Equipe de Bruno Mars Derruba Álbum inteiro de Rapper Brasileiro devido a Interpolação não autorizada

Na tarde de quarta-feira (26), o rapper paulista Shaodree revelou que seu álbum “Nova Wave PT.1” foi removido por completo das plataformas digitais após a equipe de Bruno Mars aplicar um “take down” devido ao uso indevido da música “Nothin’ On You” como uma interpolação em sua faixa “Essa vida não é pra mim”.

De acordo com o portal Rap Mais, em um vídeo nas redes sociais, Shaodree pediu ajuda aos veículos de mídia e a seus fãs, lamentando a ação tomada pela equipe do cantor norte-americano. Embora ele estivesse ciente de que poderia enfrentar algumas repercussões devido à homenagem feita na faixa em questão, o rapper enfatizou que é incomum que um álbum inteiro seja retirado de circulação devido ao uso de samples ou interpolações.

O álbum “Nova Wave PT.1” continha uma faixa muito importante para o rapper intitulada “Problemas no Backstage”, que ganhou destaque entre seu público por retratar a vida de um rapper do underground. Agora, o artista está trabalhando em conjunto com sua distribuidora, a Symphonic, para resolver a situação.

No Twitter, Shaodree revelou que até mesmo seu pai está se esforçando para ajudar de alguma forma, compartilhando uma captura de tela de um comentário que seu pai fez em uma postagem de Bruno Mars, pedindo ajuda aos fãs e à equipe do cantor para retirar o “take down”.

Foto: reprodução

Diddy volta atrás e diz que não paga R$25 mil por dia por usar sample de hit de Sting

Nesta semana, o rapper Diddy, voltou atrás em sua alegação anterior de que estava pagando a Sting US$5.000 (ou R$25k) por dia por samplear o hit “Every Breath You Take”.

De acordo com o Digital Music News, Diddy compartilhou na última semana, em seu perfil no Twitter, uma entrevista feita por Sting para o The Breakfast Club em 2018, revelandoque desembolsa US$5 mil diariamente para os royalties do cantor britânico, ao invés dos US$2 mil divulgados na entrevista.

Mas acontece que o rapper voltou atrás, e disse que estava “sendo brincalhão”: “Quero que vocês entendam que eu estava brincando”, disse o tweet de Diddy. “Eu e @OfficialSting somos amigos há muito tempo! Ele nunca me cobrou US$2 mil ou US$5 mil por dia por ‘Missing You’. Ele provavelmente ganha mais de US$5 mil por dia com uma das maiores canções da história.”

“Every Breath You Take” de Sting, lançada com sua banda The Police em 1983, foi sampleada por Diddy e Faith Evans em seu tributo de 1997 ao falecido rapper Notorious B.I.G., “I’ll Be Missing You”.

O portal enfatizou que o rapper supostamente não tinha uma permissão prévia de Sting para samplear a música. Entretanto, se Diddy tivesse pago a Sting $5.000 por dia para samplear a faixa, ele teria perdido quase $50 milhões. Ainda assim, o rapper sem dúvida, acabou pagando algum montante ao ex-líder do Police para continuar usando o sample, mas isso até agora não foi revelado.

 

foto: rReprodução_O rapper Diddy_Reckless Dream Photography CC by 2.0

 

Moises: o aplicativo que separa voz e instrumentos em músicas alcança 30 milhões de usuários

O aplicativo Moises, que fez um barulho em nossa comunidade em 2019 por sua capacidade de separar a voz e os instrumentos de uma música usando inteligência artificial, acaba de atingir a marca de 30 milhões de usuários registrados.

De acordo com o Music Business Worldwide, a plataforma arrecadou US$10,25 milhões em investimentos até o momento e tem sede tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

O criador do Moises, o brasileiro Geraldo Ramos, revelou que o projeto foi desenvolvido em sua própria casa em apenas uma semana. Desde então, o aplicativo se tornou popular entre DJs, que usam a ferramenta para criar beats e mashups, além de outros usuários que utilizam a plataforma para criar versões de karaokê que não existem oficialmente.

Embora a separação das pistas de uma música não seja perfeita, o sistema se aprimora a cada nova faixa enviada graças ao uso do aprendizado de máquina. Agora, o objetivo do Moises é se tornar o primeiro “AI-as-a-service criativo em áudio”, criando um kit de ferramentas personalizável que permita que outras plataformas e serviços construam seus próprios produtos centrados em IA.

Ramos acredita que a IA tem um valor complementar em todos os aspectos do ecossistema musical, desde os artistas até os proprietários de conteúdo e provedores de serviços. “Estamos entusiasmados com o fato de nosso produto ser algo que tanto músicos quanto criadores adoram”, disse ele sobre os rumos da plataforma.

 

MARK RONSON E DJ MADLIB SE UNIRAM À SPRITE PARA CRIAR SAMPLES TIRADOS DE SONS DE GARRAFAS PLÁSTICAS

O produtor musical Mark Ronson e o DJ Madlib se uniram a Coca-Cola para lançar uma campanha da Sprite, em incentivo à reciclagem e consumo sustentável.

