ENTENDA O PLANO DOS FÃS DE JULIETTE PARA COLOCÁ-LA EM PRIMEIRO LUGAR NO ITUNES

Recentemente, o G1 publicou uma matéria sobre como os fãs da cantora Juliette conseguiram criar um plano para colocá-la em primeiro lugar no iTunes em vários países. O plano deu tão certo, que as canções de Juliette chegaram a ficar em primeiro lugar em mais 60 países!

O portal conversou com fãs, que explicaram detalhes do plano. Veja a imagem abaixo para entender:

 

 

Para os fãs o plano é válido, já que neste caso, são eles mesmos que se organizaram para ajudar a cantora. Além disso, não há uso de robôs que simulam as compras. Eles fizeram compras reais da faixa. Portanto, a prática não pode ser considerada como fraude.

Outro destaque vai para a grande conexão e união existente entre fãs da Juliette e os de outros artistas BTS, BlackPink, Katy Perry e Lady Gaga.

Vale notar, que ainda neste ano fãs da Anitta também conseguiram se unir para que ela fosse a mais ouvida no Spotify.

O iTunes não se posicionou sobre o assunto até o momento.

 

Foto: Juliette, cantora e vencedora do BBB21 –  Divulgação

CEO DA UNIVERSAL MUSIC DIZ QUE A MÚSICA ESTÁ SOB UMA NOVA ONDA DE CRESCIMENTO E EVOLUÇÃO

Nesta semana a Universal Music, a maior detentora de direitos musicais no mundo, anunciou seus resultados financeiros do ultimo trimestre (Q3) pela primeira vez como uma empresa de capital aberto.

Em todas as suas divisões (música gravada, edição e outros formatos), a Universal Music teve receitas nos de €2,153 bilhões (aproximadamente US$2,5 bilhões nas taxas de câmbio atuais). O que significou um aumento de 17% a.a. nas receitas, e mais 6,5% de crescimento em relação ao 2º trimestre.

Além de apresentar os resultados financeiros, o Presidente e CEO da gravadora, Lucian Grainge, contou como a gravadora vem trabalhando para se manter na liderança em um mercado marcado por oscilações e novos hábitos de consumo.

Para Grainge, a música está seguindo uma “trajetória poderosa”, se referindo à pesquisa global publicada pela IFPI, onde se descobriu que a média de audição de música [por pessoa] cresceu para 18,5 horas por semana, e que nos últimos dois anos, a quantidade de tempo que os fãs gastaram em plataformas de streaming de áudio por assinatura aumentou 51%.

O CEO disse que o clima é de otimismo, já que as pessoas estão consumindo mais música e se conectando com artistas de maneiras nunca vistas:

“As pessoas não estão apenas curtindo mais música, mas também se conectando com artistas de maneiras que eram inimagináveis há alguns anos. Uma mistura diversificada de gêneros musicais está encantando os fãs em um cenário em expansão que inclui vídeos curtos, redes sociais, aplicativos de fitness, jogos, transmissões ao vivo, produtos digitais e muito mais”.

A fim de atender essa nova demanda por música em diferentes ambientes, a gravadora tem feito parcerias com aplicativos em diferentes segmentos como saúde e fitness. Um dessas parcerias foi realizada na última semana, a primeira na área medica, com a empresa de terapia digital, Medrhythms. O objetivo é criar novas formas de estimular partes do cérebro de um paciente através de músicas do catálogo da gravadora.

Pensando também em como atender os novos gostos por gêneros diferentes de música, Grainge falou na extensão de seu relacionamento com o grupo de Kpop BTS – o mais vendido mundialmente – e sobre o retorno do ABBA. Para comemorar os 40 anos da banda, foi lançado um novo álbum junto com um show inovador no qual os artistas se apresentarão como avatares em uma experiência de show digital imersiva em uma arena em Londres.

