Spotify remove milhares de músicas criadas por IA por suspeitas de fraude

O Spotify removeu milhares de músicas geradas pela startup de inteligência artificial Boomy, depois que a Universal Music sinalizou as músicas como atividades suspeitas de streaming.

De acordo com o mashable.com, uma relatório emitido pelo Financial Times indicou que as músicas foram retiradas da plataforma por suspeita de uso de bots para inflar streams, uma prática conhecida como ‘streaming artificial’.

Embora a ansiedade da IA na indústria da música tenha aumentado principalmente por questões de direitos autorais, essas remoções não estavam diretamente relacionadas aos métodos usados para gerar as músicas, mas sim como elas obtiveram suas contagens de streaming.

O Boomy é uma plataforma criada há dois anos e permite que os usuários produzam música gerada por IA conforme seus comandos. Em seu site oficial, a plataforma indica que 14,5 milhões de músicas já foram criadas usando sua tecnologia, o que representa quase 14% da música gravada no mundo. Entretanto, o Spotify supostamente removeu apenas 7% das faixas criadas pelo Boomy.

Vale notar que a remoção ocorreu um mês depois que a Universal pediu que os serviços de streaming reprimissem a música gerada por IA devido a questões de direitos autorais.

Foto: Getty Images / NurPhoto / Contributor

MP realiza operação para fechar sites que ofereciam venda de falsos plays em serviços de streaming

Mais uma vez uma série de sites que manipulavam o número de plays em serviços de streaming foram fechados no Brasil.

Conforme o G1, a operação chamada de ‘Antidoping’ foi realizada pelo Núcleo de Investigações de Crimes Cibernéticos do MP-SP, que classificou a prática, pela primeira vez, como crime de estelionato no país.

Foram localizados e investigados 18 sites e mais 17 pessoas que vendiam “fake streams’ no varejo online. Todos foram fechados até julho de 2021, ou tiveram que remover a parte que anunciava a venda deste serviço.

Durante a investigação foi descoberto que todos os sites fechado eram baseados em um serviço de manipulação com sede no Leste Europeu, que também oferecia serviços semelhantes ligados às redes sociais, marketing e política. O que dificulta a identificação das ações ilegais.

“Todos estes serviços do Brasil são espelhos de uma plataforma que está hospedada na Rússia. Ali você encontra impulsionamento para tudo: Facebook, Instagram, Twitter, conteúdos de notícias, de política, de personalidades”, diz ao G1 Paulo Rosa, presidente da Pró-Música, associação das gravadoras no Brasil.

Apesar do sucesso da operação, infelizmente ainda é possível encontrar outros sites que continuam a oferecer este serviço.

“Porém, isso não interfere na punição dos demais envolvidos (no Brasil): a responsabilidade penal é pessoal, podendo tornar-se réu qualquer um que tenha concorrido de modo relevante para a prática do crime, independentemente da responsabilização dos demais”, ressaltou Lister Braga. promotor que participou do inquérito.

Em outubro de 2020 a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, sigla em inglês), em operação conjunta com o Pró-Música e demais órgãos do governo também realizou operação semelhante para fechar vários sites que ofereciam serviços de manipulação de execuções em serviços de streaming.