ASSINATURAS PAGAS GERARAM US$10 BILHÕES EM RECEITAS DE MÚSICA GRAVADA PELA PRIMEIRA VEZ NOS EUA

A Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA, sigla em inglês) publicou hoje (9 de março) seu relatório anual sobre as receitas de música gravada nos EUA. Considerado o mais importe para os americanos, o relatório indicou que 2022 foi mais um ano de alta, com a geração de US$15,9 bilhões em receitas para a indústria.

Conforme analisado pelo musicbusinessworldwide.com, o streaming (incluindo assinaturas pagas, serviços com suporte de anúncios, rádio digital, plataformas de mídia social, aplicativos fitness e outros) gerou a maior parte dessa receita geral, crescendo 7,3% e quebrando um recorde de US$13,3 bilhões em receita. Isso que dizer que agora streaming representa 84% da receita total de música gravada nos EUA.

A análise dos dados da RIAA também revelou que as receitas chamadas de ‘varejo’ – que considerados os serviços de assinatura paga, como Spotify Premium e Apple Music – cresceram 8%, ultrapassando pela primeira vez a marca de US$10 bilhões anualmente. As receitas de assinatura paga representaram 77% das receitas totais de streaming, e quase dois terços das receitas totais.

As receitas com discos de vinil também foram um grande destaque chegando a marca de US$1,2 bilhão, um crescimento de 17,2%. Vale notar que 2022 foi o 16º ano consecutivo de crescimento do formato, que representou 71% das receitas físicas.

Foi também pela primeira vez, desde 1987, que os álbuns de vinil venderam mais que os CDs em unidades (foram 41 milhões contra 33 milhões). Após uma recuperação em 2021, em relação ao impacto da Covid em 2020, as receitas de CDs caíram 17,6%, e chegaram a US$483 milhões em 2022.

 

Gráfico:musicbusinesswordwide.com via RIAA

CISAC: ARRECADAÇÃO DE ROYALTIES NO DIGITAL ULTRAPASSA €3 BILHÕES GLOBALMENTE

Recentemente, a CISAC (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores) anunciou que a arrecadação de royalties de música se recuperou no ano passado no mundo todo, sendo o digital a principal fonte de renda dos criadores de música, em mais de 29 países.

De acordo com análise do relatório feita pelo musicweek.com, a arrecadação de royalties de música alcançou a marca de €8,48 bilhões globalmente, um aumento de 7,2%. Os EUA ficou em primeiro lugar entre os países mais arrecadadores, com um pouco mais de €2 bilhões (23,6% do total global) em receitas, seguido respectivamente por França, Japão, e Reino Unido.

Representando 36,1% da receita global de música, o digital se tornou a maior fonte de receitas, e pela primeira, vez ultrapassou €3 bilhões globalmente. O crescimento da receita digital de 27,5% foi quase o dobro do ano anterior, com as arrecadações digitais subindo 48,2%, acima do nível pré-pandemia.

Além disso, o digital também está sendo considerado como a principal fonte de renda entre os criadores de música em mais de 29 países. O crescimento do número de assinantes em plataformas de streaming, bem como a ampla variedade de plataformas e novos acordos de licenciamento, em particular com o TikTok e o YouTube, foram fatores que mais influenciam nesta questão.

O diretor-geral da CISAC, Gadi Oron, lembrou que esses resultados foram obtidos durante um período pandêmico, e por isso, o mercado musical anda possui grande potencial de crescimento: “Após a queda de 10% [em todo o repertório] experimentada em 2020, o retorno de nossas sociedades ao crescimento no ano passado é uma conquista impressionante. Tendo em mente que a receita de shows ao vivo e locais públicos era praticamente inexistente, a aceleração do licenciamento digital por muitos de nossos membros para compensar o declínio em outras áreas é uma verdadeira história de sucesso. A recuperação é apenas metade feita, no entanto. Há, sem dúvida, muito mais espaço para crescimento e, para isso, precisamos agregar mais valor aos trabalhos criativos no mercado digital e promover um ecossistema mais justo para os criadores.”