BTS – Divulgação

A notícia do próximo show levou o catálogo do ABBA ao topo das paradas de streaming e ganhou, em uma semana, mais de um milhão de seguidores no TikTok.

“Acredito firmemente que a indústria da música está apenas no início de uma nova onda de crescimento e evolução. Estamos posicionando o UMG para liderar esta evolução para o benefício de nossos artistas, fãs [e] obviamente acionistas”, concluiu o CEO.

Estudo da IPFI mostra os hábitos de consumo de música no mundo

A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), lançou nesta manhã (21) o resultado de seu estudo “Engaging with Music 2021” para descobrir os hábitos de consumo de música no mundo.

Para chegar aos resultados, a organização entrevistou 43.000 usuários de internet, de 16 a 64 anos, em vários territórios ao redor do mundo, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e outros.

No geral, a pesquisa identificou que os fãs não estão apenas ouvindo mais música, mas também, aproveitando para descobrir novas experiências e maneiras de se envolverem.

Graças ao streaming, fãs podem ouvir o que quiserem. Conforme a pesquisa 68% dos entrevistaram disseram que usam o streaming para pesquisar músicas específicas, enquanto 62% ouviram playlists mais de uma vez por semana, em alguma plataforma de streaming.

Em todo o mundo, os fãs de música estão tendo maior acesso a diferentes gêneros. Além dos estilos de músicas mais populares, foram citados mais de 300 gêneros, como o gqom, o axé e até o hokkien. Isso reflete que o cenário musical está cada vez mais rico, diverso e competitivo.

A música está impulsionando novas formas de envolvimento, gerando inovações, como vídeos curtos em aplicativos como o Tiktok, transmissões ao vivo e em games. O estudo da IFPI afirmou que 68% do tempo dos usuários em aplicativos de vídeo curtos, foram gastos em consumo de vídeos musicais, com sincronização labial ou desafios de dança. Além disso, um em cada três (29%) usuários afirmou ter assistido a uma transmissão ao vivo de música, como um show, nos últimos 12 meses.

O tempo gasto ouvindo música aumentou, mas nem tanto. Usuários de internet estão consumindo em média 18,4 horas ouvindo música (contra 18 horas em 2019), ou seja, uma pessoa pode ouvir cerca de 368 faixas de três minutos por semana.

Durante a pandemia a música contribuiu para o bem-estar das pessoas, proporcionando conforto e cura para muitos, especialmente para os mais jovens. 87% dos entrevistados disseram que a música proporcionou diversão e felicidade durante este momento. Enquanto 68% dos jovens de 16-19 anos disseram que os lançamentos de seus artistas favoritos os ajudaram neste período.

Apesar do aumento do consumo de música, a disponibilidade de música não licenciada continua sendo um problema para o ecossistema musical e continua impactando sua evolução. Quase um em cada três (29%) pessoas disseram usar métodos ou plataformas que não licenciam músicas, e 14,4% usaram plataformas de mídia social não licenciadas para fins musicais.

A CEO da IFPI, Frances Moore, disse que o “Engaging with Music 2021” mostra como os fãs ao redor do mundo estão se conectando com os artistas e a música. Agora as gravadoras precisam trabalhar em conjunto com as plataformas para criar experiências e garantir que artistas recebam de forma justa por seus trabalhos:

“A liberdade das gravadoras de licenciar música para essas experiências novas e envolventes é crucial para o crescimento futuro de todo o ecossistema musical. Estamos fazendo campanha em todo o mundo para garantir que os governos implementem um ambiente justo no qual esses acordos comerciais possam ser feitos.”, concluiu a CEO.

DISPARIDADE SALARIAL ENTRE GÊNEROS CHEGA A QUASE 30% EM GRAVADORAS NO REINO UNIDO

As principais empresas do Reino Unido publicaram estatísticas sobre a disparidade salarial entre mulheres e homens, e o Music Business Worldwide fez uma comparação entre as principais empresas do mercado musical, entre elas Universal Music, Sony Music, Warner Music, Spotify, e Live Nation para descobrir a desigualdade salarial entre os sexos na indústria.

