Comissão Nacional de Mercados e Concorrência Aprova Compra da Altafonte pela Sony Music

A Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) deu o sinal verde para a Sony Music avançar na aquisição da Altafonte, uma das principais distribuidoras discográficas da Espanha e América Latina. A decisão foi tomada na primeira fase de autorização, conforme revelado pela Servimedia.

A Altafonte, lar de artistas como Mónica Naranjo, Edurne, Julieta Venegas e Andy & Lucas, tem uma presença significativa em 12 países, incluindo o Brasil. Além disso, ela gerencia receitas em mais de 170 países, de acordo com informações disponíveis em seu site.

Fundada em 2011 por Nando Luaces e Inma Grass, a Altafonte cobra diretamente direitos de mais de 35 entidades gestoras de produtores globalmente. Em 2022, a empresa registrou um volume de negócios de 42 milhões de euros.

A aprovação prévia da CNMC indica que não há preocupações de concorrência no mercado discográfico espanhol com essa transação. Este movimento estratégico coloca a Sony Music em posição de fortalecer sua presença e influência na indústria musical na região.

UNIVERSAL MUSIC ADQUIRE QUASE METADE DA PARTICIPAÇÃO DE GRANDE GRAVADORA INDEPENDENTE BRITÂNICA

Nesta quarta-feira, 30, a Universal Music anunciou a aquisição de quase metade da participação minoritária, da gravadora independente americana Pias Group.

De acordo com o Music Business Worldwide, o anúncio informou que a participação da Universal Music será de 49% na PIAS, e o controle majoritário da empresa continuará com seus fundadores Kenny Gates e Michel (foto). Além disso, a UMG não terá assentos no conselho da empresa.

Sir Lucian Grainge, presidente e CEO do Universal Music Group, disse que no passado havia grande competição entre gravadoras indie e majors, mas nos tempos atuais, o ecossistema da música precisa reconhecer as empresas que estão comprometidas com o desenvolvimento sustentável de carreiras artísticas, prezando qualidade ao invés de quantidade:

“Embora grande parte do passado tenha sido focada em ‘majors versus indies’, está claro que hoje, a divisão importante em nossa indústria é sobre aqueles comprometidos com o desenvolvimento do artista versus aqueles comprometidos com a quantidade em detrimento da qualidade”, disse o CEO.

Grainge reconheceu ainda a importância do trabalho da Pias para o mercado musical: “Compartilhamos a paixão de Kenny e Michel por desenvolver artistas e movimentar a cultura, e reconhecemos que um ecossistema musical saudável precisa de empresas como [PIAS], que estão comprometidas em amplificar as melhores vozes da música independente”, concluiu.

Vale notar que a Universal Music estava impedida por 10 anos de fazer qualquer investimento em ativos na Europa ou assinar com artistas, por conta da aquisição da EMI. O investimento de hoje marca o término da restrição.

 

Foto: reprodução

SPOTIFY ADQUIRE JOGO DE DESCOBERTAS MUSICAIS HEARDLE

Vem novidade por aí para os usuários do Spotify. Isto porque nesta terça-feira (12) o serviço de streaming anunciou que adquiriu o jogo virtual Heardle.

O Heardle já é um jogo online popularmente conhecido por ser inspirado em outro jogo, o Wordle, uma espécie de caça palavras. Enquanto os jogadores de Wordle possuem o desafio de adivinhar palavras escolhendo letras, os jogadores de Heardle têm a tarefa de adivinhar uma música com base em suas notas de abertura.

Os gamers recebem seis palpites, com cada dica dando mais alguns segundos de música para informar sua próxima resposta. Na última tentativa, eles têm a chance de descobrir a música em sua totalidade.

Apesar do streaming não ter revelado o valor da aquisição, algumas novidades foram anunciadas. Uma delas é que a música descoberta no jogo poderá ser ouvida direto no Spotify. Além disso, o streaming também planeja integrar o Heardle e “outras experiências interativas” de forma mais completa em sua plataforma de música.

O streaming prometeu que a aparência do jogo permanecerá a mesma, e pretende liberar o uso para outros países além dos EUA, Reino Unido, Irlanda, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Jeremy Erlich, diretor global de música do Spotify, disse: “Estamos sempre procurando maneiras inovadoras e divertidas de aprimorar a descoberta de música e ajudar os artistas a alcançar novos fãs”.

