SXSW ABRE INSCRIÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO DE PAINÉIS E APRESENTAÇÕES MUSICAIS

Estão abertas as inscrições para os painéis, pitches e apresentações musicais do South by Southwest (SXSW) 2023. Após dois anos online, a conferência que acontece em Austin, Texas, volta para mais uma edição presencial reunindo startups e profissionais da área de inovação, cultura e tecnologia.

A conferência anual é uma grande oportunidade para os profissionais da economia criativa apresentarem seu projetos em workhops e painéis. Além disso, novos artistas e veteranos poderão se apresentar no festival do evento para pessoas do mundo todo.

A grande novidade é que o South by Southwest 2023 terá uma segunda edição especial na Austrália, sendo a primeira vez em que a conferência acontece fora dos EUA desde seu lançamento em 1987.

A Destination NSW, uma agência de turismo do governo de Nova Gales do Sul confirmou que o SXSW Sydney será realizado de 15 a 22 de outubro do próximo ano, e terá 1.000 eventos, exibições e apresentações por  toda a capital.

Ao longo de três décadas, o festival anual do Texas recebeu palestrantes incríveis como Barack e Michelle Obama, Steven Spielberg, Lady Gaga, Prince, Elizabeth Warren e Snoop Dogg. Além de ter se tornado um centro para estreias de filmes e televisão, música, jogos, tecnologia e podcasts.

Para mais informações sobre a conferência CLIQUE AQUI.

Foto: divulgação sxsw

‘South by Southwest’ é comprado por empresa dona da Rolling Stone e Billboard

O festival ‘South by Southwest’ teve metade de sua participação vendida para a empresa Penske Media, dona de revistas como Rolling Stone, Billboad e Variety.

Conforme o Braziljournal.com, os termos do acordo foram revelados. Entretanto, foi anunciado que mesmo com o investimento de 50% do negócio pela empresa, os criadores do South by Southwest continuarão no comando.

A previsão é de que com o acordo, o festival que já é considerado um dos mais importantes no mundo da tecnologia, música e filmes dos Estados Unidos, ganhe ainda mais popularidade.

Em março de 2020, o SXSW precisou ser cancelado de última hora perante o avanço da Covid-19, deixando parceiros e organizadores com prejuízos, uma vez que não havia seguridade em casos de pandemia. Neste ano, o festival ganhou sua versão online, e espera-se que o evento volte a ser presencial em 2022.

Foto: Reprodução/Facebook

Covid-19: O Streaming ao vivo pode substituir os shows que foram cancelados?

Impedidos de fazer shows com aglomerações de pessoas devido a pandemia do coronavírus, artistas de todo o mundo começaram a se organizar, se apresentando pelas redes sociais e em plataformas de streaming. Entretanto, será que este movimento é mesmo uma solução para substituir os shows que foram cancelados? O The Gardian publicou um artigo para refletirmos sobre esta questão.

Para o artista e pesquisador Mat Dryhurst, o impacto dos cancelamentos de shows será grande e a longo prazo. Ele acredita que a crise do coronavírus está apenas “amplificando a natureza precária e defeituosa da indústria da música” em geral, e que “reformas mais amplas são essenciais”:

“Eu acho que há um futuro para performances telemáticas ou remotas”, disse Dryhurst. “Mas não pode ser apenas como ‘Ei, você é um artista, pegue seu violão e vá para a câmera!’. Ou seja, não pode ser algo imposto para os artistas.

Para dar apoio aos afetados pela crise global do COVID-19, a revista Left Bank organizou um festival de música no YouTube entre os dia 17 a 22 de março. Foram 12 horas com vários artistas do mundo todo tocando ao vivo diretamente de seus quartos. Festivais parecidos aconteceram no Brasil também.

Apesar do livre acesso ao festival, a revista incentivou seus seguidores a fazer contribuições através do aplicativo Venmo durante a live. A fundadora do Left Bank Media, Kristyn Potter, explicou ao portal que esta foi a melhor maneira de monetizar os artistas sem violar direitos autorais. Embora as limitações de licenciamento e propriedade intelectual ainda não tenham sido totalmente resolvidas pela indústria, Potter é uma entusiasta: “Alguns artistas são feitos para esse formato – nós definitivamente faremos o festival novamente”.

