Editoras de música propõem pagamentos de streaming mais altos nos EUA

Matéria de WSJ

Nesta semana acontece evento para aprovação de novos valores das taxas pagas a compositores e editoras nos EUA. Associação de Editoras pede aumento de 44%, enquanto os principais serviços de streaming querem manter valores abaixo dos estabelecidos em 2008.

A semana deve ser decisiva para os compositores. Isto porque, nos próximos dias, devem ser anunciados possíveis ajustes nas taxas pagas pelos serviços de streaming de música à compositores e editoras de música.

Conforme o The Wall Street Journal, a National Music Publishers Association (NMPA) e os cinco grandes streamers – Spotify Technology SA, Apple Inc., Amazon.com Inc., YouTube da Alphabet Inc. e Pandora da Sirius XM Holdings Inc.  – se reuniram no último dia 22, no evento chamado Copyright Royalty Board, para discutir o assunto.

A cada cinco anos, a taxa de licenciamento de músicas nos serviços digitais é definida por três juízes. Desta vez, a NMPA e os serviços de streaming apresentaram suas propostas para 2023-27, que devem ser divulgadas publicamente em breve.

Por enquanto, o assunto segue em grande discussão, já que a NMPA deixou bem claro durante o evento que a taxa atual deve ser de pelo menos 40%. Entretanto,  a intenção dos streamers é trabalhar para que as taxas se mantenham abaixo das estabelecidas em 2008.

“Eles estão propondo as taxas de royalties mais baixas da história do streaming interativo”, disse o executivo-chefe da NMPA, David Israelite, em uma entrevista. “Eles não querem apenas reverter os aumentos dos últimos 15 anos, mas também reduzi-los ainda mais do que no início de 2008.”

Israelita explicou que embora cada serviço apresente sua própria proposta, todos os cinco players pagam em torno de 10,5% da receita definida em 2017 pelo conselho de direitos autorais.

A NMPA propôs que os streamers paguem às editoras, o que for maior de quatro somas:

– 20% da receita de seu serviço;

– 40% do que é pago a gravadoras e outros detentores de direitos autorais de gravação master; $1,50 por assinante;

– ou $0,0015 por transmissão.

Como fazemos a economia da música moderna funcionar para todos?” questionou Israelite. “Esse deve ser o nosso foco – preservar o crescimento da indústria a longo prazo e garantir que beneficie o maior número de pessoas possível.”

A batalha pelos pagamentos de royalties de streaming ocorre quando participantes financeiros como Blackstone Inc. e KKR & Co. estão apostando bilhões de dólares em catálogos de músicas – ativos agora vistos como cada vez mais valiosos graças ao crescimento do streaming online e livres de flutuações de mercado mais amplas.

Vale notar que após as editoras terem conquistado um aumento de 44% em 2018-22, ou 15,5% da receita geral dos serviços de streaming no último ano, os streamers Spotify, Amazon, YouTube e Pandora apelaram da decisão. Ficando estabelecido o que é pago atualmente.

 

Foto: a cantora Taylor Swift retirou sua música do serviço de streaming Spotify em 2014, um protesto contra os valores pagos a artistas e músicos pelas plataformas digitais. /JMENTERNATIONAL FOR BRIT AWARDS / GETTY IMAGES

Leia na origem

TWITCH FECHA ACORDO COM EDITORAS DE MÚSICA AMERICANA

A parceria entre Twitch e Associação Americana de Editoras deve criar novas oportunidades para que compositores recebam por músicas tocadas durante as transmissões de games na plataforma, e abrir portas para que a empresa faça acordos com outras associações no mundo todo.

Nesta semana o Twitch, plataforma de streaming ao vivo da Amazon, anunciou uma grande parceria com a Associação Comercial de Editoras Americana (National Music Publishers’ Association – NMPA).

A parceria deve criar novas oportunidades para que compositores recebam por músicas tocadas durante as transmissões de games na plataforma.

Conforme a NMPA, o acordo possibilitará a criação de um ambiente ainda mais dinâmico para que os usuários descubram, assistam e interajam com os compositores.

Além disso, o Twitch criou um novo processo em que os detentores de direitos autorais possam optar por relatar o uso indevido de suas músicas na plataforma. A iniciativa visa alertar e evitar que os criadores usem músicas sem autorização durante as transmissões.

“De shows virtuais a sessões de estúdio, as parcerias decorrentes deste acordo irão conectar a comunidade Twitch de várias maneiras à música”, informou o comunicado divulgado pela plataforma.

Há dois meses, o Twitch precisou remover milhares de vídeos de seus criadores por conter músicas de fundo, o que violava a lei de direitos autorais americana, a Digital Millennium Copyright Act (DMCA). Assim, o acordo deve evitar que a situação aconteça novamente abrindo portas também para que a empresa faça acordos com outras associações no mundo todo.

 

Foto:Caspar Camille Rubin

Leia na origem

©2024 MCT - Música, Copyright e Tecnologia.

ou

Fazer login com suas credenciais

Esqueceu sua senha?