SOM LIVRE DEVE SER VENDIDA EM BREVE POR US$300 MILHÕES

Nesta quarta-feira (17), o Music Business Worldwide, confirmou com fontes diretas a venda da Som livre por um  valor estimado em US$300 milhões

Enquanto as três maiores gravadoras (Universal Music, Warner Music e Sony Music) estão de olho na Som livre, outras menores como a Believe, sediada em Paris, também podem fazer a aquisição.

Em novembro do ano passado, Jorge Nóbrega, Presidente Executivo da Globo já havia citado em entrevista para o Brasil Calling, a possibilidade de venda da gravadora por conta da nova estratégia da empresa:

“A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sair do negócio da gravadora tradicional e focar em [nossa] estratégia D2C.”, afirmou o executivo durante a entrevista.

Marcelo Soares, diretor geral da Som Livre, também participou da entrevista e revelou que se sentia orgulhoso sobre os resultados da gravadora: “O Brasil é um mercado onde a música local representa quase 70% do consumo total. A Som Livre, com foco integral na música brasileira, cresce há mais de 10 anos consecutivos em uma velocidade maior que o mercado. Ter alcançado a posição de terceira maior gravadora do Brasil com conteúdo apenas brasileiro nos enche de orgulho.

Desde a entrevista, o processo de venda se acelerou, com vários potenciais pretendentes de olho na empresa. O MBW confirmou que o processo está chegando ao fim e em breve será anunciado oficialmente.

Atualmente, a Som Livre é a maior gravadora nacional do Brasil e pertence ao Grupo Globo, empresa de multimídia que movimentou R$14,09 bilhões em 2019 (cerca de US$2,5 bilhões pelo câmbio atual).

Além disso, a gravadora é a terceira maior do Brasil em market share, atrás da Sony Music e da Universal Music, mas à frente da Warner Music.

Fundada em 1969 por João Araújo, a Som Livre foi criada para lançar trilhas sonoras de novelas da Globo. Em seguida, evoluiu para a contratação de artistas nacionais como Rita Lee, Novos Baianos e Tim Maia, além de artistas mais contemporâneos como Gusttavo Lima e Wesley Safadão.

 

Imagem: Reprodução/Wesley Safadão lançou discos, incluindo álbum ao vivo de 2015, Ao Vivo em Brasília, pela Som Livre

Taylor Swift se diz prejudicada pela venda de sua ex-gravadora para Scooter Braun

O que Taylor Swift mais temia aconteceu, sua antiga ex-gravadora foi vendida para o empresário Scooter Braun e junto com ela seus seis álbuns.

De acordo com o Music Business Worldwide, o empresário Scooter Braun adquiriu a gravadora Big Machine por cerca de $300 milhões, o acordo também incluir o catálogo de Taylor Swift.

A cantora publicou em seu Tumblr como se sentiu prejudicada após a notícia:

“Por anos, eu pedi, implorei para ter a chance de ser dona do meu próprio trabalho. Em vez disso, recebi a oportunidade de assinar de novo com a Big Machine Records e ‘merecer’ um álbum de cada vez, um para cada novo que eu entregasse. Não aceitei porque eu sabia que, assim que assinasse o contrato, Scott Borchetta [dono da Big Machine] venderia a gravadora e, assim, venderia eu e meu futuro. Tive que fazer a escolha excruciante de deixar para trás todo o meu passado. Músicas que escrevi no chão do meu quarto e vídeos com os quais eu sonhei e paguei com o dinheiro que ganhei tocando em bares, depois clubes, depois arenas, e então estádios”, afirmou a cantora.

“Alguns fatos curiosos sobre as notícias de hoje: eu soube da compra do meu trabalho por Scooter Braun conforme foi anunciado para o mundo. Tudo o que eu conseguia pensar era o bullying incessante e manipulador que recebi das mãos dele ao longo dos anos, como na vez em que Kim Kardashian orquestrou e gravou ilegalmente o trecho de uma ligação de telefone para ser vazada, e depois Scooter juntou seus clientes para fazer bullying comigo online (vejam a foto). Ou quando o cliente dele, Kanye West, organizou um videoclipe de ‘revenge porn’ que deixou meu corpo nu. Agora, Scooter tirou de mim o trabalho da minha vida inteira, o qual eu não recebi a oportunidade de comprar. Essencialmente, o meu legado musical está prestes a cair nas mãos de alguém que tentou destruí-lo”, continuou ela.

