Fãs podem fazer doações para artistas com novo recurso do Spotify

O Spotify anunciou nesta quarta-feira (22) um novo recurso que permite a fãs doarem dinheiro para os artistas na plataforma.

Com o ‘Artist Fundraising Pick’ (Angariação de Fundos para Artistas, em livre tradução) artistas poderão fixar um destaque em seu perfil para receber doações para eles mesmos, ou ainda destinar recursos para instituições apoiadas pelo Spotify COVID-19 Music Relief.

De acordo com o Music Business Worldwide, o novo recurso só foi possível graças a parceria do Spotify com o PayPal e o Cash App, empresa que ainda dará um bônus para os artistas que fizerem doações ao Music Relief:

“Os usuários do [app] Spotify for Artists que enviarem seu nome de usuário junto com a tag ‘$cashtag’ como sua Escolha de Angariação de Fundos para Artistas – e que já tenham recebido pelo menos uma contribuição de qualquer valor através do Spotify – receberão um extra de US$100 em sua conta do Cash App, até um total coletivo de US$1 milhão contribuído”, anunciou a plataforma.

O Spotify postou hoje em seu blog que esta é uma iniciativa que pode sofrer alterações, já que foi lançada emergencialmente como uma maneira de ajudar os artistas neste momento de pandemia. Não foi informado se o serviço de streaming pretende estender o período de disponibilidade do recurso para após a quarentena:

“Dada a urgência e o impacto da crise do COVID-19, estamos trabalhando o mais rápido possível para desenvolver esse novo produto e divulgá-lo ao maior número possível de artistas. No entanto, nunca criamos um recurso de captação de recursos como esse antes. Consideramos essa uma primeira versão que evoluirá à medida que aprendermos a torná-la o mais útil possível para a comunidade musical”.

Plataformas apresentam quedas nas transmissões de músicas, mesmo com maior número de pessoas em casa

Ao contrário do que se esperava, o número de transmissões de músicas nos serviços de streaming não aumentou, mesmo com as pessoas em casa por conta do coronavírus.

Parece que ficar em casa não é o bastante para o aumentar o consumo de streaming de música. De acordo com dados do Official Charts Company (OCC), na última semana de março, o streaming de áudio no Reino Unido aumentou apenas 0,4% em relação à semana anterior. Enquanto o New York Times relatou no dia 6 de abril, semana do início da quarentena,  que os fluxos do Top 200 do Spotify nos EUA caíram pela terceira semana consecutiva – atingindo o ponto mais baixo do ano.

Segundo o The Guardian, esse movimento pode prejudicar ainda mais a indústria musical que contava com a audiência das plataformas, como o Spotify e Apple Music, para conter a crise gerada pela pandemia do Covid-19.

Atentos a crise, artistas como Lady Gaga e Sam Smith cancelaram o lançamento de seus álbuns e já anunciaram que vão esperar o mercado se recuperar. Entretanto, artistas como Dua Lipa não conseguiram adiar seus lançamentos, uma vez que todo o material promocional já estava em andamento.

Para o portal, mesmo que o público esteja menos interessado nas paradas, sua relevância para o sucesso comercial ainda possui grande relevância. A indústria da música, acostumada à mudanças gravitacionais nas últimas décadas depois do Napster, encontrará maneiras de se reinventar.

 

Foto: Mario Anzuoni/Reuters

Especialista afirma que shows só poderão voltar a partir de 2021

Parece que não voltaremos tão cedo a frequentar shows e festivais. Pelo menos segundo a orientação do vice reitor e diretor do Healthcare Transformation Institute da Universidade da Pensilvânia, Zeke Emanuel.

De acordo com a notícia publicada pela Rolling Stone Br, durante uma entrevista sobre a pandemia do coronavírus com o New York Times, Emanuel se mostrou pouco otimista quanto à volta de eventos com aglomerações.

Para ele, grandes shows só devem ser liberados em 2021: “Precisamos fazer em etapas. Primeiro, em espaços que permita gente de baixo risco de morte voltar […] Lugares que você consegue ficar a 2 metros de distância de outra pessoa devem voltar antes.”

“Encontros maiores – conferências, shows, eventos esportivos – que todo mundo quer remarcar para outubro de 2020… Não faço ideia como eles pensam que essa é uma possibilidade plausível. Esses serão os últimos a retornar”, disse o diretor.

A previsão do reitor é de que festivais só possam ser liberados a partir de setembro do ano que vem por questão de segurança.

