Spotify Revela Pagamento de US$9 Bilhões à Indústria Musical em 2023

O Spotify anunciou recentemente que desembolsou uma quantia de US$9 bilhões à indústria musical em 2023. A plataforma de streaming destacou que esse montante triplicou nos últimos seis anos, totalizando US$48 bilhões até o momento.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a empresa reiterou seu compromisso de devolver à indústria 70% de cada dólar gerado pelo seu catálogo. No entanto, é importante ressaltar que os artistas recebem uma parcela menor após os detentores dos direitos autorais.

O modelo de negócios do Spotify é predominantemente baseado em assinaturas e taxas de publicidade. Recentemente, a empresa divulgou um aumento no número de usuários ativos mensais, alcançando a marca de 28 milhões no segundo trimestre de 2023, elevando o total para 602 milhões de usuários.

Apesar do aumento no pagamento à indústria musical, a distribuição da receita entre os artistas continua sendo objeto de debate, com muitos artistas recebendo uma parte ínfima da renda gerada pela plataforma.

Foto: Schutterstock

RECEITAS GLOBAIS DE MÚSICA CHEGAM A US$21,6 BILHÕES, MESMO COM PANDEMIA

Nesta semana, o IFPI (sigla em inglês)- Federação Internacional da Indústria Fonográfica – confirmou que a indústria da música continuou a crescer em 2020.

No relatório ‘Global Music Report’, as receitas globais de música gravada alcançaram US$21,6 bilhões em 2020, um aumento de 7,4%, sendo o sexto ano de crescimento consecutivo.

Para o IFPI, o crescimento do mercado foi impulsionado pelas receitas arrecadas dos serviços de streaming, principalmente dos que incluem assinaturas pagas, apresentando um aumento de 18,5%. A organização identificou que atualmente os serviços de streaming com assinatura paga possuem cerca de 443 milhões de usuários.

O streaming total (incluindo assinaturas pagas e suportadas por anúncios) cresceu 19,9% ano a ano e atingiu US$13,4 bilhões, ou 62,1% do total das receitas globais de música gravada.

Conforme relata o Music Business Worldwide, o crescimento nas receitas de streaming mais do que compensou o declínio nas receitas de outros formatos. As receitas físicas diminuíram em 4,7% e as receitas de direitos de performance (também conhecidos como royalties não interativos) caíram 10,1% – em grande parte como resultado da pandemia COVID-19.

Desempenho da indústria da música no mundo:

 

AMERICA LATINA: foi a região com maior índice de crescimento com 15,9%. As receitas de streaming cresceram 30,2%, sendo responsável por 84,1% da receita total da região.

ASIA: As receitas cresceram 9,5%. Receitas digitais pela primeira vez representaram 50% das receitas totais da região. Apesar do Japão (que viu uma queda de 2,1% na receita), a Ásia apresentou crescimento de 29,9%.

O destaque vale para o K-pPp (responsável por lançar nomes como BTS e Black Pink), em 2020 o mercado de música gravada da Coreia do Sul cresceu 44,8% em comparação a 2019.

ÁFRICA E ORIENTE MÉDIO: Foi a primeira vez em que o relatório mencionou crescimento nesta região. As receitas de música gravada aumentaram 8,4%, impulsionadas principalmente pela região do Oriente Médio e Norte da África (37,8%). Domínio do streaming, com aumento de 4% nas receitas.

EUROPA: a segunda maior região de música gravada do mundo apresentou um crescimento de 3,5%. O crescimento de 20,7% do streaming compensou as quedas em todos os outros formatos de consumo.

EUA E CANADÁ: o mercado dos EUA cresceu 7,3% e as receitas canadenses tiveram um aumento de 8,1%.

“Enquanto o mundo luta com a pandemia COVID-19, somos lembrados do poder duradouro da música para consolar, curar e elevar nossos espíritos”, afirmou a presidente-executiva do IFPI, Frances Moore.

“Algumas coisas são atemporais, como o poder de uma ótima música ou a conexão entre artistas e fãs. Mas algumas coisas mudaram. Com tantas partes do mundo bloqueadas e a música ao vivo desligada, em quase todos os cantos do globo, a maioria dos fãs curtiu a música via streaming”, concluiu a executiva.

