Relatório semestral da RIAA aponta que receitas geradas pelo streaming representaram 84% das receitas totais de música gravada nos EUA.
RIAA: Receitas de Música Gravada nos EUA Alcançam US$8,4 Bilhões no Primeiro Semestre de 2023

Relatório semestral da RIAA aponta que receitas geradas pelo streaming representaram 84% das receitas totais de música gravada nos EUA.
Expansão das receitas provenientes de shows e eventos ao vivo, aumento no registro de obras e o sucesso contínuo dos serviços digitais contribuíram para aumento da arrecadação e distribuição de royalties a detentores de direitos.
A União Brasileira de Compositores (UBC) anunciou que distribuiu um montante recorde de R$677,9 milhões no ano de 2022, marcando um aumento notável em relação aos anos anteriores. Este valor representou um crescimento de 35% em relação a 2021 e um aumento impressionante de 58% em comparação com o total distribuído pelas sete sociedades que compõem o Ecad.
De acordo com o Relatório Anual 2022 da UBC, divulgado recentemente, uma das principais razões para esse aumento foi a expansão significativa das receitas provenientes de shows e eventos ao vivo, que cresceram incríveis 309,5%. O cinema também teve um aumento substancial de 132,6%, e os usuários gerais, que incluem estabelecimentos como lojas, academias, shoppings e hotéis, contribuíram com um aumento de 30,7%.
Além disso, a UBC celebrou o marco de 55.577 associados em 2022, e o registro de obras atingiu um recorde impressionante de 1,24 milhão. A associação também investiu cerca de R$353,5 milhões em programas de assistência para seus associados.
Outro destaque do ano foi o setor de Serviços Digitais, que engloba streaming de áudio e vídeo. Esse segmento continuou a crescer de forma sólida, proporcionando rendimentos cada vez melhores aos associados. Os valores distribuídos pela UBC no streaming de vídeo aumentaram em 63,1%, enquanto o streaming de áudio registrou um aumento de 47,43%.
O ano de 2022 representa um período excepcionalmente positivo para a gestão coletiva da UBC, impulsionado pelo crescimento de várias áreas, incluindo a expansão do consumo de música fora de casa e o sucesso contínuo dos serviços digitais.
Foto: divulgação
Relatório aponta que a participação da música em inglês nos serviços de streaming nos EUA diminuiu 4,2% desde 2021, enquanto a música em espanhol teve um crescimento de 3,6% no mesmo período. Tendência pode ser observada em vários países globalmente.
Em uma nova análise sobre o mercado musical, a Luminate revelou que a música em inglês está enfrentando uma queda estatística em sua popularidade nos serviços de streaming de música nos Estados Unidos e em todo o mundo.
De acordo com o Music Business Worldwide, o relatório da Luminate constata que a participação da música em inglês nas 10.000 faixas totais sob demanda (áudio e vídeo) nos EUA diminuiu em 4,2% desde 2021, enquanto a participação da música em espanhol cresceu 3,6% no mesmo período.
Nos Estados Unidos, a música com seu idioma ainda domina o mercado de streaming, representando 88,3% das 10.000 faixas sob demanda (áudio e vídeo) no primeiro semestre deste ano. No entanto, a música em espanhol ganhou mais espaço, atingindo uma participação de 7,9% na mesma métrica.
Globalmente, a participação da música em inglês nas 10.000 faixas sob demanda em serviços de streaming diminuiu 62,1% em 2022 para 56,4% no primeiro semestre de 2023.
Essa tendência de queda na popularidade do idioma nos serviços de streaming não se limita apenas aos Estados Unidos, mas também pode ser observada em outros países. Por exemplo, em Portugal, a participação da música em inglês nas 10.000 faixas principais caiu para 55,9% no ano fiscal de 2022 e continuou a diminuir no primeiro semestre deste ano, atingindo 51,6%. A Luminate também identificou a mesma tendência em outros países, como Portugal, Indonésia, Colômbia e Suíça.
