Nova IA da Meta permite criar músicas de forma fácil e intuitiva, mesmo sem conhecimento musical ou habilidades em instrumentos.
AudioCraft: Meta lança novo modelo de IA para criação de músicas e efeitos sonoros

Nova IA da Meta permite criar músicas de forma fácil e intuitiva, mesmo sem conhecimento musical ou habilidades em instrumentos.
Novo estudo TuneCore indicou que 50% dos músicos independentes veem benefícios na IA, enquanto 39% têm medo e preocupações. Entenda.
Em uma pesquisa recente conduzida pela TuneCore, plataforma de distribuição digital de música, foi constatado que a Inteligência Artificial (IA) está ganhando a atenção dos músicos independentes, com uma percepção positiva sobre os benefícios, mas também gerando medos e preocupações.
De acordo com o MusicAlly, a pesquisa feita com 1.558 artistas independentes descobriu que aproximadamente 50% dos músicos independentes estão “conscientes e engajados em IA”, enxergando os avanços tecnológicos como uma oportunidade para aprimorar sua música e alcance de público.
Entretanto, 39% dos artistas mostraram-se “desconhecidos e apáticos em relação à IA”, preocupados com os impactos da tecnologia em suas carreiras. As principais preocupações relatadas incluem o temor de serem substituídos por IA na criação musical, possíveis casos de plágio envolvendo algoritmos e a correta atribuição de entradas criativas durante o processo de geração musical.
Uma parcela significativa, 35% dos entrevistados, demonstrou interesse em utilizar IA generativa em seu processo criativo, especialmente para fins de marketing e promoção. A possibilidade de otimizar campanhas publicitárias e atrair novos fãs por meio da IA tem despertado o interesse desses músicos.
O estudo revelou também que metade dos músicos entrevistados, ou seja, 50%, estão dispostos a oferecer suas músicas para treinar IAs, mas sob certas condições.
Para o portal, essa pesquisa mostra que a indústria da música está em um momento de transição, com músicos adotando uma atitude matizada em relação à IA. Eles reconhecem as oportunidades e vantagens oferecidas pela tecnologia, mas também são cautelosos em relação aos desafios e dilemas éticos associados ao uso da IA no campo musical.
Foto: reprodução
Para advogado, autor da ação, propaganda pode induzir ao risco de distorção da realidade, e contraria artigo que prevê ‘apresentação verdadeira do produto oferecido.
O Conar abriu um processo ético para analisar a campanha da Volkswagen que apresenta Elis Regina recriada por inteligência artificial. A ação faz parte da comemoração dos 70 anos da montadora e conta com a participação de Maria Rita, filha de Elis e também cantora.
De acordo com O Globo, o advogado Gabriel Britto, responsável pela denúncia, argumenta que a campanha contraria artigos do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, como o que exige uma apresentação verdadeira do produto oferecido e o que estabelece o respeito à dignidade e inexperiência de crianças e adolescentes.
Para o advogado, a utilização da inteligência artificial na propaganda também levanta questões éticas. Britto defende a necessidade de limitar o uso da tecnologia e estabelecer diretrizes para sua aplicação na publicidade.
O Conar analisará as queixas em relação à respeitabilidade e à veracidade da campanha, considerando possíveis confusões entre ficção e realidade, principalmente para crianças e adolescentes.
A Volkswagen afirmou que a utilização da imagem de Elis Regina foi acordada com a família da cantora e que a intenção da campanha era destacar a transição de gerações e a renovação da marca.
Principal órgão do sistema de direitos autorais nos Estados Unidos vai realizar um webinar online com representantes do mundo todo, incluindo o Brasil, para entender como outros países estão enfrentando as questões relacionadas aos direitos autorais no contexto da IA.
O Copyright Office, órgão regulador do sistema de direitos autorais nos Estados Unidos, anunciou que sediará um webinar online no dia 26 de julho, com o intuito de discutir as perspectivas globais sobre direitos autorais e inteligência artificial (IA). O evento contará com a participação de renomados especialistas internacionais, que abordarão como outros países estão enfrentando as questões relacionadas aos direitos autorais no contexto da IA.
