TikTok pode estar se preparando para investir em direitos musicais

O TikTok está avançando ainda mais no mercado de música. A plataforma, famosa por seus vídeos curtos, parece estar se planejando para adquirir e investir em direitos musicais.

De acordo com análise feita pelo portal Music Business Worldwide, o TikTok está procurando profissionais experientes em investimento, consultoria de gestão e private equity para liderar esta iniciativa. As posições incluem um Gerente de Investimento em Conteúdo Musical e um Líder de Investimento em Conteúdo Musical. As responsabilidades variam desde a implementação de estratégias de investimento até a avaliação financeira detalhada de empresas e ativos musicais.

O TikTok parece estar se preparando para competir no mercado de fusões e aquisições musicais, um movimento que pode preocupar grandes detentores de direitos musicais. A plataforma poderia usar esta estratégia para adquirir direitos de músicas de artistas independentes antes que eles se tornem populares e assinem com grandes gravadoras, potencialmente ganhando uma vantagem no setor.

Além disso, a possibilidade do TikTok investir em músicas que se tornam virais em sua plataforma levanta questões sobre a promoção de conteúdo próprio versus conteúdo de grandes gravadoras. Este movimento poderia influenciar outras plataformas, como YouTube e Instagram, a considerar estratégias semelhantes.

Resta saber em que tipo de empresas o TikTok pretende investir, especialmente considerando o crescente interesse em inteligência artificial no mercado musical. A evolução do TikTok neste campo será acompanhada de perto por toda a indústria musical.

Foto;  izzuanroslan/Shutterstock

CISAC Lança Relatório Anual de 2024: Destaques e Prioridades

A CISAC (Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores) divulgou na última semana seu Relatório Anual de 2024. O documento oferece uma visão detalhada do trabalho da organização em prol das sociedades de gestão coletiva e dos milhões de criadores que representa globalmente.

A entidade, que é considerada como o núcleo da maior e mais diversificada rede criativa do mundo, reúne 225 sociedades membros em 116 países. O relatório enfatiza as principais prioridades da organização, especialmente a defesa dos direitos dos criadores em um momento crucial marcado pela ascensão da Inteligência Artificial (IA).

Principais Destaques do Relatório:

  1. Aquisição das Ferramentas CIS-Net: A CISAC agora controla os sistemas de troca de dados entre sociedades, adaptando-os para atender às necessidades empresariais em constante evolução.
  2. Adoção do ISWC: A CISAC continua a promover a adoção do Código Internacional Padrão de Obras Musicais (ISWC). Novos serviços estão sendo oferecidos a fornecedores de serviços digitais (DSPs) e de dados.
  3. Estrutura Legal no Ambiente de IA: A CISAC tem atuado ativamente na defesa dos direitos dos criadores no contexto da IA, realizando apresentações legislativas e dialogando com líderes governamentais.
  4. Direitos Autorais e Crescimento de Mercado: O relatório detalha o envolvimento da CISAC com a China e outros territórios, como África do Sul, Bulgária, Chile, Geórgia, Coreia e Nova Zelândia, para fortalecer os direitos autorais.
  5. Relações Internacionais: A CISAC mantém relações com organizações como OMPI e UNESCO, destacando várias intervenções importantes para promover e proteger os direitos dos criadores.
  6. Campanhas Internacionais: O documento descreve o lobby contínuo da CISAC em prol dos direitos dos artistas visuais e audiovisuais, incluindo a implementação do direito de sequência e um direito irrenunciável de remuneração.

O relatório inclui ainda prefácios do presidente da CISAC, Björn Ulvaeus, e do presidente do Conselho, Marcelo Castello Branco, além de uma sessão de perguntas e respostas com o diretor-geral Gadi Oron, resumindo as realizações da organização nos últimos 12 meses.

Este Relatório Anual reafirma o compromisso da CISAC em adaptar-se às mudanças do mercado e garantir a proteção dos direitos dos criadores em um cenário global cada vez mais influenciado pela tecnologia.

Confira o relatório na integra: https://www.cisac.org/

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Relatório da Goldman Sachs Revela Perspectivas Otimistas para a Indústria Musical até 2030

O relatório anual “Music In The Air” da Goldman Sachs traz novidades promissoras para a indústria musical, com previsões otimistas até 2030. Destaques incluem aumentos contínuos nos preços dos serviços de streaming, oportunidades crescentes de inteligência artificial e superfãs, além de um renascimento no setor de música ao vivo.

De acordo com análise do Complete Music Update, os analistas da Goldman Sachs identificaram 2023 como um ponto de virada para a indústria, destacando aumentos de preços nos serviços de streaming e mudanças na alocação de receitas. Embora algumas mudanças possam gerar preocupações de curto prazo, como a evolução da inteligência artificial generativa e a alocação de faixas, o relatório permanece predominantemente otimista.