O presidente da CISAC, Bjorn Ulvaeus citou a importância de se manter os dados nas plataformas de streaming sempre atualizados, para que o dinheiro fique na mão de quem cria a música: “Os royalties digitais coletados pelas sociedades da CISAC estão crescendo de forma impressionante, mas o mundo do streaming ainda é um negócio inacabado quando se trata de garantir um ambiente justo para ganhar a vida. Muitos dos dados necessários para identificar e remunerar os criadores estão incompletos ou ausentes quando as obras são ingeridas em serviços de streaming. O resultado é muito dinheiro que fica na mesa quando deveria ir para os bolsos dos criadores”.

Marcelo Castello Branco, presidente do conselho do CISAC, observou que os preços das assinaturas de música precisam de um reajuste para que compositores possam ser remunerados justamente: “Valor justo e prazos justos são essenciais para não comprometer a remuneração dos titulares de direitos”, acrescentou.

RIAA 2022: Receita de música cresce 9% e chega a US$7,7 bilhões nos EUA

[RIAA 2022] Nesta quarta-feira, a Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA, sigla em inglês) publicou seu relatório anual contendo novos dados sobre o mercado da música nos EUA.

No relatório, a associação indicou que as receitas de música gravada no país cresceram 9% no primeiro semestre de 2022, e chegaram a US$7,7 bilhões.

Esse crescimento foi, mais uma vez estimulado pelo streaming, que ainda responde por 84% de todas as receitas de música, equivalendo a US$6,5 bilhões. Um aumento de 10% em comparação aos US$5,9 bilhões em 2021.

Continuando a tendência dos últimos anos, as assinaturas de serviços de streaming impulsionaram os aumentos nas receitas, representando 78% de todas as receitas de música. O número de assinantes de serviços pagos chegou a uma média de 90 milhões nos EUA, oito milhões a mais que o mesmo período em 2021.

Ainda falando sobre receitas no streaming, os serviços que são suportados por anúncios viram suas receitas aumentarem 16%, para US$871 milhões; enquanto as receitas de rádio digital e distribuições SoundExchange (de fonogramas) caíram ligeiramente (3%) para US$566 milhões.

VENDAS FÍSICAS

As vendas físicas estão em recuperação graças ao aumento de consumo de discos de vinil, que agora representam 73% destas receitas. Nos EUA as vendas de vinil cresceram 22% e chegaram a US$570 milhões. Enquanto isso, as vendas de CDs caíram apenas 2%, gerando US$200 milhões em pleno 2022.  No geral, as receitas de formatos físicos tiveram um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado, respondendo por US$781 milhões e 10% da receita geral.

DOWNLOADS

As receitas com downloads digitais caíram 19,1%, e ficaram na margem de US$256 milhões, ou 3% da receita geral de música gravada.

 

 

PUBLICIDADE EM PODCAST SUPERA A MARCA DE US$1BILHÃO DE DÓLARES NOS ESTADOS UNIDOS

Em recente relatório, o IAB US informou que a receita publicitária em podcasts atingiu, pela primeira vez, a marca de US$1,4 bilhão no mercado norte-americano. E os números devem crescer a cada ano.

De acordo com notícia publicada pelo Meio & Mensagem, mesmo que 2021 tenha sido um período difícil para muitos setores, os investimentos com publicidade em podcasts não pararam, e chegaram a crescer 35,4%, representando US$189,3 bilhões, contra US$139,8 bilhões em 2020.

Um dos principais motivos para o aumento das receitas no formato de audio foi a aceleração do mobile. Após três anos de desaceleração, o relatório informou que o mobile teve um crescimento de 37,4% (US$135,1 bilhões), enquanto o desktop atingiu US$54,2 bilhões.

Para se ter uma noção maior de como o podcast está movimentando o mercado de áudio, basta olhar para outro dado no relatório, onde mostra que as receitas em anúncios em no formato cresceram mais rápido do que a receita total da internet.

