Grupo de Empresários de Eventos Pede Investigação do MPF sobre Viagogo por Facilitar Venda de Ingressos Falsos

Um grupo de empresários do setor de eventos entregou uma petição ao Ministério Público Federal nesta quinta-feira (7), solicitando uma investigação sobre o site de venda de ingressos Viagogo. A denúncia alega que a plataforma estaria facilitando a venda de ingressos falsos, além de práticas como o cambismo.

Conforme o G1, a Associação Procure Saber, presidida por Paula Lavigne, juntamente com associações de empresas de venda de ingressos e produção de eventos, assina o pedido de investigação. O grupo destaca um aumento nas atividades predatórias relacionadas ao Viagogo, resultando em crimes prejudiciais aos consumidores.

A Viagogo é uma plataforma que opera como mercado secundário para ingressos de shows, eventos esportivos e outras atrações culturais. Segundo a denúncia, o modelo de negócio da Viagogo facilita a atuação de cambistas e golpistas, prejudicando os consumidores.

A petição argumenta que a Viagogo não verifica a autenticidade dos ingressos revendidos em sua plataforma, resultando em danos morais e materiais para inúmeros consumidores. O grupo de empresários também acusa a empresa de induzir os clientes ao erro, promovendo a plataforma de maneira enganosa em motores de busca, superando os sites oficiais de venda de ingressos.

A estratégia da Viagogo de se posicionar como uma ferramenta oficial para a venda de ingressos é evidenciada pela prática de utilizar imagens e mapas de assentos de eventos sem autorização. A denúncia alega que a plataforma se beneficia de operações fraudulentas, não verificando a autenticidade dos ingressos comercializados.

Até o momento, o G1 aguarda um posicionamento da Viagogo em relação às acusações. O grupo de empresários espera que o Ministério Público Federal inicie uma investigação para esclarecer as alegações de atividades ilegais relacionadas à plataforma de venda de ingressos.

Foto: Rock in Rio_Reprodução TV Globo

 

 

Cobrança de taxa de conveniência na venda de ingressos pela internet se tornou ilegal

Cobrar taxa de conveniência na venda de ingressos online se tornou ilegal no Brasil. A decisão foi tomada na terça-feira (12), pela Terceira Turma do STJ e é válida para todo território nacional.

De acordo com o G1, empresas terceirizadas e especializadas na venda de ingressos costumam cobrar valores de 15% do valor do ingresso em taxa de conveniência. A prática não será mais aceita.

O pedido veio da Associação de Defesa dos Consumidores do Rio Grande do Sul contra a empresa Ingresso Rápido.

Os ministros votaram de forma unânime e entenderam que a conveniência ao vender um ingresso antecipado pela internet é de quem produz ou promove um determinado evento, e não do consumidor. Repassar o custo ao consumidor é o mesmo que realizar uma “venda casada”.

Além disso, ficou determinado que as empresas deverão devolver todas as taxas de conveniência cobradas nos últimos cinco anos.

“Mesmo pagando a taxa de conveniência pela venda do ingresso na internet, o consumidor é obrigado a se deslocar ao ponto de venda, no dia do espetáculo ou em dias anteriores, enfrentando filas, ou a pagar uma taxa de entrega”, afirmou a relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, no recurso a Associação de Defesa dos Consumidores do Rio Grande do Sul.

“A venda pela internet, que alcança interessados em número infinitamente superior do que a venda por meio presencial, privilegia os interesses dos produtores e promotores do espetáculo cultural de terem, no menor prazo possível, vendidos os espaços destinados ao público e realizado o retorno dos investimentos”, explicou a ministra.

Por enquanto, o STJ não informou como será o processo de devolução dos valores cobrados nos últimos cinco anos. A decisão ainda cabe recurso própria turma e ao Supremo Tribunal Federal.

 

 

Foto: Pixabay