Saída do sertanejo em paradas musicais é questão de recuo estratégico, diz empresário

Recentemente, publicamos aqui que o sertanejo pela primeira vez deixou o ranking das três mais tocadas no YouTube Charts Brasil. Barões da Pisadinha, Zé Vaqueiro e MC Don Juan se tornaram os artistas mais ouvidos no país.

O Youtube Charts Brasil tem sido importante para mensurar o mercado musical nacional, e desde sua criação o sertanejo sempre esteve na liderança com artistas como Marília Mendonça, Gusttavo Lima, Zé Neto & Cristiano e Henrique & Juliano.

O que poderia explicar a saída dos sertanejos do ranking nacional, principalmente durante a pandemia do coronavírus? Wander Oliveira, o empresário e dono do maior escritório de música sertaneja no Brasil, a Workshow, falou ao G1 sobre estratégias e posicionamento de mercado, adotados pelos artistas do gênero neste momento.

Em entrevista, o empresário explicou que os shows presenciais são cruciais para alavancar o gênero, e neste momento os artistas estão impedidos de se apresentar. O recuo estratégico nos lançamentos foi necessário:

“Depois que começou a pandemia, nós do sertanejo não lançamos mais nada, nada novo. Por posicionamento, a gente achou melhor ficar mais tranquilo. O próprio artista achou melhor dar um tempo e não lançar nada. A gente tem uma cultura de lançar muita coisa ao vivo, e não tivemos essa oportunidade”, explicou o empresário ao portal.

Apesar do recuo, Oliveira disse que está otimista e nos próximos meses os artistas devem voltar com os lançamentos: “O sertanejo faz muito show, e a gente está sem o show. Então por opção a gente parou de lançar. Vamos começar a lançar novamente agora. No mês de junho a gente começa a retomar o mercado. Em torno de uns três, quatro meses, o mercado volta à normalidade, porque com os novos lançamentos, a coisa volta ao que era antes”, disse Oliveira.

Alguns especialistas apontam a falta de renovação e inovação do estilo como outro motivo para a queda no sertanejo. Sobre isso, o empresário disse não considerar essa hipótese:

“Na verdade, o sertanejo se renova a cada dia. Não é uma falta de renovação. Se você for ver, não tem nenhum ritmo que tem tanto artista novo que acontece sempre. Até a própria renovação de ritmo mesmo. Não acredito que seja isso. Pra mim, na qualidade de pessoa que trabalha com sertanejo há anos, é somente a questão de lançamentos”.

“Se você pegar nas pesquisas, as pessoas estão muito mais em casa. E quando ela está em casa, ela consome muito mais a música e isso acaba passando mais rápido também. Com o não lançamento, as pessoas começam a enjoar mesmo. Vai ouvindo, ouvindo, dali a pouco ela nem aguenta mais ouvir aquela música”, concluiu o empresário.

 

Foto: Wander Oliveira entre artistas da Workshow  – Reprodução/Instagram

Dupla quer reembolso por pagar para se apresentar em programa de Raul Gil não exibido

A dupla Sérgio e Manoel revelou pagar R$25 mil para se apresentar no programa Raul Gil, porém a atração nunca foi exibida. Agora os sertanejos querem o dinheiro de volta.

Conforme noticiado pelo Metrópoles, a dupla sertaneja conseguiu se apresentar no programa do SBT em 2019, após o pagamento a pessoas que faziam o agenciamento entre programa e artistas. Os custos foram para além do esperado:

“Todos os programas que nós fomos foram pagos. O pessoal que fez a intermediação disse que teríamos que pagar R$25 mil para a pessoa que agenciou. Saímos de Belo Horizonte para São Paulo, gastamos com avião para o empresário, van e hospedagem. Gravamos o programa e cantamos duas músicas. Depois de alguns dias, nos avisaram que o programa só iria ao ar no mês seguinte”, contou Sérgio em entrevista à coluna.

