MERCADO FOFOGRÁFICO BATE RECORDES NO PAÍS

Um pequeno resumo sobre o mercado fonográfico que saiu hoje, no jornal O Globo. O mercado Brasileiro registrou crescimento de 21% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período no ano anterior.

1. Crescimento do Mercado Fonográfico: O mercado fonográfico brasileiro está em expansão contínua, impulsionado principalmente pelas plataformas digitais de streaming. Esse crescimento beneficia diretamente os artistas e profissionais da música.
2. Impacto das Plataformas de Streaming: As principais plataformas como Spotify, Deezer e Amazon Music têm papel central na receita do setor, tanto através de assinaturas quanto da publicidade. O acesso gratuito com anúncios também amplia o alcance das plataformas.
3. Desafios e Fraudes: A indústria enfrenta desafios como a manipulação de dados e o problema dos “streams falsos”, que precisam ser combatidos para manter a integridade do mercado.
4. Liderança do Streaming no Setor: As receitas de streaming dominam o mercado fonográfico, mas formatos físicos, como discos de vinil e CDs, também têm se mostrado resilientes, com crescimento significativo.
5. Profissionalização dos Artistas: O sucesso para os artistas independentes depende de uma estrutura profissional sólida, que inclui parcerias e gerenciamento estratégico.
6. Relevância da Assinatura Digital: A Altafonte que atende um seleto grupo de artistas, aponta que o mercado brasileiro vem crescendo há alguns anos chegando ao pico ocorrido na década de 1990, graças às assinaturas digitais, redes sociais, trilhas e séries.
7. Crescimento na arrecadação de Direitos Autorais: Segundo Marcelo Castello Branco, CEO da UBC, o mercado está mais democrático na era digital. Entretanto, aponta a necessidade da contratação das agências especializadas no monitoramento dos dados.

Esses pontos destacam como o setor fonográfico brasileiro está se adaptando e prosperando no cenário digital, ao mesmo tempo que enfrenta desafios como a profissionalização dos artistas independentes.

Foto; reprodução

Mercado Fonográfico Brasileiro Cresce 21% no Primeiro Semestre de 2024 com Predomínio do Streaming

O mercado fonográfico brasileiro registrou um crescimento de 21% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando um faturamento de R$ 1,442 bilhão. Os dados foram divulgados pela Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras do país.

Conforme a Rolling Stone Brasil, o  streaming continua dominando o setor, representando 99,2% das receitas. As assinaturas de plataformas digitais renderam R$ 995 milhões, com um crescimento de 28,4%. O streaming remunerado por publicidade gerou R$ 436 milhões, alta de 6,6%.

Segundo Paulo Rosa, presidente da Pro-Música, o crescimento é resultado dos investimentos feitos pelas companhias na produção de conteúdo nacional e no desenvolvimento de artistas brasileiros.

As vendas físicas representam apenas 0,6% do faturamento total, com R$9 milhões. Nesse formato, o vinil se destaca, gerando R$6 milhões, enquanto os CDs somaram R$2,5 milhões. As outras receitas digitais, como downloads e conteúdos para telefonia móvel, totalizaram R$3 milhões, equivalentes a 0,2% do total.

 

Foto: Freepik

Música de Anime cresce no Spotify e ganha espaço com nova parceria

O Spotify divulgou que os streams globais de música de anime em sua plataforma aumentaram 395% desde 2021. Além disso, os usuários criaram 6,7 milhões de playlists de anime.

De acordo com o Music Business Worldwide, a popularidade crescente desse gênero levou o Spotify a anunciar uma parceria com a Crunchyroll, plataforma de streaming de anime. Juntas, elas vão trazer playlists personalizadas para o hub de Anime do Spotify, que agora também contará com uma prateleira dedicada ao conteúdo da Crunchyroll.

Essa colaboração fortalece a conexão entre anime e música, com a Crunchyroll ampliando sua presença na indústria musical. A empresa, comprada pela Sony em 2021, já tinha se unido à Sony Music Entertainment Japan para licenciar conteúdo musical fora do Japão. Agora, a Crunchyroll lança o podcast “Crunchyroll Presents: The Anime Effect,” com convidados como o rapper Denzel Curry e a estrela do J-Pop LiSA, que discutem as últimas notícias do universo anime.

O chefe de música do Spotify no Japão, Kyota Onishi, destacou a importância do hub de Anime na plataforma, dizendo que ele se tornará indispensável para a cultura anime. A receita do anime fora do Japão cresceu 111,1% em 2022, refletindo a expansão global do gênero, que também está impactando o mercado de música em japonês, segundo a Luminate.