Enquanto o podcast apresentou um crescimento de 72% no ano passado, o digital ficou com 35,4% do digital. Ainda de acordo com análise do portal, espera-se que nos próximos anos, os podcasts conquistem números ainda mais surpreendentes, chegando a US$4 bilhões em 2024.

Para o Rodrigo Tigre, Country manager da Cisneros Interactive, o relatório só provou que o formato ainda tem muito potencial a ser explorado, principalmente no Brasil, um dos principais mercados:

“Por mais que não estejamos nos EUA e os números sejam diferentes aqui, nós temos potencial para acompanhar o crescimento norte-americano. Até porque, em número de audiência, já ultrapassamos o país e hoje somos o 3° maior consumidor de podcast do mundo”.

Além disso, Tigre mencionou a importância do uso estratégico das tecnologias existentes para que o público ouvinte do formato chegue até as marcas:

“Hoje, nós temos os programas e as tecnologias necessárias – como por exemplo a geolocalização que permite o mapeamento dos targets a nível estadual e municipal – para atingir de forma fácil, segura e eficaz o público-alvo desejado pela marca. O que nos falta é que o mercado veja, ou melhor, escute esse potencial.”, continuou o executivo para o portal.

 

Foto: Shutterstock

Estudo da IPFI mostra os hábitos de consumo de música no mundo

A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), lançou nesta manhã (21) o resultado de seu estudo “Engaging with Music 2021” para descobrir os hábitos de consumo de música no mundo.

Para chegar aos resultados, a organização entrevistou 43.000 usuários de internet, de 16 a 64 anos, em vários territórios ao redor do mundo, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e outros.

No geral, a pesquisa identificou que os fãs não estão apenas ouvindo mais música, mas também, aproveitando para descobrir novas experiências e maneiras de se envolverem.

Graças ao streaming, fãs podem ouvir o que quiserem. Conforme a pesquisa 68% dos entrevistaram disseram que usam o streaming para pesquisar músicas específicas, enquanto 62% ouviram playlists mais de uma vez por semana, em alguma plataforma de streaming.

Em todo o mundo, os fãs de música estão tendo maior acesso a diferentes gêneros. Além dos estilos de músicas mais populares, foram citados mais de 300 gêneros, como o gqom, o axé e até o hokkien. Isso reflete que o cenário musical está cada vez mais rico, diverso e competitivo.

A música está impulsionando novas formas de envolvimento, gerando inovações, como vídeos curtos em aplicativos como o Tiktok, transmissões ao vivo e em games. O estudo da IFPI afirmou que 68% do tempo dos usuários em aplicativos de vídeo curtos, foram gastos em consumo de vídeos musicais, com sincronização labial ou desafios de dança. Além disso, um em cada três (29%) usuários afirmou ter assistido a uma transmissão ao vivo de música, como um show, nos últimos 12 meses.

O tempo gasto ouvindo música aumentou, mas nem tanto. Usuários de internet estão consumindo em média 18,4 horas ouvindo música (contra 18 horas em 2019), ou seja, uma pessoa pode ouvir cerca de 368 faixas de três minutos por semana.

Durante a pandemia a música contribuiu para o bem-estar das pessoas, proporcionando conforto e cura para muitos, especialmente para os mais jovens. 87% dos entrevistados disseram que a música proporcionou diversão e felicidade durante este momento. Enquanto 68% dos jovens de 16-19 anos disseram que os lançamentos de seus artistas favoritos os ajudaram neste período.

Apesar do aumento do consumo de música, a disponibilidade de música não licenciada continua sendo um problema para o ecossistema musical e continua impactando sua evolução. Quase um em cada três (29%) pessoas disseram usar métodos ou plataformas que não licenciam músicas, e 14,4% usaram plataformas de mídia social não licenciadas para fins musicais.