O portal descobriu que a disparidade salarial entre homens e mulheres no mercado musical continua desigual. Desta forma, na Universal Music UK, homens receberam 28,2% a mais que mulheres em abril de 2020, já na Sony Music UK 25,4%, e na Warner Music UK 30%.

Avaliando outras empresas, a disparidade salarial média entre homens e mulheres no Spotify foi de 15,3%, enquanto na Live Nation 34,3%.

Em comparação aos últimos dados de 2019, a diferença salarial média entre os sexos (em 5 de abril de 2018), nas três principais gravadoras do Reino Unido, era de 29,6%. Especificadamente, 29,1% na Universal Music, 20,9% na Sony Music e 38,7% na Warner Music.

Para se chegar a esse resultado foi realizada uma média da ‘disparidade salarial entre homens e mulheres’. Foram somados todos os salários de cada gênero e, em seguida, dividindo esses valores pelo número total de homens ou mulheres.

A presença feminina das mulheres no mercado musical, principalmente nas funções mais altas, também é baixa. Na Warner Music UK, homens ocupavam 61% dos cargos mais altos, enquanto isso, apenas 39% eram mulheres (em abril de 2020). Na Sony Music UK, 61% dos funcionários eram homens e 39% eram mulheres. E na maior gravadora do mundo, Universal Music UK, 74% dos funcionários eram homens e 26% eram mulheres nos cargos superiores.

 

 

FOTO REPRODUÇÃO

RIAA: RECEITAS DE MUSICA GRAVADA CHEGAM A US$7,1 BILHÕES NOS EUA

Nesta segunda-feira (13) a Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA, sigla em inglês) divulgou dados atualizados sobre o mercado da música nos EUA para o primeiro semestre de 2021.

As receitas de música gravada nos EUA aumentaram 27% no primeiro e chegaram a marca de US$7,1 bilhões. Deste valor, cerca de dois terços vieram das assinaturas pagas dos serviços de streaming, batendo o recorde de 82 milhões de assinaturas no país.

Apesar do bom desempenho, o vice-presidente sênior de pesquisa e economia da RIAA, Joshua P. Friedlander, alertou que “os efeitos da Covid-19 continuaram afetando a indústria” com fechamento de lojas e cancelamentos de shows presenciais.

Para a RIAA, a pandemia também ajudou a diversificar o consumo de música, em redes sociais e diversos tipos de plataformas, gerando receitas significativas para o mercado.

Aqui estão alguns pontos destacados pelo creativeindustriesnews.com no relatório da RIAA:

> O streaming está movendo o negócio da música:

A receita de streaming de música cresceu 26%, gerando US$5,9 bilhões para a indústria americana, e representou 84% da receita total do período. Foram 840 BILHÕES de fluxos sob demanda na primeira metade do ano, um recorde que deve continuar sendo quebrado a medida que plataformas audiovisuais como TikTok e Twitch ganham cada vez mais popularidade.

> As assinaturas são os principais motores de crescimento:

Atualmente, as assinaturas pagas são responsáveis ​​pela maior parcela das receitas de música gravada nos EUA, um aumento de 26% a.a., chegando a US$4,6 bilhões no primeiro semestre de 2021. Elas representaram quase dois terços da receita total e 78% da receita de streaming.

No primeiro semestre de 2021, o número médio de assinaturas chegou 82 milhões, um aumento de 13% em comparação ao ano anterior.

> Receitas de plataformas com publicidade:

Durante o período, houve uma recuperação da publicidade nos serviços de streaming. Apesar das receitas representarem US$741 milhões, o aumento foi de apenas 3% em comparação ao ano anterior marcado pelo declínio de investimento das empresas durante o início da pandemia.

> As vendas de vinil aumentaram 94%

As vendas físicas foram de $690,1 milhões e aumentaram 75,7% graças ao crescimento do vinil. Os discos de vinil ressurgiram no primeiro semestre de 2021, com as receitas crescendo 94% (US$467 milhões).