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Imagem: REPRODUÇÃO/Blinding Lights do The Weekend foi o maior single digital de 2020, de acordo com a IFPI

 

 

WARNER BROS. RECORDS REDEFINE SEU NOME E LOGO

A Warner Bros. Records anunciou hoje (28) que daqui para frente quer ser chamada de Warner Records.

Segundo o Music Business Worldwide, a empresa fundada em março de 1958, foi um braço da Warner Bros. Pictures. Sua logo em formato de “escudo” foi adotada pela gravadora e tem sido usada pela empresa desde então. No entanto, ao ser vendida em 2004, a Time Warner, que se separou da Warner Bros, concordou em deixar a gravadora a continuar usando o mesmo nome e logo por 15 anos, prazo que se expirou agora.

A mudança de nome chega logo depois que a Warner Bros. (agora Warner Records) transferiu seu QG para um novo prédio no centro de Los Angeles.

“Pela primeira vez na história da gravadora, tivemos a oportunidade de criar uma identidade distinta e moderna inteiramente própria”, afirmaram o CEO/ Co-Chairman Aaron Bay-Schuck e o Co-Chairman/COO Tom Corsonem, em um comunicado.

“O momento não poderia ser melhor, já que todos nós sentimos que o selo está em um momento de reinvenção que se baseia em nosso legado, enquanto nos movemos para um futuro impulsionado pelo destemor e criatividade”, continua o anúncio dos executivos. “Um novo logotipo não é significativo por si só, e nosso selo sempre será definido pela originalidade de nossos artistas, nossa música e nosso pessoal”.

A nova identidade de marca e logotipo da Warner Records foi desenvolvida em parceria com Emily Oberman e sua equipe do Pentagram, maior estúdio de design de propriedade independente do mundo.

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Estudo afirma que 73% dos músicos têm problemas de saúde mental

Um estudo descobriu que quase três quartos dos músicos independentes já experimentaram problemas como estresse, ansiedade e/ou depressão” em relação ao seu trabalho.

O “73 Percent Report” foi um estudo encomendado pela plataforma de distribuição digital Record Union. Os resultados foram baseados em uma pesquisa online com cerca de 1.500 músicos independentes.

O estudo constatou que 73% dos músicos independentes enfrentam algum transtorno mental. Questões como ansiedade e depressão apareceram no topo da lista. Foi constatado ainda que o índice é maior entre os jovens com idade entre 18 e 25 anos. Destes, 80% enfrentam efeitos negativos na saúde mental decorrentes de suas carreiras musicais.

“Nosso estudo está nos dizendo que algo precisa mudar”, afirmou Johan Svanberg , diretor-geral da Record Union.“É hora de colocar o estado da saúde mental de nossos artistas na agenda, antes dos fluxos e do sucesso comercial. Nós, como uma indústria, devemos despertar e nos perguntar: qual é a nossa responsabilidade nisso e o que podemos fazer para criar um clima de música mais saudável? ”, acrescentou.

­­Segundo a Billboard, fatores que podem contribuir para os sintomas incluem medo do fracasso, instabilidade financeira, avaliação dos outros e a “pressão para entregar”.

A pesquisa também descobriu que apenas 39% dos músicos que afirmaram ter algum sintoma de distúrbio emocional (e apenas 33% daqueles com idade entre 18 e 25 anos) procuraram tratamento. Do mesmo grupo, 51% afirmaram ter se automedicado, a maioria com álcool e drogas.

Para incentivar a prevenção de transtornos mentais em músicos, a Record Union lançou uma iniciativa que doará US$30.000 para projetos de prevenção e tratamento sobre o assunto. As inscrições poderão ser realizadas pelo site 73percent.com.

“A indústria da música tem tradicionalmente definido o sucesso em termos comerciais”, disse Svanberg. “Para ser visto como um sucesso, você precisa atingir metas de vendas e turnês altas. É sempre dinheiro primeiro. Para criar um clima musical mais sustentável com artistas mais saudáveis, acreditamos que isso precisa mudar e que os artistas precisam começar a pensar em sua saúde mental como parte do sucesso”.

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Foto: kmlmtz66/Getty Images

SPOTIFY AGORA POSSUI 100 MILHÕES DE ASSINANTES

Começamos a semana com a notícia de que o Spotify alcançou a marca de 100 milhões de usuários pagantes em todo o mundo.

