Twitch Fecha Acordo com Grandes Gravadoras para DJs Usarem Músicas Licenciadas em Transmissões

Hoje, a Twitch, plataforma de vídeo ao vivo da Amazon, anunciou acordos de licenciamento de música com as três grandes gravadoras e a agência independente Merlin. Estes acordos permitirão que a plataforma pague royalties aos detentores de direitos e artistas que tiverem suas músicas tocadas por DJ’s na plataforma.

De acordo com o MusicAlly, o CEO Dan Clancy explicou no blog oficial na plataforma que o programa é voltado para DJs que fazem transmissões ao vivo. VODs, clipes e destaques estão fora do escopo do programa devido a diferentes direitos envolvidos.

Clancy destacou que mais de 15.000 DJs formaram comunidades na Twitch desde o início de 2020. Antes dos acordos, os DJs enfrentavam desafios e riscos relacionados a avisos de remoção e direitos autorais. Agora, a Twitch lança o ‘Programa Twitch DJ’, permitindo que DJs usem músicas licenciadas pela plataforma.

No entanto, o uso de faixas novas que não estão no catálogo licenciado pode ser um desafio. A Twitch confirmou que os royalties serão reservados dos ganhos dos canais de DJ para pagamento aos detentores de direitos e músicos, com um custo dividido 50/50 entre a plataforma e o streamer. DJs não monetizados não pagarão taxas.

Além disso, a Twitch também fornecerá um subsídio anual para ajudar a cobrir as receitas pagas às gravadoras e músicos, diminuindo com o crescimento do serviço. Clancy anunciou uma transmissão ao vivo com DJ Jazzy Jeff para celebrar o acordo, com apoio de Steve Aoki e Grandmaster Flash.

Os detentores de direitos devem ficar satisfeitos, pois os DJ sets são populares na plataforma. Futuramente, a Twitch pode expandir os acordos de licenciamento para cobrir músicas usadas por outros criadores, como streamers de jogos, que atualmente utilizam músicas isentas de royalties para evitar problemas de direitos autorais.

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Moises: o aplicativo que separa voz e instrumentos em músicas alcança 30 milhões de usuários

O aplicativo Moises, que fez um barulho em nossa comunidade em 2019 por sua capacidade de separar a voz e os instrumentos de uma música usando inteligência artificial, acaba de atingir a marca de 30 milhões de usuários registrados.

De acordo com o Music Business Worldwide, a plataforma arrecadou US$10,25 milhões em investimentos até o momento e tem sede tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

O criador do Moises, o brasileiro Geraldo Ramos, revelou que o projeto foi desenvolvido em sua própria casa em apenas uma semana. Desde então, o aplicativo se tornou popular entre DJs, que usam a ferramenta para criar beats e mashups, além de outros usuários que utilizam a plataforma para criar versões de karaokê que não existem oficialmente.

Embora a separação das pistas de uma música não seja perfeita, o sistema se aprimora a cada nova faixa enviada graças ao uso do aprendizado de máquina. Agora, o objetivo do Moises é se tornar o primeiro “AI-as-a-service criativo em áudio”, criando um kit de ferramentas personalizável que permita que outras plataformas e serviços construam seus próprios produtos centrados em IA.

Ramos acredita que a IA tem um valor complementar em todos os aspectos do ecossistema musical, desde os artistas até os proprietários de conteúdo e provedores de serviços. “Estamos entusiasmados com o fato de nosso produto ser algo que tanto músicos quanto criadores adoram”, disse ele sobre os rumos da plataforma.

 

APPLE MUSIC USA SHAZAM PARA IDENTIFICAR REMIXES E PAGAR DIREITOS AUTORAIS À CRIADORES ORIGINAIS

Recentemente, a Apple Music anunciou que está usando a tecnologia do Shazam para identificar criadores em musicas remixadas por Djs, e com a novidade vai poder pagar devidamente os direitos autorais por estas músicas tocadas na plataforma.

Conforme o Music Business Worldwide, o processo de identificação das músicas remixadas envolveu uma série de parcerias com grandes gravadoras independentes, em conjunto com DJs, festivais, clubes e promotores.

A plataforma de streaming tem apostado muito em músicas com mixagens, já que atualmente cerca de 3 milhões de assinantes ouvem este estilo musical a cada mês.

Outra aposta para impulsionar o estilo musical foi a criação de uma categoria específica de músicas remixadas na interface da plataforma, permitindo que usuários busquem as músicas de forma mais prática.

