Alta demanda de discos de vinil preocupa fabricantes

A demanda por discos de vinil está alta, e os fabricantes não estão dando conta de atender a produção. É o que contou o musicjournal.com.br em uma notícia recente.

Para se ter uma ideia,  o mercado de discos de vinil conta com um faturamento de US$1 bilhão, e os fabricantes dizem que estão trabalhando em sua capacidade máxima.

A United Record Pressing, fundada em 1949 e considerada a maior fábrica de vinil dos EUA, está em um processo de expansão, e decidiu investir US$15 milhões (cerca de R$78 milhões no câmbio atual) para triplicar sua capacidade de produção em meados de 2023.

De acordo com o site especializado em música, a demanda por discos de vinil voltou a aumentar, principalmente durante a pandemia do coronavírus. Além disso, o público mais jovem acabou se entregando aos lançamentos exclusivos de suas divas pop. Um grande exemplo é o álbum Sour, da estrela pop teen Olivia Rodrigo, um dos mais vendidos no mundo.

Para Mark Michaels, CEO e presidente da United Record Pressing, a indústria “encontrou uma nova marcha e está acelerando em um novo ritmo”.

SPOTIFY ADQUIRE JOGO DE DESCOBERTAS MUSICAIS HEARDLE

Vem novidade por aí para os usuários do Spotify. Isto porque nesta terça-feira (12) o serviço de streaming anunciou que adquiriu o jogo virtual Heardle.

O Heardle já é um jogo online popularmente conhecido por ser inspirado em outro jogo, o Wordle, uma espécie de caça palavras. Enquanto os jogadores de Wordle possuem o desafio de adivinhar palavras escolhendo letras, os jogadores de Heardle têm a tarefa de adivinhar uma música com base em suas notas de abertura.

Os gamers recebem seis palpites, com cada dica dando mais alguns segundos de música para informar sua próxima resposta. Na última tentativa, eles têm a chance de descobrir a música em sua totalidade.

Apesar do streaming não ter revelado o valor da aquisição, algumas novidades foram anunciadas. Uma delas é que a música descoberta no jogo poderá ser ouvida direto no Spotify. Além disso, o streaming também planeja integrar o Heardle e “outras experiências interativas” de forma mais completa em sua plataforma de música.

O streaming prometeu que a aparência do jogo permanecerá a mesma, e pretende liberar o uso para outros países além dos EUA, Reino Unido, Irlanda, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Jeremy Erlich, diretor global de música do Spotify, disse: “Estamos sempre procurando maneiras inovadoras e divertidas de aprimorar a descoberta de música e ajudar os artistas a alcançar novos fãs”.

QOBUZ: O NOVO STREAMING QUE GARANTE QUALIDADE DE AUDIO E CONTEÚDOS EDITORIAIS ÚNICOS

Recentemente chegou ao Brasil o Qobuz, uma nova plataforma de streaming com foco na alta qualidade sonora das músicas.

De acordo com o Meio & Mensagem, o Qobuz é uma empresa francesa, presente em 25 países, e se define como plataforma de música de alta qualidade por oferecer aos assinantes áudio profissional, em Hi-Res “áudio de alta resolução” (24-Bit a 192 kHz) e qualidade de CD (também conhecida como HiFi ou HD).

“Quanto maior a qualidade que você ouve, mais próximo fica dos artistas e de suas intenções. Antes de tudo, trata-se de dar espaço à dimensão artística, dando a mais alta qualidade possível”, comentou Pierre Largeas, o diretor-executivo do Sul da Europa e América da Latina do Qobuz.

Além do audio, a plataforma também se preocupa com a qualidade do conteúdo editorial criado em torno das músicas. No Qobuz, uma equipe especializada produz diversos conteúdos para que o ouvinte tenha uma melhor experiência com a música que está ouvindo, seja lendo uma biografia do artista, entendendo seu contexto histórico e cultural ou até mesmo explorando detalhes sobre gravadoras, período, gênero ou álbum. Informações que eram comuns de serem encontradas em encartes de CD’s, mas que por conta da evolução tecnológica foram ficando de lado, e até mesmo esquecidas.

