As 50 Músicas Mais Tocadas no Brasil em 2024: Sertanejo Domina as Paradas

A Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras no Brasil, divulgou a lista das 50 músicas mais tocadas nas plataformas de streaming em 2024. O levantamento, realizado pela BMAT, inclui dados do Spotify, YouTube, Deezer, Apple Music, Amazon Music e Napster, destacando tendências e o domínio da música brasileira.

De acordo com a Rolling Stone Brasil, no topo do ranking está a faixa *Gosta De Rua (Ao Vivo)*, da dupla Felipe & Rodrigo (foto), estreantes na lista. O segundo lugar ficou com *Me Leva Pra Casa / Escrito Nas Estrelas / Saudade de Mim (Ao Vivo)*, de Lauana Prado, seguida por *Barulho Do Foguete (Ao Vivo)*, de Zé Neto & Cristiano.

A música nacional representou 96% do ranking, com apenas duas faixas internacionais entre as mais tocadas: *Beautiful Things*, de Benson Boone, e *Die With A Smile*, parceria entre Lady Gaga e Bruno Mars.

O sertanejo liderou a lista, com sete das dez primeiras posições. Músicas de outros gêneros, como funk, trap e pagode, também marcaram presença.

Essa seleção reflete o gosto do público brasileiro e reforça a força da produção musical nacional no cenário digital.

CONFIRA O RANKING COMPLETO DAS 50 MÚSICAS MAIS TOCADAS NO BRASIL EM 2024:

  1. Gosta De Rua (Ao Vivo) – Felipe & Rodrigo
  2. Me Leva Pra Casa / Escrito Nas Estrelas / Saudade (Ao Vivo) – Lauana Prado
  3. Barulho Do Foguete (Ao Vivo) – Zé Neto & Cristiano
  4. The Box Medley Funk 2 – The Box, Mc Brinquedo, Mc Cebezinho, Mc Tuto & Mc Laranjinha
  5. Haverá Sinais (Ao Vivo) – Jorge & Mateus, Lauana Prado
  6. Dois Tristes (Ao Vivo) – Simone Mendes
  7. Let’s Go 4 (Feat. Mc Davi, Mc Don Juan, Mc Kadu, Mc GH Do 7, Mc GP & TrapLaudo) – Mc IG, Mc PH, Mc Ryan SP & Mc Luki
  8. Anestesiado (Ao Vivo) – Murilo Huff
  9. Lapada Dela (Ao Vivo) – Grupo Menos É Mais & Matheus Fernandes
  10. Vazou Na Braquiara (Ao Vivo) – Hugo & Guilherme
  11. Quem Não Quer Sou Eu – Seu Jorge, Mc Leozin, Mc G15 & Dj Topo
  12. Quero Te Encontrar – Dj Lg Prod, Dj Jz & Mc Mininin
  13. Canudinho (Ao Vivo) – Gusttavo Lima & Ana Castela
  14. Coração Partido (Corazón Partío) (Ao Vivo) – Grupo Menos É Mais
  15. Quase Algo (Ao Vivo) – Henrique & Juliano
  16. Pocpoc – Pedro Sampaio
  17. Daqui Pra Sempre – Manu & Simone Mendes
  18. Bênçãos Que Não Têm Fim (Counting My Blessings) – Isadora Pompeo
  19. Triplex (Ao Vivo) – Matheus Fernandes, Matheus & Kauan
  20. Morena De Goiânia (Ao Vivo) – Hugo & Guilherme, Maiara & Maraisa
  21. Erro Gostoso (Ao Vivo) – Simone Mendes
  22. Dia De Fluxo – AgroPlay, Ana Castela & Ludmilla
  23. Digitando – Gustavo Moura & Rafael
  24. Barbie – Mc Tuto & Dj Glenner
  25. Tenho Que Me Decidir – Mc PH, Borges, Wiu, Pedro Lotto & Wey
  26. Forró E Desmantelo – Dj Sv & Doug Hits
  27. Fronteira (Ao Vivo) – Ana Castela & Gustavo Mioto
  28. Deja Vu – Luan Santana & Ana Castela
  29. Aquariano Nato – Mc Saci, Complexo Dos Hits, Dj Sammer & Mc Pretchako
  30. Manda Um Oi (Ao Vivo) – Guilherme & Benuto & Simone Mendes
  31. Baby Eu Tava Na Rua Da Água (Feat. Tropa Da W&S) – TR & Mc Menor Rv
  32. Foi Intenso (Ao Vivo) – Zé Neto & Cristiano & Ana Castela
  33. Melhor Vibe (Feat. Caio Luccas, Dallass & Rocco) – Mc Ryan SP, Filipe Ret & Chefin
  34. Dois Fugitivos (Ao Vivo) – Simone Mendes
  35. Leão – Marília Mendonça
  36. Não Recomendo (Ao Vivo) – Matheus & Kauan
  37. Nosso Primeiro Beijo (Ao Vivo) – Gloria Groove
  38. Deu Moral (Ao Vivo) – Zé Neto & Cristiano
  39. Apaguei Pra Todos (Ao Vivo) – Ferrugem & Sorriso Maroto
  40. Diz Aí Qual É O Plano? (Feat. Mc Gh Do 7, Mc GP, Mc Nego Micha, Mc Ph, Mc Luki, Mc Poze Do Rodo, Murillo E LT No Beat & TrapLaudo) – Mc IG, Mc Ryan SP & Oruam
  41. Lua (Feat. Alok) – Ana Castela & Hungria Hip Hop
  42. Torre Eiffel (Ao Vivo) – Manu, Guilherme & Benuto
  43. Nosso Quadro – AgroPlay & Ana Castela
  44. A Danada Me Ligando – Mc Cebezinho, Mc Kako, Mc Tuto & Dj Oreia
  45. Sagrado Profano – Luísa Sonza & KayBlack
  46. Beautiful Things – Benson Boone
  47. Última Saudade (Ao Vivo) – Henrique & Juliano
  48. Eu Sou Teu Pai (Ao Vivo) – Valesca Mayssa
  49. Aquela Pessoa (Ao Vivo) – Henrique & Juliano
  50. Die With A Smile – Lady Gaga & Bruno Mars