Foto: reprodução
Relatório do Ecad revelou que foram cadastradas 18,5 milhões de obras musicais em 2022, abrangendo mais de 316 mil detentores de direitos contemplados pela distribuição.
Em seu relatório anual de gestão coletiva referente ao ano de 2022, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) divulgou Ecad arrecadou um total de R$1,3 bilhão, com um aumento de 28,3% em relação a 2021.
De acordo com a entidade, entre os segmentos que mais se destacaram com maiores crescimentos em valores arrecadados foram Shows e Eventos, com um crescimento de 309,5%, seguido por Cinema, 132,6%, e Usuários Gerais, que abrange restaurantes, hotéis, academias e outros estabelecimentos comerciais, com um crescimento de 30,7%.
Um dos destaques do relatório foi a TV, que se mostrou robusta mesmo em um período de aumento do consumo de streaming no audiovisual. O segmento foi responsável pela maior parte dos valores arrecadados em direitos autorais de execução pública, com uma participação total de 32,5%.
Logo em seguida, o segmento de Serviços Digitais, englobando Streaming de Áudio e Vídeo, conquistou a segunda posição, com 22,8% da participação na arrecadação. Esse segmento registrou um crescimento de 26% em relação ao ano anterior, alcançando um total de 2,1 trilhões de execuções identificadas em streaming em 2022.
Em relação à distribuição dos direitos autorais, o Ecad distribuiu um montante de R$1,2 bilhão, representando um aumento de 36,6% em comparação a 2021. Com a retomada do mercado, os segmentos de Shows (235%) e Música ao Vivo (108%) apresentaram um crescimento expressivo em relação a 2021.
O relatório revelou ainda que foram cadastradas 18,5 milhões de obras musicais em 2022, abrangendo mais de 316 mil compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos contemplados pelos direitos autorais distribuídos pelo Ecad.
Diante desses resultados, a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, ressaltou o empenho da gestão coletiva em negociar contratos com plataformas digitais e conscientizar sobre a importância de evitar a prática do buyout, na qual compositores renunciam a uma parcela importante de seus direitos e não recebem valores futuros pelas suas obras.
“O ano de 2022 teve resultados positivos pra quem vive da música, esperamos que 2023 seja melhor e vamos trabalhar pra isso”, disse Amorim.
Foto: divulgação
O estudo sugere que muitos compradores de vinil veem o formato como um item de colecionador, um presente ou um item decorativo, além de uma forma de consumir música.
Uma nova pesquisa sobre as tendências no entretenimento descobriu que 50% dos compradores de vinil nos EUA não possuem um toca-discos.
Conforme explicou o Music Business Worlwide, o relatório chamado “Top Entertainment Trends for 2023”, apresentado pela Luminate durante um painel no SXSW, indicou que 50% dos consumidores que compraram vinil nos últimos 12 meses possuem um toca-discos, em comparação com 15% entre os ouvintes de música em geral. Naturalmente, isso também significa que 50% dos compradores de vinil não possuem um toca-discos.
Essas descobertas levantam a questão: o que os compradores estão fazendo com os discos de vinil se não têm um toca-discos para tocá-los? Para responder a esta questão, o portal apontou uma outra pesquisa realizada em 2016 pela ICM, onde se descobriu que 41% dos compradores de vinil possuem um toca-discos, mas não o usam, enquanto outros 7% disseram que não possuem nenhum toca-discos.
Algumas pessoas compram vinil para fins decorativos, para colecionar e exibir na parede. Outros compram como presentes para amigos e familiares em ocasiões especiais. E há aqueles que são superfãs, que compram o vinil para possuir um artefato, mesmo que não tenham um toca-discos, como uma forma de apoiar o artista e ter uma conexão tangível com a música.
Embora a pesquisa mostre que metade dos compradores de vinil nos EUA não possuem toca-discos, a receita com vinil saltou 17,2% em relação ao ano anterior, para US$1,2 bilhão em 2022, enquanto a receita com CDs caiu 17,6%, para US$483 milhões. Além disso, o vinil agora gera mais que o dobro do dinheiro anual que os CDs geram nos Estados Unidos.
