Técnicos de eventos realizam protesto em São Paulo pela volta ao trabalho durante a pandemia

Neste domingo (2), profissionais da area técnica de eventos se reuniram em uma passeata em protesto para cobrar a volta ao trabalho durante a pandemia do coronavírus.

Não há dúvidas de que quem trabalha nos bastidores de eventos – profissionais técnicos de som, luz e imagem, entre outros – são os mais afetados no mercado musical pela pandemia. Com um plano emergencial que não pode ajudá-los neste momento difícil, o jeito foi ir às ruas para cobrar medidas que atendam à classe.

De acordo com o G1, respeitando as regras de distanciamento, os profissionais, em fila, empurraram cases de equipamentos que costumam usar nos bastidores dos shows e seguraram cartazes pelas ruas da Zona Sul de São Paulo.

Para os organizadores, a pandemia trouxe “o verdadeiro pesadelo do apagão” para os profissionais, que agora reivindicam um plano emergencial e revisão das leis para o setor.

Entre as medidas cobradas pelos manifestantes estavam:

– auxílio emergencial até o fim do estado de calamidade pública ou até que seja autorizada a realização de eventos;

– cursos de capacitação para os profissionais, de modo que possam atuar como trabalhadores formais;

– criação de um Comitê de Eventos no Conselho Nacional de Turismo para identificar e discutir questões do setor de eventos;

– criação de uma linha de crédito voltada para o setor de eventos, visando, principalmente, o pagamento da folha de salários e das despesas das empresas.

“Somos os profissionais que ninguém vê, mas, sem o nosso trabalho, nenhum artista sobe ao palco, nenhuma marca apresenta o seu produto, nenhum aplauso será ouvido. Sim, nós empurramos cases, mas também fazemos o show acontecer”, dizia um manifesto durante a passeata.

 

Foto: Van Campos/FotoArena/Estadão Conteúdo

 

Câmara aprova projeto para repassar R$3 Bi ao setor cultural durante a crise do coronavírus

Nesta terça-feira (26) a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei para beneficiar o setor cultural perante a crise do coronavírus.

O projeto deve repassar R$3 bilhões ao setor através de medidas como o pagamento emergencial de três parcelas de RS600 aos profissionais informais, atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela internet e ainda linhas de crédito (Via G1).

Aprovado pela Câmara, o texto deverá ser aprovado pelo Senado. O dinheiro do projeto será repassado aos estados, Distrito federal e municípios, que deverão implementar várias políticas como:

– O pagamento de três parcelas de R$ 600 aos trabalhadores do setor ( artistas, produtores, técnicos, curadores, oficineiros e professores de escolas de arte);

-destinação de subsídios mensais (no valor mínimo de R$3 mil e máximo de R$ 10 mil) para manutenção de espaços artísticos e culturais e de micro e pequenas empresas culturais que tiveram as suas atividades interrompidas em razão das medidas de distanciamento social;

– realização de atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela internet ou por redes sociais.

Como parte do projeto, bancos federais podem disponibilizar linhas de crédito e condições de renegociação de débitos para trabalhadores do setor cultural ou a micro e pequenas empresas que visam fomentar atividades e aquisição de equipamentos.

A deputada e relatora do projeto Jandira Feghali (PCdoB-RJ), propôs que a lei fosse batizada de “Lei Aldir Blanc”, em homenagem ao compositor, que morreu vítima do novo coronavírus.

“Esta lei foi apelidada por todo o Brasil de Lei de Emergência Cultural. Muitos artistas faleceram neste período da pandemia como Dona Neném da Portela, Rubem Fonseca, Flávio Migliaccio, Moraes Moreira, mas um deles deve dar nome a esta lei pela obra que deixa ao Brasil e por ter sido vitimado pela covid-19, e tenho certeza honrará muito a todas e todos nós. Por isto, quero propor ao Parlamento e à sociedade que chamemos esta lei de Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc”, disse Jandira.

 

#DicaMCT: FastForward Podcast: As Novas Fronteiras Para Games e Música. OUÇA AQUI!