$100 mil. A defesa de Maiara e Maraisa tem prazo de 15 dias úteis para fazer sua apresentação do caso, que cabe recurso.

Veja abaixo a publicação que Deisy fez em suas redes sociais após a repercussão do caso na mídia.

 

Foto: Podemos ver como grafia e cor usadas por Maiara e Maraísa, e Marília são parecidas com modelo original da marca — Divulgação

Virgin Music chega ao Brasil com foco no Sertanejo

Nesta segunda-feira (12) A Universal Music anunciou o lançamento da Virgin Music Label & Artist, com liderança de Miguel Cariello.

Conforme o Music Business Worldwide, a Virgin Music Label & Artist Services foi lançada em fevereiro deste ano como uma nova divisão global, a fim de atender artistas e gravadoras independentes, resgatando o espírito lendário da antiga gravadora Virgin Records, responsável por lançar álbuns de nomes como Genesis, Keith Richards, RBD, Janet Jackson, The Human League,  Simple Minds, Rolling Stones, Lenny Kravitz, The Smashing Pumpkins, Spice Girls e Daft Punk.

No Brasil, a gravadora chega sob a liderança de Miguel Cariello, que possui vasta experiência no mercado musical como gerente de marketing, produção e gestor de carreiras artísticas. Desde 2017 o executivo atuava como Diretor de Conteúdo da Universal Music Brasil.

Tudo indica que no país, a gravadora deve atuar com foco no sertanejo, já que a empresa fechou uma parceria com a WorkShow, um dos maiores players do mercado.

Durante o anúncio, Paulo lima, presidente da Universal Music Brasil, anunciou a dupla sertaneja Henrique & Juliano, como novos membros do casting da Virgin Music:

“Não há dúvidas de que estamos lançando um dos modelos de negócios mais extraordinários da história da indústria musical brasileira”, disse Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil. “Esta parceria revolucionária ajudará a estabelecer novos marcos expressivos entre os artistas e o público. Gostaria de agradecer e dar as boas-vindas aos talentosos executivos e as equipes que conduzirão esta parceria e agradecer à Work Show por acreditar em nossa visão estratégica desta aliança. Além disso, tenho enorme prazer em receber todos os artistas e, em especial, a dupla Henrique & Juliano, na família Virgin Music”.

Henrique & Juliano vem seguindo uma carreira consagrada no Sertanejo. A dupla acumula mais de 10 bilhões de visualizações e 13,2 milhões de assinantes em seu canal no YouTube. Com 5,5 milhões de ouvintes no Spotify, a dupla é influente também nas redes sociais. São mais de 10,2 milhões de seguidores no Instagram, 10 milhões no Facebook e 2,6 milhões no Twitter.

 

Foto: A dupla Henrique & Juliano junta-se à WorkShow como primeira contratação da Virgin./ reprodução

LEONARDO NEGA TER ENGANADO E HUMILHADO AUTOR DE “PENSE EM MIM”

Recentemente o cantor sertanejo Leonardo foi acusado de humilhar e enganar o compositor de “Pense em mim”, uma das músicas mais conhecidas de sua carreira.

Conforme o Uol, durante o processo aberto o cantor negou que humilhou o compositor Mário Soares. A defesa alega que o sertanejo é apenas o intérprete da música e todas as autorizações foram obtidas na época do lançamento pela gravadora e editora:

“No que tange aos direitos autorais, nada tem [o compositor] a reclamar com Leonardo, visto que ele não participou das tratativas e muito menos firmou qualquer contrato que determinou as remunerações”, declarou a defesa de Leonardo à Justiça.

Mário Soares afirma nunca ter sido remunerado de forma justa pelos direitos autorais da música, que só foi solicitada autorização apenas no álbum “Leandro e Leonardo Vol. 4”. Ele contou que foi pressionado a assinar contratos, mesmo sem conhecimento sobre os seus direitos. Além disso, o compositor declarou que se tornou apenas um coadjuvante da história e que por diversas vezes Leonardo tentou humilhá-lo:

“Sempre que se encontram, [Leonardo] pede o número de sua conta bancária, fazendo alusão de que está milionário e que Mário merece uma caixinha”, afirmou o advogado Alexandre Teixeira Moreira, representante do compositor durante audiência.