 

Foto: Rolling Stone / Scott Roth / Invision / AP / Shutterstock

LIVE: O papel e a Importância das editoras

Seguindo o movimento de lives para compartilhar informação neste período de quarentena por conta do coronavírus, a @rapportproduções chamou o Música, Copyright e Tecnologia para um bate-papo ao vivo e falar sobre o ‘O Papel e a Importância de uma Editora’. A live será nesta sexta-feira (17), às 14 hrs no perfil da produtora.

Preparem suas perguntas e fiquem ligados!

 

 

Presidente da Warner Music Brasil afirma que “o digital democratizou a música”

Em entrevista para o Music Journal o presidente da Warner Music Brasil, Sérgio Affonso, disse que o “digital democratizou a música”.

Durante a entrevista, Sérgio Affonso, que desde a década de 1980 atua no mercado musical, falou como a internet tem ajudado a música brasileira ser conhecida no mundo todo:

“A ferramenta digital, a internet, os serviços de streaming universalizaram a música. Hoje, uma música tem uma chance maior de chegar lá fora muito mais rápido do que antigamente. Então eu acho que a internet e os serviços digitais democratizaram essa possibilidade”, disse o presidente da gravadora, que conta com nomes de peso como Anitta, Ludmilla e IZA.

Para Affonso, a internet abriu caminhos especialmente para o funk, gênero musical animado capaz de conquistar os mais jovens:

“Depois da Bossa Nova, nós colocamos uma outra música altamente dançante e contagiante, que é o funk. Muita gente no Brasil, execra, fala mal, tem muita coisa ruim mesmo. Tem coisas que doem no coração, mas é uma música para dançar, não é uma música para filosofar. E isso ajuda muito porque, o público em geral, que consome música hoje no mundo inteiro, é um público muito jovem. Então está interessado em se divertir e eu acho que tudo isso ajudou bastante na abertura para esses artistas”, contou Afonso.

O presidente da Warner Music Br também falou sobre como a empresa está lidando com a pandemia do coronavírus, que impossibilitou o trabalho presencial e a realização de shows:

“Eu trabalho mais de 30 anos na Warner e digo que estou encantado de ver como a companhia está preocupada com isso. Talvez tenhamos sido uma das primeiras gravadoras a entrar em home-office e temos reuniões atrás de reuniões e ninguém falou de faturamento comigo até agora. O que se fala é se as pessoas estão seguras, se estamos conseguindo tocar o barco, como estão os nossos artistas e empregados. A gravadora está jogando muito sério nesse ponto e vai levar tempo, na minha opinião, para superarmos tudo o que está acontecendo. Na minha opinião, tudo isso será superado 100% depois que aparecer uma vacina ou um tratamento eficaz”.

Para ler a entrevista na íntegra CLIQUE AQUI!

 

Foto: Reprodução

Cisac oferece curso para quem deseja entender mais sobre Copyright gratuitamente

Muitos de nossos leitores nos perguntam sobre indicação de cursos sobre Music Business e Direito Autoral. Pois bem, hoje deixamos a dica do curso ”Copyright e os Negócios das Indústrias Criativas”.

Se você deseja saber mais sobre o papel do copyright nos negócios das indústrias criativas, este é “o curso”! Ainda mais porque ele foi produzido pela CISAC (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores) em parceria com a UBC (União Brasileira de Compositores).

O curso é gratuito e online, mas há ainda uma versão paga para quem quiser mais conteúdos. Gostou da dica? Para mais informações e se inscrever CLIQUE AQUI.

Foto: Divulgação

Iniciativas prometem remodelar o modelo de negócios das transmissões ao vivo

A pandemia de coronavírus cancelou shows e eventos pelo mundo todo, mas a música não parou, ela continuou tocando, mais do que nunca em transmissões ao vivo pela internet, abrindo espaço criar para novas oportunidades à artistas. O New York Post falou sobre algumas delas.

Atenta, a Universal Music já está ligada às mudanças, tanto que está desenvolvendo uma plataforma para que seus artistas possam transmitir apresentações ao vivo simultaneamente em várias plataformas, como YouTube e Facebook. Live. Nós do MCT estamos ansiosos para ver como vai ser o resultado deste projeto que será liberado na próxima semana.

Além de fazer transmissões ao vivo, o serviço, que ainda não possui um nome revelado, permitirá a interação e o envio de alertas sobre a programação de shows aos fãs. Também permitirá a venda de mercadorias e arrecadação de doações para instituições de caridade.

A gravadora não revelou se pretende faturar com a plataforma, mas disse que os direitos de streaming são de sua propriedade e que são acordados por meio de contratos.