O tempo foi passando e a dupla percebeu que o programa não havia sido exibido. Mesmo assim, eles chegaram a participar de um segundo episódio, também realizado com pagamento prévio para participação dos artistas:

“Apareceu outra oportunidade para participar do banquinho do Raul. Aí nos fizeram pagar de novo mais R$25 mil. Fizemos o programa de novo, e esse sim foi ao ar. Depois de seis meses, lembramos do primeiro programa e ligamos para o pessoal. Eles falaram que ainda iria passar. Passaram mais quatro meses, voltei a ligar e começaram rumores de que eles tinham perdido o programa e que não iria mais passar”, afirmou o cantor ao portal.

A assessoria de imprensa do SBT negou o ocorrido. Em nota, a emissora afirmou que não cobra para que artistas se apresentem em atrações: “O SBT não cobra nenhum tipo de valor para participação nos programas. Ao contrário, normalmente paga cachê. Será necessário descobrir quem é o intermediário que se apresentou usando o nome do SBT. A emissora tem o setor de Compliance que poderá apurar a denúncia”, informaram ao portal.

O diretor da atração Raul Gil Júnior alegou à coluna que o programa foi exibido e ganhou um vídeo no YouTube, postado há oito meses. Entretanto, não soube informar sobre negociações com divulgadores de artistas para participar do programa.

Na busca de levar sua música a novos lugares em um mercado extremamente competitivo, muitos artistas podem tentar encontrar brechas para alavancarem suas carreiras. Entretanto, é preciso cuidado e atenção ao seguir certas práticas que podem levar a prejuízos, ao invés de visibilidade.

 

Foto: Raul Gil – Divulgação

 

Bruno Mars vende parte de seu catálogo musical para a Warner Chappell

Bruno Mars entrou para o time de músicos que estão faturando com a venda de seu catálogo. Nesta semana a Billboard revelou que o cantor vendeu parte dos direitos de suas canções para a Warner Chappell.

Conforme a Billboard, o acordo entre cantor e editora teria sido fechado há pelo menos seis meses. Fontes da empresa confirmaram que o cantor vendeu apenas parte de seu catálogo, incluindo suas colaborações com o The Smeezingtons – trio de compositores formado por ele, Philip Lawrence e Ari Levine.

Embora os valores não tenham sido revelados, sabe-se que Mars possui um catálogo musical admirável. De acordo com o ASCAP e o sistema Songview da BMI, o cantor possui cerca de 232 canções de sua autoria.

Além disso, o catálogo de Bruno Mars inclui sucessos como “Just The Way You Are”, “Grenade”, “Locked Out Of Heaven”, e “The Lazy Song”, bem como faixas que ele co-escreveu ou apareceu em, como “Nothin’ On You’, de B.O.B e ‘Billionaire’, de Travie McCoy. Seu catálogo também inclui co-participações de hits como “F — You” de CeeLo Green e “Rocketeer” do Far East Movement, entre outros.

De acordo com a RIAA, Mars é o primeiro artista a conquistar cinco singles com certificado de diamante em “Grenade” “Just the Way Your Are”, “That’s Whats I Like” e “When I Was A Young Men”, além de sua atuação em “Uptown Funk”, de Mark Ronson.

“Estamos apenas no início da jornada e há muito mais por vir.”, disse Mars em um comunicado fornecido à Billboard pela Warner Chappell.

 

 

Foto: Kevin Winter/Getty Images

Ecad alerta sobre a criação ilegal de ISRCS por agregadoras

Nesta semana o Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – e demais associações de gestão coletiva da música no Brasil fizeram um alerta sobre a geração ilegal de ISRCs, pedindo que agregadoras orientem artistas e compositores.

Atualmente, para que uma música seja adicionada no catálogo dos serviços de streaming, como Spotify e Deezer, é necessário que o artista/compositor contrate as chamadas “agregadoras” para que os dados das gravações musicais sejam disponibilizados no ambiente digital. Além disso, é necessária a criação de um ISRC (International Standard Recording Code) – um código de identificação de fonogramas.

Conforme explica o escritório em nota “o ISRC funciona como um identificador básico de fonogramas, ou seja, de músicas gravadas. Este código segue um padrão eletrônico alfanumérico internacional de 12 caracteres que é dividido em quatro elementos, que representam o país, o primeiro proprietário da gravação, o ano de gravação e um sequencial. Cada fonograma ou gravação de música só pode ter apenas um ISRC e é esse código, único e intransferível, que permite a identificação da música aonde ela tocar no mundo”.