Conforme explicou o thedrum.com, no novo projeto chamado de ‘Recycled Records’, Ronson e Madlib samplearam, distorceram e remixaram vários sons, vocais e ruídos tirados do processo de reciclagem de garrafas plásticas, como a de uma Sprite. Os sons criados foram inseridos em músicas reunidas em um EP.

“Um ótimo sample não precisa vir de outra música, só precisa fazer você se mexer. Seu ouvido é o seu maior trunfo quando se trata de encontrar sons únicos e juntá-los”, disse Madlib em um comunicado compartilhado com o The Drum. “O baque de uma garrafa de plástico passando por uma instalação de reciclagem é, à sua maneira, uma obra de arte.”

Alguns dos segredos para a criação dos samples foram revelados em um pequeno documentário abaixo, que também pode ser acessado no portal exclusivo da campanha. Além disso, NESTE SITE é possível criar sua própria batida com alguns sons disponibilizados.

“Sampling é o que meus heróis fizeram e agora se tornou parte integrante do meu próprio trabalho”, disse Ronson em um comunicado. “O processo criativo é repleto de acidentes felizes… os criadores descobrirão, você brinca com este pacote de batidas de um milhão de maneiras e nenhuma composição será a mesma. Agora é a vez dos fãs reciclarem os sons da própria reciclagem. Afinal, alguns dos sons mais inspiradores que podemos usar na criação musical são do nosso dia a dia.”

 

USAMPLE: UNIVERSAL LANÇA PLATAFORMA DE SAMPLES COM + DE 6000 MÚSICAS RARAS

A Universal Music lançou um serviço com um catálogo de 6.000 músicas para facilitar o uso de samples. De acordo com o portal Musicbusinessworlwide.com, a plataforma chamada ‘Usample’ possui canções que foram criadas para trilhas de TV e cinema, e raridades que datam do início dos anos 1960 e 1970.

O Usample também possui uma tecnologia de Inteligência Artificial capaz de isolar ou até mesmo remover partes, como vocais ou bateria. A plataforma tem uma função que busca uma trilha sonora semelhante a uma em que um usuário possa ter em mente e esteja procurando usar em seu trabalho.

“Usando a tecnologia de IA, o ‘Similarity Search’ ouve sua faixa de referência, analisa seus recursos de áudio e identifica faixas no catálogo da [Usample] que soam semelhantes”, informou o Usample.

Mas nem tudo é perfeito, já que a ferramenta só pode ser usada por artistas, compositores e editoras ligadas à Universal Music. Algo bem diferente do que é praticado por outras plataformas semelhantes e que já estão no mercado, onde qualquer criador pode licenciar sons de suas bibliotecas de faixas.

Com relação aos direitos das masters, a Universal Music garantiu que possui todas as licenças bem como os direitos de edição, o que garante mais segurança para todos que querem usar os samples. Entretanto, a major acrescentou que “embora toda a nossa música seja pré-aprovada, facilitando o licenciamento, nosso trabalho não é isento de royalties e deve ser liberado pela sua gravadora da maneira normal”.

 

Foto: @usample-Instagram

APPLE MUSIC USA SHAZAM PARA IDENTIFICAR REMIXES E PAGAR DIREITOS AUTORAIS À CRIADORES ORIGINAIS

Recentemente, a Apple Music anunciou que está usando a tecnologia do Shazam para identificar criadores em musicas remixadas por Djs, e com a novidade vai poder pagar devidamente os direitos autorais por estas músicas tocadas na plataforma.

Conforme o Music Business Worldwide, o processo de identificação das músicas remixadas envolveu uma série de parcerias com grandes gravadoras independentes, em conjunto com DJs, festivais, clubes e promotores.

A plataforma de streaming tem apostado muito em músicas com mixagens, já que atualmente cerca de 3 milhões de assinantes ouvem este estilo musical a cada mês.

Outra aposta para impulsionar o estilo musical foi a criação de uma categoria específica de músicas remixadas na interface da plataforma, permitindo que usuários busquem as músicas de forma mais prática.

O novo recurso deve aumentar a procura por djs na plataforma, como a produtora da Bélgica, Charlotte de Witt, que acabou de lançar mixes:

“Apple Music é a primeira plataforma que oferece mixagens onde há uma taxa justa para os artistas e para quem faz essas mixagens”.

Vale lembrar a Apple comprou o Shazam em 2018 por $400 milhões em 2018 e em 2020, ultrapassou 200 milhões de usuários ativos mensais em todo o mundo.

Djonga é acusado de violar direitos autorais por samplear música de Tim Maia

Recentemente, o rapper mineiro Djonga foi notificado judicialmente por violação de direitos autorais ao usar uma música de Tim Maia sem autorização.

De acordo com a Folha de São Paulo, a faixa “Contacto Com o Mundo Racional”, de Tim Maia, foi usada quase que integralmente na canção “Eterno”, interpretada pelo rapper em parceria com o Coyote Beatz, lançada em 2018 no álbum “O Menino que Queria Ser Deus”.