A CEO da IFPI, Frances Moore, disse que o “Engaging with Music 2021” mostra como os fãs ao redor do mundo estão se conectando com os artistas e a música. Agora as gravadoras precisam trabalhar em conjunto com as plataformas para criar experiências e garantir que artistas recebam de forma justa por seus trabalhos:

“A liberdade das gravadoras de licenciar música para essas experiências novas e envolventes é crucial para o crescimento futuro de todo o ecossistema musical. Estamos fazendo campanha em todo o mundo para garantir que os governos implementem um ambiente justo no qual esses acordos comerciais possam ser feitos.”, concluiu a CEO.

HIP-HOP E R&B SÃO OS GÊNEROS MAIS OUVIDOS NOS ESTADOS UNIDOS EM 2020

Mais de um terço dos plays de áudio e vídeo on demand nos Estados Unidos, em 2020, foram de músicas gravadas por artistas de R&B e Hip-Hop.

A notícia foi dada nesta semana pelo MRC Data (antiga Nielsen Music) em parceria com a Billboard, como resultado de sua pesquisa sobre o mercado de streaming de música.

No total de streams de vídeo sob demanda, a categoria “R&B/Hip-hop” representou mais de um terço de todas as reproduções, com 33,9%. Com relação aos streams de áudio, o gênero ficou com 30,7% de todas as reproduções. Entre os streams de áudio e vídeo combinados, 31,1%.

Além do favoritismo, o gênero musical aumentou sua participação de mercado ao longo de 2020, representando 28,2% do consumo total equivalente ao álbum (vendas físicas, digitais e streaming).

Para a surpresa de muitos, o Rock ainda continua vivo ficando em segundo lugar entre os gêneros mais ouvidos, representando 16,3% dos plays em todos os formatos e à frente do POP com 13,1%. dos plays.

De acordo com o Music Business Worldwide, o volta do rock pode ter sido impulsionada pelo lançamento do ‘Queen’s Greatest Hits’, considerado o maior álbum de rock do ano, e pelo Greatest Hist de Elton John, ‘Diamonds’.

Abaixo confira como ficou a lista de participação de mercado dos gêneros musicais em 2020

Foto: Reprodução/MRC

Mais ouvidas:

A faixa mais tocada nas plataformas de streaming de áudio e vídeo no ano passado foi ‘The Box’ de Roddy Ricch, que acumulou 920,4 milhões de reproduções de áudio e 399,2 milhões de reproduções de vídeo. Em segundo lugar, claro, ficou The Weeknd com seu hit ‘Blinding Lights’ (691,5 m) (o que nos faz ficar perplexos devido ao artista não ter sido indicado ao GRAMMY 2021), seguida por DaBaby com ‘Roddy Ricch’ com Rockstar (674,0 m).

Streaming de áudio apresenta queda em 2020

O relatório do MRC mostra que o volume total de streaming de áudio sob demanda nos Estados Unidos cresceu 126,7 bilhões de reproduções em 2020, um aumento de 17% em comparação ao ano anterior. Mesmo com o número surpreendente, esse crescimento não chegou ao salto de 134,9 bilhões visto em 2019.

Apesar do aumento, o número total de streams de áudio necessários para quebrar o Top 10 dos maiores sucessos de streaming dos EUA em 2020 caiu. Juntas, as 10 principais faixas mais tocadas em 2019 – lideradas pelo fenômeno Lil Nas X com ‘Old Town Road’ – atraíram 6,218.

Foto: reprodução

SPOTIFY CHEGA A MARCA DE 138 MILHÕES DE ASSINANTES, MAS PERDE RECEITA PUBLICITARIA DURANTE A PANDEMIA

Nesta quarta-feira (29) o Spotify publicou seu relatório financeiro referente ao segundo trimestre de 2020 (Q2). Apesar do crescimento de 8 milhões de assinantes, o serviço de straming sofreu o impacto da pandemia do coronavírus e teve perda em receitas publicitárias.

De acordo com análise realizada pelo Music Business Wordwide, no Q2 de 2020, o Spotify chegou a marca de 138 milhões de assinantes Premium em todo o mundo ao final do trimestre (encerrado em 30 de junho).

