COMPOSITORES E EDITORAS NOS EUA CHEGAM A UM NOVO ACORDO PARA AUMENTO DE PAGAMENTO DE ROYALTIES NO STREAMING

Compositores e editoras verão aumento de até 15,35% no pagamento de royalties feito pelas plataformas de streaming nos EUA. Aumento pode impactar outros países.

A taxa de pagamentos de royalties no streaming mecânico aumentará de 15,1% para 15,35%, em cinco anos, de 2023 a 2027. A mudança foi aprovada pelas entidades reguladoras National Music Publishers’ Association (NMPA) e Nashville Songwriters Association Int’l (NSAI), em conjunto com a Digital Media Association (DiMA)representando os serviços de streaming  Amazon, Apple, Google, Pandora e Spotify.

De acordo com o Hypebot, haverá mudanças em outros componentes da tarifa, incluindo aumentos nos cálculos das tarifas pagas às gravadoras, bem os “pacotes” de produtos ou serviços que incluem streaming de música, e atualizará também a forma como os serviços poderão criar incentivos para atrair novos assinantes.

Coletivamente, as novas taxas e o melhor sistema de pagamento beneficiarão os compositores duramente atingidos pela mudança para o streaming. Além disso, decisões como estas podem abrir precedentes para que o mesmo ocorra em outros países, incluindo o Brasil.

Vale notar que em julho deste ano, a taxa de royalties pagas a compositores e editores havia sido aumentada de 10,5% para 15,1% para os anos 2018- 2022, uma decisão que saiu tardiamente devido a recursos movidos pelas plataformas. A decisão foi tomada pelo Copyright Royalty Board (CRB), um colegiado responsável por avaliar e determinar questões a cerca dos Direito Autorais nos Estados Unidos.

O diretor executivo da NSAI, Bart Herbison disse que a mudança deve contribuir para que a taxa de royalites chegue ao valor esperado de 43,8%.

“Esse processo colaborativo levará a um aumento na remuneração dos compositores das empresas de streaming digital e travará nosso aumento histórico de 43,8% em relação ao processo anterior do CRB”, disse o diretor em um comunicado.

 

 

Sony Music Publishing amplia programa para gerar receita de streaming a compositores antigos

A Sony Music Publishing estendeu sua política em relação aos saldos não recuperados de compositores que tiveram seus contratos realizados antes de 2000.

Com o lançamento do programa “Legacy Unrecouped Balance Program”, a editora está selecionando compositores que tiveram seus contratos realizados antes de 2000 para pagar royalties pelas transmissões em plataformas de streaming, mesmo que nunca tenham pago totalmente os adiantamentos recebidos e outros custos recuperáveis ​​incorridos pela editora anteriormente.

Conforme o Completemusicupdate.com, este assunto foi denunciado após o Comitê formado no Departamento de Digital, Cultura, Mídia e Esporte (DCMS) do governo britânico emitir um relatório sobre a economia do mundo da música, onde se identificou que muitos artistas ainda estão pagando dívidas de álbuns lançados há anos com o dinheiro recebido de royalties recebidos das plataformas de streaming. Ou seja, continuam não recebendo nada para pagar dívidas de anos.

É importante notar que os acordos de edição mais antigos não eram favoráveis em comparação aos realizados atualmente. Com o programa da Sony Music Publishing, esses compositores poderão começar a receber o dinheiro vindo do streaming.

“Com as mudanças históricas nas políticas de nosso negócio, estamos dando passos importantes para criar uma indústria musical mais justa e transparente para compositores e todos os criadores. Em nome de nossas equipes ao redor do mundo, é nosso privilégio representá-lo no início deste próximo capítulo com Songwriters Forward.”, disse o CEO e presidente da Sony Music Publishing Jon Platt em um memorando visto pela Music Week.

Todos os compositores e artistas inclusos no programa serão notificados pela Sony Music Publishing globalmente.

 

Synchtank aponta que editoras estão perdendo bilhões devido à má gestão de dados

Na última semana a Synchtank publicou um relatório sobre os desafios que as editoras musicais enfrentam em relação a direitos, royalties e pagamentos na era digital, e o papel vital desempenhado pelo processamento adequado de dados.