Durante o webinar, os especialistas irão explorar temas cruciais, como autoria, treinamento de IA, exceções e limitações, bem como violações da lei. Além disso, eles oferecerão uma visão geral dos desenvolvimentos legislativos em suas respectivas regiões, destacando áreas potenciais de convergência e divergência no contexto da IA generativa.
Entre os participantes estará Luca Schirru, advogado especializado em Propriedade Intelectual pela PUC-Rio e responsável por ministrar aulas sobre Inteligência Artificial no curso “Música, Copyright e Tecnologia”. Schirru representará o Brasil no webinar, compartilhando sua experiência e perspectivas sobre a interseção entre direitos autorais e IA.
Os debates e discussões realizados durante o webinar têm o potencial de fornecer insights valiosos para a formulação de políticas e estratégias futuras nesse campo em constante evolução. Para participar do webinar e obter mais informações sobre o evento CLIQUE AQUI.
Saiba como campanha usou o deepfake a seu favor para trazer Elis Regina de volta com a ajuda da inteligência artificial.
Elis Regina cantou ao lado de sua filha Maria Rita em uma campanha emocionante! A Volkswagen está celebrando seus 70 anos no Brasil com um vídeo que utiliza a técnica de “deepfake”, permitindo a montagem realista de rostos através da inteligência artificial.
Conforme o G1, no vídeo Maria Rita dirige a moderna Kombi elétrica ID.Buzz enquanto entoa o clássico “Como nossos pais”, imortalizado na voz de sua mãe. Surpreendentemente, uma Kombi antiga, dirigida por uma atriz dublê, se aproxima e Elis Regina, virtualmente recriada, se une à filha em um dueto emocionante.
A Volkswagen utilizou reconhecimento facial e redes neurais artificiais para combinar o rosto da dublê com a imagem recriada de Elis Regina. A voz original da cantora foi preservada, tornando o momento ainda mais autêntico.
A campanha, criada pela agência AlmapBBDO e produzida pela Boiler Filmes, passou por uma pós-produção em uma renomada empresa especializada em projetos de Hollywood. Com essa iniciativa inovadora, a Volkswagen mostra como a inteligência artificial pode resgatar momentos marcantes do passado e emocionar o público.
Com o Ripple, novo app da ByteDance, criadores de conteúdo poderão fazer suas próprias trilhas sonoras para seus vídeos do TikTok.
A mais recente grande empresa de tecnologia a explorar a música por meio da IA é a ByteDance, responsável pelo popular aplicativo de vídeos curtos TikTok. A empresa começou a testar o aplicativo Ripple, um aplicativo de criação de música com inteligência artificial que tem como objetivo auxiliar na criação, composição e edição de áudio.
De acordo com o MusicAlly, por enquanto o Ripple está disponível apenas como um teste beta fechado nos Estados Unidos, e é exclusivo para convidados. No entanto, as pessoas interessadas podem solicitar um convite por meio do site do Ripple.
O aplicativo gratuito foi projetado tanto para músicos quanto para criadores de conteúdo nas redes sociais. No caso dos músicos, o Ripple serve como uma ferramenta de composição, enquanto os criadores de conteúdo podem utilizá-lo para criar trilhas sonoras para seus vídeos.
Uma das principais funcionalidades do aplicativo é chamada “Melody to Song”, que permite aos usuários cantarolar uma melodia em seus telefones. O app, então, expande essa melodia com um acompanhamento instrumental em diferentes gêneros musicais. Além disso, o recurso conta com um “estúdio de gravação virtual” que possibilita a edição de áudio. Vale ressaltar que, por enquanto, o Ripple só é capaz de criar músicas instrumentais.
A ByteDance informou à MusicAlly que o modelo de IA utilizado no recurso foi treinado com músicas licenciadas ou de propriedade da própria empresa, bem como com músicas produzidas internamente. O portal destacou que o Ripple ainda está em fase de desenvolvimento e passará por evoluções. Por exemplo, ainda não está claro se as pessoas poderão criar faixas musicais usando o aplicativo e, em seguida, fazer upload dessas músicas no TikTok para ganhar dinheiro. Segundo o porta-voz da ByteDance, “analisaremos o feedback dos usuários durante a fase de teste e poderemos desenvolver novos recursos do produto no futuro”.