A reivindicação foi feita pelo ator Carmelo Maia, filho de Tim Maia. Ele afirmou que ficou surpreso ao saber sobre o uso da obra e fonograma de seu pai, e revelou que desde dezembro de 2020 vem tentado o acordo junto ao rapper: “Pasmifiquei porque não me pediram autorização”.

“Se ele não entender com bons olhos essa notificação, que é só um documento formal, a gente vai judicializar”, continuou.

O herdeiro de Tim Maia alegou que Djonga já faturou cerca de R$100 mil em direitos autorais sobre a faixa, e que a questão poderia ter sido resolvida há tempos da mesma forma que Anitta fez ao usar o sample de “Garota de Ipanema”, creditando desde o início Tom Jobim e Vinícius de Moraes: “Não é um comércio, não é só dinheiro. Poxa, é o meu pai”, afirmou à coluna.

Ainda de acordo com o portal, a defesa aponta que apenas em abril deste ano Tim Maia foi incluído nos créditos como coautor da música nas plataformas de streaming.

Por outro lado, a assessoria de Djonga disse que o artista está aberto às negociações para resolver o caso. Entretanto, o rapper está considerando a proposta para o acordo como “abusiva” uma vez que o herdeiro reivindica os direitos autorais e fonográficos de forma integral, tornando “uma divisão de fonograma fora de qualquer padrão seguido pelo mercado”.

“Samplear faz parte da cultura hip hop e, quando a música foi feita, o artista estava em outro momento de sua carreira. Não à toa, no momento atual, Djonga se dispôs a conversar a respeito”, disse a assessoria do artista.

 

Foto: Massao Goto Filho/ Folhapress – reprodução

CONHEÇA A FERRAMENTA CAPAZ DE SEPARAR MÚSICAS EM FAIXAS DE VOZ E INSTRUMENTOS

Um brasileiro criou uma ferramenta com inteligência artificial capaz de separar voz e instrumentos de uma música para facilitar a criação de samples e versões de karaokês.

De acordo como G1, o “Moises” – referência ao personagem bíblico que dividiu o Mar Vermelho – consegue separar os instrumentos a partir das frequências identificadas por um algoritmo que usa inteligência artificial.

A ferramenta está disponível gratuitamente e para usar, basta se cadastrar com o e-mail. É possível enviar a música em MP3 ou ainda por um link do Youtube.

O criador do Moises, Geraldo Ramos, é desenvolvedor de software e revelou que o projeto foi feito em uma semana, em sua casa.

“Muitos usuários cadastrados são DJs, que fazem beats ou mashups utilizando o sistema, mas também tem muita gente usando para fazer versões karaokê que não existem oficialmente. A separação das pistas da música não é perfeita, mas o resultado varia de acordo com a qualidade do material enviado e o sistema usa o aprendizado de máquina para se aprimorar a cada faixa nova enviada”, explica Geraldo.

Segundo Geraldo, a ideia surgiu a partir de um algoritmo de código aberto desenvolvido por pesquisadores do serviço de streaming de áudio Deezer, chamado Spleeter, e que permite fazer a separação dos instrumentos de uma música.

“O único problema é que [a ferramenta] não foi feita para ser usada por pessoas que não sejam da área de tecnologia, já que para funcionar, o usuário precisa instalar várias bibliotecas da linguagem de programação Python e outros programas. Com isso em mente, eu tive a ideia de criar um serviço simples que faz esse trabalho de processar os dados do algoritmo do Deezer remotamente, por meio da nuvem. O resultado foi esse projeto, feito em um fim de semana”, explica o desenvolvedor.

Apesar da facilidade, Geraldo lembrou que para utilizar o sistema o usuário deve ter autorização prévia dos autores das músicas.

 

Foto: Reprodução/Moises

Graças ao Kraftwerk, ‘sample’ de música precisará de autorização prévia

Nesta semana, a banda alemã Kraftwerk, “pioneira da música eletrônica”, saiu vitoriosa em um caso envolvendo questões direitos autorais e sample.

Segundo as informações do GLOBO, a banda Kraftwerk alegou que os produtores Moses Pelham e Martin Haas, usaram um sample de alguns segundos de sua música “Metall auf Metall”, em um rap do alemão Sabrina Setlur (“Nur Mir”).

O processo aberto desde 1999, favoreceu a banda por determinação de um tribunal europeu que concluiu que a reprodução de um sample de uma gravação deve ser autorizada previamente pelo produtor original.

A corte determinou ainda que “o uso de um sample modificado que não fosse reconhecível como o original poderia ser usado sem permissão, seguindo regras de “liberdade artística”, informou o portal.

Para o Financial Times, a decisão do Tribunal Europeu deve ter grande impacto no setor, pois cria uma base para que detentores de direitos autorais não permitam o uso sem autorização de trechos de suas gravações.

“Poderemos ver uma diferença no processo criativo musical, em especial em gêneros como hip hop, que usam muito o recurso do sample “, analisou Raffaella de Santis, associada do escritório de advocacia Harbottle & Lewis para o FT.

O Kraftwerk é considerada como a banda mais “sampleada” do mundo, com 736 trechos usados em outras obras, autorizadas ou não.

Foto: Foto: Jeff Mitchell / Reuters

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