Distribuição de direitos autorais pelo Ecad alcança marca de R$1,2 bilhão em 2022

Em seu relatório anual de gestão coletiva referente ao ano de 2022, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) divulgou Ecad arrecadou um total de R$1,3 bilhão, com um aumento de 28,3% em relação a 2021.

De acordo com a entidade, entre os segmentos que mais se destacaram com maiores crescimentos em valores arrecadados foram Shows e Eventos, com um crescimento de 309,5%, seguido por Cinema, 132,6%, e Usuários Gerais, que abrange restaurantes, hotéis, academias e outros estabelecimentos comerciais, com um crescimento de 30,7%.

Um dos destaques do relatório foi a TV, que se mostrou robusta mesmo em um período de aumento do consumo de streaming no audiovisual. O segmento foi responsável pela maior parte dos valores arrecadados em direitos autorais de execução pública, com uma participação total de 32,5%.

Logo em seguida, o segmento de Serviços Digitais, englobando Streaming de Áudio e Vídeo, conquistou a segunda posição, com 22,8% da participação na arrecadação. Esse segmento registrou um crescimento de 26% em relação ao ano anterior, alcançando um total de 2,1 trilhões de execuções identificadas em streaming em 2022.

Em relação à distribuição dos direitos autorais, o Ecad distribuiu um montante de R$1,2 bilhão, representando um aumento de 36,6% em comparação a 2021. Com a retomada do mercado, os segmentos de Shows (235%) e Música ao Vivo (108%) apresentaram um crescimento expressivo em relação a 2021.

O relatório revelou ainda que foram cadastradas 18,5 milhões de obras musicais em 2022, abrangendo mais de 316 mil compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos contemplados pelos direitos autorais distribuídos pelo Ecad.

Diante desses resultados, a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, ressaltou o empenho da gestão coletiva em negociar contratos com plataformas digitais e conscientizar sobre a importância de evitar a prática do buyout, na qual compositores renunciam a uma parcela importante de seus direitos e não recebem valores futuros pelas suas obras.

“O ano de 2022 teve resultados positivos pra quem vive da música, esperamos que 2023 seja melhor e vamos trabalhar pra isso”, disse Amorim.

Foto: divulgação