As receitas de assinatura paga representaram 77% das receitas totais de streaming, e quase dois terços das receitas totais.
A Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA, sigla em inglês) publicou hoje (9 de março) seu relatório anual sobre as receitas de música gravada nos EUA. Considerado o mais importe para os americanos, o relatório indicou que 2022 foi mais um ano de alta, com a geração de US$15,9 bilhões em receitas para a indústria.
Conforme analisado pelo musicbusinessworldwide.com, o streaming (incluindo assinaturas pagas, serviços com suporte de anúncios, rádio digital, plataformas de mídia social, aplicativos fitness e outros) gerou a maior parte dessa receita geral, crescendo 7,3% e quebrando um recorde de US$13,3 bilhões em receita. Isso que dizer que agora streaming representa 84% da receita total de música gravada nos EUA.
A análise dos dados da RIAA também revelou que as receitas chamadas de ‘varejo’ – que considerados os serviços de assinatura paga, como Spotify Premium e Apple Music – cresceram 8%, ultrapassando pela primeira vez a marca de US$10 bilhões anualmente. As receitas de assinatura paga representaram 77% das receitas totais de streaming, e quase dois terços das receitas totais.
As receitas com discos de vinil também foram um grande destaque chegando a marca de US$1,2 bilhão, um crescimento de 17,2%. Vale notar que 2022 foi o 16º ano consecutivo de crescimento do formato, que representou 71% das receitas físicas.
Foi também pela primeira vez, desde 1987, que os álbuns de vinil venderam mais que os CDs em unidades (foram 41 milhões contra 33 milhões). Após uma recuperação em 2021, em relação ao impacto da Covid em 2020, as receitas de CDs caíram 17,6%, e chegaram a US$483 milhões em 2022.
Gráfico:musicbusinesswordwide.com via RIAA
EUA ficou em primeiro lugar entre os países mais arrecadadores de direitos, com um pouco mais de €2 bilhões em receitas, seguido respectivamente por França, Japão, e Reino Unido.
Recentemente, a CISAC (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores) anunciou que a arrecadação de royalties de música se recuperou no ano passado no mundo todo, sendo o digital a principal fonte de renda dos criadores de música, em mais de 29 países.
De acordo com análise do relatório feita pelo musicweek.com, a arrecadação de royalties de música alcançou a marca de €8,48 bilhões globalmente, um aumento de 7,2%. Os EUA ficou em primeiro lugar entre os países mais arrecadadores, com um pouco mais de €2 bilhões (23,6% do total global) em receitas, seguido respectivamente por França, Japão, e Reino Unido.
Representando 36,1% da receita global de música, o digital se tornou a maior fonte de receitas, e pela primeira, vez ultrapassou €3 bilhões globalmente. O crescimento da receita digital de 27,5% foi quase o dobro do ano anterior, com as arrecadações digitais subindo 48,2%, acima do nível pré-pandemia.
Além disso, o digital também está sendo considerado como a principal fonte de renda entre os criadores de música em mais de 29 países. O crescimento do número de assinantes em plataformas de streaming, bem como a ampla variedade de plataformas e novos acordos de licenciamento, em particular com o TikTok e o YouTube, foram fatores que mais influenciam nesta questão.
O diretor-geral da CISAC, Gadi Oron, lembrou que esses resultados foram obtidos durante um período pandêmico, e por isso, o mercado musical anda possui grande potencial de crescimento: “Após a queda de 10% [em todo o repertório] experimentada em 2020, o retorno de nossas sociedades ao crescimento no ano passado é uma conquista impressionante. Tendo em mente que a receita de shows ao vivo e locais públicos era praticamente inexistente, a aceleração do licenciamento digital por muitos de nossos membros para compensar o declínio em outras áreas é uma verdadeira história de sucesso. A recuperação é apenas metade feita, no entanto. Há, sem dúvida, muito mais espaço para crescimento e, para isso, precisamos agregar mais valor aos trabalhos criativos no mercado digital e promover um ecossistema mais justo para os criadores.”