O que está acontecendo no mercado atualmente é a divulgação por parte das agregadoras em oferecer a criação de ISRC. Uma prática que está prejudicando muitos artistas e compositores na hora de receber seus direitos autorais.

De acordo com o alerta, o ISRC só pode ser gerado por agências nacionais habilitadas pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), ou seja, pelas associações Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro, UBC, e pelo próprio Ecad.

Para o Dr. Rodrigo Salinas, advogado especializado em direitos autorais, não existe caminho fácil, a prática divulgada pelas agregadoras prejudica tanto os titulares de direitos quanto para as associações: “Um ISRC irregular gera conflitos na base de dados nacional e internacional, trazendo custos para o sistema da gestão coletiva e prejuízos aos compositores, artistas e músicos, uma vez que precisam ser cancelados, substituídos e validados por uma nova numeração”.

Em tempos de crise sanitária, muitos artistas, compositores e músicos estão praticamente sem renda. Por isso é muito importante entender o processo de regularização do ISRC, bem como mantê-lo atualizado, buscando ajuda junto às associações:

“Para evitar qualquer problema, basta que o artista procure sua associação para a geração do ISRC e esclarecimento de qualquer dúvida sobre este assunto”, orientou Salinas.

 

Foto: reprodução

Reino Unido vê queda de 19,7% na arrecadação de músicas tocadas em shows ao vivo

Ano de boas e más notícias também para a música no Reino Unido. Apesar de arrecadar £699,4 milhões em 2020, receitas de música tocada ao vivo caíram 19,7%. Segundo o Music Week, diante da pandemia e seu impacto negativo na música, a associação de gestão coletiva de direitos autorais no Reino Unido precisou reforçar seu processamento de dados para acelerar o processo de pagamento de royalties. Além disso, foi preciso reduzir seus custos em £12,1 milhões (13,8%).

Mesmo assim, foi impossível escapar da queda nas receitas. Embora as distribuições para 155.000 compositores e editoras associadas tenham sido positivas no geral, muitos dos royalties pagos no ano passado foram coletados antes do primeiro lockdown. Portanto, a queda na receita será sentida pelos criadores de música até o fim de 2021, com previsão de queda nas distribuições de pelo menos 10% este ano.

“Foi um ano difícil para todos nós”, disse a CEO da PRS, Andrea C Martin, à Music Week. “Tivemos uma distribuição recorde, apesar de ter desempenho público [receita] caindo 61% e viver caindo quase 80%. Como empresa, nos concentramos no sustento de nossos membros”.

No geral, as receitas obtidas com a música tocada no Reino Unido e em todo o mundo em 2020 caíram 19,7% ano a ano para £650,5 milhões, erradicando anos de crescimento recorde.

Transmissões ao vivo

O crescimento do streaming no Reino Unido cresceu 796% em comparação a 2015. Foram 22,4 trilhões de “performances” de música em 2020. Durante a pandemia, o PRS For Music revisou os planos de cobrança de direitos para transmissão ao vivo de pequena escala e atualmente está elaborando seu próprio sistema de licenciamento para transmissões maiores.

“Estaremos anunciando em breve nossa proposta para o concerto online ao vivo [tarifa]”, disse Martin. “Anunciamos a licença de baixíssimo custo. Antes disso, tivemos muitos diálogos e muitos debates saudáveis! Tivemos três mesas redondas para licenciar shows ao vivo online, e também fizemos uma chamada sobre visualizações – tivemos quase 2.000 pessoas nos dando feedback sobre essa licença. E, em breve, publicaremos o que iremos cobrar por isso”.

No entanto, o aumento da receita e das distribuições de royalties online não compensará a perda de receita para muitos titulares. As distribuições para membros por desempenho público já caíram 35,1% (£50,4 milhões) em 2020.

A fim de apoiar seus associados neste momento difícil, o PRS for Music lançou em colaboração com seus parceiros – o PRS Members ‘Fund e a PRS Foundation – o PRS Emergency Relief Fund e, desde então, pagou mais de £2,2 milhões em 5.500 subsídios para compositores que enfrentaram dificuldades financeiras durante a pandemia do coronavírus.

