A disputa ganhou os corredores do Congresso. Segundo Lucas Altino do jornal O Globo, o Senado aprovou na última semana um projeto de lei que reconhece Recife como Capital Nacional do Brega. Mas a decisão gerou reação imediata de Belém: o senador paraense Beto Faro entrou com um recurso para levar o tema ao plenário, defendendo que a cidade também seja reconhecida. Ambas têm fortes raízes no gênero que exalta o amor sofrido — com nomes como Reginaldo Rossi e MC Loma, no Recife, e Calypso e Gaby Amarantos, em Belém.
Gênero musical que não se envergonha de bradar a infelicidade amorosa e se tornou motivo de orgulho para as duas capitais vive disputa por ‘paternidade’.
A polêmica mobiliza artistas, pesquisadores e o público. Especialistas afirmam que o brega floresceu simultaneamente nas duas cidades, cada uma com identidade própria: enquanto Recife desenvolveu o bregafunk com influência seresteira, Belém impulsionou o tecnobrega e as festas de aparelhagem. O debate, embora simbólico, evidencia a força cultural e econômica do gênero no Brasil. O projeto ainda aguarda decisão final.
Entenda as diferenças entre os bregas:
Recife: O brega surgiu pela seresta e as canções românticas, até chegar no brega funk. O instrumento principal é o teclado. Na estética, a influência maior é a do forró, com o uso de dançarinos nos grupos.
Belém: É centrado na aparelhagem e nos ritmos latinos, com a “guitarrada”, famosa nas mãos de Chimbinha, do Calypso, que, como banda liderara por um homem e uma mulher, tinha a formação clássica no Pará.
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