Outra iniciativa que tenta amenizar os efeitos do coronavírus na economia e pode beneficiar artistas é o Bandsintown, um site que notifica os fãs sobre quando seus artistas favoritos estão chegando em sua região.

Com o surto do vírus, os desenvolvedores do site logo remodelaram todo o modelo de negócio. Desta forma, agora o site é capaz de alertar os usuários sobre os próximos shows a serem transmitidos por seus artistas favoritos.

“Reorganizamos o mapa do produto em duas semanas”, disse Fabrice Sergent, co-fundador e sócio-gerente do site, que trabalha com um banco de dados de mais de 530.000 artistas e 55 milhões de fãs.

Eles conseguiram uma parceria com o Twitch – a plataforma da Amazon favorita pelos jogadores – para que seus artistas possam receber dinheiro. A parceria permite que os fãs assistam as lives gratuitamente no Twitch em troca de moedas virtuais iguais a 1 centavo por bitcoin. Uma parte do valor arrecadado vai para o MusiCares COVID-19 Relief Fund, uma instituição de caridade para “músicos desempregados”.

“Tenho certeza de que veremos muitas variações nas próximas semanas”, disse Sergent. Como por exemplo, assinaturas pagas, receita de publicidade ou venda de mercadorias durante o streaming.

São iniciativas como estas que contarão muito para o mercado da música, esperamos que tudo acabe logo para trazermos boas notícias!

 

Foto: Uli Deck/picture alliance via Getty Image

Covid-19: O Streaming ao vivo pode substituir os shows que foram cancelados?

Impedidos de fazer shows com aglomerações de pessoas devido a pandemia do coronavírus, artistas de todo o mundo começaram a se organizar, se apresentando pelas redes sociais e em plataformas de streaming. Entretanto, será que este movimento é mesmo uma solução para substituir os shows que foram cancelados? O The Gardian publicou um artigo para refletirmos sobre esta questão.

Para o artista e pesquisador Mat Dryhurst, o impacto dos cancelamentos de shows será grande e a longo prazo. Ele acredita que a crise do coronavírus está apenas “amplificando a natureza precária e defeituosa da indústria da música” em geral, e que “reformas mais amplas são essenciais”:

“Eu acho que há um futuro para performances telemáticas ou remotas”, disse Dryhurst. “Mas não pode ser apenas como ‘Ei, você é um artista, pegue seu violão e vá para a câmera!’. Ou seja, não pode ser algo imposto para os artistas.

Para dar apoio aos afetados pela crise global do COVID-19, a revista Left Bank organizou um festival de música no YouTube entre os dia 17 a 22 de março. Foram 12 horas com vários artistas do mundo todo tocando ao vivo diretamente de seus quartos. Festivais parecidos aconteceram no Brasil também.

Apesar do livre acesso ao festival, a revista incentivou seus seguidores a fazer contribuições através do aplicativo Venmo durante a live. A fundadora do Left Bank Media, Kristyn Potter, explicou ao portal que esta foi a melhor maneira de monetizar os artistas sem violar direitos autorais. Embora as limitações de licenciamento e propriedade intelectual ainda não tenham sido totalmente resolvidas pela indústria, Potter é uma entusiasta: “Alguns artistas são feitos para esse formato – nós definitivamente faremos o festival novamente”.

Assim como Potter, a especialista da indústria musical, Cherie Hu, também acredita que há artistas que se saem melhor nas plataformas de streaming de vídeo. E nem sempre são os mais famosos.

É o caso de Hana (foto), artista de música eletrônica que se tornou popular ao fazer feats com as cantoras Lord e Grimes. Hana se tornou conhecida ao jogar League of Legends, tocar músicas e interagir com seus fãs no Twitch (app famoso entre os gamers).

Recentemente, Cherie Hu criou um Google Doc maravilhoso para ensinar aos artistas a usar o streaming de vídeo como uma ferramenta de apoio. Uma tentativa de ajudar a diminuir o impacto financeiro de artistas que participariam do SXSW (CONFIRA AQUI).

Hu acredita que o streaming ao vivo é uma grande oportunidade para que artistas desenvolvam conteúdos únicos, mas hesita em recomendá-lo como uma solução imediata:

“Acho que se os artistas abordam as transmissões ao vivo de uma maneira interessante, posso ver isso se tornando um fluxo de receita para algumas delas”, diz ela. “Mas esses modelos não são comprovados financeiramente. Do ponto de vista dos artistas, definitivamente existem outros canais que podem gerar renda mais imediata e concreta”.

