GOOGLE ARTS & CULTURE LANÇA EXPOSIÇÃO ONLINE DA HISTÓRIA DA MÚSICA ELETRÔNICA

Nesta semana o Google Arts & Culture lançou em parceria com o Youtube, a Music, Makers and Machines, uma exposição virtual sobre a história da música eletrônica no mundo.

Conforme relata o musicnonstop.com, a exposição é muito mais que uma página virtual, pois o visitante pode interagir e se aprofundar em cada detalhe da história do gênero musical.

Para criar o acervo, o Google Arts & Culture reuniu uma série de arquivos, museus, coleções, gravadoras e profissionais de 15 países.

Na Music, Makers and Machines, o visitante terá acesso gratuito a mais de 250 exposições on-line. Poderá passear em três dimensões e brincar muito usando 5 sintetizadores clássicos para composição e mixagem.

Além disso, a plataforma apresenta a história dos gêneros da música eletrônica, cards dos mais importantes DJs e produtores, bem como os equipamentos ajudaram a moldar o som e mostra os principais lugares que mais influenciaram a cultura, como os clubes Factory, na Inglaterra e o Tresor, na Alemanha – esta com uma porta recriada em 3D.

Não deixe de conferir a área especial sobre a história dos flyers e sua importância como principal meio de divulgação dos eventos em uma época em que não existia internet.

Para conferir a exposição na íntegra, basta acessar https://artsandculture.google.com. Por enquanto, o idioma está apenas em inglês, mas há opção para tradução online.

COMO O DAFT PUNK SE TORNOU A DUPLA ELETRÔNICA MAIS INFLUENTE DO SÉCULO 21

Recentemente, a dupla francesa Daft Punk anunciou que chegou ao seu fim após 28 anos. O The Guardian contou como eles conseguiram impactar a música pop por diversas vezes ao misturar Dance Music, com R&B e Disco Music.

Conforme o portal, é impossível pensar em música pop do século 21 sem mencionar o Daft Punk. Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo lançaram seu álbum de estreia, Homework (1997), com um som único baseado em uma house music pesada, mesclando  efeitos sonoros que envolviam os graves ou agudos na faixa gradualmente entrando e saindo, imitando um DJ tocando com a equalização em um mixer; a bateria tratada com compressão de sidechain fazia com as batidas parecessem perfurar o som. Logo após o lançamento, outros artistas começaram a copiar este estilo. Madonna foi a mais notável, se juntando a outro produtor dance francês, Mirwais, contratado para adicionar um brilho ao estilo Daft Punk em seu álbum ‘Music’ de 2000.

Assim com Madonna, outros hits semelhantes começaram a chegar nas paradas musicais, o Daft Punk sempre pensou à frente e logo trouxe novidades ao lançar ‘Discovery’, em 2001. A reação da crítica ao album foi mista devido a sua diversidade de estilos musicais, considerado muitas vezes fora de época. Havia músicas influenciadas pelo rock suave e hits dos anos 80. Quem não se lembra da clássica ‘One More Time‘?

A partir do ‘Discovery’, a dupla passou a ser parte do pop maintream, e mais que isso, era como se eles ditassem o que era ou não legal. Tanto que o LCD Soundsystem lançou a ‘Daft Punk Is Playing at My House’, para reafirmar que aparição da dupla foi considerada a última palavra na moda. Mais tarde, Busta Rhymes e Kanye West samplearam hits do ‘Discovery’, o último convidou a dupla para trabalhar em seu álbum ‘Yeezus’.

O portal lembrou ainda o single ‘Digital Love’ e a balada ‘ Something About Us’, com vocais marcados pelo Auto-Tune, que foram grandes influenciadores do pop atual. Mas sem dúvida o maior e mais influente trabalho de todos foi a turnê ‘Alive’ de 2006-07. Apesar do álbum ‘Human After All’ ter recebido críticas ruins, foi na turnê que a dupla surpreendeu. Vestidos de robôs, no meio de uma pirâmide gigante , combinada a uma iluminação sensorial, a dupla chegou ao Festival Coachella. Após o evento, muitos passaram a considerar o Daft Funk como um precursor do movimento EDM da América, onde começaram a surgir apresentações de DJs e shows ao vivo envolvendo produções grandes. Nesta onda também surgiu o Deadmau5 – um produtor que se apresentava com um capacete gigante coberto de LED, bem parecido com o estilo do Daft Punk.

A verdade é que Daft Punk sempre pareceu separado de qualquer cena, e sempre pensando um passo à frente. Em contrapartida ao sucesso do EDM, eles começaram a protestar sobre os avanços tecnológicos e como eles tornaram a música padronizada. O lançamento de ‘Random Access Memories’, mostra um álbum imerso em som do final dos anos 70 e início dos anos 80: “Você tem todas essas gravações do passado que são pequenos brilhos de magia, mas as pessoas sentem que não vivemos mais em um mundo mágico – estamos tentando demonstrar a nós mesmos se podemos quebrar essa linha e tentar fazer algo clássico e atemporal hoje ”, explicou Bangalter.

Na busca de criar algo exclusivo e único, o Daft Punk sempre evitou os holofotes. Após o lançamento de ‘Homework’, eles nunca foram fotografados sem usar máscaras, rejeitaram as redes sociais e, nas poucas entrevistas que deram, nunca discutiram suas questões pessoais. A aura de mistério foi mantida até no anúncio da separação. A notícia foi dada através de um vídeo com o trecho do filme ‘Electroma’, de 2006, no qual um de seus alter egos robôs explodiu o outro, seguido por uma explosão de memórias de acesso aleatório. Até o momento nenhuma explicação foi dada para o fim da dupla. Esta foi uma maneira muito Daft Punk de sair, preservando seu enigma até o fim.

Brazil Music Conference promove série de lives para debater o futuro da música eletrônica

A partir desta semana acontece uma nova edição do Brazil Music Conference. Neste ano, o evento será realizado através de lives com participações de nomes como Marcelo Castello Branco, CEO da União Brasileira de Compositores e  Coy Freitas, diretor da Twitch no Brasil.

Segundo coluna de Lauro Jardim no O Globo, os rumos do mercado de música eletrônica em tempos de Covid-19 será o principal assunto dos debates. Serão abordados ainda outros temas como o cenário da música eletrônica, tendências para o futuro e inclusão social dos trabalhadores do setor.

A live completa do Brazil Music Conference com Marcelo Castello Branco já está disponível no Canal do evento no YouTube.

 

Foto: Reprodução

Filme homenageia mulheres pioneiras na música eletrônica

Hoje temos uma dica de filme para quem curte música eletrônica e deseja saber mais sobre suas origens. “The Shock of the Future”, é um filme que homenageia as mulheres pioneiras da música eletrônica.

No filme, a personagem Ana, interpretada pela atriz Alma Jodorowsky, começa a duvidar de seu trabalho, após ter que lidar com uma indústria musical predominada por homens. Durante o final da década de 1970, Ana começa a se familiarizar com máquinas eletrônicas e acaba criando um novo som capaz de influenciar outras pessoas.

Segundo o Phouse.com, Delia Derbyshire, Daphne Oram, Suzanne Ciani e Laurie Spiegel são algumas das homenageadas no filme que conta ainda com uma trilha sonora formada por ícones dos anos 70 e 80, como Human League, Jean-Michel Jarre, Suicide e Throbbing Gristle.

A estreia de The Shock of the Future está marcada para o dia 13 de setembro, apenas nos cinemas britânicos. Não foi informado se há previsão para chegar ao Brasil, mas queríamos poder assistir logo em algum serviço de streaming.

 

Foto: Divulgação