“Você pode ver que nos resultados de 2020, fizemos tudo que podíamos para ainda ter um ano recorde”, disse Martin em entrevista à Music Week. “Estamos fazendo tudo o que podemos para minimizar o impacto. Estamos inovando, desafiamos as coisas. No ano passado, a equipe internacional fez auditorias para se certificar de que havia [mais] dinheiro para arrecadar. A equipe está super motivada para garantir que protegemos o sustento de nossos membros, esse é o nosso foco número um”.

Por fim, Martin tranquiliza os associados e afirma estar confiante sobre os resultados obtidos em 2020, e espera um futuro melhor: “Estabelecemos uma [meta] de crescimento muito rápido para o PRS”, disse ela. “Nossa meta é um pagamento de £1bilhão nos próximos cinco a sete anos. Estaremos alavancando nossas joint ventures e ser mais inovadores para chegar lá”.

 

 

Foto: a CEO da PRS, Andrea C Martin – reprodução

Synchtank aponta que editoras estão perdendo bilhões devido à má gestão de dados

Na última semana a Synchtank publicou um relatório sobre os desafios que as editoras musicais enfrentam em relação a direitos, royalties e pagamentos na era digital, e o papel vital desempenhado pelo processamento adequado de dados.

No relatório intitulado ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’, a Synchtank alerta que atualmente, o gerenciamento de dados e sistemas usados pelas editoras são ineficientes e incapazes de lidar com os grandes volumes e complexidades da era digital. O resultado: a perda de bilhões de dólares em receita.

As editoras possuem o papel de promover, cadastrar, recolher e distribuir aos autores a receita gerada pelas obras que representam. “Em geral, licenciam direitos de reprodução (armazenamento), mecânicos (fonográficos), digitais, sincronização e reprodução de letras”, define a UBC.

Conforme avalia o relatório, as editoras estão enfrentando uma grande batalha à medida que os volumes de dados continuam a crescer a uma taxa exponencial e os direitos e pagamentos se tornam cada vez mais complexos. Como demonstra o gráfico abaixo, espera-se que o streaming represente 86% das receitas de música até 2030.

Imagem: ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’

De acordo com o Music in Africa, o estudo aponta ainda a falha para pagamentos aos titulares de direitos devido a uma falta de padronização de layouts e inconsistências, tanto no Código Internacional de Gravação Padrão (ISRC), quanto no Código Internacional Padrão de Trabalho Musical (ISWC).

“Queremos despertar as pessoas para esses desafios”, disse o CEO da Synchtank, Rory Bernard. “As editoras precisam avaliar se seus sistemas são ou não à prova de futuro ou correm o risco de ficar para trás. As empresas que operam hoje precisam de tecnologia robusta e escalável para se manterem competitivas e capitalizar em novas oportunidades.

Para a plataforma, a gestão eficiente dos dados é de extrema importância, uma vez que cada vez mais artistas e compositores esperam acesso transparente a seus ganhos, enquanto os detentores de direitos desejam aproveitar os dados para conduzir a tomada de decisões operacionais e maximizar a propriedade intelectual.

 

Sobre a Synchtank:

Fundada por Joel Thomas Jordan em 2008, a Synchtank é uma plataforma britânica de gerenciamento de entretenimento, que oferece soluções baseadas em nuvem para gerenciar ativos de entretenimento digital, propriedade intelectual, metadados e contabilidade de royalties.

Recentemente a empresa lançou uma nova versão de sua plataforma de contabilidade de royalties, o IRIS. O software foi projetado especificamente para uso no setor de edição musical, com a capacidade de rastrear dados e identificar royalties devidos em uma ampla gama de plataformas e territórios.

 

Para conferir o relatório ‘Drowning in Data: Royalty Accounting and Systems in the Digital Age’ na íntegra CLIQUE AQUI

 

Foto: O fundador e presidente da Synchtank, Joel Thomas Jordan/divulgação

MARY OLIVETTI SE TORNA PRODUTORA E CONFIRMA RELANÇAMENTO DE CLÁSSICO DE LINCOLN OLIVETTI

O portal Music Non Stop enalteceu merecidamente Mary Olivetti, a Filha de Lincoln Olivetti, e contou detalhes sobre os novos projetos da produtora, incluindo participação no Box de remix das obras de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Notícia rendeu elogios no grupo Música, Copyright e Tecnologia, no Facebook!