ANÁLISE APONTA QUE AS TRÊS MAIORES GRAVADORAS DO MUNDO FATURAM US$2,5 M POR HORA

As maiores gravadoras do mundo, Universal Music, Sony Music e Warner Music começaram 2021 com seus faturamentos nas alturas. O Music Business Worldwide analisou os resultados financeiros do segundo trimestre de cada gravadora e descobriu alguns números interessantes.

Combinados, as três majors faturaram $4,63 bilhões nos últimos três meses (até o final de junho), com um aumento de 40,1% (ou + $1,32 bilhão) em relação ao mesmo período de 2020.

Ao adicionarmos as receitas de edição esse número chega a marca de US$5,60 bilhões no período, um aumento de US$1,53 bilhão (ou + 37,6%) em relação ao mesmo período do ano passado.

Isso quer dizer que atualmente, as três gravadoras estão gerando por dia US$61,5 milhões no mundo todo, ou US$2,56 milhões por hora!

Vale notar que o faturamento global da Universal Music trimestral (música gravada mais editora) cresceu US$607 milhões ano a ano, já a Sony Music (incluindo o Japão) aumentou suas receitas para US$592 milhões; e a Warner Music teve um aumento de $331 milhões.

Ao olhar para os últimos seis meses de 2021, é possível perceber que combinadas, as três majors geraram US$10,91 bilhões.

 

Foto: BTS, o grupo de KPop é o maior gerador de receita da Universal Music atualmente/Divulgação.

CEO DA WARNER MUSIC FALA QUE ÚLTIMO ANO FOI UM DOS MAIS SATISFATÓRIOS DE SUA CARREIRA

Os últimos doze meses foram decisivos para a Warner Music, não só pelo impacto da pandemia do Coronavirus na música em geral, mas também por ter sido o primeiro ano em que a gravadora se tornou uma empresa de capital aberto durante este período.

“Apesar do confinamento em casa, foi um dos mais satisfatórios em minha carreira”, disse o CEO da Warner Music Group, Steve Cooper, durante uma chamada com analistas para falar sobre o desempenho da gravadora.

A animação do CEO é válida, já que nos últimos três meses (Q3) a Warner Music faturou US$1,152 bilhão, um aumento de 34% a.a nas receitas, incluindo streaming, vendas digitais e físicas. Deste valor, vale notar que o streaming representou $781 milhões, um aumento de 32,6% ($192).

“Temos muita sorte, ao olhar para o nosso trimestre e poder comemorar as conquistas de nossa equipe global, artistas, compositores e parceiros durante este período”, acrescentou Cooper.

Sabemos que nada disso foi sorte, mas sim planejamento e visão. Durante a conversa, o CEO revelou algo que todos precisam estar atentos: hoje em dia, o mercado musical está para além de lançar álbuns, singles e vídeos. As gravadoras e selos precisam estar atualizados sobre as tecnologias, se quiserem crescer ao longo prazo.

Em seus comentários, Cooper falou que a WMG está “continuamente se transformando” para além do streaming. No caso, a visão da Warner Music é focar também em áreas como jogos, fitness digital e afins: “Os hábitos de consumo de entretenimento mudaram rapidamente durante a COVID e o crescimento em novos modelos de negócios tem se acelerado”, disse o CEO.

Foi possível perceber que a gravadora estava seguindo esta linha de visão quando comprou participações na plataforma de shows virtuais Wave, em maio, além de investir $520 milhões na plataforma de videogame Roblox, em janeiro.

Parece que a nova estratégia tem dado certo. De acordo com Cooper, esses investimentos em plataformas, incluindo Facebook, TikTok e a plataforma de fitness Peloton, “está [gerando] cerca de US$235 milhões em receitas anuais de música gravada para a empresa.

