Ghibli esquenta debate sobre direito autoral, opondo criadores e os que defendem liberdade sem limites para IA

Arte, IA e direitos autorais: a trend viral no estilo Ghibli reacende debate sobre criatividade e tecnologia

Nos últimos dias, uma nova tendência viral tomou conta das redes sociais: a possibilidade de transformar qualquer imagem em ilustrações com o traço inconfundível do Studio Ghibli. A brincadeira, impulsionada por um gerador de imagens da OpenAI, atraiu milhões de usuários ao ChatGPT em questão de horas, incluindo celebridades, marcas e até instituições públicas. No entanto, por trás do encanto nostálgico e visualmente cativante, a trend também reacendeu um debate polêmico: até que ponto a inteligência artificial pode replicar estilos artísticos sem ferir os direitos dos criadores originais?

Segundo O Globo, essa viralização levanta questões sobre propriedade intelectual e o impacto da IA na indústria criativa. O próprio Hayao Miyazaki, lendário cofundador do Studio Ghibli, já expressou seu descontentamento com a inteligência artificial. Em 2016, ele declarou que considera a IA um “insulto à vida”, deixando claro que não gostaria de ver essa tecnologia influenciando sua obra.

A discussão também envolve a maneira como essas ferramentas são treinadas. Para que um gerador de imagens consiga replicar um estilo específico, ele precisa ser alimentado com uma vasta quantidade de referências — muitas vezes, sem que os artistas originais tenham dado consentimento. Isso levanta um dilema jurídico e ético: a tecnologia está democratizando a arte ou apenas explorando o trabalho de criadores sem oferecer reconhecimento e remuneração adequados?

Enquanto alguns artistas protestam contra o uso de IA, compartilhando suas próprias criações feitas sem tecnologia, defensores argumentam que essas ferramentas tornam a produção artística mais acessível. Mas se até grandes nomes do cinema, como Carlos Saldanha (diretor de Rio e A Era do Gelo), pedem regulamentação para proteger os direitos autorais de artistas, fica claro que o tema ainda precisa de um debate aprofundado.

Link da matéria completa: https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2025/04/02/viral-com-imagens-no-estilo-ghibli-esquenta-debate-sobre-direito-autoral-opondo-criadores-e-os-que-defendem-liberdade-sem-limites-para-a-ia.ghtml?utm_source=aplicativoOGlobo&utm_medium=aplicativo&utm_campaign=compartilhar

Silêncio na música do Reino Unido

 

Mais de mil artistas, incluindo Annie Lennox, Damon Albarn e Kate Bush, lançaram o álbum silencioso “Is This What We Want?” como forma de protesto contra os planos do governo britânico de permitir que empresas de Inteligência Artificial utilizem conteúdos protegidos por direitos autorais sem o consentimento dos criadores.

Segundo Euronews, o projeto simboliza o impactador que essa medida pode ter no meio artístico, apresentando faixas sem música, apenas com filhos de estúdios e espaços vazios. Artistas como Billy Ocean e Ed O’Brien (Radiohead) apoiam a iniciativa, cuja renda será destinada à instituição Help Musicians .

O governo britânico defende que os detentores de direitos possam “optar por não participar”, mas os músicos argumentam que isso inviabiliza o controle sobre suas próprias obras e ameaça a subsistência dos criadores. A consulta pública sobre a proposta se encerra em 25 de fevereiro, e os críticos alertam que a mudança pode prejudicar especialmente os artistas emergentes.

Leia a matéria completa:  https://www.uniaofm.com.br/mais-de-mil-artistas-lancam-disco-silencioso-em-protesto-contra-as-leis-de-ia-do-reino-unido-ouca/

Meta Baixou mais de 81TB de livros piratas via torrent para treinar IA

A Meta, está no centro de uma polêmica judicial nos Estados Unidos. Segundo a TecMundo, documentos revelados em um processo movido por escritores e artistas, a companhia baixou ilegalmente grandes quantidades de livros para treinar sua inteligência artificial.

A ação envolve o uso de fontes piratas como LibGen e Anna’s Archive, totalizando mais de 198 TB de dados obtidos via torrent.
Mensagens internas indicam que a equipe da Meta sabia da ilegalidade do processo e tentou ocultar as atividades, inclusive mascarando conexões e limitando compartilhamento de arquivos.