Segundo o relatório de lucros do primeiro trimestre, publicado pela empresa nesta segunda-feira, atualmente o serviço de streaming possui 217 milhões de usuários em todo o mundo, sendo 100 milhões de assinaturas pagas. Desde que foi a público há pouco mais de um ano, o Spotify informou que o número de assinantes cresceu 32%, 75 milhões no primeiro trimestre de 2018.

Além do crescimento no número de usuários pagantes, a receita do Spotify foi de 1,5 bilhão de euros, cerca de US$1,7 bilhão. Um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, o serviço de streaming apresentou um prejuízo líquido de €142 milhões, cerca de US$158 milhões.

De acordo com o New York Times, a Índia tem sido um dos novos mercados mais cobiçados pelos serviços de streaming. Em fevereiro deste ano, o Spotify iniciou suas operações no país registrando um milhão de usuários em uma semana. A empresa confirmou que deste então, o número de usuários dobrou.

A chegada na Índia também foi marcada por um processo pela Warner/Chappell, onde a editora alegou que o serviço de streaming se estabeleceu no país de qualquer maneira, licenciando músicas apenas sob a lei de direitos autorais local, sem autorização da editora. O caso permanece ativo em um tribunal indiano. Além disso, houve outra disputa de licenciamento com a Saregama, gravadora mais antiga da Índia. Desta vez, o Spotify foi obrigado a remover todo o conteúdo da gravadora na plataforma.

Em fevereiro, houve grandes investimentos em empresas especializadas em produção e gerenciamento de podcasts. O Spotify investiu cerca de US$340 milhões na aquisição de duas empresas:  a Gimlet Media e a Anchor. Em março foi a vez da aquisição da Parcast, por US$56 milhões. Daniel Ek, executivo-chefe do Spotify, disse que “conteúdo não musical” acabará representando 20% das ofertas do serviço, uma vez que esse movimento deve contribuir para o aumento das margens de lucro.

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Foto: Shannon Stapleton/Reuters

Universal Music fatura 10M por dia com streaming no início de 2019

A Universal Music publicou seus resultados financeiros para o primeiro trimestre de 2019. Com crescimento de 18.8%, sua receita total chegou a marca de US$1,7 bilhão.

A música gravada movimentou €1,808 bilhão (US$1,37 bilhão) para a Universal Music nos três primeiros meses de 2019 – um aumento de 19,2% ano a ano, em moeda constante.

Cerca de €737 milhões (US$837 milhões) desse dinheiro foram gerados através dos serviços de streaming, ou seja, os selos da gravadora acumulam cerca de US$9,3 milhões por dia em plataformas como Spotify, Apple Music, Amazon Music e YouTube. Assim, o streaming representou 61% das receitas totais de música da gravadora no trimestre.

As vendas físicas da Universal Music também apresentaram um crescimento de 20,8% no primeiro trimestre, chegando a €193 mi (US$219 mi).

Os artistas mais rentáveis para a gravadora neste trimestre foram a cantora pop Ariana Grande, a trilha sonora do filme de Bradley Cooper e Lady Gaga, A Star Is Born, a banda de rock japonês Back Number, a banda Queen e a cantora Billie Eilish (foto).

Com relação a Universal Music Publishing Group, editora de música, entregou €225 milhões (US$256 milhões) no trimestre, um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior.

Todas as receitas da Universal Music significaram 43,4% das vendas totais do conglomerado francês Vivendi, que chegou a marca de €3,459 bilhões no primeiro trimestre.

Vale lembrar que a Vivendi está a procura de um comprador de até 50% da Universal Music. De acordo com o portal Music Business Worldwide, nomes como Alibaba, Tencent, Disney, Verizon, Apple, Google e Amazon podem ser possíveis candidatos.

 

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Foto: a cantora Billie Eilish – MBW

10 tendências que irão remodelar a indústria da música

O Music Industry Blog, de Mark Mulligan, trouxe uma análise revelando dez tendências do Music Business a partir do “Global Music Report 2019” – relatório sobre o mercado da música no ano passado, elaborado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, sigla em ingles).

