Relatório da Luminate Revela Crescimento de 15% no Streaming Global em 2024

A empresa de pesquisa Luminate lançou seu relatório semestral para 2024, revelando um crescimento robusto no mercado de música gravada. Nos primeiros seis meses deste ano, houve impressionantes 2,29 trilhões de transmissões de áudio sob demanda globalmente, marcando um aumento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Conforme análise do MusicAlly, nos EUA, os fluxos de áudio sob demanda cresceram 8%, totalizando 665,8 bilhões, o que representa pouco mais de 29% do total global, uma ligeira queda em comparação com o ano anterior.

O relatório destaca que a música latina é o gênero de crescimento mais rápido nos EUA, aumentando sua participação em streaming em 0,51 pontos percentuais anualmente. Enquanto isso, o R&B/Hip-Hop continua a liderar em termos de fluxos atuais.

Uma análise interessante é que artistas independentes estão aumentando sua participação em streams, com aumentos notáveis em todos os níveis, desde 1 milhão até 100 milhões de streams.

Além disso, o relatório revela que 76% dos ouvintes americanos de música assistiram a vídeos curtos, com o TikTok liderando, seguido de perto pelo YouTube Shorts.

Internacionalmente, artistas mexicanos viram um aumento significativo em sua participação nos fluxos globais, enquanto artistas britânicos e americanos experimentaram declínios.

Por fim, os países nórdicos – Noruega, Islândia e Suécia – se destacam com a maior quota de streaming premium, enquanto a Índia apresenta a menor.

Foto; reprodução

Hip-Hop 50 anos: gênero domina Spotify com um Quarto de Todos os Streams

Para celebrar os 50 anos do Hip-Hop, recentemente divulgou alguns dados globais importantes sobre o desempenho do gênero no cenário musical.

De acordo com o Spotify o Hip Hop continua a reinar. Em 2023, aproximadamente 25% de todos os streams globais na plataforma foram dedicados a músicas do gênero, com ícones como Drake, Nicki Minaj, 21 Savage e Ice Spice liderando o caminho.

Além disso, o Hip Hop é o segundo gênero mais popular globalmente no Spotify, registrando mais de 400 milhões de ouvintes únicos até o momento deste ano. A influência do gênero também é evidente nas playlists do Spotify: a “RapCaviar” é a segunda playlist mais seguida, destacando a demanda contínua por novas faixas de Hip Hop. Nos últimos três anos, quase metade dos 50 artistas mais ouvidos globalmente no Spotify são representantes do Hip Hop ou Rap.

Enquanto o Hip Hop continua a evoluir, não são apenas as raízes nos Estados Unidos que moldam seu curso. Artistas e fãs em diversos países estão deixando sua marca no gênero, influenciados por pioneiros americanos e acrescentando toques únicos às músicas e à cultura.

Em 2023, os dez principais mercados para streams de Hip Hop no Spotify são:

  1. Estados Unidos
  2. México
  3. Brasil
  4. Alemanha
  5. França
  6. Reino Unido
  7. Espanha
  8. Índia
  9. Canadá
  10. Itália

Foto: divulgação Spotify

HIP-HOP E R&B SÃO OS GÊNEROS MAIS OUVIDOS NOS ESTADOS UNIDOS EM 2020

Mais de um terço dos plays de áudio e vídeo on demand nos Estados Unidos, em 2020, foram de músicas gravadas por artistas de R&B e Hip-Hop.

A notícia foi dada nesta semana pelo MRC Data (antiga Nielsen Music) em parceria com a Billboard, como resultado de sua pesquisa sobre o mercado de streaming de música.

No total de streams de vídeo sob demanda, a categoria “R&B/Hip-hop” representou mais de um terço de todas as reproduções, com 33,9%. Com relação aos streams de áudio, o gênero ficou com 30,7% de todas as reproduções. Entre os streams de áudio e vídeo combinados, 31,1%.

Além do favoritismo, o gênero musical aumentou sua participação de mercado ao longo de 2020, representando 28,2% do consumo total equivalente ao álbum (vendas físicas, digitais e streaming).

Para a surpresa de muitos, o Rock ainda continua vivo ficando em segundo lugar entre os gêneros mais ouvidos, representando 16,3% dos plays em todos os formatos e à frente do POP com 13,1%. dos plays.

De acordo com o Music Business Worldwide, o volta do rock pode ter sido impulsionada pelo lançamento do ‘Queen’s Greatest Hits’, considerado o maior álbum de rock do ano, e pelo Greatest Hist de Elton John, ‘Diamonds’.

Abaixo confira como ficou a lista de participação de mercado dos gêneros musicais em 2020

Foto: Reprodução/MRC

Mais ouvidas:

A faixa mais tocada nas plataformas de streaming de áudio e vídeo no ano passado foi ‘The Box’ de Roddy Ricch, que acumulou 920,4 milhões de reproduções de áudio e 399,2 milhões de reproduções de vídeo. Em segundo lugar, claro, ficou The Weeknd com seu hit ‘Blinding Lights’ (691,5 m) (o que nos faz ficar perplexos devido ao artista não ter sido indicado ao GRAMMY 2021), seguida por DaBaby com ‘Roddy Ricch’ com Rockstar (674,0 m).

Streaming de áudio apresenta queda em 2020

O relatório do MRC mostra que o volume total de streaming de áudio sob demanda nos Estados Unidos cresceu 126,7 bilhões de reproduções em 2020, um aumento de 17% em comparação ao ano anterior. Mesmo com o número surpreendente, esse crescimento não chegou ao salto de 134,9 bilhões visto em 2019.