 

Largeas enfatizou que o conjunto destas funcionalidades torna o Qobuz diferente das outras plataformas de streaming:

Qobuz é uma plataforma humana. Não é um algoritmo ou plataforma tecnológica. Fazemos tudo sozinhos. Temos pessoas criando playlists, selecionando novos lançamentos, escrevendo artigos. Isso é o que chamamos de plataforma de alta qualidade”, reforçou o diretor ao portal.

Para garantir qualidade aos usuários, a plataforma optou por não mostrar publicidade, o que acaba impactando um pouco no valor da assinatura mensal, que chega a R$21,90 no Brasil. Mas para o diretor, o preço é justificável:

“A assinatura é um pouco mais cara para apoiar a indústria da música e a remuneração dos artistas. Estamos realmente comprometidos em trazer uma experiência superior ao mercado”.

 

Foto: Divulgação)

ARTISTA RECEBERÁ INDENIZAÇÃO DO FACEBOOK APÓS TER SUA CONTA BLOQUEADA SEM EXPLICAÇÃO

Recentemente, o Facebook foi condenado a indenizar em R$3.000,00 reais a um artista em Salvador, Bahia, após o mesmo ter sua conta no Instagram bloqueada sem motivos.

De acordo com o Conjur.com.br, o autor que não teve seu nome revelado, alegou que foi prejudicado ao ser impedido de realizar uma live no Instagram por causa da suspensão de sua conta por alguns dias.

Em contrapartida, o Facebook argumentou que suspendeu temporariamente a conta do artista para verificar uma possível violação das políticas da plataforma, relacionada a spam, mas em seguida liberou o acesso do usuário, pois não foi encontrado nada irregular.

A justificativa não foi aceita pela juíza Maria Virginia Andrade de Freitas Cruz, da 4ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Bahia, como mencionado no processo:

“A parte ré não esclareceu por qual razão seria preciso suspender a conta da parte autora durante a averiguação de atividade suspeita, haja vista que, como foi confirmado, não foi constatada violação”.

A juíza entendeu que o autor da ação foi prejudicado, uma vez que ficou impossibilitado de desempenhar sua profissão:

“No caso em apreço, a atitude arbitrária da parte ré causou frustração de expectativas da parte autora, impedindo o regular desempenho de sua atividade artística, o que, a meu ver, implica em ofensa extrapatrimonial passível de indenização”, explicou Maria Virginia.

Desta forma a juíza relatora fixou a indenização em R$ 3 mil, incidindo juros e correção monetária, por considerar a quantia adequada “à luz dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, bem como tendo em mente a jurisprudência desta turma recursal”.

SUCESSO DE CANÇÃO DE KATE BUSH EM STRANGER THINGS MOSTRA IMPORTÂNCIA DA SINCRONIZAÇÃO

O PODER DA SINCRONIZAÇÃO. O sucesso da nova temporada da série Stranger Things, da Netflix, trouxe de volta às paradas a música “Running up that hill”, da cantora britânica Kate Bush.  Entretanto, colocar o hit na trilha sonora da série não foi nada fácil, e precisou de muito esforço da equipe de sincronização.

De acordo com informações do Tenho Mais Discos Que Amigos, Nora Felder, supervisora musical de Stranger Things, foi quem escolheu a canção de 1985 para a cena no filme, e também ficou responsável por buscar autorização para incluí-la na produção.

Felder contou à Variety que precisou entrar em contato com a gravadora Sony para pedir autorização da cantora para a sincronização – termo usado quando uma canção é usada em alguma cena de uma produção audiovisual. Uma tarefa praticamente impossível, já que Kate Bush não concorda com este tipo de uso de suas músicas. Foi o que Wende Crowley, vice-presidente sênior do departamento de marketing, cinema e TV da Sony, explicou:

“Kate Bush é bastante seletiva quando se trata de licenciar músicas. E, por causa disso, nos certificamos de obter páginas de roteiro e gravações para ela revisar, para que pudesse ver exatamente como a música seria usada”.