O próprio CEO, Mark Zuckerberg, teria sido informado da decisão de usar conteúdos sem autorização, contradizendo declarações anteriores da empresa.
O caso levanta questões importantes sobre ética no desenvolvimento de IA e os impactos para criadores de conteúdo.

Leia a matéria completa: https://www.tecmundo.com.br/mercado/402337-meta-baixou-mais-de-81-tb-de-livros-piratas-via-torrent-para-treinar-ia.htm?utm_source=chatgpt.com

CANÇÕES DE TOQUINHO ENTRAM NOVAMENTE EM FUNDO DE INVESTIMENTO COM RENTABILIDADE AINDA MAIOR

No ano passado publicamos uma notícia a respeito de uma empresa que criou um fundo de investimentos a partir do direito das obras de alguns artistas brasileiros como Paulo Ricardo, Toquinho e Luiz Avellar.

A ideia de investimento sobre os royalties de obras deu tão certo que cerca de 50 investidores entraram no fundo, com retorno de 12% ao ano. Agora, esta mesma empresa, a Hurst Capital, está lançando uma segunda operação, para permitir que investidores recebam juros sobre mais de 400 obras do cantor e compositor Toquinho. As informações são do OGlobo.com.

Desta vez, a operação terá o prazo de 48 meses, com rentabilidade maior, 16,92% ao ano, no cenário base, equivalente ao IPCA+12,46%. O aporte mínimo é de R$ 10 mil.

Vale notar que em 2021 a Hurst captou R$ 200 milhões para adquirir catálogos musicais.

ENTENDA O PLANO DOS FÃS DE JULIETTE PARA COLOCÁ-LA EM PRIMEIRO LUGAR NO ITUNES

Recentemente, o G1 publicou uma matéria sobre como os fãs da cantora Juliette conseguiram criar um plano para colocá-la em primeiro lugar no iTunes em vários países. O plano deu tão certo, que as canções de Juliette chegaram a ficar em primeiro lugar em mais 60 países!

O portal conversou com fãs, que explicaram detalhes do plano. Veja a imagem abaixo para entender:

 

 

Para os fãs o plano é válido, já que neste caso, são eles mesmos que se organizaram para ajudar a cantora. Além disso, não há uso de robôs que simulam as compras. Eles fizeram compras reais da faixa. Portanto, a prática não pode ser considerada como fraude.

Outro destaque vai para a grande conexão e união existente entre fãs da Juliette e os de outros artistas BTS, BlackPink, Katy Perry e Lady Gaga.

Vale notar, que ainda neste ano fãs da Anitta também conseguiram se unir para que ela fosse a mais ouvida no Spotify.

O iTunes não se posicionou sobre o assunto até o momento.

 

Foto: Juliette, cantora e vencedora do BBB21 –  Divulgação

UNIVERSAL PICTURES ANUNCIA SAÍDA DO BRASIL

Nesta semana, a Universal Pictures anunciou que está encerrando suas atividades no Brasil, devido ao impacto da pandemia nos negócios da empresa.

De acordo com o ovicio.com, a partir de agora, a Warner será responsável pela distribuição e distribuição de seus filmes no país.

Por enquanto, ‘007: Sem Tempo Para Morrer’, produzido pela Universal, segue confirmado para 1º de abril, e provavelmente, sua estreia será realizada pela Warner. A música tema cantada pela cantora Billie Eilesh.

Vale lembrar que ainda nesta semana a Ford, também anunciou o encerramento da produção de veículos no país por conta dos impactos negativos da pandemia na indústria.

 

 

Imagem: reprodução

Shutterstok adquire empresa especializada em criação de músicas por Inteligência Artificial

A Shutterstock, aquele site americano que é um grande banco de dados de imagens, ilustrações e vídeos, anunciou que adquiriu uma empresa especializada em criação de músicas através da Inteligência Artificial, a Amper Music.

Segundo o Music Business Wordwide, a Amper Music possui uma tecnologia capaz de permitir que seus usuários criem e personalizem músicas, a partir de mais de 1 milhão de amostras individuais de áudio gravadas por músicos em milhares de instrumentos. A empresa garante que possui o maior banco de algoritmos de composição musical do mundo.

Com a aquisição, a Shutterstock vai ampliar suas ferramentas de edição e facilitar a busca de conteúdo e descoberta de faixas compostas pelos seus usuários.