Foto; divulgação

Justiça mantém decisão que obriga retirada de música de Adele sob acusação de plágio

Na manhã desta sexta-feira (10), o juiz Antônio da Rocha Lourenço Neto, da 6ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, manteve a liminar que determina a suspensão da música “Million Years Ago”, de Adele, das plataformas digitais. A canção é acusada de plágio do samba “Mulheres”, do compositor Toninho Geraes.

De acordo com O Globo, a decisão também negou um pedido da Universal Music Publishing Brasil, representante de Adele no país, para que fosse depositado um valor de R$1 milhão como caução. A gravadora justificou o pedido como forma de evitar prejuízos caso o processo fosse indeferido no futuro.

A advogada de Toninho, Deborah Sztajnberg, criticou a estratégia da gravadora. Segundo ela, o pedido de caução foi uma tentativa de desviar o foco.

— Quando não há como se defender do que é colocado, recorrem ao que chamamos de “jus sperniandi”, um ato de espernear — afirmou a advogada.

Apesar da liminar, a música continua disponível no Spotify, YouTube e Deezer. Sztajnberg informou que já entrou com petição para aplicação de multa diária de R$ 50 mil pelo descumprimento da decisão judicial.

— A faixa deveria ter saído do ar assim que todos foram citados. Agora vamos cobrar a multa, porque Toninho já enfrenta prejuízos significativos — disse.

Em dezembro, uma audiência de conciliação foi realizada entre Toninho Geraes e representantes da Universal, mas terminou sem acordo.

— Foram quase quatro horas de reunião, e a gravadora não apresentou nenhuma proposta. Foi um escárnio total — concluiu a advogada.

A situação segue sem solução definitiva, mas com pressão crescente sobre a gravadora para cumprir a liminar.

Foto: Agência O Globo e AFP

JUSTIÇA RECONHECE PECUARISTA COMO AUTOR DE CANÇÃO INFANTIL GRAVADA POR ELIANA EM 1990

A Justiça de São Paulo reconheceu Cesar Borges Barbosa, um pecuarista do interior do Rio de Janeiro, como o verdadeiro autor da canção infantil “A Janelinha”, gravada nos anos 1990 pela apresentadora Eliana.

De acordo com o colunista Rogério Gentile, a música foi incluída no álbum “Eliana 1994”, lançado pela EMB Produções e pela gravadora Sony Music (que sucedeu a BMG Ariola), mas foi atribuída como sendo de domínio público, com uma adaptação assinada por João Plinta. No processo, Barbosa afirmou que compôs a canção ainda na infância e que a publicou no livro “Música para Escola Elementar” em 1962.

