Estudo no Brasil explica os efeitos da música no cérebro

Matéria de Nexo Jornal

No Brasil, projeto estuda os efeitos da música no cérebro para ajudar no tratamento de limitações cognitivas, motoras e sociais em pessoas com dislexia ou autismo. O estudo também revelou porque ficamos tristes ou alegres ao ouvir uma canção.

O portal Nexo entrevistou a pesquisadora Patrícia Vanzella­­­. Ela é coordenadora de um projeto que estuda os efeitos da música no cérebro.

Apesar de já existirem estudos relacionados aos efeitos da música no cérebro no exterior, aqui no Brasil é a primeira vez que há um aprofundamento na área.

“É um pouco como estudar como o ser humano evoluiu e como ele funciona”, disse Vanzella ao portal.  A pesquisadora que  coordena o projeto Neurociência e Música da UFABC (Universidade Federal do ABC), explica que a música é uma base para a pesquisa de processos neurológicos, afinal “ela envolve uma série de funções mentais que a gente usa em outros domínios, como memória, atenção, planejamento motor e sincronização”, explica.

Segundo Vanzella, o projeto fundando em 2015, faz parte do Núcleo Interdisciplinar de Neurociência Aplicada da UFABC. É o único do gênero no país, e desenvolve também várias atividades de ensino, pesquisa e extensão.

“A música  é uma coisa que a gente costuma pensar do ponto de vista das ciências humanas, como produto cultural. Mas o impulso de fazer música é universal, caracteriza o ser humano assim como a linguagem, o falar.”, cita a coordenadora do projeto.

Segundo o Nexo, o estudo os efeitos da música no cérebro tem sido usado para fins terapêuticos, reabilitação neurológica de certos casos de demência e doença de Parkinson. Além de auxiliar no tratamento de limitações cognitivas, motoras e sociais em crianças com dislexia ou autismo.

“A música facilita a comunicação em pacientes com transtorno do espectro autista, a música também diminui ansiedade, pois diminui o nível de cortisol [hormônio do stress], pode ajudar na recuperação de funções cognitivas e motoras em pacientes que tenham tido AVC. Tem terapias baseadas na estimulação musical, como uma chamada melodic intonation therapy. Quando há uma área danificada no cérebro, por um processo de neuroplasticidade outra área pode eventualmente assumir a função que foi prejudicada pelo AVC, por exemplo”, explicou Vanzella.

Além de descobrir como a música pode auxiliar em tratamentos terapêuticos, o estudo também revelou porque ficamos felizes ou tristes ao ouvir uma canção:

“Alguns aspectos acústicos parecem ser universais. Outros são nitidamente culturais, de acordo com a música que você escuta. Por exemplo, algo que você ouve desde pequeno você vai associar com uma determinada emoção. Entre os aspectos acústicos comuns estão o andamento da música: mais rápido, em geral, passa uma sensação de música alegre, ou mais triste quando o andamento é mais lento. Intensidade é outro aspecto: quando a música é mais forte, mais agitada, ela é percebida como alegre. Entre diferentes aspectos culturais, por exemplo, há os modos maior e menor [sistema de classificação de escalas musicais]. A gente associa normalmente o modo maior com música alegre e o menor com música triste”, revelou a pesquisadora.

 

Foto: MARKO JURICA/REUTERS

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Por que cidades como Nashville têm um cenário musical tão forte?

Por que cidades como Nashville têm um cenário musical tão forte?
Matéria de Forbes Brasil

Nesta semana a Forbes publicou em seu portal um artigo sobre algumas cidades que ficaram famosas pela música, como Seattle e Nashville. Veja como essas cidades souberam aproveitar grandes movimentos da música local para crescer e se desenvolver.

Não há duvidas que Seattle e Nashville são cidades em que a música possui grande influência. Os motivos que tornaram essas cidades famosas na música é o que mais chama a atenção.