Em seu Doc, Hu avisa ao leitor que a transmissão ao vivo não substitui o valor financeiro, emocional ou cultural de um show ao vivo. E com esse alerta, o The Gardian levanta uma outra questão: Qual o significado real do “ao vivo”?

Em 1993, a ex-presidente do Departamento de Estudos da Performance da Universidade de Nova York, Peggy Phelan argumentou que: “A única vida da performance está no presente. O desempenho não pode ser salvo, gravado, documentado…uma vez que o faz, torna-se algo diferente de desempenho.”

Muitos poderiam concordar, já que assistir um show ao vivo é uma experiência única. Sem contar que há um grande negócio na venda de música ao vivo, tanto que os Rolling Stones chegaram a lançar 28 álbuns de seus shows.

Em 1999, Philip Auslander, lançou o célebre livro Liveness e respondeu à Phelan que o fenômeno da “vivacidade” é “específico do contexto”, “matizado” e “subjetivo”.

“Vinte anos depois, temos mais variações de “vivacidade” na ponta dos dedos do que Auslander ou Phelan jamais poderiam ter previsto”, afirma o The Gardian. Atualmente, a sensação de vivacidade se manifesta de diferentes formas, seja no Instagram Live ou até no TikTok.

Enquanto isso, Dryhurst permanece cético sobre o potencial da transmissão ao vivo como uma solução de curto prazo: “Não sei se a música nessa crise em particular precisa se reinventar”, diz ele. “As pessoas já estão bastante entretidas!”.

O pesquisador se preocupa ainda com a saúde mental dos artistas que podem se sentir pressionados a fazerem apresentações só para não ficarem de fora em meio ao estresse da pandemia: “Não vou citar nomes”, conta o pesquisador, “mas os músicos têm entrado em pânico e me enviando mensagens como ‘Devo aprender a fazer streaming ao vivo?’. “Estou meio irritado por eles estarem sentindo essa ansiedade além de se preocupar sobre seus pais.”, desabafa.

Foto: a artista de música eletrônica Hana faz streaming ao vivo do making of de seu álbum/ YouTube/Reprodução

SÃO PAULO ANUNCIA EDITAL PARA ESPETÁCULOS NAS JANELAS DE PRÉDIOS

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (19) a criação de um edital para destinar 10 milhões de reais para produções artísticas nas janelas de prédios e casas da cidade.

De acordo com a Veja São Paulo, o projeto “Janelas de São Paulo” contemplará projetos 8 mil projetos musicais, teatrais e de várias linguagem que poderão ser vistos pelo público através de uma plataforma virtual.

A ideia do projeto veio a partir da Itália, onde vários artistas começaram a cantar em suas sacadas para animar a população durante a pandemia do coronavírus que já matou mais de 3500 pessoas até o momento por lá.

Vale lembrar que ainda nesta semana, o Governo de São Paulo anunciou uma série de medidas para mitigar os efeitos causados pelo coronavírus no estado. Além disso, João Doria anunciou que liberou um crédito de 275 milhões de reais para os setores de cultura, economia criativa, turismo e comércio.

De acordo com a Secretaria do Estado, a abertura das inscrições para o edital com maiores informações serão divulgadas em breve.

Reprodução/Instagram/@danielmconstante/Veja SP

Labsônica abre inscrições para programa de aceleração musical em parceria com a Toca do Bandido

Estão abertas as inscrições para o programa de aceleração musical Labsônica – Edição Toca do Bandido. Podem participar artistas solo, bandas e coletivos com trabalho autoral e composições próprias, com pelo menos 2 anos de existência comprovada e de todos os estilos musicais.

Serão escolhidos 6 artistas que passarão por um processo de aceleração de carreiras através do desenvolvimento de conhecimentos estratégicos com workshops, songcamp, mentorias, pitchings.

Os participantes selecionados ganharão produção musical da Toca do Bandido em três singles, e orientação por uma série de especialistas como Guta Braga, fundadora do Música, Copyright e Tecnologia e Fábio Silveira, editor chefe do FastForward Podcast entre outros grandes nomes do mercado musical nacional.

Os trabalhos criados ao longo do processo serão lançados e promovidos pelo selo Toca Discos. E ainda, uma das melhores agências do país irá promover suas carreiras com gestão estratégica de comunicação e marketing digital.

Para participar, é necessário preencher o Formulário de Inscrição do Programa e um vídeo de até 3 minutos com apresentação do projeto musical e uma perspectiva de como poderá crescer em sua carreira participando do Programa.

Confira todas as informações em https://www.tocadobandido.com.br/aceleracaolabsonica/

Foto: Divulgação/Labsônica