O presidente da CISAC, Bjorn Ulvaeus citou a importância de se manter os dados nas plataformas de streaming sempre atualizados, para que o dinheiro fique na mão de quem cria a música: “Os royalties digitais coletados pelas sociedades da CISAC estão crescendo de forma impressionante, mas o mundo do streaming ainda é um negócio inacabado quando se trata de garantir um ambiente justo para ganhar a vida. Muitos dos dados necessários para identificar e remunerar os criadores estão incompletos ou ausentes quando as obras são ingeridas em serviços de streaming. O resultado é muito dinheiro que fica na mesa quando deveria ir para os bolsos dos criadores”.
Marcelo Castello Branco, presidente do conselho do CISAC, observou que os preços das assinaturas de música precisam de um reajuste para que compositores possam ser remunerados justamente: “Valor justo e prazos justos são essenciais para não comprometer a remuneração dos titulares de direitos”, acrescentou.
RIAA: As assinaturas de streaming atingiram 90 milhões pela primeira vez, enquanto as vendas de vinil continuam crescendo.
[RIAA 2022] Nesta quarta-feira, a Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA, sigla em inglês) publicou seu relatório anual contendo novos dados sobre o mercado da música nos EUA.
No relatório, a associação indicou que as receitas de música gravada no país cresceram 9% no primeiro semestre de 2022, e chegaram a US$7,7 bilhões.
Esse crescimento foi, mais uma vez estimulado pelo streaming, que ainda responde por 84% de todas as receitas de música, equivalendo a US$6,5 bilhões. Um aumento de 10% em comparação aos US$5,9 bilhões em 2021.
Continuando a tendência dos últimos anos, as assinaturas de serviços de streaming impulsionaram os aumentos nas receitas, representando 78% de todas as receitas de música. O número de assinantes de serviços pagos chegou a uma média de 90 milhões nos EUA, oito milhões a mais que o mesmo período em 2021.
Ainda falando sobre receitas no streaming, os serviços que são suportados por anúncios viram suas receitas aumentarem 16%, para US$871 milhões; enquanto as receitas de rádio digital e distribuições SoundExchange (de fonogramas) caíram ligeiramente (3%) para US$566 milhões.
VENDAS FÍSICAS
As vendas físicas estão em recuperação graças ao aumento de consumo de discos de vinil, que agora representam 73% destas receitas. Nos EUA as vendas de vinil cresceram 22% e chegaram a US$570 milhões. Enquanto isso, as vendas de CDs caíram apenas 2%, gerando US$200 milhões em pleno 2022. No geral, as receitas de formatos físicos tiveram um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado, respondendo por US$781 milhões e 10% da receita geral.
DOWNLOADS
As receitas com downloads digitais caíram 19,1%, e ficaram na margem de US$256 milhões, ou 3% da receita geral de música gravada.
Relatório informou que receitas com publicidade em podcasts chegou a marca de US$1,4 bilhão no mercado norte-americano, e deve aumentar a cada ano.
Em recente relatório, o IAB US informou que a receita publicitária em podcasts atingiu, pela primeira vez, a marca de US$1,4 bilhão no mercado norte-americano. E os números devem crescer a cada ano.
De acordo com notícia publicada pelo Meio & Mensagem, mesmo que 2021 tenha sido um período difícil para muitos setores, os investimentos com publicidade em podcasts não pararam, e chegaram a crescer 35,4%, representando US$189,3 bilhões, contra US$139,8 bilhões em 2020.
Um dos principais motivos para o aumento das receitas no formato de audio foi a aceleração do mobile. Após três anos de desaceleração, o relatório informou que o mobile teve um crescimento de 37,4% (US$135,1 bilhões), enquanto o desktop atingiu US$54,2 bilhões.
Para se ter uma noção maior de como o podcast está movimentando o mercado de áudio, basta olhar para outro dado no relatório, onde mostra que as receitas em anúncios em no formato cresceram mais rápido do que a receita total da internet.