Apesar do aumento, o número total de streams de áudio necessários para quebrar o Top 10 dos maiores sucessos de streaming dos EUA em 2020 caiu. Juntas, as 10 principais faixas mais tocadas em 2019 – lideradas pelo fenômeno Lil Nas X com ‘Old Town Road’ – atraíram 6,218.

Foto: reprodução

MAIS UMA VEZ O HIP-HOP REINOU COMO O GÊNERO MAIS TOCADO NOS SERVIÇOS DE STREAMING NOS EUA

O hip-hop continua a reinar como o gênero mais tocado dos EUA. Segundo novo relatório da BuzzAngle Music, artistas de hip-hop/rap conquistaram 6 das 10 primeiras posições das mais tocadas no ranking dos serviços de streaming em 2019.

Das 100 músicas mais tocadas, 52% eram do gênero musical. A faixa Old Town Road, de Lil Nas X, foi a mais tocada, acumulando 1,78 bilhão streams em plataformas de áudio e vídeo nos Estados Unidos no ano passado. O hit ultrapassou o recorde de God’s Plain (1,68 bilhão de streams), de Drake, em 2018.

Para comparar o desempenho do hip-hop em 2019, a BuzzAngle Music analisou o relatório da Nielsen publicado no início deste mês, onde se constatou que o gênero conquistou uma participação de mercado de 27,7% no consumo geral de álbuns em 2019 (vendas e streaming).

A mesma métrica em 2018, de acordo com um outro relatório da Billboard, mostrava que a participação era de 25,6%.

Entretanto, o domínio do hip-hop teve maior destaque nos serviços de streaming. De acordo com os dados da Nielsen, o gênero representou 30,7% de participação de mercado no total de fluxos sob demanda (entre vídeo e áudio) nos serviços de streaming dos EUA.

Ao analisar somente as transmissões de áudio, artistas de hip-hop reivindicaram 31,2% – quase um terço – de todas as peças nos EUA no ano passado, afirma dados da Nielsen; nos serviços de vídeo, esse número ficou em 29,6%.

As faixas mais tocadas nos EUA em 2019 foram “Middle Child” de J.Cole, “Ransom” de Lil Tecca e “Sicko Mode” de Travis Scott.

Como a Bossa Nova tem conquistado o Hip Hop e R&B americano

A Rolling Stone publicou um artigo sobre a bossa nova e como o gênero tem sido explorado por novos artistas de hip-hop  e rap, como Juice Wrld.

O jovem rapper americano Juice Wrld, reconhecido por lançar um dos álbuns mais populares de 2019, ” Death Race for Love”, conquistou mais de 47 milhões de streamings com a faixa “Make Believe”. A canção conta com a produção de Tommy Brown, que inseriu um sample de “Saudade Vem Correndo”, uma bossa nova do ano de 1963, e uma colaboração entre Stan Getz com Luiz Bonfá.

Além de Juice Wrld, novos artistas de Hip-Hop e R&B como Cuco, Lucky Daye, o rapper Kota the Friend e a cantora Hope Tala tem apostado em samples de bossa nova em suas músicas. Para Tommy Brown, sua homenagem é “o que há de novo na cultura”.

Não faltam razões para não combinar a bossa nova com o hip-hop. O co-fundador da gravadora inglesa Mr. Bongo, especializada em música internacional, David Buttle, disse que “A batida da bossa não se consegue em nenhum outro lugar”. DJ Spinna, um produtor veterano de hip-hop que lançou mixtapes com música brasileira, também fez elogios ao gênero: “a bossa, o samba-jazz é muito harmonizado, especialmente os vocais”.

Envolvido com o pop brasileiro há mais de três décadas, o produtor e co-fundador da gravadora Ziriguiboom, Béco Dranoff, disse que a influência do Brasil no exterior sempre é presente. No entanto, “Agora há uma nova sede, um foco internacional na música brasileira”.

A última vez em que a Bossa Nova conquistou os americanos foi durante o seu auge, quando em 1962, aconteceu um grande evento no Carnegie Hall, em Nova York, que contou com apresentações de Antônio Carlos Jobim e João Gilberto.  Nomes como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald chegaram a se aventurar no estilo durante essa época.

Desde então, a bossa nova nos EUA não tem se destacado tanto. “No passado, essa música sempre foi considerada o tipo de música que deve ser tocada em segundo plano ”, explicou Jamal Hadaway, produtor de Hope Tala. “ Muita [bossa nova] é considerada música de elevador ”, disse DJ Spinna.

Essa realidade pode mudar para o gênero, já que o streaming tem possibilitado uma maior  conexão de música no mundo todo, como o funk brasileiro, cada vez mais popular no Youtube.

Segundo a Rolling Stone, a procura entre músicos jovens americanos e ingleses por ritmos além do funk já tem aumentado, principalmente por músicas mais antigas e raras. “Acabamos de fazer a WFMU [feira de discos] em Nova York e notamos que há um enorme interesse no material brasileiro de repente”, disse Dranoff. “Sempre houve um interesse, mas tem sido esporádico. Agora parece mais sólido”.

E para os novos produtores interessados na música brasileira, DJ Spinna manda a dica: “Ainda há muita música brasileira que ainda não foi usada” – “Eu sei – porque eu tenho.”