Após negociações, representantes da cantora receberam a equipe da série e gravadora, até que por fim, Kate liberou o uso de sua canção e disse que era fã de Stranger Things.

A parceria deu tão certo que hoje a música já está na 8ª posição das mais tocadas nas paradas americanas. Um grande marco, pois na época em que foi lançada, “Running up that hill”, ficou apenas na 30ª posição no ranking da Billboard.

Livro aborda Desigualdade na indústria da música no Brasil

Um estudo sobre a situação de desigualdade racial e de gênero da indústria da música descobriu alguns dados que precisam de atenção do mercado musical.

O levantamento feito pelo jornalista e produtor cultural Leo Feijó, e publicado no livro recém-lançado “Diversidade na Indústria da Música no Brasil – um Olhar sobre a Diversidade Étnica e de Gênero nas Empresas da Música” (Dialética Editora), identificou que 21,4% das organizações presentes no ecossistema da indústria fonográfica não têm negro em seus quadros profissionais.

Além disso, apenas em 16,1% das organizações, as pessoas negras representam mais da metade da força de trabalho.

A presença feminina em gravadoras, editoras, distribuidoras, agências e outras empresas voltadas para a música também se mostrou desigual, já que em quase 20% delas, não há ou possuem no máximo 15% de seu quadro funcional ocupado por pessoas do sexo feminino.

No livro, Feijó também apresenta discussões, análises e pesquisas realizadas em outros países.

Afroreggae, Universal Music Publishing Brasil, Virgin Music Brasil e UBC lançam o selo Crespo Music

Recebemos a notícia de que a Universal Music Publishing Brasil, Virgin Music Brasil, UBC e Afroreggae se uniram para lançar o selo Crespo Music.

A ideia do selo é revelar e desenvolver novos talentos artísticos que surgem das favelas do Rio de Janeiro. As informações são da bandfmnews.com.br.

“A gente vai gravar, vai editar, vai lançar, dar suporte para o artista na parte empresarial e de planejamento. Esses talentos não vão ser simplesmente jogados no mercado. Queremos caminhar junto com os que se destacarem mais, fazer um desenvolvimento de carreira”, contou o diretor da Crespo Music, Ricardo Chantilly, que atua a mais de três décadas como empresário artístico de nomes como O Rappa, Jota Quest e Armandinho.

Apesar de novo no mercado, o Crespo Music revelou que já possui um vasto catálogo de fonogramas originais, que foram compostos para serem trilhas de seriados produzidos pelo AfroReggae Audiovisual, o braço criador de conteúdo da organização cultural AfroReggae.

A Universal Music Publishing será responsável por administrar os direitos autorais de todas as composições do catálogo do selo. Enquanto a Virgin Music Brasil, ficará por conta de distribuir o que será produzido. Já a UBC (União Brasileira dos Compositores) irá se empenhar em dar apoio aos criadores para garantir que eles sejam bem remunerados por suas obras.

Foto: Paulo Vitor / Ag.FPontes / Divulgação

Atari anuncia parceria com a Bondly para entrar no mundo dos NFTS

A Atari, uma das principais responsáveis pela popularização do vídeo game, anunciou parceria a Bondly para lançar coleções de jogos e música em NFT.

De acordo com o Music Business Worldwide, com a parceria a Atari lançará uma nova plataforma, intitulada de ‘Atari Metaverse’, que combinará seus jogos mais famosos aos principais “criadores de entretenimento” em música e jogos, usando o ‘Digital Collectibles’ e os NFTs como componentes centrais de toda a experiência.

Na prática, o CEO da Bondly, Brandon Smith, explica que esses criadores poderão inventar seus próprios NFTS na plataforma e distribuí-los aos fãs:

“Artistas musicais, estrelas do esporte e todos os criadores podem envolver os fãs de maneiras novas e exclusivas. Por exemplo, os criadores podem cunhar seu próprio NFT no metaverso e distribuí-lo aos fãs, que então ganham de acesso para novas experiências de superfã”.