Para o advogado de Leonardo não há provas sobre as acusações apresentadas: “Onde comprova que Leonardo tenha praticado qualquer conduta vexatória contra ele ou a sua obra?”.

Mário está cobrando o valor de R$598,8 mil, considerando royalties e indenização. A ação segue sem julgamentos e envolve também as gravadoras.

 

Foto: Glaucon Fernandes – 26.jan.2019/Eleven – reprodução

Saída do sertanejo em paradas musicais é questão de recuo estratégico, diz empresário

Recentemente, publicamos aqui que o sertanejo pela primeira vez deixou o ranking das três mais tocadas no YouTube Charts Brasil. Barões da Pisadinha, Zé Vaqueiro e MC Don Juan se tornaram os artistas mais ouvidos no país.

O Youtube Charts Brasil tem sido importante para mensurar o mercado musical nacional, e desde sua criação o sertanejo sempre esteve na liderança com artistas como Marília Mendonça, Gusttavo Lima, Zé Neto & Cristiano e Henrique & Juliano.

O que poderia explicar a saída dos sertanejos do ranking nacional, principalmente durante a pandemia do coronavírus? Wander Oliveira, o empresário e dono do maior escritório de música sertaneja no Brasil, a Workshow, falou ao G1 sobre estratégias e posicionamento de mercado, adotados pelos artistas do gênero neste momento.

Em entrevista, o empresário explicou que os shows presenciais são cruciais para alavancar o gênero, e neste momento os artistas estão impedidos de se apresentar. O recuo estratégico nos lançamentos foi necessário:

“Depois que começou a pandemia, nós do sertanejo não lançamos mais nada, nada novo. Por posicionamento, a gente achou melhor ficar mais tranquilo. O próprio artista achou melhor dar um tempo e não lançar nada. A gente tem uma cultura de lançar muita coisa ao vivo, e não tivemos essa oportunidade”, explicou o empresário ao portal.

Apesar do recuo, Oliveira disse que está otimista e nos próximos meses os artistas devem voltar com os lançamentos: “O sertanejo faz muito show, e a gente está sem o show. Então por opção a gente parou de lançar. Vamos começar a lançar novamente agora. No mês de junho a gente começa a retomar o mercado. Em torno de uns três, quatro meses, o mercado volta à normalidade, porque com os novos lançamentos, a coisa volta ao que era antes”, disse Oliveira.

Alguns especialistas apontam a falta de renovação e inovação do estilo como outro motivo para a queda no sertanejo. Sobre isso, o empresário disse não considerar essa hipótese:

“Na verdade, o sertanejo se renova a cada dia. Não é uma falta de renovação. Se você for ver, não tem nenhum ritmo que tem tanto artista novo que acontece sempre. Até a própria renovação de ritmo mesmo. Não acredito que seja isso. Pra mim, na qualidade de pessoa que trabalha com sertanejo há anos, é somente a questão de lançamentos”.

“Se você pegar nas pesquisas, as pessoas estão muito mais em casa. E quando ela está em casa, ela consome muito mais a música e isso acaba passando mais rápido também. Com o não lançamento, as pessoas começam a enjoar mesmo. Vai ouvindo, ouvindo, dali a pouco ela nem aguenta mais ouvir aquela música”, concluiu o empresário.

 

Foto: Wander Oliveira entre artistas da Workshow  – Reprodução/Instagram

Ranking das mais tocadas nas rádios brasileiras em 2020 é composto por sertanejo e hits do passado

Nesta semana, a empresa de monitoramento, Crowley, divulgou o seu ranking de músicas mais tocadas nas rádios brasileiras em 2020. A grande surpresa, é que hits que marcaram gerações passadas continuam como os favoritos nas rádios.

De acordo com análise do G1, apesar do sertanejo dominar as rádios brasileiras, o pop-rock de artistas como Skank, Coldplay, U2 e Charlie Brown Jr continuam fazendo sucesso. Hits do pop como “Torn” da Natalie Imbruglia, lançado em 1997 e “Primeiros erros” do Capital Inicial, de 2000, ainda continuam entre os favoritos das rádios.