Diante de resultados tão incríveis, já podemos dizer que vem muito mais da Warner Music por aí: “Espere mais anúncios em um futuro próximo sobre novos investimentos, parcerias e colaborações”, anunciou Cooper.

Executiva do TikTok Br fala sobre impacto da plataforma na música

O que Little Nas X, Doja Cat, Fleetwood Mac têm em comum? Todos tiveram suas músicas viralizadas no TikTok. A essa altura é impossível para um artista na música não pensar na plataforma como uma grande ferramenta de promoção.

Em entrevista ao Meio e Mensagem, Roberta Guimarães, head de conteúdo musical do TikTok Brasil falou como o TikTok tem influenciado a música “e vice-versa”.

Para a executiva mensurar o tamanho da influência do TikTok na música é difícil, uma vez que, a plataforma é um grande impulsionador de tendências que atingem a milhões de pessoas no mundo todo:

“As músicas geram algo que vai além de apenas uma tendência, elas criam um momento cultural, contando histórias que se conectam tanto com as letras e danças, como com o movimento gerado por elas. Logo, essa influência é muito difícil de mensurar. Mas acho que fica claro quando hoje olhamos para o Top 50 dos principais charts de música e notamos que pelo a grande maioria das músicas saiu daqui ou se potencializou através do TikTok. Há duas semanas atrás, as 3 primeiras músicas mais consumidas nos streamings, no Brasil, começaram a se destacar dentro do TikTok”, explicou Roberta.

A executiva contou que a plataforma tem buscado parcerias entre gravadoras e distribuidoras para impulsionar a música na plataforma. Além disso, a empresa tem realizado contratos de licenciamento, assim como as demais plataformas de música digital.

“Nós sempre buscamos atuar junto a eles [artistas e gravadoras] para ajudar na adoção da plataforma como ferramenta de crescimento e promoção de músicas e carreiras artísticas. Estamos sempre presentes para partilharmos as melhores práticas com os artistas, para vermos como podemos desenvolver experiências únicas para os fãs dentro do TikTok e como conseguimos dar suporte e assistência para um novo talento, por exemplo, contou a executiva.

“Queremos também estar presentes e disponíveis em feiras de música, eventos de tecnologia ou conteúdo, por exemplo, como uma forma de estar acessíveis e compartilhando conhecimento”, complementou.

Roberta citou ainda que a plataforma tem trabalhado a conexão entre artistas e criadores para gerar ainda mais conteúdos relevantes para o público: “A ideia é que nosso universo de criadores esteja cada vez mais acessível e ligado aos criadores de músicas. Muitas vezes eles são, inclusive, diretores artísticos de projetos com músicos, já que são grandes especialistas na linguagem e na relevância cultural dentro da plataforma”.

Mas afinal, existe alguma dica para ter o mesmo sucesso que Little Nas X, Doja Cat e tantos outros artistas tiveram com a ajuda do TikTok?  Bom, sentimos dizer, mas a resposta é não!

“Se eu te falar que tem uma fórmula, vou estar mentindo, mas existe um fator comum que é a participação dos artistas e a geração de conteúdo por eles. Os artistas sempre serão o agente principal da comunicação de suas próprias músicas. Além disso, a audiência do TikTok gosta do que é real, então, para um artista criar relevância na plataforma ele precisa estar conectado e ele pode fazer isso de diversas maneiras: interação com as trends, interação com os fãs, estimular os fãs a usarem a criatividade, estar presente”, concluiu Roberta.

 

Foto: Malte Wingen/Unsplash

SOM LIVRE DEVE SER VENDIDA EM BREVE POR US$300 MILHÕES

Nesta quarta-feira (17), o Music Business Worldwide, confirmou com fontes diretas a venda da Som livre por um  valor estimado em US$300 milhões

Enquanto as três maiores gravadoras (Universal Music, Warner Music e Sony Music) estão de olho na Som livre, outras menores como a Believe, sediada em Paris, também podem fazer a aquisição.