Um aumento de 8 milhões de assinantes, ou seja, 27% a mais em comparação ao ano anterior. Os números, claro, impactaram na receita, que chegou a €1.758 bilhões (+3% em comparação ao Q1 de 2020.

Enquanto isso, a contagem de usuários ativos mensais (UAM) do Spotify no final do segundo trimestre atingiu 299 milhões, um aumento de 67 milhões em relação ao ano anterior e mais 13 milhões de usuários em comparação ao trimestre anterior.

Um dos fatores importantes revelados no relatório foi com relação à receita publicitária, impactada pela pandemia do COVID-19.

As receitas publicitárias da empresa despencaram 21% a.a, fechando o trimestre com 131 milhões de euros. Uma queda de 11% em relação aos 148 milhões de euros registrados no primeiro trimestre de 2020 (antes da pandemia). Além disso, a perda operacional trimestral da empresa ficou na marca de €167 milhões no segundo trimestre.

Atualmente as receitas publicitárias representam apenas 6,9% da receita total da empresa (1,889 bilhão de euros), sendo as assinaturas premium responsáveis por 93,1% delas.

 

Foto: reprodução

Serviços de streaming representaram quase 80% de toda a receita da música em 2019

Em 2019, o streaming alcançou quase 80% da participação de todas as receitas de músicas gravadas nos EUA. É o que diz o novo relatório da RIAA – Associação Americana da Indústria de Gravação.

Em 2019, os serviços de streaming como Youtube (suportados por anúncios), Pandora (streaming de rádio), e Spotify (com planos de assinaturas pagas) geraram US$8,8 bilhões, um aumento de quase 20%.

Além disso, as receitas com música gravada em 2019 cresceram 13%, de US$9,8 bilhões para US$11,1 bilhões (varejo). Segundo o TechCrunch, é o quarto ano de crescimento consecutivo de dois dígitos.

Para a RIAA, os serviços de assinatura foram os maiores responsáveis pelo crescimento das receitas. Em 2019, esses serviços foram os que mais apresentaram crescimento (25% a.a), com uma receita total de US$6,8 bilhões. Esse valor também inclui US$829 milhões em receitas dos serviços de assinatura paga de “camada limitada”, como o Pandora Plus. Outros serviços como Amazon Prime Music também estão inclusos nesta categoria.

O número de pessoas dispostas a pagar por música ‘sob demanda’ aumentou. Tanto que as assinaturas pagas cresceram 29% em 2019, um total de 60,4 milhões. Uma prova de que esses serviços estão conseguindo ter êxito em converter usuários gratuitos para assinantes.

Os serviços suportados por anúncios também cresceram no ano passado, um aumento de 20% em 2018, para US$908 milhões em 2019. Foram mais de 500 bilhões de músicas transmitidas para mais de 100 milhões de ouvintes nos EUA. Apesar de seu amplo alcance, esta categoria representou apenas  8% da receita total de música no ano.

O crescimento do streaming fez com que o consumo de outros serviços caíssem. A popularidade dos serviços de rádio nunca esteve tão baixa. Uma queda de 4% e uma receita de US$1,16 bilhão.

As receitas de downloads digitais ficou abaixo de US$1 bilhão pela primeira vez desde 2006 – caindo 18% ano a ano, atingindo US$856 milhões. O download de álbuns caiu 21%, para US$395 milhões, enquanto as vendas de faixas individuais caíram 15%, para US$415 milhões. Os downloads representaram apenas 8% de todas as receitas no ano passado.

Os formatos físicos, como CDs e vinil, caíram ligeiramente (0,6%) em 2019 para US$1,15 bilhão. Mesmo assim, o vinil teve seu maior ano desde 1988, atingindo US$504 milhões. esta categoria representou somente 4,5% da receita total de música.

Foto:  stockcam / Getty Images

Arrecadação de Direitos Autorais chega a €9,65 bilhões no mundo

O novo relatório da CISAC – Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores indicou um recorde de €9,65 bilhões na arrecadação de direitos autorais com música, audiovisual, artes visuais, teatro e literatura, em 2018.