Para o futuro, prevê-se mais aumentos nos preços dos serviços de streaming, acordos de licenciamento de IA e novas receitas de superfãs. Além disso, há expectativas de crescimento para o setor de música ao vivo e edição musical até 2030, com uma taxa anual prevista de 7,6%, superior ao relatório do ano anterior.

No entanto, os serviços de streaming financiados por anúncios, como os níveis gratuitos do Spotify, têm enfrentado desafios recentes. O relatório prevê uma melhoria gradual nas receitas desses serviços ao longo de 2024, mas reduziu as previsões de crescimento para o período de 2024-2030 devido a uma recuperação mais lenta do que o esperado e perspectivas menos otimistas sobre as receitas de plataformas emergentes, como o TikTok.

Diante do aumento dos preços das assinaturas, espera-se uma crescente lacuna de valor entre ofertas freemium e premium. Estratégias para melhorar a monetização de serviços de streaming de áudio suportados por anúncios podem incluir mais anúncios, taxas de publicidade mais altas ou a introdução de um serviço de nível médio, semelhante ao modelo adotado por plataformas de vídeo.

Apesar dos desafios, a indústria continua focada em converter usuários gratuitos em assinantes premium, especialmente em mercados emergentes. A base de usuários suportados por anúncios nesses mercados oferece uma oportunidade atraente para adquirir novos assinantes ao longo do tempo.

No segmento de música ao vivo, o relatório é bastante otimista, refletindo o crescimento significativo em 2023. Receitas estimadas de 33,1 bilhões de dólares indicam um aumento de 25% em relação ao ano anterior, impulsionado por uma agenda forte e artistas como Beyoncé e Taylor Swift que retornaram aos palcos após a pandemia.

Em resumo, o relatório da Goldman Sachs oferece uma visão positiva para o futuro da indústria musical, destacando oportunidades de crescimento em diversos segmentos e uma perspectiva otimista até 2030.

 

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Warner Music Group Revela Interesse na Believe

Hoje, 7 de março, o Warner Music Group (WMG) confirmou sua abordagem ao conselho da Believe, uma empresa francesa de música, para iniciar discussões sobre uma possível aquisição. A oferta potencial é avaliada em US$1,8 bilhão.

Conforme o Music Business Worldwide, em um comunicado aos investidores, o WMG reiterou seu interesse na transação, destacando benefícios estratégicos e financeiros para todas as partes envolvidas. A proposta, que avalia a Believe em 17 euros por ação, representa um aumento de 13% em relação à oferta anterior de um consórcio sueco.

No entanto, a abordagem da Warner enfrenta desafios, incluindo a tentativa do consórcio sueco, liderado pelo CEO da Believe, Denis Ladegaillerie, de adquirir uma parcela significativa da empresa. O WMG expressou preocupações sobre renúncias às regulamentações francesas, questionando a validade dessas ações.

A Warner está aguardando acesso às informações necessárias para apresentar uma oferta formal, enquanto a Believe continua a considerar suas opções em meio a essa disputa de aquisição.

Aguardam-se desenvolvimentos futuros nesta potencial transação entre as duas empresas de música.

Foto: completemusicupdate.com/reprodução

 

Negociações de licenciamento de músicas Fracassam entre Universal Music Group e TikTok

As negociações de renovação de licença entre o Universal Music Group (UMG) e o TikTok atingiram um impasse, resultando na imediata interrupção da licença de conteúdo da grande gravadora para a plataforma.

De acordo com o MusicAlly, com o acordo expirando hoje, a UMG, juntamente com seu braço editorial UMPG, deixará de fornecer conteúdo ao TikTok.

A disputa veio à tona depois que a UMG publicou uma carta aberta explicando sua decisão de pausar as negociações, alegando que o TikTok propôs um acordo de valor significativamente inferior ao anterior, não refletindo o crescimento da plataforma. Por outro lado, o TikTok acusou a UMG de priorizar a ganância sobre os interesses de seus artistas e compositores.

A carta da UMG destacou três principais pontos de discordância: a questão financeira, a utilização de inteligência artificial (IA) na plataforma e problemas de segurança e conteúdo. A UMG criticou a proposta financeira do TikTok, que representaria apenas uma fração da taxa de outras plataformas sociais similares. Além disso, a grande gravadora expressou preocupações sobre a IA e suas potenciais consequências para os artistas humanos.