Não há dúvidas de que se aprofundar na produção musical durante a pandemia foi a melhor decisão que Mary Olivetti poderia ter tomado. A produtora que desde jovem entrou para a discotecagem, hoje é influência como umas das mulheres DJs mais ativas dos anos 00.

“Quando comecei a tocar, havia poucas mulheres discotecando e por isso era meio que obrigatório colocar algumas meninas no line-up. Então, de certa forma, competíamos muito menos. Eu tinha festas todos os finais de semana”, contou ao portal.

Após o nascimento de suas filhas, a DJ começou a se dedicar mais à produção musical. Foi uma solução para não precisar viajar para continuar tocando. Com a pandemia a dedicação à produção foi ainda maior. Tanto que Mary acabou lançando remixes dentro da afrohouse, incluindo Xangô, um remix criado para Fabio Santana, da dupla Nu Azeite, lançada já em 2021.

Falando em participações, nesta sexta-feira (9), João Lee lança um o Box de obras clássicas remixadas de Rita Lee e Roberto de Carvalho, e Mary não poderia ter ficado de fora. Afinal, foi a própria Rita quem indicou a DJ para remixar ‘Cor de Rosa Choque’:

“Ela incorporou o pai e o transmitiu para o remix”, contou João Lee, produtor da coletânea, em entrevista ao portal.

Marcado para o final do semestre, a produtora também confirmou o relançamento repaginado de Black Coco, o primeiro hit de seu pai, gravado pela banda Painel de Controle. A produtora conta que o projeto será uma grande homenagem e que está adicionando elementos para trazer à atualidade o ‘groove’ da obra lançada em 1978. Já estamos ansiosos para conferir o resultado.

 

Foto: reprodução

Criador do hit ‘Baile de Favela’ abre escritório para ajudar MCs a fechar acordos mais justos

Conhecido pelo hit ‘Baile de Favela’, Mc João anunciou que abriu seu próprio escritório para auxiliar outros MC’s a fecharem contratos mais justos.

Ao contar sua história para o G1, MC João revelou que chegou a vez de sair do GR6 e assumir sua própria carreira. Para isso estudou direito autoral e economizou o que ganhou desde que ganhou fama.

João disse que foi fundamental estudar direitos autorais, pois passou perceber o quanto contratos podem influenciar na carreira de artistas. Ao longo de sua jornada, o funkeiro percebeu que muitos MCs aceitam fazer acordos de qualquer tipo para ganhar algum dinheiro, mas acabam entrando numa cilada. Como foi o seu caso.

Mesmo com um clipe de 220 milhões de views no YouTube, Mc João acabou não recebendo nada com a monetização da plataforma, pois assinou acordos que foram ruins. Junto com MC Leléo e Binho DJ, o Baile de Favela Records pretende auxiliar outros MCs em casos como esse.

“Nós MCs corremos muito atrás das coisas, fazemos a parada virar. Mas, por outro lado, muitos de nós não fazemos bons negócios. Não basta ser um bom MC cantando”, afirmou João.

“Desde o começo eu estudaria mais sobre fonograma, direitos autorais, certinho. Por exemplo: eu não assinaria uma cessão de direito de uma música. E eu não sabia disso, tá ligado? Era ingenuidade da minha parte, eu não sabia da parada. É isso que acontece muitas vezes”, ele descreveu ao portal.

Sobre o seu desligamento do GR6, uma das maiores produtoras de funk no Brasil, Mc João contou que se sente grato, mas chegou a sua vez de seguir novos caminhos:

“Tem que ter coragem de sair de um escritório que é uma potência como é a GR6. Tem que estar bem estruturado, é uma escolha difícil. É um dos melhores escritórios, mas eu tenho vontade de seguir meus sonhos”, diz João.

“Estou me sentindo como em 2015. Dá um frio na barriga, mas eu sinto que é a melhor decisão da minha vida. Não é mais como primeira vez em que eu estava correndo atrás de um sonho incerto”.