Quanto aos direitos autorais das músicas criadas com a ferramenta, um porta-voz explicou que o criador da música é o detentor do conteúdo que foi carregado no aplicativo, desde que possua os direitos autorais sobre esse conteúdo. No entanto, permitir que as pessoas cantarolem ou cantem músicas protegidas por direitos autorais é ua armadilha, já que elas podem optar por interpretar faixas como “Single Ladies”, “Bohemian Rhapsody” ou “Shape of You”. Nesse caso, a ByteDance terá que lidar com os desafios de moderação resultantes se os resultados puderem ser compartilhados publicamente ou até mesmo lançados comercialmente.
Foto: reprodução/ByteDance
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Um relatório apresentado pelo YouTube revelou o poder dos usuários como criadores de conteúdo, e o crescimento da IA generativa na indústria da música
No YouTube Culture and Trends Report de 2023, divulgado durante a conferência VidCon 2023, o serviço de streaming de vídeo da Alphabet revelou insights sobre o mercado musical e as tendências de consumo de conteúdo. Com base em uma pesquisa realizada em 14 países, envolvendo 25.892 entrevistados, o relatório ofereceu uma visão abrangente sobre a relação entre os fãs, a mídia e a indústria do entretenimento.
Conforme o Music Business Worldwide, uma das principais descobertas da pesquisa é que 82% dos entrevistados de 18 a 44 anos enviaram conteúdo de vídeo para algum serviço nos últimos 12 meses. Essa estatística demonstra a crescente participação dos usuários como criadores de conteúdo, com 40% das pessoas pesquisadas se descrevendo como tal.
Os fãs estão se tornando mediadores cada vez mais influentes entre os eventos de mídia e o público. Surpreendentemente, 54% dos entrevistados afirmaram preferir assistir a criadores de conteúdo comentando sobre um grande evento de mídia do que o próprio evento em si. Um exemplo citado no relatório é o canal brasileiro CazéTV, que atraiu mais de 6 milhões de espectadores para sua transmissão ao vivo da Copa do Mundo da FIFA em 2022.
Além disso, o relatório abordou o surgimento da IA generativa como uma tendência promissora. De acordo com a pesquisa do YouTube, 60% dos entrevistados estão abertos a assistir a conteúdo gerado por IA, enquanto 52% afirmaram ter assistido a um Vtuber (YouTube virtual ou artista virtual) no ano passado.
Foto: Chubo / Shutterstock
A plataforma que possibilita fãs ouvirem versões de músicas icônicas interpretadas por artistas diferentes através de IA, recebeu investimento para se fortalecer na indústria.
Em uma recente divulgação, a empresa de inteligência artificial WAVs AI anunciou uma rodada de financiamento de US$20 milhões, liderada pela Regal Investments, com sede em Nova York.
O provedor de música de IA afirmou contar com grandes clientes, como Apple Music e Amazon Music, e de acordo com o Digital Music News, esta rodada de financiamento mostra que a empresa busca fortalecer sua posição como uma força dominante na indústria de streaming de música.
Uma característica interessante da plataforma é a possibilidade de os fãs ouvirem versões de músicas icônicas interpretadas por artistas diferentes. Com apenas um clique ou toque, é possível desfrutar de uma versão de “Imagine”, de John Lennon, na voz de “Ed Sheeran”, ou “Yellow”, do Coldplay, interpretada por “Paul McCartney”. Além disso, a WAVs AI inclui em sua plataforma recursos adicionais, como podcast e comunidade, bem como uma guia de loja. Embora esses recursos não estejam muito destacados no momento, a plataforma já está incentivando (curiosamente) os ouvintes a se inscreverem, e os artistas são encorajados a buscar a verificação para receber royalties pagos por semelhança, jogos de IA e outras oportunidades.
Tyler Herrera, porta-voz da WAVs AI, ressaltou os objetivos da empresa em seu comunicado, afirmando que a WAVs AI pretende fechar acordos com mais artistas e gravadoras.
Foto: Markus Spiske
Conheça o novo gerador de música de IA da Meta que foi treinado com 20.000 horas de música licenciada
A empresa-mãe do Facebook, Meta, revelou seu mais recente avanço no campo da inteligência artificial: o MusicGen, um gerador modelo simples de IA capaz de transformar prompts de texto em composições de música.