  1. O Streaming vai “engolir” o rádio: para Mullingan, o público mais jovem está deixando de ouvir rádio e migrando para o streaming: “Apenas 39% das pessoas de 16 a 19 anos ouvem rádio de música, enquanto 56% usam o YouTube para música”, informou o blog. Os podcasts também estão cada vez se tornando mais populares e são uma grande aposta entre as tendências.
  2. Ajustes nos valores de assinatura: Assim como a Netflix conseguiu ajustar os valores de seus planos de assinaturas conforme a inflação oferecendo conteúdos exclusivos, os serviços de streaming devem descobrir uma maneira que agrade os usuários e estabeleça um equilíbrio com a inflação.
  3. Pressão de catálogo: Mulligan contou que está havendo uma mudança nos valores de catálogo. Uma vez que “na era do streaming, as Spice Girls valem mais do que os Beatles“, uma nova abordagem de longo prazo é necessária para a avaliação de catálogos.
  4. Labels as a service (LAAS): Com a ajuda de serviços como Amuse, Splice, Instrumental e CDBaby, artistas estão se tornando cada vez mais independentes criando uma demanda de novos serviços. “Um próximo passo é um terceiro parceiro agregar uma seleção desses serviços em uma única plataforma (uma abertura para o Spotify?)”. O selos precisam estar à frente dessa tendência, comunicando melhor as habilidades técnicas com os recursos que eles trazem para a equação, por exemplo, pessoal dedicado, mentoring e suporte de artista e repertório (A+R).
  5. Interrupção da cadeia de valor: o LAAS é apenas uma das tendências de interrupção da cadeia de valor. Com várias partes tentando expandir suas funções, desde serviços de streaming assinando artistas até selos lançando serviços de streaming, “as coisas só vão ficar mais confusas, com praticamente todo mundo se tornando um inimigo do outro”, afirmou o blog.
  6. Música como agrupamento tecnológico: a música vai se tornar apenas uma parte das ofertas de conteúdo das grandes empresas de tecnologia, como Apple e Amazon, tendo que lutar por sua supremacia, especialmente no mundo ultra-competitivo da economia da atenção.
  7. Cultura global: A música latina está sendo impulsionada com a ajuda de serviços de streaming como o Youtube. O que pode parecer uma tendência global, pode ser na verdade o reflexo do tamanho de uma base de fãs regional. “A velha indústria da música de artistas que falavam inglês como superstars globais”, afirmou Mulligan. Por exemplo: a ascensão de rappers indígenas na Alemanha, França e Holanda ilustra que o streaming permite que movimentos culturais locais roubem o sucesso de artistas globais.
  8. Criatividade pós-álbum: Há meia década, a maioria dos novos artistas ainda queriam fazer álbuns. Entretanto, agora o interesse está voltado no lançamento constante de músicas com o intuito de manter suas bases de fãs engajadas. O álbum ainda é importante para artistas consagrados, mas diminuirá com as próximas geração de músicos.
  9. Economia pós-álbum: as gravadoras deverão descobrir uma nova maneira de como gerar margem com uma receita mais fragmentada, apesar de ter que investir quantias semelhantes em marketing e construir perfis de artistas.
  10. A busca por outro formato: em 1999, o negócio da música gravada estava em expansão, com um formato de sucesso estabelecido sem um sucessor. Agora, parece que o streaming está na mesma posição. Apesar da China, não há muitas mudanças em termos de experiência com a música digital na última década: “Uma direção potencial é a música social”, já que o “streaming monetizou o consumo, agora precisamos monetizar o fandom”, afirmou o Music Industry Blog.

Foto: Midia Research

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Women’s Music Event quer ser um festival de música com line up 100% feminino

De 22 a 23 de março acontece em São Paulo o Women’s Music Event, uma conferência dedicada a mostrar o papel das mulheres dentro da indústria musical. Segundo o portal Meio & Mensagem, nesse ano o evento traz 17 shows, 15 painéis, oito workshops, shows nas ruas e vários projetos.

Um deles é o Pitch dos Estados, no qual  produtoras culturais de seis estados brasileiros realizam uma imersão pela cena musical de suas regiões. Além disso, haverá o painel Discografia WME. Com o apoio do Spotify, as artistas Karol Conka, Julia Branco, Luiza Lian e Maria Rita Stumpf contarão como foram os processos de produção, parcerias e ações de marketing de seus recentes álbuns.

Duranteo , há também a premiação Women’s Music Event Awards para homenagear as mulheres da indústria.

A jornalista Claudia Assef e a produtora Monique Dardenne, fundadoras do Women’s Music Event, contaram ao portal que estão planejando a realização de um festival com line up formado 100% por mulheres. Por enquanto, a dupla está em fase de busca por parceiros comerciais. O festival está previsto para 2020.

“Ainda estamos no planejamento. É nossa ambição e maior desafio. Ainda não existe um festival no mundo com grande relevância com esse recorte”, contou Monique.

Em 2018, haverá uma grande novidade para as profissionais da indústria. Um novo aplicativo será lançado para que mulheres possam cadastrar seus currículos, facilitando o contato com empresas.

“O WME é nosso sonho de mudança e estamos sentindo essas mudanças. Mas o projeto não é uma coisa só minha e da Cláudia. Há um interesse maior das mulheres de se profissionalizar e se sentir à vontade nos ambientes. Temos feito campanhas para festivais colocarem mulheres na parte técnica. A conferência já está sendo considerada um evento de negócios. Você não vai para lá só para falar com a mulher do lado, mas para se profissionalizar”, contou Monique em entrevista para o Meio & Mensagem.

 

 

Foto: Claudia Assef e Monique Dardenne (Crédito: Divulgação/WME)

GANHADORA DE RuPaul’s Drag Race All Stars 4 PEDE MAIS APOIO E CITA PABLLO VITTAR COMO SUCESSO NA MÚSICA

Na semana passada, ao final da quarta temporada do programa americano RuPaul’s Drag Race All Stars, a Billboard entrevistou uma das ganhadoras, que citou Vittar como exemplo de drag queen de sucesso na indústria da música .

“Você tem performers como Pabllo Vittar no Brasil – ele é reconhecido como artista e um lindo músico. É assim que eu quero que as pessoas olhem para mim aqui na América. Eu acho que eu tenho o talento para isso. Me leve para o Grammys, garota!”, disse Monét X Change, drag queen ganhadora do programa.

Segundo o portal Popline, Monét X Change também falou sobre como é ser uma cantora drag queen na indústria fonográfica e seu desejo de que mais drag queens sejam levadas a sério.

“Eu acho que as pessoas têm que parar de olhar pra gente apenas como performers. Apenas olhe pra gente como artistas. Você gosta da música? Se a resposta for sim, então nos apoie!”.

Monét X Change lançou o seu primeiro EP visual, “Unapologetically”, disponível no YouTube.

Vale lembrar que na semana passada, uma rádio do interior na Bahia foi acusada de boicotar Vittar. Os ouvintes pediam as músicas da cantora pelo grupo de Whatsapp da rádio, entretanto, eram bloqueados pelos locutores. Um dos locutores chegou a enviar áudios ofensivos via DM no Instagram para um fã da cantora .

NO BRASIL, ARTISTAS RECEBEM QUASE R$1 BILHÃO EM DIREITOS AUTORAIS

O portal Amazonas Atual publicou uma notícia revelando os últimos números da distribuição de direitos autorais na música. Cinema e Streaming são os segmentos de maior crescimento no país.

De acordo com o portal, R$971 milhões foram distribuídos em direitos autorais para autores, artistas e associações.

Houve uma aumento de 25% da quantidade de beneficiados, ou seja, em 2018 foram 326 mil compositores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras remunerados. Além disso, 66% do valor total foi repassado ao repertório nacional, o que, segundo o portal, contribuiu para o fortalecimento da indústria musical brasileira.

Após acordos com grupos como a Abraplex, representante das redes UCI, Cinépolis e Cinesystem, o Cinema foi o segmento líder na distribuição de direitos autorais, um crescimento de 400%.

Os acordos entre o Ecad e associações de música com as plataformas de streaming, como a Netflix e o Youtube, fizeram com que a distribuição de direitos aumentasse em 72% no segmento.

Com relação aos direitos conexos foram repassados 23,6% do montante e 76,4% foram repassados aos titulares de direitos de autor.

Vale destacar a cantora e compositora Marília Mendonça (“Infiel”), que lidera a lista dos compositores de maior rendimento, principalmente nas plataformas de streaming de música.