O novo recurso deve aumentar a procura por djs na plataforma, como a produtora da Bélgica, Charlotte de Witt, que acabou de lançar mixes:

“Apple Music é a primeira plataforma que oferece mixagens onde há uma taxa justa para os artistas e para quem faz essas mixagens”.

Vale lembrar a Apple comprou o Shazam em 2018 por $400 milhões em 2018 e em 2020, ultrapassou 200 milhões de usuários ativos mensais em todo o mundo.

MARY OLIVETTI SE TORNA PRODUTORA E CONFIRMA RELANÇAMENTO DE CLÁSSICO DE LINCOLN OLIVETTI

O portal Music Non Stop enalteceu merecidamente Mary Olivetti, a Filha de Lincoln Olivetti, e contou detalhes sobre os novos projetos da produtora, incluindo participação no Box de remix das obras de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Notícia rendeu elogios no grupo Música, Copyright e Tecnologia, no Facebook!

Não há dúvidas de que se aprofundar na produção musical durante a pandemia foi a melhor decisão que Mary Olivetti poderia ter tomado. A produtora que desde jovem entrou para a discotecagem, hoje é influência como umas das mulheres DJs mais ativas dos anos 00.

“Quando comecei a tocar, havia poucas mulheres discotecando e por isso era meio que obrigatório colocar algumas meninas no line-up. Então, de certa forma, competíamos muito menos. Eu tinha festas todos os finais de semana”, contou ao portal.

Após o nascimento de suas filhas, a DJ começou a se dedicar mais à produção musical. Foi uma solução para não precisar viajar para continuar tocando. Com a pandemia a dedicação à produção foi ainda maior. Tanto que Mary acabou lançando remixes dentro da afrohouse, incluindo Xangô, um remix criado para Fabio Santana, da dupla Nu Azeite, lançada já em 2021.

Falando em participações, nesta sexta-feira (9), João Lee lança um o Box de obras clássicas remixadas de Rita Lee e Roberto de Carvalho, e Mary não poderia ter ficado de fora. Afinal, foi a própria Rita quem indicou a DJ para remixar ‘Cor de Rosa Choque’:

“Ela incorporou o pai e o transmitiu para o remix”, contou João Lee, produtor da coletânea, em entrevista ao portal.

Marcado para o final do semestre, a produtora também confirmou o relançamento repaginado de Black Coco, o primeiro hit de seu pai, gravado pela banda Painel de Controle. A produtora conta que o projeto será uma grande homenagem e que está adicionando elementos para trazer à atualidade o ‘groove’ da obra lançada em 1978. Já estamos ansiosos para conferir o resultado.

 

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CONHEÇA A FERRAMENTA CAPAZ DE SEPARAR MÚSICAS EM FAIXAS DE VOZ E INSTRUMENTOS

Um brasileiro criou uma ferramenta com inteligência artificial capaz de separar voz e instrumentos de uma música para facilitar a criação de samples e versões de karaokês.

De acordo como G1, o “Moises” – referência ao personagem bíblico que dividiu o Mar Vermelho – consegue separar os instrumentos a partir das frequências identificadas por um algoritmo que usa inteligência artificial.

A ferramenta está disponível gratuitamente e para usar, basta se cadastrar com o e-mail. É possível enviar a música em MP3 ou ainda por um link do Youtube.

O criador do Moises, Geraldo Ramos, é desenvolvedor de software e revelou que o projeto foi feito em uma semana, em sua casa.

“Muitos usuários cadastrados são DJs, que fazem beats ou mashups utilizando o sistema, mas também tem muita gente usando para fazer versões karaokê que não existem oficialmente. A separação das pistas da música não é perfeita, mas o resultado varia de acordo com a qualidade do material enviado e o sistema usa o aprendizado de máquina para se aprimorar a cada faixa nova enviada”, explica Geraldo.

Segundo Geraldo, a ideia surgiu a partir de um algoritmo de código aberto desenvolvido por pesquisadores do serviço de streaming de áudio Deezer, chamado Spleeter, e que permite fazer a separação dos instrumentos de uma música.

“O único problema é que [a ferramenta] não foi feita para ser usada por pessoas que não sejam da área de tecnologia, já que para funcionar, o usuário precisa instalar várias bibliotecas da linguagem de programação Python e outros programas. Com isso em mente, eu tive a ideia de criar um serviço simples que faz esse trabalho de processar os dados do algoritmo do Deezer remotamente, por meio da nuvem. O resultado foi esse projeto, feito em um fim de semana”, explica o desenvolvedor.

Apesar da facilidade, Geraldo lembrou que para utilizar o sistema o usuário deve ter autorização prévia dos autores das músicas.

 

Foto: Reprodução/Moises