De acordo com o Music, Business Worldwide, esse modelo de linguagem permite que os usuários forneçam prompts como “folk acústico up-beat” ou “faixa de dança pop com melodias cativantes” assim, em questão de segundos, o MusicGen cria novas composições musicais com base nessas instruções.
Um dos pontos destacados pela Meta é a quantidade significativa de dados utilizada para treinar o MusicGen. Foram utilizadas 20.000 horas de música licenciada, incluindo 10.000 faixas de alta qualidade e 390.000 faixas compostas apenas por instrumentos da ShutterStock e Pond5, como informado pelo TechCrunch. A equipe de desenvolvedores garantiu que todos os dados utilizados no treinamento estivessem cobertos por acordos legais com os detentores dos direitos autorais, incluindo um acordo com a ShutterStock.
A empresa se junta ao Google como as gigantes da tecnologia que desenvolveram seus próprios modelos de linguagem capazes de gerar músicas originais a partir de prompts de texto.
Foto: Andrea De Santis
Nova ferramenta da plataforma visa identificar conteúdo ilegal e fazer sistema de remuneração diferente para artistas reais.
A plataforma de música Deezer revelou uma nova ferramenta tecnológica projetada para identificar músicas que clonam as vozes de cantores utilizando inteligência artificial (IA).
O anúncio foi feito pelo CEO da Deezer, Jeronimo Folgueira, que destacou o objetivo de eliminar conteúdo ilegal e fraudulento, aumentar a transparência e estabelecer um sistema de remuneração justo para artistas profissionais.
Conforme noticiado pela Folha de S. Paulo, a ferramenta de detecção de conteúdo gerado por IA desenvolvida pela Deezer visa principalmente identificar músicas que utilizam “vozes sintéticas de artistas existentes”.
Folgueira ressaltou a importância de estabelecer uma distinção entre os diferentes tipos de criação musical, a fim de desenvolver um modelo de remuneração adequado para os artistas. Com a rápida ascensão da inteligência artificial na indústria da música e na arte em geral, a Deezer afirmou que está comprometida em garantir que a IA seja utilizada de maneira responsável.
De acordo com a Deezer, mais de 100 mil músicas ou criações musicais são adicionadas à plataforma diariamente: “A IA pode ser usada para criar novos conteúdos incríveis e acredito que a IA generativa pode gerar enormes benefícios”, explicou o CEO da plataforma. “Mas precisamos garantir que isso seja feito com responsabilidade”, concluiu.
Foto: Reprodução Deezer
©2023 MCT - Música, Copyright e Tecnologia.
A Meta, gigante da tecnologia, continua a avançar em sua jornada de inovação em áudio AI. Após o lançamento bem-sucedido do MusicGen, um modelo de IA que cria samples musicais a partir de prompts de texto, a empresa agora apresenta o AudioCraft, uma estrutura de “IA generativa para áudio simplificado e disponível para todos”.
De acordo com o MusicAlly, a novidade composta é por três modelos – o MusicGen, que cria samples musicais de 12 segundos, o AudioGen, que produz sons e efeitos, e o EnCodec, um decodificador que visa gerar músicas de maior qualidade com menos artefatos – o AudioCraft promete abrir novas possibilidades no campo da criação musical e sonora.
A Meta adotou uma abordagem de código aberto, permitindo que pesquisadores e desenvolvedores explorem e compreendam melhor a tecnologia. A intenção é incentivar a construção de geradores de som e música personalizados, além de algoritmos de compressão, que possam ser integrados ao AudioCraft.
A empresa já esboçou possíveis aplicações para esses modelos, destacando o uso por músicos profissionais que desejam explorar novas composições sem tocar instrumentos, desenvolvedores de jogos independentes que desejam adicionar efeitos sonoros realistas, e pequenos empresários que buscam trilhas sonoras para suas postagens em redes sociais.
Com o lançamento do AudioCraft, a Meta busca incentivar a colaboração entre humanos e IA no campo da criação musical, proporcionando novas ferramentas e possibilidades para profissionais criativos em diversas indústrias.
Foto: divulgação Meta