Oferecer músicas, livres de direitos autorais, tem se tornado uma grande tendência para plataformas como a Shutterstock. No início deste ano, a rival Adobe fechou um acordo com a Epidemic Sound e Jamendo, especializadas em músicas livres de direitos autorais.

A Guetty Images também hospeda músicas e efeitos de sons, que muitas vezes são livres de licenças, graças a um acordo que realizou também com a Epidemic Sound.

Vale notar que a Shutterstock é um dos fornecedores mais importantes do mundo de fotografias, vetores, ilustrações, vídeos e música licenciadas para empresas, agências de marketing e organizações de mídia.

Atualmente, a Shutterstock possui uma biblioteca com 314 milhões de imagens, além de 17 milhões de videoclipes.  No ano passou chegou a faturar US$650,5 milhões.

 

Foto: Reprodução

GRAVADORAS SE REIVENTAM PARA SE AJUSTAR AO NOVO CENÁRIO DA MÚSICA

O Estadão publicou uma matéria sobre como as gravadoras estão buscando ir além da venda de cópias de discos para se ajustar ao novo cenário da indústria musical.

Universal Music – Plataforma de vendas

Um caminho encontrado pela Universal Music foi lançar sua plataforma de vendas diretas ao consumidor. Na umusicstore.com é possível encontrar produtos físicos colecionáveis do catálogo da gravadora, como CDs, DVDs, vinis e boxes. Além disso há almofadas, quadros, bonés, camisetas, canecas e coolers:

“Com o crescimento do digital, a gente viu uma necessidade maior de manter o físico aceso, só que agregando valor e entrando em novos mercados: de decoração, moda e acessórios. Essa indústria movimenta muito dinheiro no Brasil”, afirmou o presidente, Paulo Lima. “No fundo, a gente entende que os artistas são grandes marcas e que seus fãs querem ter produtos físicos dessa marca do artista.”, continuou.

Sony Music – Plataforma de Vendas/ Filtr Live

A fanstagestore.com.br, da Sony Music, também é uma plataforma de vendas com produtos de seus artistas.  A companhia criou o setor de Business Development para o desenvolvimento de um novo modelo de negócios e ampliação de sua atuação. Dividido em duas partes, a primeira atua em contato direto com as marcas e o outra foca na promoção de shows, festivais e propagação da marca Filtr Live.

“Num primeiro momento, a diversificação foi uma opção para o declínio das vendas. Mas, no mercado de hoje, bastante competitivo e que cresce à taxa de 30%, ela passa a ser uma questão de diferenciação, de oferecermos aos artistas serviços mais completos junto às marcas e ao público em geral”, contou o vice-presidente da Sony, Wilson Lannes. “Temos hoje também o desafio de conectar nossos artistas às linhas de negócio de shows, sincronização publicitária, branding e prover uma solução completa ao mercado, de conteúdo artístico e musical.”

Warner Music – Playlists no Youtube

“Temos trabalhado nas nossas próprias playlists, no nosso canal de YouTube, tentando não só conteúdos clássicos musicais, mas também criando novos produtos, novas formas de comunicar a carreira do artista. Por exemplo, a gente fez a Lucy Alves cozinhando na Toca do Bandido, onde ela também cantava as músicas. Então, são movimentos que toda a indústria está fazendo em conjunto”, disse Sergio Affonso, presidente da Warner Music.

Para ele, o contato com o público é fundamental: “O fã-clube, por exemplo, é algo de vital importância, porque é ali que a gente identifica todos os pontos mais fortes e mais fracos de um projeto que estamos colocando na rua. Então, essa aproximação com o público é crucial hoje, através de Instagram, Twitter, YouTube.”

Biscoito Fino – Podcasts/ Youtube

A Biscoito Fino aposta em seus próprios podcasts e séries exclusivas com artistas no Youtube:

“Estamos fazendo acordos para fabricarmos quantidades menores de produtos físicos, para seguirmos atuando nesse mercado. O mesmo acontece com as bookstores: estamos estabelecendo acordos com elas, buscando modelos de negócio viáveis”, disse Jorge Lopes, diretor executivo da Biscoito Fino.  “Ao mesmo tempo, buscamos viabilizar a comercialização de outros produtos, além de CDs e DVDs. Essa não é uma tarefa simples, necessita de investimentos em pessoal e, principalmente, da aprovação prévia dos artistas.”

 

Foto: Produtos Charlie Brown Jr/umusicstore.com

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