Universal Music apresenta Crescimento Abaixo das Expectativas e Desafios com Plataformas Digitais no Último Trimestre

As ações da Universal Music Group (UMG) sofreram uma queda acentuada de até 30%, o maior declínio desde sua oferta pública inicial. O tombo ocorreu após uma receita de assinaturas e streaming que ficou abaixo das expectativas. No segundo trimestre, o crescimento da receita de assinaturas em música gravada foi de 6,9%, abaixo da previsão média de 11%, conforme levantamento da Bloomberg.

Conforme o Valor Econômico, o fraco desempenho foi atribuído em parte à desaceleração na receita de publicidade de plataformas como Spotify e YouTube, além de desafios com redes sociais. A Meta interrompeu a licitação de vídeos musicais premium da UMG para o Facebook, e uma disputa com o TikTok resultou em perdas de receita.

A receita de streaming caiu 4%, refletindo a diminuição na publicidade e problemas relacionados às renovações de contratos. Apesar do crescimento da receita total da UMG, que alcançou 2,93 bilhões de euros, o sentimento dos investidores foi afetado pela baixa no crescimento esperado.

Os investidores da UMG, incluindo Bill Ackman e acionistas como Vivendi e Bollore, também sentiram o impacto. A empresa tem pressionado por uma compensação mais justa para os artistas e continua a negociar acordos para melhorar o pagamento e lidar com música gerada por inteligência artificial.

 

Foto: George Walker IV/AP Photo

Daniel Ek Revela Planos para ‘Uma Versão Muito Melhor do Spotify’ em Teleconferência de Resultados

O Spotify divulgou ontem seus resultados financeiros do segundo trimestre em uma teleconferência. Um dos pontos discutidos foi o crescimento de usuários ativos mensais (MAUs), que são pessoas que acessam o serviço pelo menos uma vez por mês. A empresa registrou 626 milhões de MAUs, um aumento de 14% em relação ao ano anterior, mas 5 milhões a menos do que o previsto.

Conforme o MusicAlly, o CEO Daniel Ek falou sobre duas iniciativas para aumentar os usuários da versão gratuita do Spotify. A primeira é melhorar o marketing, e a segunda é aprimorar a versão gratuita do aplicativo para aumentar o engajamento e a retenção, especialmente em mercados em desenvolvimento.

Ek também comentou sobre a disputa do Spotify com editoras nos EUA. Ele disse que os pagamentos às editoras continuam a crescer ano após ano, com recordes em 2023 e expectativas de superação em 2024.

Outro ponto discutido foi a introdução de um novo nível de serviço, que será mais caro e oferecerá recursos adicionais em comparação com a assinatura premium atual. Embora o lançamento ainda esteja sem data definida, Ek sugeriu que o novo plano pode custar entre US$17 e US$18 e proporcionará uma experiência aprimorada para os usuários mais exigentes.

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Principais Times da NBA enfrentam Ações Judiciais por Uso Indevido de Músicas Em Redes Sociais

Quatorze times da NBA estão sendo processados nos EUA por uso indevido de músicas protegidas por direitos autorais em vídeos promocionais postados em suas redes sociais e no site oficial da NBA. As ações foram movidas por Kobalt Music Publishing, Artist Publishing Group e outros.

Conforme o Music Business Worldwide, entre os times processados estão New York Knicks, Cleveland Cavaliers, Denver Nuggets e Minnesota Timberwolves, além de Atlanta Hawks, Indiana Pacers, Miami Heat, New Orleans Pelicans, Orlando Magic, Philadelphia 76ers, Phoenix Suns, Portland Trail Blazers, Sacramento Kings e San Antonio Spurs.

As ações foram apresentadas no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Sul de Nova York. As queixas alegam que as equipes não obtiveram a licença necessária para usar as músicas. As denúncias incluem faixas como “Don’t Start Now” de Dua Lipa e “Lean On” de Major Lazer, DJ Snake e MØ.

