Novas Plataformas Permitem que Fãs Invistam em Fluxos de Royalties de Músicas

Novas plataformas de “mercado de ações de música” estão surgindo, combinando o conceito de serviços de streaming de música, como Spotify ou Apple Music, com a funcionalidade de investimento em ações. Essas plataformas permitem que os fãs invistam em fluxos de royalties de músicas, oferecendo uma alternativa aos investimentos tradicionais em ações, títulos ou criptomoedas.

O investimento em Fluxos de Royalties  foi um assunto abordado pela Forbes recentemente. A revista explicou que atualmente a Labelcoin, conhecida como o “Robinhood da música”, está liderando o caminho nessa tendência, permitindo que os artistas vendam uma parte de seus royalties de streaming para fãs, aumentando significativamente sua receita. Outras concorrentes, como JKBX e SongVest, também entram no jogo das ações fracionárias de músicas.

Embora essa nova abordagem possa ajudar artistas a prosperar financeiramente, ela também traz riscos, pois os preços das ações de uma música podem ser voláteis. Ainda assim, a ideia é atrair investidores de varejo, como as grandes gravadoras fazem.

Para tornar isso possível, as startups de música estão aproveitando regulamentações da SEC, para democratizar o acesso ao investimento em música. Essas plataformas oferecem aos fãs a chance de se envolverem com suas músicas favoritas de maneira única e emocional, ao mesmo tempo em que buscam contornar possíveis problemas regulatórios.

Embora essas plataformas ainda enfrentem desafios para estabelecer mercados secundários para revenda de ações, a ideia de investir em músicas parece estar ganhando força e pode se tornar uma nova maneira de os fãs se aproximarem de seus artistas favoritos.

 

Foto: Divulgação Labelcoin

CANÇÕES DE TOQUINHO ENTRAM NOVAMENTE EM FUNDO DE INVESTIMENTO COM RENTABILIDADE AINDA MAIOR

No ano passado publicamos uma notícia a respeito de uma empresa que criou um fundo de investimentos a partir do direito das obras de alguns artistas brasileiros como Paulo Ricardo, Toquinho e Luiz Avellar.

A ideia de investimento sobre os royalties de obras deu tão certo que cerca de 50 investidores entraram no fundo, com retorno de 12% ao ano. Agora, esta mesma empresa, a Hurst Capital, está lançando uma segunda operação, para permitir que investidores recebam juros sobre mais de 400 obras do cantor e compositor Toquinho. As informações são do OGlobo.com.

Desta vez, a operação terá o prazo de 48 meses, com rentabilidade maior, 16,92% ao ano, no cenário base, equivalente ao IPCA+12,46%. O aporte mínimo é de R$ 10 mil.

Vale notar que em 2021 a Hurst captou R$ 200 milhões para adquirir catálogos musicais.

Empresa criou fundo de investimentos a partir dos direitos de obras de Paulo Ricardo

Uma empresa especializada em ativos resolveu criar fundo de investimentos, aonde a rentabilidade vem das execuções de obras de compositores.

De acordo com matéria da Uol, para criar o fundo de investimentos, a Hurst Capital primeiro adquiriu um percentual sobre os royalties das obras e fonogramas do cantor e compositor Paulo Ricardo, de modo que o retorno ao cotista foi realizado conforme a quantidade de execuções das músicas em plataformas de streaming, shows e rádio.

Para o CEO da Hurst, Arthur Farache, o investimento ao mesmo tempo em que dá retorno ao aplicador, apoia a cultura: “A gente buscou inspiração em plataformas americanas, que vendem músicas em leilões. Aqui, a gente viu a possibilidade de criar um produto de investimento mais acessível a mais pessoas”.

Com uma rentabilidade bruta na faixa de 10% a 16% ao ano, a Hurst garante a seus investidores um retorno pelo prazo de 78 meses a partir de dezembro/20.

“Essa taxa interna de retorno depende, única e exclusivamente, do número de reproduções das obras e fonogramas, que impactará diretamente nos valores devidos pelas fontes pagadoras”, diz Arthur Farache ao Uol.

Comentando sobre a novidade, Paulo Ricardo disse que com o adiantamento recebido pela Hurst, conseguiu levantar dinheiro para novos projetos, ainda mais em tempos de pandemia, onde parte de sua renda ficou comprometida por estar impedido de realizar shows com público presencial. Além disso, outro ponto a favor do músico é que neste tipo de investimento, o autor não perde os direitos sobre suas obras, que são cedidas por apenas por um período de tempo. No caso, 78 meses.

“Desde a explosão da pirataria e agora com os aplicativos de música, ficou mais difícil para o artista ganhar com as gravações, já que o suporte do vinil ou CD praticamente não existe mais. Em contrapartida, o direito autoral se valorizou, com as plataformas que ajudaram a aumentar o consumo da música”, afirmou ao portal.

Apesar de a ideia ser inovadora, não foi informado se apenas grandes artistas podem participar do fundo. Afinal, vivemos em um mundo onde a maioria dos compositores não consegue se sustentar com os direitos arrecadados de suas obras, principalmente viver das execuções dos serviços de streaming. O que não seria algo atrativo para os investidores.

 

Foto: Divulgação

SiriusXM investe US$15M no Soundcloud

Nesta quarta-feira (11), o Soundcloud anunciou que recebeu um investimento de US$75 milhões do SiriusXM.

De acordo com o Music Business Worldwide, como parte do investimento, o SiriusXM terá uma participação minoritária no Soundcloud.

A plataforma de áudio informou que o valor recebido será usado para acelerar o desenvolvimento de seus produtos e aprimorar os serviços que alimentam sua comunidade global de criadores e ouvintes.

Vale lembrar que há três semanas a plataforma anunciou que alcançou uma taxa de execução anual de US$200 milhões nos últimos meses de 2019. Além disso, artistas como Billie Eilish, Post Malone, Bad Bunny, Khalid usaram a plataforma para iniciar suas carreiras.