No relatório intitulado ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’, a Synchtank alerta que atualmente, o gerenciamento de dados e sistemas usados pelas editoras são ineficientes e incapazes de lidar com os grandes volumes e complexidades da era digital. O resultado: a perda de bilhões de dólares em receita.

As editoras possuem o papel de promover, cadastrar, recolher e distribuir aos autores a receita gerada pelas obras que representam. “Em geral, licenciam direitos de reprodução (armazenamento), mecânicos (fonográficos), digitais, sincronização e reprodução de letras”, define a UBC.

Conforme avalia o relatório, as editoras estão enfrentando uma grande batalha à medida que os volumes de dados continuam a crescer a uma taxa exponencial e os direitos e pagamentos se tornam cada vez mais complexos. Como demonstra o gráfico abaixo, espera-se que o streaming represente 86% das receitas de música até 2030.

Imagem: ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’

De acordo com o Music in Africa, o estudo aponta ainda a falha para pagamentos aos titulares de direitos devido a uma falta de padronização de layouts e inconsistências, tanto no Código Internacional de Gravação Padrão (ISRC), quanto no Código Internacional Padrão de Trabalho Musical (ISWC).

“Queremos despertar as pessoas para esses desafios”, disse o CEO da Synchtank, Rory Bernard. “As editoras precisam avaliar se seus sistemas são ou não à prova de futuro ou correm o risco de ficar para trás. As empresas que operam hoje precisam de tecnologia robusta e escalável para se manterem competitivas e capitalizar em novas oportunidades.

Para a plataforma, a gestão eficiente dos dados é de extrema importância, uma vez que cada vez mais artistas e compositores esperam acesso transparente a seus ganhos, enquanto os detentores de direitos desejam aproveitar os dados para conduzir a tomada de decisões operacionais e maximizar a propriedade intelectual.

 

Sobre a Synchtank:

Fundada por Joel Thomas Jordan em 2008, a Synchtank é uma plataforma britânica de gerenciamento de entretenimento, que oferece soluções baseadas em nuvem para gerenciar ativos de entretenimento digital, propriedade intelectual, metadados e contabilidade de royalties.

Recentemente a empresa lançou uma nova versão de sua plataforma de contabilidade de royalties, o IRIS. O software foi projetado especificamente para uso no setor de edição musical, com a capacidade de rastrear dados e identificar royalties devidos em uma ampla gama de plataformas e territórios.

 

Para conferir o relatório ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’ na íntegra CLIQUE AQUI

 

Foto: O fundador e presidente da Synchtank, Joel Thomas Jordan/divulgação

LIVE: O papel e a Importância das editoras

Seguindo o movimento de lives para compartilhar informação neste período de quarentena por conta do coronavírus, a @rapportproduções chamou o Música, Copyright e Tecnologia para um bate-papo ao vivo e falar sobre o ‘O Papel e a Importância de uma Editora’. A live será nesta sexta-feira (17), às 14 hrs no perfil da produtora.

Preparem suas perguntas e fiquem ligados!

 

 

Sony/ATV lidera o ranking das editoras com maior participação de mercado

A Billboard divulgou o ranking trimestral de participação de mercado das editoras de música.

Em primeiro lugar ficou a Sony/ATV Music Publishing, mantendo sua  liderança pelo quinto trimestre consecutivo. No quarto trimestre de 2018, a empresa registrou um mercado de 21,2% de participação – share. A editora se destacou por ter 56 músicas entre as 100 melhores nas rádios, incluindo o Maroon 5, na segunda posição com “Girls Like You”.

Terminando o trimestre com 18,93% de participação de mercado das editoras de música, a Universal Music Publishing Group ficou em segundo lugar. 52 de suas principais músicas estiveram no top 100 das rádios, entre elas o primeiro lugar com “Happier” de Marshmello e Bastille.

Com 38 musicas das 100 melhores, a Kobalt ficou na terceira posição. Enquanto isso,  a Warner/Chappell ficou em quarto lugar, sua participação de mercado subiu para 16,81%, de 14,51%.

A BMG conseguiu o quinto lugar. No quarto trimestre, a companhia tinha 24 músicas no top 100. A Billboard destacou o compositor Louis Bell, com seis colaborações no top 100, entre eles “Youngblood” do 5 Seconds of Summer e “Better Now” de Post Malone.

Imagem: Billboard