Enquanto o podcast apresentou um crescimento de 72% no ano passado, o digital ficou com 35,4% do digital. Ainda de acordo com análise do portal, espera-se que nos próximos anos, os podcasts conquistem números ainda mais surpreendentes, chegando a US$4 bilhões em 2024.
Para o Rodrigo Tigre, Country manager da Cisneros Interactive, o relatório só provou que o formato ainda tem muito potencial a ser explorado, principalmente no Brasil, um dos principais mercados:
“Por mais que não estejamos nos EUA e os números sejam diferentes aqui, nós temos potencial para acompanhar o crescimento norte-americano. Até porque, em número de audiência, já ultrapassamos o país e hoje somos o 3° maior consumidor de podcast do mundo”.
Além disso, Tigre mencionou a importância do uso estratégico das tecnologias existentes para que o público ouvinte do formato chegue até as marcas:
“Hoje, nós temos os programas e as tecnologias necessárias – como por exemplo a geolocalização que permite o mapeamento dos targets a nível estadual e municipal – para atingir de forma fácil, segura e eficaz o público-alvo desejado pela marca. O que nos falta é que o mercado veja, ou melhor, escute esse potencial.”, continuou o executivo para o portal.
Foto: Shutterstock
Em novo estudo realizado ao redor do mundo, incluindo o Brasil, fãs de música estão descobrindo novas maneiras de consumir e se envolver com a música. Cerca de 68% do tempo dos usuários em plataformas de vídeo curtos, foram gastos consumindo vídeos musicais, com sincronização labial ou desafios de dança.
A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), lançou nesta manhã (21) o resultado de seu estudo “Engaging with Music 2021” para descobrir os hábitos de consumo de música no mundo.
Para chegar aos resultados, a organização entrevistou 43.000 usuários de internet, de 16 a 64 anos, em vários territórios ao redor do mundo, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e outros.
No geral, a pesquisa identificou que os fãs não estão apenas ouvindo mais música, mas também, aproveitando para descobrir novas experiências e maneiras de se envolverem.
Graças ao streaming, fãs podem ouvir o que quiserem. Conforme a pesquisa 68% dos entrevistaram disseram que usam o streaming para pesquisar músicas específicas, enquanto 62% ouviram playlists mais de uma vez por semana, em alguma plataforma de streaming.
Em todo o mundo, os fãs de música estão tendo maior acesso a diferentes gêneros. Além dos estilos de músicas mais populares, foram citados mais de 300 gêneros, como o gqom, o axé e até o hokkien. Isso reflete que o cenário musical está cada vez mais rico, diverso e competitivo.
A música está impulsionando novas formas de envolvimento, gerando inovações, como vídeos curtos em aplicativos como o Tiktok, transmissões ao vivo e em games. O estudo da IFPI afirmou que 68% do tempo dos usuários em aplicativos de vídeo curtos, foram gastos em consumo de vídeos musicais, com sincronização labial ou desafios de dança. Além disso, um em cada três (29%) usuários afirmou ter assistido a uma transmissão ao vivo de música, como um show, nos últimos 12 meses.
O tempo gasto ouvindo música aumentou, mas nem tanto. Usuários de internet estão consumindo em média 18,4 horas ouvindo música (contra 18 horas em 2019), ou seja, uma pessoa pode ouvir cerca de 368 faixas de três minutos por semana.
Durante a pandemia a música contribuiu para o bem-estar das pessoas, proporcionando conforto e cura para muitos, especialmente para os mais jovens. 87% dos entrevistados disseram que a música proporcionou diversão e felicidade durante este momento. Enquanto 68% dos jovens de 16-19 anos disseram que os lançamentos de seus artistas favoritos os ajudaram neste período.
Apesar do aumento do consumo de música, a disponibilidade de música não licenciada continua sendo um problema para o ecossistema musical e continua impactando sua evolução. Quase um em cada três (29%) pessoas disseram usar métodos ou plataformas que não licenciam músicas, e 14,4% usaram plataformas de mídia social não licenciadas para fins musicais.