Houve uma grande diferença entre os hits dos serviços de streaming e a rádio. Enquanto ‘Com ou sem mim”, de Gustavo Mioto, foi a mais tocada de 2020 nas rádios, no Spotify a faixa ficou apenas na 25ª posição.

Essa discrepância e favorecimento do sertanejo, segundo o portal, vem acontecendo desde 2017, sendo influenciada pela faixa etária menos jovem e acordos diretos entre artistas e gravadoras com as rádios.

Em contrapartida, o funk continua sendo um dos gêneros menos tocados nas rádios, sendo muito menor do que no streaming.

Confira o TOP 10 das mais tocadas nas rádios brasileiras em 2020 no portal

Foto: o sertanejo Gustavo Mioto – Christopher Bueno/Divulgação

Ecad passa a cobrar taxas por direitos autorais em lives e produtores se irritam

Como já era de se esperar, o Ecad começou a regulamentar as taxas de direito autoral em lives. A notícia agradou compositores, mas nem tanto os produtores, segundo matéria publicada pelo G1.

Mediante a crise provocada pela pandemia do coronavírus, o mercado musical se voltou para a internet. Impedidos de fazer shows e festivais, artistas começaram a se apresentar em lives.

Com grande audiência, as lives ganharam patrocínio de marcas. Assim, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e a Ubem (União Brasileira de Editoras de Música) procuraram o YouTube para entender como funciona o processo remuneração neste formato de transmissão, principalmente para os compositores.

O YouTube alegou que já paga ao Ecad os direitos autorais devidos e que todos os patrocínios das lives são pagos diretamente aos produtores dos artistas, sem passar pela plataforma.

Desta maneira, as entidades chegaram a decisão de uma cobrança de taxas que somam 10% por direitos autorais das músicas tocadas nas lives patrocinadas no YouTube (5% para o Ecad e 5% para a Ubem). A cobrança se estende para as transmissões que também já aconteceram.

Ainda como parte da regra, não haverá cobrança em lives sem patrocínio ou renda. Além de um desconto de 50% em lives beneficentes para o mercado da música ou com verba que cubra só montagem e cachê.

A superintendente do Ecad, Isabel Amorim, conversou com o portal sobre as mudanças: “Nesse mundo novo das lives, se a gente não fosse em frente com essa cobrança, os compositores não receberiam nada, só os intérpretes”.

Isabel disse que a cobrança não será o bastante para recuperar a crise no mercado: “O Ecad recebe direitos por quase 6 mil shows por mês. Não tem tudo isso de live. A execução pública perdeu 50% de faturamento nos últimos meses. As lives não vão cobrir nem um pequeno percentual disso”, diz Isabel.

Diante das mudanças, alguns produtores de artistas do sertanejo e pagode, responsáveis pelas maiores lives no país, declararam ao portal que as medidas podem prejudicá-los:

“Achamos uma cobrança indevida, pois é nosso canal de divulgação. É injusto ele cobrar muitas vezes do próprio autor da música”, afirmou um produtor que não revelou sua identidade.

“A gente que corre atrás do patrocínio e eles querem uma fatia”, disse outro produtor de pagode sem identidade revelada.

Apesar da reação negativa por parte dos produtores, muitos compositores comemoraram a cobrança. Como a associação Procure Saber, representante de diversos autores da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Erasmo Carlos.

A presidente da associação e empresária de Caetano Veloso, Paula Lavigne, defendeu a nova norma: “É normal que esse tipo de novidade desperte algumas dúvidas, mas na verdade o pagamento ao Ecad dos direitos de execução pública pelas lives é devido”.

“O Ecad está cumprindo a sua obrigação de arrecadar em nome dos autores das músicas que são apresentadas nesses espetáculos ao vivo, que em muitos casos não foram compostas pelos artistas que estão se apresentando na plataforma”, afirmou Paula.

 

Foto: Reprodução

DicaMCT: FastForward Podcast: Produção Musical e processo criativo com Adriana Calcanhoto. OUÇA AQUI!