Cesar Barbosa, hoje com 71 anos, só descobriu recentemente que a apresentadora havia gravado a música sem autorização, com a mesma melodia e pequenas adaptações na letra. A canção continua a ser vendida em plataformas digitais, mas sem qualquer crédito ao autor.

Na sentença, a juíza Isabela Costa ressaltou que a obra não poderia ser considerada de domínio público, pois uma música só adquire esse status 70 anos após a morte do autor.

A decisão determinou que a EMB Produções e a Sony Music indenizem o autor por danos materiais, em valores ainda a serem calculados, e por danos morais, no valor de R$ 8 mil.

Barbosa, filho da compositora Cacilda Borges Barbosa, que colaborou com o maestro Heitor Villa-Lobos, declarou que vive em Valença, no interior do Rio, em uma casa sem acesso à internet, o que dificultou sua descoberta sobre a gravação de Eliana.

A defesa de Eliana alegou que ela atuou apenas como intérprete, não sendo responsável pelas autorizações da obra, enquanto a Sony Music declarou ter agido de boa-fé, pagando direitos a uma editora musical que afirmava ser a proprietária da adaptação. Ambas as partes ainda podem recorrer da decisão judicial.

 

Justiça Condena Patati Patatá por Não Pagar Devidamente os Direitos Autorais a Compositor de Suas Principais Canções

A Justiça paulista condenou a Rinaldi Produções, responsável pelos personagens Patati e Patatá, a indenizar o compositor Jorge Bragança Caetano da Silva por não ter recebido os créditos e royalties de suas composições. Silva, coautor de 14 músicas da dupla, incluindo a “Dança do Avestruz”, alegou que não foi devidamente remunerado nem reconhecido por seu trabalho.

Conforme o colunista Rogério Gentile, o juiz Guilherme Depieri determinou que a empresa pague R$50 mil em danos morais e uma quantia adicional por danos materiais, baseada nos lucros obtidos com as músicas. Além disso, a empresa deverá corrigir o crédito das obras em todas as plataformas de streaming e incluir o nome do compositor.

A Rinaldi Produções e o produtor musical Ricardo Andrade, que intermediou a contratação de Silva, também foram condenados. A defesa da Rinaldi Produções argumentou que o compositor não teria direitos autorais, pois as obras foram feitas por encomenda e dentro de roteiros específicos. No entanto, o juiz considerou que Silva, de fato, tem direito ao reconhecimento como coautor das músicas.

Ambos, Rinaldi Produções e Ricardo Andrade, podem ainda recorrer da decisão.

Imagem: Reprodução/Instagram

Estudo Mostra que Compositores Enfrentam Dificuldades para Viver da Música na Era do Streaming

Um estudo da consultoria britânica Midia Research revela que viver apenas como compositor na era do streaming é cada vez mais difícil. O levantamento, intitulado “Songwriters Take the Stage”, aponta que a remuneração para compositores não aumentou significativamente nos últimos 13 anos desde a criação do Spotify.

De acordo com a Folha de São Paulo, o relatório revelou que apenas 10% dos mais de 300 compositores pesquisados ganham mais de US$30 mil por ano, enquanto 54% recebem no máximo US$ 1.000. Para 67% dos entrevistados, a principal dificuldade é a baixa renda gerada pelo streaming.

Cada reprodução de uma música gera cerca de US$0,004. Desse valor, apenas 14% é destinado aos compositores, com 56% indo para artistas, gravadoras e distribuidoras, e 30% para o serviço de streaming. Na prática, isso significa que os compositores recebem apenas 9,5% da receita total, enquanto os artistas ganham quase o dobro.

A situação é ainda mais complicada pelo fato de que, ao contrário dos artistas, os compositores não podem complementar sua renda com turnês ou vendas de mercadorias. Por isso, somente 0,04% dos compositores se dedicam exclusivamente à composição.

Foto; Logo do Spotify – Rodrigo Oropeza/AFP

Ricardo Mello da Abramus fala sobre Fenômeno das MTGs na Música Brasileira

Recentemente, Ricardo Mello, gerente de Relações Institucionais da Abramus, compartilhou importantes insights em uma entrevista exclusiva à Billboard sobre as Montagens, conhecidas como MTGs, que estão agitando a música brasileira.

As Montagens, ou MTGs, são um fenômeno recente na música brasileira. Elas consistem na combinação de melodias conhecidas com batidas e letras de funk, criando novas versões de músicas já existentes. Canções como “Quem Não Quer Sou Eu”, de Seu Jorge, e a interpretação de Caetano Veloso para “Você Não Me Ensinou A Te Esquecer” exemplificam essa tendência, lembrando os remixes que marcaram décadas passadas.