A Kobalt Music Publishing é citada como agente licenciador exclusivo, enquanto o Artist Publishing Group é mencionado em quase todos os processos, exceto contra o Miami Heat. As reclamações ressaltam que as equipes da NBA conhecem as proteções das leis de direitos autorais, pois detêm seus próprios direitos sobre conteúdo.

Os processos buscam até US$150.000 por violação, o que pode resultar em milhões de dólares em danos para as equipes da NBA. Muitos dos vídeos listados nas ações não estão mais disponíveis para visualização.

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Chinaina, cantor e apresentador, discute o papel da TV e do rádio na música contemporânea

Chinaina, cantor e apresentador, escreveu um artigo para a NovaBrasil FM discutindo como medir o sucesso de um artista. Ele usa sua mãe, Dona Lúcia, como régua: se ela conhece o artista, ele está realmente estourado. Isso porque ela representa um tipo de consumidor que avalia o sucesso pela presença na TV e no rádio.

O cantor defende que, apesar da força da internet, rádio e TV ainda impactam nosso cotidiano. Ele lembra que todos os artistas querem estar nesses meios, pois ajudam a ampliar o público e massagear o ego. No entanto, ele aponta que conseguir espaço nesses veículos está cada vez mais difícil devido às novas tecnologias e às exigências de números altos nas plataformas digitais.

Ele compartilha sua experiência dos anos 90, quando fazia turnês e se apresentava em rádios e TVs. Chinaina menciona como festivais e programas como Na Brasa na MTV foram cruciais para novos artistas como Emicida, Criolo e Tulipa Ruiz.

Hoje, ele percebe uma dificuldade maior em encontrar novidades na música devido ao foco excessivo em números e patrocinadores. Chinaina conclui que é preciso coragem e ousadia para promover novos talentos e acredita que rádio e TV podem chancelar novos artistas, apostando neles e oferecendo uma programação diversificada.

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Relatório da Luminate Revela Crescimento de 15% no Streaming Global em 2024

A empresa de pesquisa Luminate lançou seu relatório semestral para 2024, revelando um crescimento robusto no mercado de música gravada. Nos primeiros seis meses deste ano, houve impressionantes 2,29 trilhões de transmissões de áudio sob demanda globalmente, marcando um aumento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Conforme análise do MusicAlly, nos EUA, os fluxos de áudio sob demanda cresceram 8%, totalizando 665,8 bilhões, o que representa pouco mais de 29% do total global, uma ligeira queda em comparação com o ano anterior.

O relatório destaca que a música latina é o gênero de crescimento mais rápido nos EUA, aumentando sua participação em streaming em 0,51 pontos percentuais anualmente. Enquanto isso, o R&B/Hip-Hop continua a liderar em termos de fluxos atuais.

Uma análise interessante é que artistas independentes estão aumentando sua participação em streams, com aumentos notáveis em todos os níveis, desde 1 milhão até 100 milhões de streams.

Além disso, o relatório revela que 76% dos ouvintes americanos de música assistiram a vídeos curtos, com o TikTok liderando, seguido de perto pelo YouTube Shorts.

Internacionalmente, artistas mexicanos viram um aumento significativo em sua participação nos fluxos globais, enquanto artistas britânicos e americanos experimentaram declínios.

Por fim, os países nórdicos – Noruega, Islândia e Suécia – se destacam com a maior quota de streaming premium, enquanto a Índia apresenta a menor.

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Warner Music Adquire Parte do Sua Música para Fortalecer a Música Regional Brasileira

Nesta quarta-feira, 17 de julho, a Warner Music Group anunciou uma significativa expansão em sua presença na cena da música regional brasileira através da aquisição de uma parcela do Grupo Sua Música. A iniciativa visa fortalecer o compromisso da major em fomentar e amplificar o talento regional no Brasil.

De acordo com o Portal PopLine, a empresa afirmou em um comunicado oficial, que o acordo permitirá que amas as empresas unam esforços para desenvolver ainda mais artistas e compositores regionais. A operação do Sua Música permanecerá sob a gestão dos seus três sócios fundadores: Roni Matiz Bin, Rodrigo Amar e Alan Trope.