A CEO da IFPI, Frances Moore, disse que o “Engaging with Music 2021” mostra como os fãs ao redor do mundo estão se conectando com os artistas e a música. Agora as gravadoras precisam trabalhar em conjunto com as plataformas para criar experiências e garantir que artistas recebam de forma justa por seus trabalhos:
“A liberdade das gravadoras de licenciar música para essas experiências novas e envolventes é crucial para o crescimento futuro de todo o ecossistema musical. Estamos fazendo campanha em todo o mundo para garantir que os governos implementem um ambiente justo no qual esses acordos comerciais possam ser feitos.”, concluiu a CEO.
©2023 MCT - Música, Copyright e Tecnologia.
A indústria musical dos Estados Unidos divulgou números impressionantes no primeiro semestre de 2023, gerando um total de US$8,4 bilhões em receitas brutas. Esses dados são parte do relatório semestral de 2023 da Recording Industry Association of America (RIAA), publicado na segunda-feira, 18 de setembro.
Em uma análise mais detalhada feita pelo Music Business Worldwide, descobrimos que o crescimento das receitas de música gravada nos EUA, que englobam assinaturas de streaming, música física e digital, registrou um aumento de 9,3% em comparação com o ano anterior no varejo. Isso representa uma soma significativa no total de US$8,4 bilhões.
No entanto, quando olhamos para as receitas no atacado, que incluem os retornos para editoras discográficas, distribuidores e artistas, a indústria musical gravada gerou US$5,3 bilhões no primeiro semestre de 2023, representando um aumento de 8,3% em termos homólogos.
A estrela desse show continua sendo o streaming, que contribuiu substancialmente para o crescimento das receitas de varejo. Nos primeiros seis meses de 2023, as receitas dos serviços de streaming aumentaram em 10,3%, totalizando US$7 bilhões e representando 84% do total das receitas de música gravada nos EUA.
Destacando o cenário das receitas de streaming, podemos observar que o ritmo de crescimento acelerou em comparação com o primeiro semestre de 2022, quando registramos um aumento de US$500 milhões, atingindo US$6,4 bilhões.
As receitas totais dos serviços de assinatura paga cresceram 11% em relação ao ano anterior, chegando a US$5,5 bilhões no primeiro semestre de 2023, abrangendo tanto assinaturas premium quanto de “nível limitado”. Isso representa a maior parcela das receitas da indústria musical dos EUA no período, superando os três quartos das receitas totais de streaming.
Por outro lado, as receitas dos serviços de streaming de música suportados por anúncios cresceram a um ritmo mais lento, com apenas 0,6% de aumento em relação ao ano anterior, totalizando US$ 870 milhões no primeiro semestre.
Além disso, o crescimento no número de assinaturas pagas de serviços de música cresceu, mas com um ritmo mais moderado em comparação com anos anteriores. No primeiro semestre de 2023, a média foi de 95,8 milhões de assinaturas, um aumento de 5,8 milhões em relação ao ano anterior.
É importante ressaltar que esses números excluem serviços de “nível limitado” e consideram planos multiusuário como uma única assinatura.
No entanto, o crescimento das receitas de streaming e o número de assinaturas pagas podem estar relacionados aos aumentos de preços implementados por importantes serviços de streaming de música no primeiro semestre de 2023, incluindo a Apple Music, Amazon Music e Spotify.
As receitas de formatos físicos de música, como LPs de vinil e CDs, também apresentaram um modesto aumento de 5%, totalizando US$ 882 milhões nos EUA. As receitas dos discos de vinil cresceram 1% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 632,4 milhões e representando a maior parte das receitas no formato físico.
Apesar desses números, observamos que, na verdade, houve uma queda nas unidades de discos de vinil vendidas no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022, sugerindo um possível aumento nos preços dos discos de vinil.
A análise completa do impacto desses aumentos de preços na receita do mercado será divulgada no relatório anual da RIAA no próximo ano.
Foto: Gráfico/ Music Business Worldwide