Ambas as empresas estão agora enfrentando perguntas sobre o futuro de sua parceria. Enquanto o TikTok enfatiza o impacto da retirada do catálogo da UMG em sua plataforma de promoção e descoberta de talentos, a UMG reconhece o impacto em seus artistas e fãs, mas mantém sua posição sobre a necessidade de um acordo justo.

À medida que a disputa se intensifica, ambas as empresas enfrentam desafios significativos em manter o ritmo e encontrar um terreno comum. A resolução desse impasse será crucial não apenas para as partes envolvidas, mas também para o setor de música como um todo.

Spotify Anuncia Redução de 17% na Força de Trabalho, Afetando Mais de 1.500 Empregos

O Spotify revelou hoje que está fazendo uma redução de aproximadamente 17% de sua força de trabalho global, afetando mais de 1.500 empregos. A decisão foi comunicada aos funcionários através de uma nota do cofundador e CEO, Daniel Ek, publicada online.

Conforme o Music Business Worldwide, esta é a terceira rodada de cortes de empregos da empresa de streaming em 2023. Em janeiro, o Spotify anunciou a eliminação de mais de 500 empregos em todo o mundo, representando cerca de 6% de sua força de trabalho. Em junho, a empresa reduziu em 200 o número de funcionários em sua divisão de podcast, aproximadamente 2% da força de trabalho total na época.

Daniel Ek justificou a decisão, mencionando que o crescimento econômico diminuiu significativamente, e o custo de capital aumentou. Em um memorando aos funcionários, Ek explicou que, apesar dos esforços para reduzir custos no último ano, a estrutura ainda é grande demais para atender aos objetivos futuros da empresa.

Além da redução de pessoal, o Spotify também congelou imediatamente todas as contratações em todo o mundo, retirando todos os cargos do quadro oficial de empregos. Essa medida ocorre em meio a cortes de empregos em toda a indústria de tecnologia, com mais de 240.000 empregos cortados globalmente em 2023, segundo relatos do TechCrunch no final de novembro.

Daniel Ek reconheceu que a decisão terá um impacto significativo na equipe e expressou compreensão sobre a dificuldade que isso representará. A empresa considerou fazer reduções menores ao longo dos próximos anos, mas Ek decidiu que uma ação substancial era necessária para alinhar o Spotify com seus objetivos financeiros e operacionais.

Foto: TT News Agency / Alamy

ONERPM LANÇA DUAS NOVAS EMPRESAS PARA ATENDER GRAVADORAS E ARTISTAS INDEPENDENTES

A ONErpm, empresa musical sediada em Nashville, ampliou suas ofertas com o lançamento de dois novos serviços: a plataforma de software como serviço (SAAS) chamada ONErpm Enterprise Solutions e o serviço de distribuição de artistas DIY, chamado OFFstep.com.

De acordo com o Music Business Worldwide, o objetivo da empresa é atender às necessidades específicas de gravadoras e artistas independentes, agilizando a distribuição digital de música e vídeo, bem como operações diárias, como campanhas de marketing e gerenciamento de pagamentos.

O OFFstep.com, o primeiro projeto da ONErpm Enterprise Solutions, é um serviço de distribuição DIY que permite que artistas independentes carreguem e distribuam lançamentos ilimitados, mantendo 100% de seus royalties. A plataforma é descrita como uma “prova de conceito sofisticada” e oferece planos adicionais para atender às diversas necessidades dos artistas, desde o Básico de US$12 por ano até o Avançado de US$96 anuais compartilhado por até quatro artistas.

A migração do serviço de distribuição básico da ONErpm para o OFFstep é uma resposta aos desafios do mercado digital em constante evolução. A empresa agora se concentra em estabelecer parcerias apenas com artistas e gravadoras com quem já possui relacionamentos, direcionando os clientes DIY para o OFFstep.

O CEO Emmanuel Zunz destaca a importância de parcerias com empresas que compartilham a visão de utilizar a tecnologia para impulsionar os negócios.

 

Foto: divulgação

Sony Music Gera US$2,33 Bilhões com Música no Terceiro Trimestre de 2023

A Sony Group Corp anunciou hoje (9 de novembro) que sua operação global de direitos musicais, abrangendo música gravada e edição musical, gerou US$2,33 bilhões nos três meses até setembro de 2023. Isso representa um aumento de 8,3% em relação ao ano anterior.

Conforme análise feita pelo Music Business Worldwide, a divisão de música gravada da Sony contribuiu significativamente para esse sucesso, gerando US$1,757 bilhão no terceiro trimestre de 2023, um aumento de 8,4% em comparação com o trimestre equivalente do ano anterior. O streaming de música desempenhou um papel fundamental, gerando US$1,204 bilhão, um aumento de 9,5% em relação ao ano anterior.