Leila Oliveira, presidente da Warner Music Brasil, comentou sobre a importância estratégica dessa parceria: “Esta combinação entre a presença robusta do Sua Música na música regional e nosso alcance nacional e global abrirá novas portas para artistas e criadores, oferecendo-lhes oportunidades únicas no cenário musical brasileiro.”

Atualmente, o Grupo Sua Música é responsável pela carreira digital e gestão de royalties de mais de 1.000 talentos em todo o Brasil, incluindo nomes como Tarcísio do Acordeon, Vitor Fernandes e Thiago Aquino, entre outros. A parceria também permitirá que o Sua Música amplie sua presença no Nordeste e expanda sua plataforma digital.

Roni Maltz Bin, CEO do Sua Música, destacou a importância estratégica do investimento: “Este aporte financeiro não só valida nossa estratégia de crescimento, mas também acelerará nossas iniciativas em diversas frentes de negócios. Estamos animados para unir forças com a Warner e continuar nosso papel como um hub integral de soluções para artistas.”

Além disso, Bin revelou planos ambiciosos de expansão, incluindo novos estúdios de produção musical em várias cidades do Brasil e da América Latina. A iniciativa reforça o compromisso do Grupo Sua Música em se estabelecer como uma referência na produção e promoção da música regional brasileira.

Foto; Tarcísio do Acordeon (Divulgação)

Disney Music se une a startup de inteligência artificial para explorar novas possibilidades na música

A Disney Music Group (DMG) anunciou uma nova parceria com a startup de inteligência artificial AudioShake, visando abrir seu extenso catálogo musical para novas oportunidades de marketing e criatividade.

De acordo com o Music Business Worldwide, a AudioShake é conhecida por usar IA para desconstruir faixas musicais em hastes, que podem ser usadas para remixes, samples e outras aplicações.

A tecnologia da AudioShake permite separar vocais ou diálogos de instrumentos, o que é especialmente útil para gravações antigas que não possuem múltiplas faixas. A startup arrecadou US$2,7 milhões em uma rodada inicial no ano passado, elevando seu total de fundos para mais de US$5 milhões.

O catálogo da Disney Music inclui desde as primeiras gravações do Mickey Mouse até clássicos contemporâneos de diversos gêneros. No entanto, muitas dessas gravações não possuem hastes, o que limita seu uso em licenciamento, remasterização e novos formatos como áudio imersivo e vídeos com letras.

Com o novo acordo, a Disney Music utilizará a tecnologia de separação de hastes da AudioShake para abrir essas gravações para novos usos. Além da separação de hastes, a DMG também usará a ferramenta de transcrição de letras automatizada da AudioShake, melhorando os metadados de seu catálogo e expandindo formatos como vídeos de letras.

David Abdo, vice-presidente sênior e gerente geral do Disney Music Group, expressou entusiasmo pela parceria: “Estamos entusiasmados em expandir nosso trabalho existente de separação de hastes, bem como integrar o sistema de transcrição de letras do AudioShake. A AudioShake é um ótimo exemplo de tecnologia de ponta que pode beneficiar nossos artistas e compositores, e a equipe da AudioShake tem sido parceira fantástica.”

Foto; divulgação_Disney

Instituições de Renome e Líderes em Tecnologia Oferecem Cursos Gratuitos em IA

O cenário da Inteligência Artificial (IA) se encontra em franca expansão, abrindo um leque de oportunidades para profissionais qualificados. Para atender a essa crescente demanda, diversas instituições de ensino e empresas de tecnologia estão disponibilizando cursos gratuitos em IA, visando democratizar o acesso ao conhecimento e impulsionar o desenvolvimento de habilidades nessa área crucial.

Nesta seleção cuidadosamente elaborada, destacamos cursos oferecidos por instituições de renome internacional, como Harvard University e Google AI, além de empresas líderes em tecnologia como Microsoft.

Os cursos abordam uma ampla gama de tópicos, desde conceitos básicos até técnicas avançadas, permitindo que você aprimore suas habilidades e se especialize em áreas de interesse específico.