Junto com a nova empresa, o artista anunciou o lançamento do EP “Negócios são negócios”, marcado para o dia 2 de abril.

 

Foto – Divulgação

Painel especial Música, Copyright e Tecnologia: NFTs, Blockchain, Criptomoedas e o Futuro da Música

Amanhã, às 19h, acontece o segundo painel do Curso Música Copyright e Tecnologia, ‘NFTs, Blockchain, Criptomoedas e o Futuro da Música’. Atendendo à pedidos vamos transmitir ao vivo no YouTube!

O que são os NFTs? Qual é a ligação com as criptomoedas? E a tecnologia Blockchain? Entenda porque o surgimento desse novo modelo de negócios está movimentando o mercado da música e saiba como pequenos e grandes artistas podem aproveitar as novas tecnologias para alavancar sua carreira.

Guta Braga, coordenadora do Música, Copyright e Tecnologia, recebe especialistas e artistas que já mergulharam no universo das NFTs e das criptomoedas para debater o tema e apresentar casos reais.

PARTICIPE DO PAINEL AO VIVO AQUI

Quando: 26/3

Horário: 19h

Plataforma: Zoom para alunos matriculados no curso MCT EAD, com transmissão ao vivo gratuita pelo canal no YouTube do Música e Negócios Puc Rio

Informações: leofeijo@esp.puc-rio.br

Quem vai participar do Painel?

 

André Abujamra:  Filho de um dos grandes atores do teatro brasileiro Antônio Abujamra, André Abujamra, de origem libanesa e italiana, herdou do pai o talento e a necessidade em provocar a ordem vigente, em mais de 40 anos de carreira se firmou como um dos grandes artistas criativos do Brasil. Multi artista André é cantor, compositor, guitarrista, percussionista, pianista, produtor musical, ator, diretor de teatro e cinema.

Ao lado de Maurício Pereira, André também fez parte nos anos 1980 da dupla Os Mulheres Negras. Em 1994 estreou como líder, guitarrista e vocalista da banda Karnak, onde seu disco de estréia foi considerado pela revista americana Rolling Stones entre os melhores lançamentos da década de 1990.

Seus projetos de discos solo incluem O Infinito de Pé (2004), Mafaro (2010), O Homem Bruxa (2015), Omindá (2018) e Emidoinã (2020). Também arruma tempo para seus projetos experimentais como AbcyÇwÖk, Fat Marley e Turk André compôs trilhas sonoras para cerca de 70 filmes brasileiros, alguns consagrados como Carandiru, Bicho de Sete Cabeças, Castelo Ratimbum e 2 Coelhos. Como ator já
participou de vários longas, entre eles Sábado (Ugo Georgetti), Durval Discos e Proibido Fumar (Anna Muylaert).

IMDB: http://www.imdb.com/name/nm0009494/
Facebook: https://www.facebook.com/andreabujamraoficial
Youtube: https://www.youtube.com/user/xirian2006
Soundcloud: https://soundcloud.com/andre-abujamra
Site: http://www.andreabujamra.com.b

Anne Chang: especialista em fusões, aquisições e investimentos, é formada pelo Largo São Francisco – USP, é mestre pela Universidade da Califórnia – Berkeley e especialização pela London School of Economics – LSE em mercados financeiros. É sócia de HCO Law | eAdvisor, Diretora Executiva de Tecnologia e Inovação e Board Members da Berkeley Global Society. Professora do Insper no curso de direito das Startups.

Em 2016, foi co-autora de um paper premiado pelo governo federal norte americano sobre blockchain em saúde.

 

Igor Bonatto: (@igorbonatto) é fundador da noodle (noodle.cx), o primeiro banco para artistas e empresas musicais. Antes, Igor fundou a produtora audiovisual Claraluz Filmes, a agência de inovação criativa THT, dirigiu e produziu filmes publicitários, vídeo clipes, curtas e longas.

Sobre o Noodle: É o primeiro banco digital para artistas e empresas culturais, oferecendo dinheiro e inteligência para acelerar carreiras e expandir negócios. Com a missão de conectar a indústria global da música através de uma rede dinâmica de recursos, informações, pessoas e ideias — busca contribuir para que a indústria cresça de forma mais simples, diversificada, justa e acessível.