Contudo, essa inovação não está isenta de debates. O principal desafio das MTGs reside na falta de autorização dos detentores originais dos direitos autorais das músicas usadas. Muitas vezes, esses criadores não são consultados, o que não apenas infringe a legislação brasileira, mas também prejudica financeiramente os autores das obras originais.

Recentemente, plataformas como Spotify e Deezer removeram várias dessas músicas devido à sua ilegalidade, provocando um intenso debate sobre os aspectos legais e éticos das MTGs. Empresas de gestão de direitos autorais já se manifestaram contra o fenômeno, algumas propondo medidas mais rigorosas para combater essas práticas.

Em resposta, a Abramus adota uma abordagem equilibrada, reconhecendo a criatividade dos artistas brasileiros enquanto educa seus membros sobre os procedimentos legais corretos para o uso de obras de terceiros. Medidas preventivas incluem o bloqueio de conteúdos suspeitos até que as autorizações necessárias sejam obtidas, protegendo tanto os criadores das novas músicas quanto os autores originais.

As plataformas digitais também têm um papel crucial, sendo incentivadas a implementar mecanismos eficazes para identificar e bloquear conteúdos não autorizados, promovendo um ambiente musical mais justo e sustentável.

Em síntese, enquanto as MTGs representam uma expressão vibrante da criatividade musical brasileira, é essencial que todos os envolvidos no processo respeitem e cumpram a legislação de direitos autorais. Somente assim será possível construir um mercado musical mais justo e equilibrado, onde a originalidade e a criatividade sejam valorizadas, ao mesmo tempo em que se protegem os direitos dos artistas e autores de música.

Foto; Marcela Maciel/Divulgação

TikTok pode estar se preparando para investir em direitos musicais

O TikTok está avançando ainda mais no mercado de música. A plataforma, famosa por seus vídeos curtos, parece estar se planejando para adquirir e investir em direitos musicais.

De acordo com análise feita pelo portal Music Business Worldwide, o TikTok está procurando profissionais experientes em investimento, consultoria de gestão e private equity para liderar esta iniciativa. As posições incluem um Gerente de Investimento em Conteúdo Musical e um Líder de Investimento em Conteúdo Musical. As responsabilidades variam desde a implementação de estratégias de investimento até a avaliação financeira detalhada de empresas e ativos musicais.

O TikTok parece estar se preparando para competir no mercado de fusões e aquisições musicais, um movimento que pode preocupar grandes detentores de direitos musicais. A plataforma poderia usar esta estratégia para adquirir direitos de músicas de artistas independentes antes que eles se tornem populares e assinem com grandes gravadoras, potencialmente ganhando uma vantagem no setor.

Além disso, a possibilidade do TikTok investir em músicas que se tornam virais em sua plataforma levanta questões sobre a promoção de conteúdo próprio versus conteúdo de grandes gravadoras. Este movimento poderia influenciar outras plataformas, como YouTube e Instagram, a considerar estratégias semelhantes.

Resta saber em que tipo de empresas o TikTok pretende investir, especialmente considerando o crescente interesse em inteligência artificial no mercado musical. A evolução do TikTok neste campo será acompanhada de perto por toda a indústria musical.

Foto;  izzuanroslan/Shutterstock

Especialista em Harvard Afirma que Taylor Swift Revolucionou os Direitos Autorais na Música

Taylor Swift está mudando o jogo quando se trata de direitos autorais na música. Especialistas legais, reunidos em um evento na Faculdade de Direito de Harvard, destacaram como Swift está redefinindo o papel da propriedade intelectual no mundo da música.

Gary R. Greenstein, especialista em exploração digital de propriedade intelectual, discutiu como Swift desafiou as normas da indústria ao decidir regravar seus álbuns antigos. Ao fazer isso, ela não apenas encantou seus fãs, mas também provocou uma mudança significativa nas considerações contratuais e nos direitos autorais de composição.

Greenstein explicou que, na música, existem dois tipos de direitos autorais: um para a obra musical em si e outro para a gravação da obra. Swift, ao regravar seus álbuns, garantiu o controle majoritário sobre suas novas versões, algo que raramente é feito por artistas de sua estatura.