 

Confira alguns dos cursos disponíveis:

Essa lista representa apenas uma seleção dos diversos cursos gratuitos disponíveis em IA. Com uma pesquisa mais aprofundada, você encontrará ainda mais opções para se especializar nessa área promissora e impulsionar sua carreira.  Compartilhe essa notícia com seus colegas, amigos e familiares que também se interessam por IA!

Estudo Aponta que Melodias de Músicas Populares Estão se Tornando Mais Simples desde 1950

Um novo estudo da Universidade Queen Mary de Londres, publicado na revista Scientific Reports, aponta que as melodias das músicas mais populares têm se tornado mais simples desde 1950.

Os pesquisadores Madeline Hamilton e Marcus Pearce analisaram as melodias das canções que ficaram no top 5 da parada de sucessos da Billboard dos EUA de cada ano, entre 1950 e 2023.

A Super Interessante explicou que para realizar a análise, as melodias foram transcritas manualmente e processadas por um programa de computador que avaliou a complexidade percebida das notas e ritmos usados. A complexidade foi medida pelo número de notas diferentes e pela maneira como essas notas se combinam.

A pesquisa sugere que a simplificação das melodias pode estar ligada a mudanças nos gêneros musicais dominantes. Em 1975, a ascensão de gêneros como o rock de estádio, disco e new wave coincidiu com uma das quedas na complexidade melódica. Em 2000, outro declínio foi associado ao crescimento do hip-hop e ao uso de estações de trabalho de áudio digitais (DAWs).

O produtor musical Felipe Vassão, que já trabalhou com o rapper Emicida, comentou que a simplificação das melodias pode refletir tanto as preferências do público quanto as estratégias da indústria musical para criar hits. Ele destaca que a qualidade das músicas não depende apenas da complexidade melódica, mas também de outros fatores como a letra e a produção sonora.

Em resumo, o estudo indica uma tendência de simplificação das melodias das músicas populares, mas também destaca que a música é um fenômeno complexo e multifacetado, influenciado por diversas forças culturais e tecnológicas.

Foto; Gareth Cattermole/TAS24 / Getty Images/Reprodução

 

Novo Imposto no Canadá é contestado pelos maiores serviços streaming de música

Três dos maiores serviços de streaming de música do mundo – Amazon, Apple e Spotify – estão enfrentando um embate legal no Canadá. Eles entraram com ações judiciais contra uma nova regulamentação que impõe um imposto de 5% sobre suas receitas canadenses. Ao mesmo tempo, a Motion Picture Association (MPA)–Canadá, representando gigantes de Hollywood como Netflix, Disney e Warner Bros., também contestou um imposto semelhante sobre serviços de streaming de vídeo.

De acordo com o Music Business Worldwide as contestações foram apresentadas separadamente ao Tribunal Federal de Apelações do Canadá na última quinta-feira (4 de julho). Os serviços de streaming argumentam que o regulamento ultrapassa a autoridade do regulador CRTC (Conselho de Radiodifusão e Telecomunicações do Canadá). Graham Davies, da Digital Media Association (DiMA), criticou a medida como uma política retrógrada que não reconhece as contribuições dos serviços de streaming para a produção musical.

A nova Lei de Streaming Online do Canadá, aprovada em 2023, expandiu o poder do CRTC para incluir conteúdo online. A partir deste outono, serviços de streaming de música não afiliados a emissoras canadenses e com receitas anuais superiores a US$ 25 milhões no Canadá devem contribuir com 5% de suas receitas para fundos que apoiam criadores e emissoras musicais locais.

Tanto os serviços de streaming de música quanto os de vídeo contestam que financiar a produção de notícias local vai além da intenção legislativa e viola acordos de livre comércio, como o USMCA e o CETA. A MPA-Canadá destacou que essa medida discriminatória não reconhece o papel dos serviços globais na economia cultural do Canadá.

Essa saga legal pode redefinir as obrigações financeiras e culturais das plataformas globais de entretenimento no Canadá, levando a consequências de longo alcance para o futuro da indústria de mídia digital no país e no mundo.

Foto; Shubham Sharan via Unsplash