Berklee e Women in Music realizam estudo sobre mulheres na indústria musical dos EUA

A Faculdade Berklee de Música realizou uma pesquisa em parceria com o Woman in Music para explorar o cenário socioeconômico das mulheres na indústria da música americana: A maioria das mulheres (78%) afirmaram ter sido tratadas de forma diferente dentro da indústria da música, enquanto mais da metade atestaram que seu gênero havia afetado seu emprego (52%). Confira.

A pesquisa “Mulheres na Indústria Musical dos EUA: Obstáculos e Oportunidades”, da Faculdade Berklee de Música em parceria com o WIN, pretendeu  fornecer uma visão mais clara da situação socioeconômica das mulheres no setor, visando identificar também as oportunidades e os desafios atuais enfrentados pelas mulheres.

Segundo o portal da Berklee, foram entrevistadas cerca de 2.000 mulheres,  de diversas idades, raças, etnias e empregos dentro da indústria nos EUA, explorando a demografia, emprego e os desafios e oportunidades para mulheres no local de trabalho, entre outros tópicos .

Os resultados da pesquisa apresentaram dados sobre os desafios e oportunidades que as mulheres experimentam na indústria da música, ao mesmo tempo em que reafirmam a paixão por trabalhar nesse campo.

Quando perguntadas sobre preconceito de gênero, as mulheres responderam, compartilhando exemplos de comportamento no local de trabalho e histórias pessoais. Quase metade das entrevistadas afirmaram que deveriam estar mais adiantadas em suas carreiras,  41% delas estavam no nível executivo.

Enquanto as mulheres brancas e as mulheres de cor compartilhavam esse sentimento, 55% das mulheres de cor sentiam-se atrasadas em suas carreiras, em comparação com 44% das mulheres brancas.

A maioria das mulheres (78%) afirmaram ter sido tratadas de forma diferente dentro da indústria da música, enquanto mais da metade atestaram que seu gênero havia afetado seu emprego (52%).

As entrevistadas afirmaram que seus mentores contribuíram para suas carreiras (92%). Segundo a pesquisa, mulheres com mentores eram mais propensas a ganhar mais de US$40.000 por ano e se sentiam mais satisfeitas em seu crescimento profissional, em comparação com mulheres sem mentores. No geral, 72% das mulheres que trabalham na indústria da música consideram estar extremamente ou um pouco satisfeitas com seu trabalho principal.

O estudo descobriu ainda que 61% das mulheres foram influenciadas pela carreira ao decidirem ter filhos, alegando preocupações com o equilíbrio entre trabalho, vida pessoal e restrições financeiras. Quase um quarto dos comentários observou que a escolha de ter menos filhos ou nenhum, foi influenciada pelas preocupações relacionadas à carreira.

“O Women in Music tem trabalhado para educar, capacitar e promover as carreiras das mulheres na indústria desde que foi fundada em 1985”, disse a presidente da Women in Music, Nicole Barsalona. “Agora, graças aos resultados deste importante estudo realizado com nossos parceiros na Berklee, temos dados críticos para ajudar a orientar os próximos passos para apoiar as mulheres na música. É nossa esperança que os dados impulsionem a ação em toda a indústria, ajudem-nos a superar as desigualdades e trabalhem para criar uma comunidade empresarial de música mais inclusiva.”

 

 

Imagem:  Erin Barra, professora associada da Berklee e diretora do conselho do Women in Music/ Women In Music via Medium

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