BILLBOARD PASSARÁ A CONTABILIZAR VISUALIZAÇÕES NO YOUTUBE NA LISTA DE ALBUNS MAIS VENDIDOS

A Billboard anunciou nesta semana que passará a considerar a quantidade de reproduções de vídeoclipes no YouTube para classificar os álbuns mais vendidos nos Estados Unidos.

De acordo com a Uol Entretenimento, um álbum vendido será equivalente a 3.750 acessos em uma plataforma gratuita, como YouTube. Enquanto em plataformas pagas serão considerados 1.250 acessos. Serão considerados apenas vídeos de canais oficiais.

A Billboard 200 – lista dos 200 álbuns mais vendidos na semana – incluirá ainda as músicas ouvidas em plataformas como Spotify, Apple e Tidal.

Segundo o portal,  de 1940 a 2005 eram contabilizadas apenas as vendas físicas de discos. Somente em 2013, a Billboard incluiu acessos via streaming.

Foto: reprodução

Netflix se torna o serviço de vídeo online mais assistido

A consultora especializada em mídia, eMarketer, revelou que a Netflix ultrapassou o Youtube como a plataforma de streaming de vídeo mais assistida por dia pelos adultos, nos Estados Unidos.

A descoberta faz parte de um estudo divulgado na semana passada pela consultora. De acordo com a empresa, em 2018, os adultos nos EUA gastaram cerca de 23 minutos por dia assistindo os conteúdos da Netflix, enquanto 22 minutos no YouTube.

No estudo, a empresa prevê que em 2019 os americanos devem gastar 27% de seu tempo na Netflix, e 23,4% no YouTube, sendo que há possibilidades de que um mesmo usuário assista a ambos os serviços no mesmo dia.

De acordo com a Exame.com, a liderança da preferência pela exibição de vídeo online pertencia ao YouTube até o ano passado. Entretanto, a Netflix conseguiu aumentar em 20% ao ano o tempo de tela de seus usuários.

Não foram divulgados s dados de consumo de vídeos em streaming pelos brasileiros. Contudo, o YouTube é a plataforma com maior número de usuários, com 96,7 milhões de usuários no país, ante 28,7 milhões de usuários na Netflix.

Apesar do crescimento da Netflix, a eMarketer afirma que estes números devem desacelerar devido a entrada de novos players no mercado como o Disney+ e Apple TV+

“Embora os americanos estejam gastando mais tempo assistindo à Netflix, a atenção das pessoas vai ficar mais dividida à medida em que novos serviços de streaming surgem”, afirmou  em nota o analista Ross Benes, da eMarketer.

Foto: Sopa Images/Getty Images

De Anitta até IZA, por que o YouTube é a maior fábrica de talentos do Brasil?

A Billboard publicou um artigo a respeito do cenário musical brasileiro que tem usado o Youtube como ferramenta aliada na promoção de trabalhos e descoberta de novos artistas.

Graças aos Youtube, estrelas do pop nacional como Anitta, Iza e Ludmilla foram descobertas por Sergio Affonso, o presidente da Warner Music Brasil. Ele contou à Billboard que passa pelo menos uma hora por dia procurando novos talentos na plataforma: “Eu sento lá procurando artistas com o maior número de visualizações – artistas que se identificam com a minha marca e que têm talento.”

A força do Youtube é grande no Brasil, segundo a MIDiA Research, 79% dos brasileiros assistiram a videoclipes no YouTube no ano passado, um número maior do que a média global, 44%. O mesmo acontece com relação ao número de usuários brasileiros semanais, 65% usaram o YouTube e 30% usaram o Spotify. A média global é de 46% para o YouTube e 17% para o Spotify.

“As pessoas [os brasileiros] têm uma cultura de consumir música no YouTube, muito mais do que em outros países”, disse Zach Fuller, analista sênior da MIDiA Research.

Leo Morel, diretor de inteligência de mercado da iMusics avalia que o Youtube a o maior concorrente dos serviços de streaming no país: “Tem reconhecimento de marca e é grátis.”

Se por um lado o Youtube tem sido um grande aliado, principalmente para novos artistas, por outro, o retorno por suas obras não é valorizado. A Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores afirma que o YouTube paga apenas uma pequena fração da soma que gera para os criadores, e que esses pagamentos são bem menores em comparação aos outros serviços de streaming.

“É uma plataforma democrática aberta a todos”, diz Sandra Jimenez, diretora de música do YouTube na América Latina. “E para novos talentos, é a oportunidade de explodir e, em seguida, escolher seu próprio caminho com uma gravadora ou ser independente”.

Segundo o portal, músicos brasileiros com carreiras estabelecidas também tem usado a plataforma para divulgar seus trabalhos e se conectar com os fãs. É o caso da banda de pop-rock Jota Quest. Em 2018, a banda realizou uma ação com 20 YouTubers que reinterpretaram os clássicos do grupo em vários estilos.

“Nós crescemos em uma época em que havia apenas uma maneira de trabalhar: você lançava um álbum, o divulgava, lançava músicas dele, fazia turnê, [então fazia] outro álbum”, disse o vocalista do Jota Quest, Rogério Flausino . “Hoje não. Você pode usar plataformas diferentes para alcançar o sucesso. Cantores do YouTube são o resultado disso.”

 

Foto: Billboard/Courtesy of Warner Music Brasil

Facebook e YouTube agora são considerados veículos de mídia

Plataformas como Google, Facebook, Instagram e YouTube agora são considerados veículos de mídia.

O Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão) , uma entidade que visa “assegurar boas práticas comerciais entre anunciantes, agências e veículos” – aprovou na terça-feira passada (16), uma nova resolução que “reconhece, como veículos de divulgação ou comunicação, para os efeitos da legislação, todo e qualquer ente jurídico que tenha auferido receitas decorrentes de propaganda”.

De acordo com a Folha de São Paulo, a nova classificação abrange a internet, categorias de busca, social, vídeo, áudio, display. Ou seja, plataformas como as redes sociais e o Youtube.

A aprovação da resolução foi baseada conforme o artigo 4º da lei 4.680/65: “são veículos de divulgação, para os efeitos desta lei, quaisquer meios de comunicação visual ou auditiva capazes de transmitir mensagens de propaganda ao público, desde que reconhecidos pelas entidades e órgãos de classe”.

O Conselho Superior do Cenp justificou que a mudança é necessária “em consequência do desenvolvimento tecnológico”.

Tanto o Google, como Facebook “se definem como empresas de tecnologia, não mídia”. Segundo a Folha, essa é uma forma dessas empresas se isentarem sobre várias responsabilidades, como a publicação de conteúdo pelos seus usuários. Vale lembrar que recentemente, o Parlamento Europeu aprovou a nova diretiva que responsabiliza as plataformas por conteúdos que são protegidos por direitos autorais.

Nenhuma das plataformas comentaram sobre o assunto até o fechamento da notícia.

Com o  Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), o Cenp “estabelece parâmetros de qualidade para o conteúdo no mercado publicitário”, informou o portal.

Kondzilla perde a liderança do funk no YouTube

O canal Kondzilla, maior canal do Youtube no Brasil, vem perdendo audiência e deixando a concorrência  dominar o funk. É o que disse a matéria do G1 que apontou vários fatores que levaram a queda do canal.

De acordo com o G1, além da audiência do canal ter caído pela metade, o número de hits no Top 100 semanal da plataforma é de apenas três, contra nove da concorrência (GR6).

Após conversar com o diretor-executivo da Kondzilla, Fabio Trevisan e outros produtores, o G1 constatou cinco fatores que puderam ter levado o canal a perda de audiência:

  1. “Funkeiros mais conhecidos, como Kevinho, Jerry Smith, Lexa e Pocahontas, hoje preferem postar em seus canais individuais”
  2. “Após anos de domínio paulista, o funk cresce em Belo Horizonte, Recife e especialmente no Rio, onde Kondzilla é menos presente”
  3. “Mesmo em SP, a concorrência aumentou quando a GR6, maior agência de MCs da cidade, passou a priorizar seu próprio canal”
  4. “Competidores avaliam que o canal está perdendo a “conexão com as ruas”, com linguagem “limpinha” em momento em que o funk é marcado pela “ousadia””
  5. “Excesso de clipes de aspirantes a celebridades de qualidade duvidosa, que pagam pela “vitrine” da Kondzilla. A produtora lucra, mas o canal perde interesse de fãs”

Fábio explicou que uma das principais causas da perda de audiência foi uma “filtragem” de conteúdo. O canal deixou de promover clipes com palavrões, sexo e violência para alcançar certos públicos e marcas.

Enquanto o Kondzilla sofre com essas questões, uma concorrente assumiu a liderança no funk: a GR6, maior escritório de agenciamento de artistas de funk de SP.

Segundo o portal, a empresa virou concorrência para o Kondzilla a partir do momento em que o canal começou a focar em seus “planos grandiosos”, em 2017. Nessa época, todos os clipes de seus MCs eram lançados pelo canal da Konzilla:

“Eles abriram um escritório e viraram concorrência. A gente viu que tinha que ter uma coisa independente, trabalhar nossa plataforma. Pelos clipes, todo mundo achava que nossos artistas eram da Kondzilla. A gente ficava escondido”, afirmou Rodrigo Oliveira (33), dono da GR6.

Com produção e veiculação próprias, no canal GR6 Explode, a empresa conta com 10 diretores e R$2 milhões em equipamento de vídeo. A sede, situada em uma casa na Zona Norte de São Paulo, está começando a crescer: “Agora a gente está construindo outra casa na frente que é duas vezes maior. Lá vai ficar nossa parte de filmes. Estamos gravando uns 90 clipes por mês.”, informou Rodrigo. O resultado está nas paradas do Youtube.

Apesar da briga pela liderança no funk, Rodrigo contou que mantém boas relações com a concorrência: “Tenho um grande respeito pelo Kondzilla, por tudo que ele construiu”, disse.

O G1 detalhou todos os fatores que estão influenciando a disputa pelo primeiro lugar no funk. Apesar de tudo a favela continua vencendo.

 

Foto:Reprodução/Facebook/Kondzilla

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MARCA DE ROUPAS, YOUTUBE, NETFLIX: KONDZILLA QUER MUITO MAIS

A história de Konrad Dantas (30 anos) é uma das mais inspiradoras na música. Foi com muita vontade de fazer seu próprio trabalho e uma câmera na mão que hoje seu canal no Youtube, KondZilla, é o maior do Brasil e o do 3º maior canal de música do mundo.

Além de seu canal no Youtube, Kond fundou uma holding de comunicação, englobando a marca KondZilla Filmes e a KondZilla Wear, uma marca de roupas que espelha a cultura periférica. Há dois anos o produtor também possui um portal de comportamento.

“A música foi um meio mais rápido para conseguir viver com um pouco mais de conforto. Mas esse momento chegou. E como eu vou devolver isso para o universo? Como devolver isso para o público que apoiou nosso trabalho? A gente tem que entregar outro tipo de mensagem também. Minha missão de vida é contribuir para a transformação das pessoas. Ajudando elas a se transformar. Ser o meio para que elas se transformem.”, falou KondZilla à Huffpost Brasil em entrevista, sobre seu portal.

KondZilla chamou a atenção da Netflix e está prestes a lançar uma série sobre funk e periferia. A Orloff também quis Kond em seu time e anunciou que o produtor e empresário será seu diretor criativo.

“Ser diretor de cena é uma das minhas atividades. Ser empresário é uma das minhas atividades. Escrever roteiro é outra das minhas atividades. Acho que a atividade que consegue sintetizar isso tudo é ser diretor de criação”, disse KondZilla sobre o novo papel como diretor criativo.

 

Foto: instagram/@kond