Essa jogada estratégica de Swift não apenas lhe dá mais controle sobre seu trabalho, mas também levanta questões importantes sobre contratos de gravação e licenciamento na indústria da música. Como resultado, as gravadoras agora estão reavaliando suas práticas e procurando formas de proteger seus interesses diante dessa nova realidade.

O caso de Swift está provocando mudanças nas negociações contratuais, com as editoras discográficas tentando proibir regravações por períodos mais longos. Isso reflete o reconhecimento da influência e do poder que artistas como Swift têm sobre seu próprio trabalho e seu impacto na indústria da música.

Embora Swift seja uma exceção devido ao seu enorme sucesso e influência, seu exemplo está levando outros artistas e seus representantes legais a repensar suas estratégias contratuais. Este é um momento de transformação na indústria da música, onde o poder está lentamente mudando de mãos, impulsionado por artistas visionários como Taylor Swift.

Foto: James Rasaiah

UBC Bate Recorde na Gestão Coletiva de Direitos Autorais Musicais em 2023

O último ano foi histórico para a gestão coletiva de direitos autorais musicais no Brasil. A União Brasileira de Compositores (UBC), principal sociedade de gestão coletiva musical nacional, registrou um aumento significativo na arrecadação e distribuição de direitos autorais. A nova edição do Relatório Anual da UBC revela que os segmentos de shows, digital, rádio, cinema e usuários gerais foram os grandes responsáveis por esse crescimento.

De acordo com o colunista Ancelmo Góes, em 2023, a UBC distribuiu cerca de R$791 milhões, representando 57% do montante arrecadado pelas sete sociedades autorais que compõem o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). Desse total, 83% corresponderam a direitos autorais e 17% a direitos conexos.

Marcelo Castello Branco, diretor executivo da UBC, destacou a intensa atividade do ano passado, impulsionada pela retomada dos eventos pós-pandemia. “O ano de 2023 foi intenso, com uma explosão de eventos e uma recuperação significativa da rubrica de usuários gerais. Isso resultou em uma distribuição recorde para a UBC e seus mais de 60 mil titulares nacionais, além de quase 200 mil internacionais”, afirmou Castello Branco.

Esse cenário positivo reflete a recuperação do setor musical e a eficiência da UBC na gestão dos direitos autorais, beneficiando uma ampla rede de compositores e artistas tanto no Brasil quanto no exterior.

 

Foto: divulgação

Bob Dylan, IA e o Futuro da Música: Reflexões Sobre a Autenticidade na Era Digital

Recentemente, a jornalista Sharon Goldman compartilhou uma perspectiva envolvente sobre a interseção entre música e inteligência artificial (IA) em um artigo para a Fortune. Goldman inicia a discussão revisitando uma declaração controversa feita por Bob Dylan em 1991, onde ele questionava a necessidade contínua de novas músicas. Essa afirmação, embora provocativa, parece contradizer a carreira de Dylan desde então, lançando 13 álbuns e inúmeras músicas.

O artigo levanta a questão do impacto das novas ferramentas de IA, como Udio, ElevenLabs e Suno da OpenAI, que permitem a criação de músicas com instruções simples e até mesmo a clonagem de vozes de artistas famosos. Embora essas inovações prometam um universo musical expandido, também levantam preocupações sobre a ética por trás do uso de dados de músicas protegidas por direitos autorais.

Compositores humanos estão expressando sua preocupação, destacando o recente alerta do Sony Music Group para que empresas não treinem modelos de IA em seu conteúdo sem permissão. Artistas como Nicki Minaj, Billie Eilish e Stevie Wonder assinaram uma carta aberta denunciando esse “ataque à criatividade humana”.

Goldman, além de sua função como repórter da Fortune, é também uma compositora em meio período, trazendo uma perspectiva única para o debate. Ela compartilha seus próprios sentimentos ambíguos sobre o treinamento de IA em músicas, reconhecendo tanto as oportunidades criativas quanto as preocupações com a desvalorização do trabalho humano na era da IA.

Embora reconheça o potencial da IA para inovação na música, Goldman enfatiza a importância contínua da expressão humana autêntica e da sustentabilidade econômica para os artistas. O CEO da Udio, David Ding, acredita que a conexão emocional com os artistas continuará a ser um elemento vital da música.

No cerne dessas reflexões está uma citação de Dylan: “A menos que alguém apareça com um coração puro e tenha algo a dizer”, sugerindo que, apesar do avanço da tecnologia, a autenticidade e a originalidade continuam sendo a essência da música significativa.

 

Assine nossa Newsletter