A Sony Music fechou um acordo histórico para adquirir metade do catálogo musical de Michael Jackson por mais de R$3 bilhões. Essa transação é considerada a maior compra de ativos de um único músico já realizada.
Conforme O Globo, o acervo não inclui apenas as gravações do Rei do Pop, mas também obras de artistas como Sly & the Family Stone, Jerry Lee Lewis, Jackie Wilson, entre outros.
Estima-se que o catálogo de Michael Jackson gere cerca de R$420 milhões por ano, segundo a Billboard. O acordo, no entanto, não abrange royalties de produções teatrais como a peça da Broadway que utiliza músicas do artista.
O catálogo de Michael Jackson tem grande importância cultural. Suas músicas continuam a influenciar novas gerações, com um aumento significativo de streams nos últimos anos. De 2020 a 2023, as vendas e os streams de suas músicas cresceram 37% nos Estados Unidos. Globalmente, em 2023, o consumo das canções de Jackson cresceu 38,3%, atingindo 6,5 bilhões de streams.
A relação entre Michael Jackson e a Sony Music é antiga, com a empresa já tendo adquirido outros ativos ligados ao artista ao longo dos anos. Entre 1991 e 2018, a Sony pagou mais de US$2 bilhões em diferentes transações que incluem a aquisição da Sony/ATV, que detinha catálogos como o dos Beatles.
O filme biográfico “Michael”, previsto para ser lançado no próximo ano, pode aumentar ainda mais o consumo das músicas do artista, beneficiando o patrimônio da família Jackson e outros detentores de direitos.
Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo