Paulo Ricardo está impedido de cantar os maiores sucessos do RPM

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Em disputa judicial, Paulo Ricardo deverá indenizar em R$112 mil seus ex-colegas do RPM, e não poderá cantar seus maiores hits dos anos 80 sem autorização ou explorar o nome da banda comercialmente.

Nesta semana o cantor Paulo Ricardo foi proibido de usar a marca RPM, sua antiga banda, bem como cantar ou explorar comercialmente seus principais sucessos.

De acordo com o Uol, desde 2017 Paulo Ricardo tem sido alvo em um processo movido pelos demais integrantes do RPM – (Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo Pagni, falecido em 2019). Eles alegam que o cantor registrou a marca no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) apenas em seu nome, agindo de má fé. Além disso, há um contrato assinado em 2007 onde os músicos se comprometeram a não explorar o nome RPM individualmente.

A situação só foi descoberta pelos membros da banda em 2017, quando Paulo Ricardo anunciou mais uma vez que não queria mais se apresentar com eles. A acusação alega ainda que o cantor descumpriu o contrato.

No processo, os integrantes da banda afirmaram que o cantor só obteve sucesso apenas ao lado deles: “Paulo Ricardo é um artista que não consegue se sustentar com aquilo que produziu individualmente, mas apenas encostado nas criações de Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo Pagni […] Suas músicas-solo não fizeram e não fazem sucesso”.

Enquanto isso, a defesa de Paulo Ricardo argumenta que não houve descumprimento do acordo. A marca estava registrada desde 2013 e o sucesso do RPM foi graças ao seu nome: “Uma realidade é inegável: o que conferiu projeção à banda no âmbito nacional e que tornou conhecidas as músicas foram a voz e a personalidade do Paulo Ricardo”, afirmaram os advogados à Justiça.

“Na verdade, o processo apenas revela o escuso intuito de monopolizar as canções que foram compostas por Paulo Ricardo, de arrancar-lhe à força a possibilidade de se expressar artisticamente, quase que em um ato de censura”, continuou a defesa do vocalista.

Na decisão tomada pela juíza Elaine Faria Evaristo, da 20ª Vara Cível de São Paulo, Paulo Ricardo deverá indenizar seus antigos parceiros em R$112 mil, com juros e correção. O vocalista poderá entrar com recurso.

Foto: Divulgação

 

 

 

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Empresa criou fundo de investimentos a partir dos direitos de obras de Paulo Ricardo

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Empresa especializada em ativos criou um fundo de investimentos para investidores que desejam faturar em obras de Paulo Ricardo, ex-RPM.

Uma empresa especializada em ativos resolveu criar fundo de investimentos, aonde a rentabilidade vem das execuções de obras de compositores.

De acordo com matéria da Uol, para criar o fundo de investimentos, a Hurst Capital primeiro adquiriu um percentual sobre os royalties das obras e fonogramas do cantor e compositor Paulo Ricardo, de modo que o retorno ao cotista foi realizado conforme a quantidade de execuções das músicas em plataformas de streaming, shows e rádio.

Para o CEO da Hurst, Arthur Farache, o investimento ao mesmo tempo em que dá retorno ao aplicador, apoia a cultura: “A gente buscou inspiração em plataformas americanas, que vendem músicas em leilões. Aqui, a gente viu a possibilidade de criar um produto de investimento mais acessível a mais pessoas”.

Com uma rentabilidade bruta na faixa de 10% a 16% ao ano, a Hurst garante a seus investidores um retorno pelo prazo de 78 meses a partir de dezembro/20.

“Essa taxa interna de retorno depende, única e exclusivamente, do número de reproduções das obras e fonogramas, que impactará diretamente nos valores devidos pelas fontes pagadoras”, diz Arthur Farache ao Uol.

Comentando sobre a novidade, Paulo Ricardo disse que com o adiantamento recebido pela Hurst, conseguiu levantar dinheiro para novos projetos, ainda mais em tempos de pandemia, onde parte de sua renda ficou comprometida por estar impedido de realizar shows com público presencial. Além disso, outro ponto a favor do músico é que neste tipo de investimento, o autor não perde os direitos sobre suas obras, que são cedidas por apenas por um período de tempo. No caso, 78 meses.

“Desde a explosão da pirataria e agora com os aplicativos de música, ficou mais difícil para o artista ganhar com as gravações, já que o suporte do vinil ou CD praticamente não existe mais. Em contrapartida, o direito autoral se valorizou, com as plataformas que ajudaram a aumentar o consumo da música”, afirmou ao portal.

Apesar de a ideia ser inovadora, não foi informado se apenas grandes artistas podem participar do fundo. Afinal, vivemos em um mundo onde a maioria dos compositores não consegue se sustentar com os direitos arrecadados de suas obras, principalmente viver das execuções dos serviços de streaming. O que não seria algo atrativo para os investidores.

 

Foto: Divulgação

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