Os NFTs estarão disponíveis para compra usando as criptomoedas nativas Atari ($ATRI), Bondly ($BONDLY) e outras cripto-moedas.

A Bondly é a empresa de comércio eletrônico, que permite pagamentos através de transações sem intermediários, a um baixo custo e de forma segura. Sua receita bruta total em NFTs foi superior a US$8 milhões, sendo US$4 milhões gerados nos primeiros 3 meses de suas novas marcas de IP internas.

Recentemente a Bondly fez parceria com o Youtuber Logan Paul (um dos mais famosos do mundo) para divulgar uma série colecionável NFT em comemoração aos principais eventos do próximo ano. O Youtuber gastou mais de US$2,4 milhões para comprar caixas de cards do Pokemón em celebração aos 25 anos da franquia.

Em outra colaboração, o músico e youtuber PelleK, lançou a pré-venda do primeiro álbum musical em NFT e quebrou recorde por arrecadar em menos de duas horas $160.000.

O artista canadense Tory Lanez também lançou músicas inéditas via NFT, em parceria com a Bondly. Com três faixas e peças de arte, o álbum se esgotou em menos de dois minutos e arrecadou mais de $400.000 em vendas brutas iniciais.

 

Imagem: reprodução

Usuários podem buscar músicas no Google apenas com um murmúrio

Procurar músicas no Google ficou ainda mais fácil. Isto porque, com a nova atualização da plataforma, basta murmurar um trechinho para encontrar aquela música que está na sua cabeça o tempo todo, mas você não sabe o nome!

Segundo o B9, o novo recurso batizado de “Hum to search” é capaz de identificar qualquer música, mesmo que a pessoa seja desafinada. É só clicar em “procure uma canção” ou pedir ao app “Qual é a canção?” e murmurar o trecho da música.

Para fazer o recurso funcionar, uma série de músicas foram digitalizadas em diversas faixas de instrumentos e vozes. Assim, para encontrar as músicas, foi usada uma espécie de machine learning capaz de “transformar o áudio em uma sequência numérica que represente a melodia da canção”. Além disso, diversas fontes como as gravações oficiais, canto, assobio e até murmúrio humano foram usados para criar uma base de dados eficiente para o usuário.

O recurso está disponível no Google Assistente e no aplicativo do Google para iOS e Android.

Foto:reprodução

Após denúncia, Spotify, Apple Music e YouTube removem músicas que reproduziam discurso de ódio

Após uma denúncia da BBC, Spotify, Apple Music, Deezer e Youtube resolveram remover dos seus catálogos, músicas e bandas que reproduziam discurso de ódio.

Segundo o B9, a BBC identificou pelo menos 30 bandas nas plataformas de streaming que reproduziam músicas com letras homofóbicas e racistas. Haviam até playlists de gênero ligadas ao nazismo.

É difícil quantificar a escala do problema. No entanto, a investigação da BBC encontrou facilmente pelo menos 20 canções com este tipo de conteúdo. Não foram revelados os nomes das bandas para não ajudar as pessoas a procurarem esse conteúdo odioso.

O que a BBC identificou:

– Músicas que glorificam as “nações arianas” (a filosofia racial nazista ensinava que os arianos eram a raça dominante);

– Bandas usando repetidamente estereótipos e linguagem anti-semitas, até celebrando o Holocausto;

– Playlists com curadoria pública no Spotify sob o título NSBM (National Socialist Black Metal), um gênero ligado ao nazismo;

– Mais de 30 grupos associados a organizações classificadas como grupos de ódio por grupos de direitos civis;

Para conseguir inserir esse tipo de músicas nas plataformas de streaming, muitas vezes os nomes dessas faixas eram alterados. Assim os algoritmos não conseguiam identificar esse conteúdo com discurso de ódio.

Em um mundo onde há 50 milhões de faixas no catálogo do Spotify, sendo que milhões destas não são ouvidas, as portas para este tipo de prática ficam abertas.

Rapidamente as plataformas começaram a se posicionar. Todas alegaram que não pactuam com esta prática de ódio, que vão contra suas diretrizes.

 

Foto: Reprodução