Este é o quinto ano consecutivo de crescimento, uma alta de 25,4% desde o levantamento de 2014.

A arrecadação de royalties provenientes de fontes digitais chegou a marca de €1,64 bilhões, um acrescimento de 29%. Para a entidade, a rápida expansão global da música digital e dos serviços de vídeo sob demanda (SVOD) contribuíram para o crescimento. Nos últimos cinco anos, a renda digital dos criadores quase triplicou, representando agora 17% da arrecadação, contra 7,5% em 2014.

Segundo o relatório, os novos acordos de licenciamento entre sociedades e plataformas digitais no mundo, como Spotify e Netflix, ajudaram a impulsionar a arrecadação de royalties no mundo, principalmente em países como Estados Unidos, França e Japão.

No relatório, a a CISAC destacou a necessidade de uma ação legislativa que traga remuneração justa aos criadores, e pediu aos governos para seguirem o exemplo da Diretiva de Direitos Autorais da UE, adotada em abril de 2019.

Em termos de arrecadação de direitos autorais relativos a música, o Brasil está em 10° lugar, com uma receita de 194 milhões de euros. Nos últimos cinco anos, o Brasil foi o país em que as receitas digitais cresceram mais rápido em todo o mundo, um total de 1800%.

“O Brasil ficou em primeiro lugar em termos de crescimento na arrecadação do digital se compararmos os anos de 2013 a 2018, mas este resultado reflete acordos fechados nos últimos anos com grandes players do digital como YouTube , Spotify , Netflix e outros. Ou seja, saímos praticamente do zero, ainda há um grande caminho a percorrer”, disse ao Globo, Marcelo Castello Branco , diretor-executivo da União Brasileira de Compositores (UBC) e, desde junho, também presidente do Conselho de Administração da Cisac.

Foto: Reprodução

UM TERÇO DOS JOVENS USAM PROGRAMAS PARA COPIAR MÚSICAS ILEGALMENTE, APONTA ESTUDO DA IFPI

Nesta terça-feira (24), a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, sigla em inglês) – organização que representa a indústria da música em todo o mundo – divulgou seu estudo anual sobre o consumo de música global.

De acordo com o estudo, 27% dos entrevistados afirmaram que utilizam métodos para ouvir músicas não licenciadas na internet. Enquanto isso, 34% dos entrevistados, com faixa etária entre 16 a 24 anos, admitiram usar aplicativos ou serviços que copiam músicas ilegalmente (stream rippers). Entretanto, se forem considerados todos os entrevistados, com faixa etária de 16 a 64 anos, esse índice cai para 23%.

Enquanto os índices de pirataria de músicas na internet continua sendo considerável, o consumo dos serviços de streaming continua em crescimento, principalmente para pessoas com faixa etária entre 35 a 64 anos. Atualmente, 54% dos usuários nessa faixa etária usam algum tipo de serviço de streaming, um aumento de 8% em relação a 2018.

O aumento do consumo de vinil foi outro dado importante constatado pela IFPI. Apesar de não ser grande surpresa que pessoas entre 45 a 54 anos continuam comprando CDs, são os mais jovens, de 25 a 34 anos, que apresentaram índices mais altos para o consumo de vinil, a mesma faixa etária também continua comprando downloads digitais.

O rádio continua sendo o favorito dos consumidores de música, com 29% do tempo de audição gasto lá, seguido pelo uso de smartphones, 27%. Computadores e laptops representam 19% do consumo de música. Os estéreos domésticos tradicionais ficam para trás em 8% (mas ainda cinco pontos percentuais à frente dos alto-falantes inteligentes, 3%).

Segundo o Variety.com, a pesquisa da IFPI contou dados de 34.000 usuários da Internet em 21 países, representando mais de 90% do consumo global de música. A pesquisa passou por vários países entre eles EUA, Reino Unido, Canadá, França e Espanha. A margem de erro foi relatada em 3%.

Foto: SHUTTERSTOCK / MONTHIRA

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