Esses movimentos indicam que a música de anime está se consolidando como uma força relevante na indústria musical global, impulsionada pela crescente demanda e novas parcerias estratégicas.

Foto; Postmodern Studio/Shutterstock

Warner Music Group Passa por Reestruturação Global e Max Lousada Deixa o Cargo de CEO de Música Gravada

A Warner Music Group (WMG) está passando por uma grande reestruturação em sua operação de música gravada. Max Lousada, que atuou como CEO Global de Música Gravada nos últimos oito anos e esteve na empresa por 20 anos, deixará o cargo ao final do ano fiscal da companhia, em 30 de setembro. Lousada continuará como assessor do WMG até 31 de janeiro de 2025.

De acordo com o Music Business Worldwide, a partir de 1º de outubro, Elliot Grainge, fundador da 10K Projects, assumirá o cargo de CEO do Atlantic Music Group, que engloba a Atlantic Records, 300 Elektra Entertainment e a própria 10K Projects. Grainge, que se juntou à equipe de liderança global da WMG após a empresa adquirir 51% da 10K Projects por US$ 102 milhões no ano passado, trabalhará ao lado de Julie Greenwald, que foi nomeada presidente do Atlantic Music Group. Ambos se reportarão a Robert Kyncl, CEO do WMG.

Nos EUA, a operação musical gravada da Warner será organizada em dois grupos de gravadoras. O Atlantic Music Group, liderado por Grainge, abrigará várias marcas importantes, enquanto a Warner Records, na Costa Oeste, terá agora também a supervisão da Warner Music Nashville, Nonesuch e Reprise.

Globalmente, a Warner adotará uma “estrutura mais plana” em suas operações musicais, eliminando as funções de CEO e Presidente Internacional de Música Gravada. Os líderes regionais e divisionais agora se reportarão diretamente a Kyncl. Simon Robson supervisionará as operações na Europa, Oriente Médio e África (EMEA), enquanto Alejandro Duque continuará liderando a América Latina (LATAM). Um novo líder será nomeado para supervisionar a região Ásia-Pacífico (APAC).

Essas mudanças fazem parte de uma reestruturação mais ampla que inclui a redução de 10% no quadro global de funcionários da WMG até o final de setembro de 2024, afetando cerca de 600 trabalhadores. Parte dessas demissões está ligada ao fechamento ou venda de propriedades de mídia, como HipHopDX e UPROXX, vendidas recentemente.

Max Lousada, ao comentar sua saída, destacou o legado de uma empresa que valoriza a criatividade dos artistas e ajudou a lançar carreiras de superestrelas. Ele expressou confiança na nova estrutura e na equipe que permanecerá à frente da WMG: “Ao longo das últimas duas décadas, criamos juntos algo especial na Warner: uma companhia musical construída para artistas, onde vozes originais são defendidas, onde a sua criatividade é honrada e protegida, e onde carreiras de superestrelas são iniciadas.

“Estou orgulhoso de ter criado uma equipe de classe mundial que compartilha essa visão e cujo empreendimento e energia trouxeram novos rótulos, reconstruíram marcas icônicas, expandiram nossa rede global e foram pioneiros em novas experiências para os fãs. O negócio da música sempre foi uma questão de evolução e chegou a hora de construir algo novo. Ajudarei a equipe nessa transição e não tenho dúvidas de que eles continuarão a desenvolver artistas que movem o mundo.”

Foto; divulgação

Disney Music se une a startup de inteligência artificial para explorar novas possibilidades na música

A Disney Music Group (DMG) anunciou uma nova parceria com a startup de inteligência artificial AudioShake, visando abrir seu extenso catálogo musical para novas oportunidades de marketing e criatividade.

De acordo com o Music Business Worldwide, a AudioShake é conhecida por usar IA para desconstruir faixas musicais em hastes, que podem ser usadas para remixes, samples e outras aplicações.

A tecnologia da AudioShake permite separar vocais ou diálogos de instrumentos, o que é especialmente útil para gravações antigas que não possuem múltiplas faixas. A startup arrecadou US$2,7 milhões em uma rodada inicial no ano passado, elevando seu total de fundos para mais de US$5 milhões.

O catálogo da Disney Music inclui desde as primeiras gravações do Mickey Mouse até clássicos contemporâneos de diversos gêneros. No entanto, muitas dessas gravações não possuem hastes, o que limita seu uso em licenciamento, remasterização e novos formatos como áudio imersivo e vídeos com letras.

Com o novo acordo, a Disney Music utilizará a tecnologia de separação de hastes da AudioShake para abrir essas gravações para novos usos. Além da separação de hastes, a DMG também usará a ferramenta de transcrição de letras automatizada da AudioShake, melhorando os metadados de seu catálogo e expandindo formatos como vídeos de letras.