“Isso é o que acontece quando você assina um contrato aos 15 anos com alguém cujo termo ‘lealdade’ é, claramente, apenas um conceito contratual. E quando este homem diz que ‘música tem valor’, ele quer dizer que o valor é dado a homens que não tiveram crédito nenhum em criá-la. (…) Quando deixei o meu trabalho nas mãos de Scott, fiz em paz com o fato de que, eventualmente, ele o venderia. Mas nunca, nos meus piores pesadelos, eu imaginei que o comprador seria Scooter. Sempre que Scott Borchetta ouviu as palavras ‘Scooter Braun’ saírem dos meus lábios, foi quando eu estava chorando ou tentando não chorar. Ele sabia o que ele estava fazendo; os dois sabiam. Controlar uma mulher que não queria ser associada a eles. Perpetuamente. Isso significa para sempre“, desabafou Taylor.

A publicação da cantora gerou grande repercussão na mídia durante o domingo (30), ainda mais pela manifestação contrária por artistas como Justin Bieber, que chegou a publicar um texto em seu Instagram em apoio ao seu empresário: “Onde você estava querendo chegar publicando aquele texto? Me parece que era para conquistar simpatia. Você também sabia que, postando aquilo, os seus fãs fariam bullying com o Scooter.”, questionou o cantor pop.

Scott Borchetta, o dono da Big Machine Records decidiu se manifestar em meio a toda polêmica. No site da gravadora, o empresário disse que Taylor estava informada previamente sobre a venda e que teve, sim, a oportunidade de ser dona de seu catálogo musical.

Atualmente, Swift possui um contrato com a Universal Music.

Foto: Divulgação/MBW

Disney vende canais de esporte nos EUA por US$ 10 bilhões

A Disney vendeu seus canais regionais de esporte para que sua aquisição da 20th Century Fox seja concluída.

De acordo com o Meio & Mensagem, a notícia publicada pelo Wall Street Journal informou que 21 dos 22 canais do gênero foram adquiridos pela Sinclair Broadcast Group por US$10 bilhões. O canal restante foi adquirido por US$ 3,5 bilhões pelo Yes Network, um conglomerado formado pelos Yankees, Amazon e a Sinclair.

Após assinar um acordo de US$71,3 bilhões para comprar a Fox em março deste ano, as entidades reguladoras antitruste determinaram a venda dos canais esportivos da Disney, como uma forma de controlar práticas anticompetitivas, como o monopólio de audiência esportiva.

 

Foto: Divulgação

Spotify investe em podcast para ir além da música e virar líder em áudio

Nesta semana o Spotify anunciou que fará duas novas aquisições em empresas especializadas em podcasts. De acordo com a notícia publicada pelo portal do jornal Folha de São Paulo, o movimento indica o interesse do serviço de streaming em acelerar o investimento em conteúdo não musical e ganhar um novo público consumidor de rádio.

Está confirmado que o Spotify comprará a Anchor  e a Gimlet Media. Segundo o jornal, a Anchor é uma empresa fundada em 2015, responsável por criar um app capaz de simplificar a produção e a distribuição de podcasts. A empresa afirma hospedar 40% dos novos podcasts do mundo.

A Gimlet, é uma produtora de podcasts populares nos Estados Unidos. Foi co-fundada em 2014 por Alex Blumberg, conhecido por ser ex-produtor do famoso programa de rádio This American Life.

Não foram revelados os valores das transações, entretanto especula-se que a Anchor esteja avaliada em mais de US$150 milhões (cerca de R$ 560 milhões), já a Gimlet, acima dos US$200 milhões (R$ 740 milhões).

“O Spotify planeja fazer no ramo dos podcasts o que fez no da música, oferecendo curadoria, personalização e serviços de recomendação, além de desenvolver ferramentas para podcasters e recolher dados para eles”, afirmou a Folha.

A razão para tantos investimentos em empresas voltadas para os podcasts está na audiência engajada. Esse tipo de ouvinte passa duas vezes mais tempo ouvindo  podcasts e tendem a ouvir mais música, portanto o cancelamento de assinaturas tende a ser menor.

O Spotify está tão focado neste tipo de investimento, que seus investidores já afirmaram que US$500 milhões (mais de R$ 1,8 bilhão) serão investidos em múltiplas transações em 2019.