 

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Lalai Persson é publicitária e trabalha com Comunicação Digital há 15 anos e foi fundadora da agência Remix Social Ideas, uma das primeiras agências de Social Media do Brasil, onde trabalhou com ativações de marcas em festivais como Lollapalooza, Rock in Rio, Skol Sensation e Tomorrowland.

Produziu festas de música eletrônica por 8 anos nos principais clubs de São Paulo. É criadora do site de lifestyle de viagens Chicken or Pasta, que a levou a rodar o mundo por cinco anos visitando festivais de música para pesquisar tendências e ativações de marcas no segmento. Foi a responsável pelas ativações de marcas na primeira edição brasileira do festival Dekmantel e atuou como consultora da ativação do Itaú no Rock in Rio 2018.

Em 2018 e 2019, ao lado da jornalista Claudia Assef, criou o conceito e produziu o Dia Música Eletrônica de São Paulo, uma semana de eventos espalhados por aparelhos culturais na capital paulista para fomentar a cultura da música eletrônica.

Atualmente mora em Berlim, se formou recentemente na 18ª edição do curso Música e Negócios EAD, estuda produção de música eletrônica e tem se aprofundado nos estudos de blockchain & NFTs dentro da  área de música.

É colunista mensal do site Music Non Stop e é autora da newsletter Espiral, um mix de relatos pessoais e notícias sobre música com foco em experiências, festivais e tecnologia.

Pena Schimidt: Trabalho para a Música desde 72, desbravei a carreira de técnico de som,  montando palcos,  construindo e operando mesas de som e ensinando o oficio. Na industria fonográfica, montei e gerencie estúdios, depois gravando e produzindo 30+ discos; contratando artistas para grandes gravadoras; ganhei discos de ouro que depois gastei no selo Tinitus, onde lancei 30 discos independentes. Cuidei de festivais desde os primeiros, lá em Iacanga 1975, dirigi os muitos palcos de  todos os Free Jazz e muitos outros, com grandes equipes. Inaugurei  e fui gestor do Auditório Ibirapuera e diretor do CCSP-Centro Cultural São Paulo. Promovi a discussão e ajudei a criar a Lei “São Paulo Cidade da Música”, aprovada em 1a. votação, aguardando a aprovação do Prefeito de SP.  Hoje descanso, produzo a #listadaslistas, faço mentorias e consultorias.

SoundCloud passa a adotar modelo de remuneração baseado no consumo do usuário

Recentemente, publicamos por aqui uma matéria para explicar os benefícios e o impacto do modelo de pagamento em serviços de streaming centrado no consumidor. Pois bem, o Soudcloud acabou de anunciar que passará a adotar o modelo para beneficiar mais de 100.000 artistas independentes que monetizam diretamente na plataforma.

De acordo com o Music Week, com a mudança no modelo de pagamentos à artistas na plataforma, a receita vinda de assinatura ou publicidade de cada usuário do SoundCloud será repassada para os artistas que eles realmente ouvem. Diferentemente do modelo atual onde a maior parte de todo o dinheiro arrecadado dos assinantes é agrupado e, em seguida, repassado de acordo com os plays de cada artista.

Mas nem tudo são flores, pois o anúncio informou que apenas artistas independentes e emergentes na plataforma serão beneficiados, uma vez que suas licenças com as majors e Merlin permanecerão inalteradas.

Mesmo assim, para o CEO do Souncloud, Michael Weissman, este já é considerado um passo ousado para o mercado:

“Muitos na indústria desejam isso há anos”, disse ele. “Estamos entusiasmados por sermos os únicos a trazer isso ao mercado para melhor apoiar os artistas independentes. O SoundCloud está posicionado de forma única para oferecer este novo modelo transformador devido à poderosa conexão entre artistas e fãs que ocorre em nossa plataforma.

Ao todo serão beneficiados quase 100.000 artistas independentes que monetizam diretamente no SoundCloud por meio do SoundCloud Premier, Repost by SoundCloud ou Repost Select a partir de 1º de abril de 2021.

A plataforma também criou uma campanha para explicar melhor os detalhes sobre o novo modelo de pagamentos e orientar os artistas independentes e parceiros.

 

Foto: reprodução