As vendas de música física, por outro lado, apresentaram uma queda de 18,1%, atingindo US$144,3 milhões durante o mesmo período.

A operação de edição de música da Sony, liderada pela Sony Music Publishing, também teve um desempenho sólido, gerando US$572,9 milhões, um aumento de 7,7% em relação ao ano anterior. O streaming de publicação musical teve um crescimento de 9,9% ano a ano, contribuindo para esse resultado.

No geral, a divisão corporativa de música da Sony registrou um lucro operacional trimestral de 81,0 bilhões de ienes (US$561 milhões) no terceiro trimestre de 2023, com uma margem operacional de 19,8%.

Esses números demonstram um desempenho excepcional no setor musical para a Sony no terceiro trimestre de 2023, solidificando sua posição como uma das principais forças da indústria.

Foto: Travis Scott, artista da Sony Music com o álbum mais vendido no último trimestre.

Em conferência, Anitta Revela insights que usa para Preservar sua Identidade Artística

A cantora Anitta, uma das atrações principais da Rio Innovation Week, compartilhou sua trajetória de sucesso e insights sobre empreendedorismo durante sua palestra realizada nesta quarta-feira no Píer Mauá.

De acordo com O Globo, a cantora destacou a importância de pensar a longo prazo no empreendedorismo e revelou sua estratégia para não se comparar com outras cantoras da atualidade. A artista enfatizou que evita ouvir o trabalho de suas colegas na música, explicando que isso a ajuda a manter sua singularidade artística.

“Tenho muito isso de não olhar o trabalho das outras cantoras. Não vejo, não procuro. Porque se você faz isso, acaba fazendo igual. Mas o seu trabalho é muito único. Só ouço música antiga”, afirmou Anitta.

Além disso, a cantora abordou a relação complexa dos artistas com as redes sociais, destacando as demandas intensas do público brasileiro por uma interação constante. Ela enfatizou as diferenças entre o comportamento do público nacional e internacional nas redes sociais, ressaltando a necessidade de os artistas equilibrarem a exposição pública com a preservação de sua privacidade.

“Muito complicado. O Brasil é muito intenso. Gosta de quem posta 24h por dia, cada detalhe de sua intimidade. Lá fora é o oposto, o artista se preserva. Pra gente é um exercício sobre qual momento você tem que aparecer e qual momento deve se preservar. A gente tem que lidar com as estratégias”, explicou Anitta.

 

Foto: Ricardo Ferreira / O Globo

PRO-MÚSICA: Crescimento de 12,6% impulsiona Mercado Fonográfico Brasileiro em 2023

A Pro-Música, representante das principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, anunciou um crescimento de 12,6% no mercado fonográfico brasileiro durante o primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso resultou em um faturamento de R$1,191 bilhão, considerando apenas as receitas nos formatos digital e físico.

De acordo com a entidade, o streaming desempenhou um papel crucial nesse crescimento, representando 99,2% das receitas, um aumento de 12,4% que totalizou R$ 1,181 bilhão. As receitas provenientes de assinaturas em plataformas digitais alcançaram R$ 775 milhões, um aumento de 17,8%. Enquanto isso, o faturamento gerado por streaming com publicidade foi de R$406 milhões, com um aumento de 3,2% em relação ao primeiro semestre de 2022.

As vendas físicas tiveram um faturamento de R$ 8 milhões, representando apenas 0,6% do total da indústria fonográfica brasileira no primeiro semestre. Os discos de vinil lideraram as vendas físicas nos primeiros seis meses de 2023, totalizando R$5 milhões, seguidos pelos CDs, que atingiram R$3 milhões.

Para Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil, “A distribuição de gravações musicais pelas plataformas de streaming é a principal fonte de receitas do setor, portanto, imprescindível para que os produtores fonográficos continuem a investir no desenvolvimento artístico e descoberta de novos talentos musicais, na produção, marketing e promoção da música e dos artistas”.

A entidade ressalta que quase a totalidade dos royalties recebidos por artistas e compositores musicais pelo mercado atual provém do streaming, tanto no Brasil quanto no mundo. Isso permitiu uma oferta extraordinária de diversidade musical e de artistas para o consumidor final. No Brasil, o repertório nacional domina as plataformas de streaming, com apenas uma música internacional entre as 50 mais ouvidas.

“Este levantamento demonstra que o mercado fonográfico brasileiro continua a crescer de forma saudável e sustentável. Com as gravadoras e distribuidoras, tanto nacionais quanto internacionais, investindo no futuro do negócio no Brasil, beneficiando toda a cadeia produtiva da música gravada”, concluiu Paulo Rosa.