Assim como Potter, a especialista da indústria musical, Cherie Hu, também acredita que há artistas que se saem melhor nas plataformas de streaming de vídeo. E nem sempre são os mais famosos.

É o caso de Hana (foto), artista de música eletrônica que se tornou popular ao fazer feats com as cantoras Lord e Grimes. Hana se tornou conhecida ao jogar League of Legends, tocar músicas e interagir com seus fãs no Twitch (app famoso entre os gamers).

Recentemente, Cherie Hu criou um Google Doc maravilhoso para ensinar aos artistas a usar o streaming de vídeo como uma ferramenta de apoio. Uma tentativa de ajudar a diminuir o impacto financeiro de artistas que participariam do SXSW (CONFIRA AQUI).

Hu acredita que o streaming ao vivo é uma grande oportunidade para que artistas desenvolvam conteúdos únicos, mas hesita em recomendá-lo como uma solução imediata:

“Acho que se os artistas abordam as transmissões ao vivo de uma maneira interessante, posso ver isso se tornando um fluxo de receita para algumas delas”, diz ela. “Mas esses modelos não são comprovados financeiramente. Do ponto de vista dos artistas, definitivamente existem outros canais que podem gerar renda mais imediata e concreta”.

Em seu Doc, Hu avisa ao leitor que a transmissão ao vivo não substitui o valor financeiro, emocional ou cultural de um show ao vivo. E com esse alerta, o The Gardian levanta uma outra questão: Qual o significado real do “ao vivo”?

Em 1993, a ex-presidente do Departamento de Estudos da Performance da Universidade de Nova York, Peggy Phelan argumentou que: “A única vida da performance está no presente. O desempenho não pode ser salvo, gravado, documentado…uma vez que o faz, torna-se algo diferente de desempenho.”

Muitos poderiam concordar, já que assistir um show ao vivo é uma experiência única. Sem contar que há um grande negócio na venda de música ao vivo, tanto que os Rolling Stones chegaram a lançar 28 álbuns de seus shows.

Em 1999, Philip Auslander, lançou o célebre livro Liveness e respondeu à Phelan que o fenômeno da “vivacidade” é “específico do contexto”, “matizado” e “subjetivo”.

“Vinte anos depois, temos mais variações de “vivacidade” na ponta dos dedos do que Auslander ou Phelan jamais poderiam ter previsto”, afirma o The Gardian. Atualmente, a sensação de vivacidade se manifesta de diferentes formas, seja no Instagram Live ou até no TikTok.

Enquanto isso, Dryhurst permanece cético sobre o potencial da transmissão ao vivo como uma solução de curto prazo: “Não sei se a música nessa crise em particular precisa se reinventar”, diz ele. “As pessoas já estão bastante entretidas!”.

O pesquisador se preocupa ainda com a saúde mental dos artistas que podem se sentir pressionados a fazerem apresentações só para não ficarem de fora em meio ao estresse da pandemia: “Não vou citar nomes”, conta o pesquisador, “mas os músicos têm entrado em pânico e me enviando mensagens como ‘Devo aprender a fazer streaming ao vivo?’. “Estou meio irritado por eles estarem sentindo essa ansiedade além de se preocupar sobre seus pais.”, desabafa.

Foto: a artista de música eletrônica Hana faz streaming ao vivo do making of de seu álbum/ YouTube/Reprodução

SXSW 2020 é cancelado por causa do coronavírus

Pela primeira vez em 34 anos não haverá o SXSW – South by Southwest. O festival que reúne cultura e tecnologia foi cancelado por causa do avanço do coronavírus nos EUA.

Segundo informações do G1, o perfil do festival, postou nesta sexta-feira (6) no Twitter um esclarecimento sobre o cancelamento:

“Essa é a primeira vez em 34 anos que o evento em março não vai acontecer. Nós estamos trabalhando nas consequências dessa situação sem precedentes. Ainda nesta quarta-feira, a agência de saúde de Austin disse que “não havia evidência de que fechar o SXSW ou outras reuniões ia fazer a comunidade mais segura. No entanto, a situação evoluiu rapidamente, e nós respeitamos e honramos a decisão da cidade de Austin”, informou o comunicado.

O evento estava previsto para acontecer entre os dias 12 e 22 de março em Austin, no Texas. Além de impactar na economia da cidade, o festival é de extrema importância para o mercado musical.

Foto: Globonews