Com lançamento de um novo site e uma campanha de mídia social, a Deezer está defendendo um sistema de pagamento de direitos centrado no usuário (UCPS) que remunera artistas de forma mais justa do que o modelo atual utilizado pelo mercado.

Com lançamento de um novo site e uma campanha de mídia social, a Deezer está defendendo um sistema de pagamento de direitos centrado no usuário (UCPS) que remunera artistas de forma mais justa do que o modelo atual utilizado pelo mercado.
Os serviços de streaming representam 60% das receitas de música gravada da maior gravadora do mundo. Confira resultado do...
Mesmo tentando resolver questão de maneira amigável, Milton Nascimento afirma que irá processar candidata por uso indevido de sua...
Antigo Canecão será administrado pelo consórcio Bônus Klefer, que deve fazer investimentos de quase R$140 milhões para criação de...
Nesta semana, a IFPI - Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) - divulgou um novo relatório sobre o consumo...
Entenda porque o grupo americano De La Soul ficou tanto tempo longe das plataformas de streaming, e o processo...
“Grandes gravadoras recebem até 97% das receitas que fluem de streaming para todos os titulares de direitos musicais, deixando...
Neil Young continua apostando no mercado do streaming ao lançar o Xstream.
A Deezer está com vagas abertas no Brasil. Saiba como se candidatar às vagas.
©2023 MCT - Música, Copyright e Tecnologia.
A Deezer quer remunerar os artistas de forma mais justa. Para isso, foi iniciada uma campanha para incentivar o sistema de pagamentos de royalties centrado no usuário (UCPS, sigla em inglês), que remunera artistas conforme o número de plays por usuário.
Segundo o Music Week, a partir de 2020, a Deezer adotará um modelo piloto que se baseia conforme a música que cada usuário ouve, deixando para trás o modelo que atualmente está em vigor, onde a remuneração é feita com base na porcentagem de participação geral de músicas reproduzidas.
O chefe de conteúdo e estratégia da Deezer, Alexander Holland, disse em uma coletiva de imprensa que este modelo deveria ser adotado por todos os players: “Acho que é uma maneira melhor e que todo mundo deveria adotá-la. Mas não me reservo para dizer a outras empresas de streaming o que elas devem ou não fazer.”
Segundo o CEO Amexis De Gemini, atualmente o sistema de pagamentos adotado pela indústria de streaming é desproporcional, pois gera mais receitas para artistas de gêneros mais populares entre os jovens. Enquanto isso, os artistas de nichos menores ficam para trás.
“Apenas na França, o UCPS fará com que os principais artistas de streaming gerem, talvez, 10% menos receita. E, por outro lado, aqueles que estão gerando receitas muito fracas, talvez, 30% a mais. Acreditamos que o reajuste seja pequeno, mas pode ajudar muitos artistas que hoje não estão recebendo nenhum centavo do negócio de streaming”, disse De Gemini.
“No momento, o que acontecer no próximo ano será 30% maior que este ano em termos de receita”, afirmou ele. “Então, mesmo que [um artista] esteja perdendo 10% de sua receita, no próximo ano ele ganhará ainda 25% a mais, ou seja, ganhará mais dinheiro. Se fizermos isso quando o mercado estiver vazio, os artistas ficarão bravos e não mudaremos mais. Portanto, temos essa janela de oportunidade”, continuou o CEO.
Holland sugeriu que o UCPS poderia ajudar a criar uma conexão mais próxima entre artistas e fãs, além de evitar fraudes pelo uso de bots:
“Se você usa o Deezer com freqüência e sabe que todo o dinheiro que você gasta vai para os artistas que você ama, acho que isso lhe dá uma sensação muito melhor”, disse.
O serviço de streaming iniciou uma campanha para divulgar o modelo de remuneração, incluindo um site com informações sobre como o UCPS pode beneficiar os artistas. Nas mídias sociais, os usuários poderão usar a hashtag #MakeStreamingFair para espalhar a ideia. Além disso, está liberada para assinantes premium do serviço, uma ferramenta que possibilita o usuário visualizar e compartilhar os valores que eles geram para seus artistas favoritos.
Foto: Reprodução
Tags: compositor Deezer Direito Autoral Music Business Produção Musical