Djonga expõe indignação com ex-gravadora, e alega má administração dos royalties

A recente notícia do encerramento da gravadora CEIA, que foi responsável por lançar artistas como Djonga, Tasha & Tracie e Clara Lima, gerou uma grande repercussão entre os fãs de rap no Brasil.

Conforme o Rapmais.com, a empresária Nicole Balestro, uma das proprietárias da gravadora, esclareceu em suas redes sociais, que as acusações de má gestão de royalties e roubo durante o rompimento de contratos são infundadas e que sempre buscou transparência em suas negociações. Ela afirmou que a decisão de cobrar apenas 10% de royalties em shows e afins foi o que levou ao fim da CEIA.

Djonga, um dos artistas mais proeminentes da gravadora, também usou suas redes sociais para desabafar sobre seus problemas com a gestão da CEIA. Ele destacou a falta de comunicação com seu ex-empresário Doncesão, que também era proprietário da gravadora, e desentendimentos relacionados aos royalties, onde alguns artistas com quem ele colaborou não receberam os valores devidos.

O rapper também disse que não tinha um contrato com a gravadora, mas a empresa era dona de todo o seu fonograma, o que levou a um acordo para que ele pudesse sair e fundar cuidar de sua carreira. Ele também afirmou que investiu “infinitamente mais em sua carreira do que a CEIA”.

 

Foto: divulgação/youtube

 

Djonga é acusado de violar direitos autorais por samplear música de Tim Maia

Recentemente, o rapper mineiro Djonga foi notificado judicialmente por violação de direitos autorais ao usar uma música de Tim Maia sem autorização.

De acordo com a Folha de São Paulo, a faixa “Contacto Com o Mundo Racional”, de Tim Maia, foi usada quase que integralmente na canção “Eterno”, interpretada pelo rapper em parceria com o Coyote Beatz, lançada em 2018 no álbum “O Menino que Queria Ser Deus”.

A reivindicação foi feita pelo ator Carmelo Maia, filho de Tim Maia. Ele afirmou que ficou surpreso ao saber sobre o uso da obra e fonograma de seu pai, e revelou que desde dezembro de 2020 vem tentado o acordo junto ao rapper: “Pasmifiquei porque não me pediram autorização”.

“Se ele não entender com bons olhos essa notificação, que é só um documento formal, a gente vai judicializar”, continuou.

O herdeiro de Tim Maia alegou que Djonga já faturou cerca de R$100 mil em direitos autorais sobre a faixa, e que a questão poderia ter sido resolvida há tempos da mesma forma que Anitta fez ao usar o sample de “Garota de Ipanema”, creditando desde o início Tom Jobim e Vinícius de Moraes: “Não é um comércio, não é só dinheiro. Poxa, é o meu pai”, afirmou à coluna.

Ainda de acordo com o portal, a defesa aponta que apenas em abril deste ano Tim Maia foi incluído nos créditos como coautor da música nas plataformas de streaming.

Por outro lado, a assessoria de Djonga disse que o artista está aberto às negociações para resolver o caso. Entretanto, o rapper está considerando a proposta para o acordo como “abusiva” uma vez que o herdeiro reivindica os direitos autorais e fonográficos de forma integral, tornando “uma divisão de fonograma fora de qualquer padrão seguido pelo mercado”.

“Samplear faz parte da cultura hip hop e, quando a música foi feita, o artista estava em outro momento de sua carreira. Não à toa, no momento atual, Djonga se dispôs a conversar a respeito”, disse a assessoria do artista.

 

Foto: Massao Goto Filho/ Folhapress – reprodução