Em novembro do ano passado, Jorge Nóbrega, Presidente Executivo da Globo já havia citado em entrevista para o Brasil Calling, a possibilidade de venda da gravadora por conta da nova estratégia da empresa:

“A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sair do negócio da gravadora tradicional e focar em [nossa] estratégia D2C.”, afirmou o executivo durante a entrevista.

Marcelo Soares, diretor geral da Som Livre, também participou da entrevista e revelou que se sentia orgulhoso sobre os resultados da gravadora: “O Brasil é um mercado onde a música local representa quase 70% do consumo total. A Som Livre, com foco integral na música brasileira, cresce há mais de 10 anos consecutivos em uma velocidade maior que o mercado. Ter alcançado a posição de terceira maior gravadora do Brasil com conteúdo apenas brasileiro nos enche de orgulho.

Desde a entrevista, o processo de venda se acelerou, com vários potenciais pretendentes de olho na empresa. O MBW confirmou que o processo está chegando ao fim e em breve será anunciado oficialmente.

Atualmente, a Som Livre é a maior gravadora nacional do Brasil e pertence ao Grupo Globo, empresa de multimídia que movimentou R$14,09 bilhões em 2019 (cerca de US$2,5 bilhões pelo câmbio atual).

Além disso, a gravadora é a terceira maior do Brasil em market share, atrás da Sony Music e da Universal Music, mas à frente da Warner Music.

Fundada em 1969 por João Araújo, a Som Livre foi criada para lançar trilhas sonoras de novelas da Globo. Em seguida, evoluiu para a contratação de artistas nacionais como Rita Lee, Novos Baianos e Tim Maia, além de artistas mais contemporâneos como Gusttavo Lima e Wesley Safadão.

 

Imagem: Reprodução/Wesley Safadão lançou discos, incluindo álbum ao vivo de 2015, Ao Vivo em Brasília, pela Som Livre

Agência Olga, Warner Music e ADA anunciam criação de novo selo musical

Nesta semana a Agência Olga anunciou parceria com a Warner Music e distribuidora ADA, para lançar um novo selo musical. De acordo com o Popline, o novo selo, nomeado Olga Music, deseja inovar o mercado fonográfico e transformar a relação entre artistas e distribuidoras.

A nova empresa chega ao mercado musical com o intuito de oferecer serviços também de distribuição, além de desenvolvimento de carreiras e, principalmente, trabalhar em conjunto com os artistas na elaboração de parcerias e captação de patrocínios: “A Olga Music nasce com uma proposta de estar perto do artista, de ouvir, de entender suas demandas e fazer com que sua música chegue cada vez mais longe”, contou João Magalhães, sócio fundador da Agência Olga.

“Acreditamos em um novo modelo de selo e distribuição que traga não só o alcance nas plataformas, mas também uma preocupação com a música, com os lançamentos e desenvolvimento da carreira de cada um que estiver ao nosso lado. Começar esse projeto junto a uma gravadora como a Warner Music Group e de umas das maiores distribuidoras do mundo, a ADA, é o combustível que a gente precisava para fazer esse sonho sair da gaveta.”, complementou Magalhães.

A Agência Olga é conhecida por criar a Nova Orquestra, que já se apresentou no palco Sunset do Rock in Rio, além de desenvolver projetos como a Music Experience, primeira plataforma de masterclasses do mercado da música.

O selo entra no mercado com um casting de estilo musicais diversificados e nomes em ascensão na música brasileira. Como a atriz, cantora e influenciadora digital Clarissa; Tibí, que já foi o 2º lugar no reality musical Superstar e ex-The Voice Brasil 2020; Paulo Novaes, compositor que tem um feat com o duo Anavitória e Rubel; João Bragança, autor de “Fiz Pra Você”, regravada por Anitta; e Kaká, ex-vocalista da banda Catch Side e ex-apresentador do programa TV Globinho.

 

 

Imagem: reprodução