Segundo a Forbes, o posicionamento de marca dessas cidades é único. Tanto governantes, quanto a própria população souberam aproveitar de forma estratégica e inteligente as oportunidades vindas da música.

No caso de Nashville, a marca ‘Music City’ está sempre por toda a cidade, desde itens como palhetas de guitarras a eventos para as pessoas realmente possam compreender a marca.

“Eles pensaram sobre como a marca poderia desde quando tocada naquelas caixas eletrônicas e feias nos cantos da cidade até em uma noite de Ano Novo ou durante os fogos no Dia da Independência”, explicou a Forbes.

Em Seattle, foi criado o Office of Film and Music e há várias ações que sempre colocam a música à frente como marca da cidade. Quem visita Seattle pode esperar por apresentações com repertório de artistas da região, todos os dias ao vivo, em vários locais dentro do aeroporto; vídeos informativos  sobre a música e a história de Seattle; além de exposições de arte temáticas, com curadoria do EMP Museum.

Todas essas ações em torno da música causam uma experiência única para quem visita essas cidades e por isso, hoje elas são consideradas grandes pólos da música no mundo.

 

Foto: Forbes

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Música e negócios: O que Beatles e Rolling Stones podem ensinar sobre a gestão de um negócio

Música e negócios: O que Beatles e Rolling Stones podem ensinar sobre a gestão de um negócio

O que os Beatles, REM, Coldplay e Rolling Stones têm em comum? São bandas que inspiram negócios. O portal Época Negócios publicou uma matéria sobre como atitudes de bandas de rock podem inspirar no modelo de gestão de uma empresa.

Segundo uma notícia publicada pelo Época e Negócios, bandas de rock podem nos ensinar muito sobre negócios. Afinal, se olharmos com uma visão mais ampla podemos ver características essenciais  como trabalho em equipe, definição de papéis, criatividade, hierarquia descentralizada…A seguir, como música e negócios se relacionam, um resumo dessas características nas bandas que podem ser adaptadas para o mundo dos negócios.

Amizade: De acordo com o portal, em uma empresa, o bom relacionamento entre os colegas de trabalho é crucial para o sucesso de um negócio. Foi assim que os Beatles, ao longo de 10 anos, alcançaram o sucesso sendo “igualmente líderes em discursos, aparições públicas e na tomada de decisões”.

A amizade pode ser uma grande motivação para continuar projetos e manter a equipe unida.

Amigos e inimigos: Nem tudo são flores, já que misturar amizade e trabalho pode levar a conflitos. Foi o caso da banda Rolling Stones. “Apesar das diferenças, a apresentação como um grupo ainda é a fórmula mágica da banda”, segundo o portal.

Os Rolling Stones, ao contrário dos Beatles, nunca foram ‘amigos inseparáveis’, porém ao longo dos anos souberam manter o equilíbrio de uma carreira duradoura.

Autocracias: Assim como Steve Jobs mantinha o controle de tudo e tomava decisões unilateralmente, há bandas que conseguiram o sucesso mantendo a mesma prática como as bandas Tom Petty & the Heartbreakers e E Street Band.

“Em bandas, há uma estrela que muitas vezes decide ter uma participação mais ativa nos lucros que os demais.[…] Apesar de compreender que há uma hierarquia entre os membros, esse modelo de gestão é eficiente”.

Manter o controle de tudo sem delegar tarefas exige muito conhecimento e esforço.

Democracias: Em bandas como R.E.M o poder de decisão está no coletivo. Com uma gestão democrática, o R.E.M chegou aos 30 anos de carreira. Os membros do Coldplay também adotam esse modelo de gestão compartilhando as receitas em partes iguais.

“O padrão ateniense é arriscado e pouco comum na indústria da música, afinal, a luta de egos é constante e para que essa engrenagem funcione, é necessário que cada integrante tenha um desejo de união em prol do total maior do que o interesse no benefício ,pessoal”, analisou o Época Negócios.

 

Foto: Getty images

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