Entenda os motivos que levaram Taylor Swift a regravar seus primeiros álbuns

Parece que Taylor Swift descobriu um jeito de se vingar de seu ex-empresário Scooter Braun. Recentemente a cantora pop anunciou que regravou todas as músicas de seus seis primeiros álbuns.

Para quem não sabe, os direitos de gravação das músicas do início de carreira da Taylor Swift pertencia à Big Machine Label Group, que foi adquirida pelo ex-empresário Scooter Braun, em agosto de 2019. O catálogo foi avaliado na época por 300 milhões de dólares e desde então, foi vendido para um fundo de investimentos, deixando Swift apenas com o controle do autoral, mas não com relação às gravações.

Swift disse que ao regravar todas as músicas que foram adquiridas por Braun vai poder se sentir orgulhosa novamente e recuperar o controle de suas canções. Segundo a Veja, a primeira faixa dessas regravações, ‘Love Story’, já foi divulgada com o selo “Taylor’s Version”, alcançando a marca de 1,6 milhão de execuções no YouTube.

“Esta é a única maneira de recuperar o orgulho que já tive de ouvir as músicas dos meus primeiros seis álbuns e também de permitir que meus fãs ouçam esses álbuns sem o sentimento de culpa de beneficiarem o Scooter”, disse ela em suas redes sociais.

Conforme o repórter e colunista Felipe Branco Cruz analisa, este é o melhor momento para a cantora fazer tal projeto, uma vez que o mercado musical está praticamente parado por conta da pandemia, e Swift está com mais tempo para retornar ao estúdio. Caso contrário, seria muito mais fácil focar em recuperar suas receitas através de turnês internacionais e lançar novas músicas.

Somente no ano passado, a cantora lançou dois discos aclamados pela crítica e público, ‘Folklore’ e ‘Evermore’. Há rumores de que Swift deixou um terceiro disco gravado para ser lançado quando ela quiser. O que demonstra que ela está no auge de sua criatividade, carreira e com tempo de sobra para se dar ao luxo de regravar todo o seu catálogo antigo.

Ainda de acordo com Cruz, as regravações vieram para corrigir pequenas falhas, com um tom de voz mais “firme” e “assertivo”, bem diferente do que quando foram gravadas por uma artista ainda “imatura” e “em início da carreira”.

 

 

Foto: Kevin Winter/Getty Images

 

Taylor Swift se diz prejudicada pela venda de sua ex-gravadora para Scooter Braun

O que Taylor Swift mais temia aconteceu, sua antiga ex-gravadora foi vendida para o empresário Scooter Braun e junto com ela seus seis álbuns.

De acordo com o Music Business Worldwide, o empresário Scooter Braun adquiriu a gravadora Big Machine por cerca de $300 milhões, o acordo também incluir o catálogo de Taylor Swift.

A cantora publicou em seu Tumblr como se sentiu prejudicada após a notícia:

“Por anos, eu pedi, implorei para ter a chance de ser dona do meu próprio trabalho. Em vez disso, recebi a oportunidade de assinar de novo com a Big Machine Records e ‘merecer’ um álbum de cada vez, um para cada novo que eu entregasse. Não aceitei porque eu sabia que, assim que assinasse o contrato, Scott Borchetta [dono da Big Machine] venderia a gravadora e, assim, venderia eu e meu futuro. Tive que fazer a escolha excruciante de deixar para trás todo o meu passado. Músicas que escrevi no chão do meu quarto e vídeos com os quais eu sonhei e paguei com o dinheiro que ganhei tocando em bares, depois clubes, depois arenas, e então estádios”, afirmou a cantora.

“Alguns fatos curiosos sobre as notícias de hoje: eu soube da compra do meu trabalho por Scooter Braun conforme foi anunciado para o mundo. Tudo o que eu conseguia pensar era o bullying incessante e manipulador que recebi das mãos dele ao longo dos anos, como na vez em que Kim Kardashian orquestrou e gravou ilegalmente o trecho de uma ligação de telefone para ser vazada, e depois Scooter juntou seus clientes para fazer bullying comigo online (vejam a foto). Ou quando o cliente dele, Kanye West, organizou um videoclipe de ‘revenge porn’ que deixou meu corpo nu. Agora, Scooter tirou de mim o trabalho da minha vida inteira, o qual eu não recebi a oportunidade de comprar. Essencialmente, o meu legado musical está prestes a cair nas mãos de alguém que tentou destruí-lo”, continuou ela.

“Isso é o que acontece quando você assina um contrato aos 15 anos com alguém cujo termo ‘lealdade’ é, claramente, apenas um conceito contratual. E quando este homem diz que ‘música tem valor’, ele quer dizer que o valor é dado a homens que não tiveram crédito nenhum em criá-la. (…) Quando deixei o meu trabalho nas mãos de Scott, fiz em paz com o fato de que, eventualmente, ele o venderia. Mas nunca, nos meus piores pesadelos, eu imaginei que o comprador seria Scooter. Sempre que Scott Borchetta ouviu as palavras ‘Scooter Braun’ saírem dos meus lábios, foi quando eu estava chorando ou tentando não chorar. Ele sabia o que ele estava fazendo; os dois sabiam. Controlar uma mulher que não queria ser associada a eles. Perpetuamente. Isso significa para sempre“, desabafou Taylor.

A publicação da cantora gerou grande repercussão na mídia durante o domingo (30), ainda mais pela manifestação contrária por artistas como Justin Bieber, que chegou a publicar um texto em seu Instagram em apoio ao seu empresário: “Onde você estava querendo chegar publicando aquele texto? Me parece que era para conquistar simpatia. Você também sabia que, postando aquilo, os seus fãs fariam bullying com o Scooter.”, questionou o cantor pop.

Scott Borchetta, o dono da Big Machine Records decidiu se manifestar em meio a toda polêmica. No site da gravadora, o empresário disse que Taylor estava informada previamente sobre a venda e que teve, sim, a oportunidade de ser dona de seu catálogo musical.

Atualmente, Swift possui um contrato com a Universal Music.

Foto: Divulgação/MBW

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