David Abdo, vice-presidente sênior e gerente geral do Disney Music Group, expressou entusiasmo pela parceria: “Estamos entusiasmados em expandir nosso trabalho existente de separação de hastes, bem como integrar o sistema de transcrição de letras do AudioShake. A AudioShake é um ótimo exemplo de tecnologia de ponta que pode beneficiar nossos artistas e compositores, e a equipe da AudioShake tem sido parceira fantástica.”

Foto; divulgação_Disney

Spotify gerou R$1 bilhão de receita a artistas brasileiros em 2022

De acordo com dados revelados no mais recente relatório Loud & Clear, o Spotify gerou uma receita de quase R$1 bilhão para artistas brasileiros ao longo do ano de 2022. Essa marca representa um crescimento de 27% em relação ao ano anterior, superando em quase o dobro o aumento geral da indústria musical no país.

Conforme análise da Exame, o que se destaca nesse avanço é a participação fundamental dos artistas independentes nesse sucesso. Com seu papel cada vez mais relevante, esses artistas têm contribuído significativamente para a elevação dos ganhos na plataforma. No intervalo de cinco anos, o montante gerado por artistas brasileiros no Spotify cresceu cinco vezes.

A executiva Carolina Alzuguir, Head de parcerias com artistas, gravadoras, selos e distribuidoras no Spotify Brasil, comentou que essa ascensão nos ganhos é resultado de uma combinação de fatores. O aumento da dimensão da plataforma, o número crescente de usuários pagantes e anunciantes têm sido peças-chave nesse sucesso. Além disso, a empresa está investindo na expansão das fontes de receita para músicos, incluindo a venda de mercadorias e a promoção de shows.

Uma tendência interessante também apontada pelo relatório é o foco do Spotify em estreitar laços com artistas independentes. O número de artistas recebendo royalties anuais na faixa entre R$ 50 mil e R$ 500 mil quadruplicou desde 2017. O acesso a dados detalhados sobre o consumo de música tem proporcionado a esses artistas uma compreensão mais profunda do comportamento de seu público, auxiliando em decisões estratégicas como a montagem de setlists para shows.

Carolina Alzuguir reforça que esse avanço não apenas beneficia os músicos, mas também influencia todo o mercado musical. Contratantes de shows, programas de TV e até os fãs se beneficiam do acesso a esses dados, tornando a relação entre os artistas e seu público mais dinâmica e interativa.

Além dos dados internos, o Loud & Clear utiliza informações da International Federation of the Phonographic Industry para avaliar o impacto econômico da plataforma.

 

Foto: Daniel Ek: CEO do Spotify (Ilya S. Savenok/Getty Images)

YOUTUBE MUSIC SUPERA MARCA DE 50 MILHÕES DE ASSINANTES

Nesta quarta feira, o Chefe de Música Global do YouTube, Lyor Cohen, anunciou que a plataforma de streaming de músicas YouTube Music, bateu a marca de 50 milhões de assinantes.

Com entusiasmo, o executivo informou que o aumento de assinantes do YouTube Music está sendo impulsionado, principalmente, pelo desenvolvimento da plataforma em países como Coreia do Sul, Índia, Japão, Rússia e Brasil.

Só para se ter uma ideia, em outubro de 2020 o YouTube Music divulgou que tinha alcançado mais de 30 milhões de assinantes no mundo, isso quer dizer que desde então a plataforma aumentou sua base de assinantes em cerca de 20 milhões, ou 1,8 milhões de assinantes por mês.

De fato o crescimento da plataforma é impressionante ao compararmos com outras plataformas. O rival Spotify, por exemplo, revelou em julho que sua base global de assinantes Premium cresceu em 165 milhões no segundo trimestre de 2021, um aumento de 20% com relação ao ano anterior.

Já a Apple Music, por sua vez, anunciou que ultrapassou 60 milhões de assinantes em junho de 2019, mas parou de atualizar essa contagem.

“Temos produtos fantásticos no YouTube Music e no YouTube Premium que proporcionam um valor único para artistas e criadores e a melhor experiência para fãs de música. Estamos em nosso próprio caminho”, disse Cohen.

“Não há outro lugar onde os fãs possam ter acesso ao maior e mais diversificado catálogo de música, artistas e cultura. Estamos tornando mais fácil para os fãs de música se aprofundarem e encontrarem o que querem – seja no YouTube ou no app YouTube Music.”, complementou o executivo.

A notícia de hoje chega alguns meses após a plataforma dizer que pagou à indústria da música mais de US$ 4 bilhões no último ano.

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