Empresa criou fundo de investimentos a partir dos direitos de obras de Paulo Ricardo

Matéria de UOLEconomia @UOL

Empresa especializada em ativos criou um fundo de investimentos para investidores que desejam faturar em obras de Paulo Ricardo, ex-RPM.

Uma empresa especializada em ativos resolveu criar fundo de investimentos, aonde a rentabilidade vem das execuções de obras de compositores.

De acordo com matéria da Uol, para criar o fundo de investimentos, a Hurst Capital primeiro adquiriu um percentual sobre os royalties das obras e fonogramas do cantor e compositor Paulo Ricardo, de modo que o retorno ao cotista foi realizado conforme a quantidade de execuções das músicas em plataformas de streaming, shows e rádio.

Para o CEO da Hurst, Arthur Farache, o investimento ao mesmo tempo em que dá retorno ao aplicador, apoia a cultura: “A gente buscou inspiração em plataformas americanas, que vendem músicas em leilões. Aqui, a gente viu a possibilidade de criar um produto de investimento mais acessível a mais pessoas”.

Com uma rentabilidade bruta na faixa de 10% a 16% ao ano, a Hurst garante a seus investidores um retorno pelo prazo de 78 meses a partir de dezembro/20.

“Essa taxa interna de retorno depende, única e exclusivamente, do número de reproduções das obras e fonogramas, que impactará diretamente nos valores devidos pelas fontes pagadoras”, diz Arthur Farache ao Uol.

Comentando sobre a novidade, Paulo Ricardo disse que com o adiantamento recebido pela Hurst, conseguiu levantar dinheiro para novos projetos, ainda mais em tempos de pandemia, onde parte de sua renda ficou comprometida por estar impedido de realizar shows com público presencial. Além disso, outro ponto a favor do músico é que neste tipo de investimento, o autor não perde os direitos sobre suas obras, que são cedidas por apenas por um período de tempo. No caso, 78 meses.

“Desde a explosão da pirataria e agora com os aplicativos de música, ficou mais difícil para o artista ganhar com as gravações, já que o suporte do vinil ou CD praticamente não existe mais. Em contrapartida, o direito autoral se valorizou, com as plataformas que ajudaram a aumentar o consumo da música”, afirmou ao portal.

Apesar de a ideia ser inovadora, não foi informado se apenas grandes artistas podem participar do fundo. Afinal, vivemos em um mundo onde a maioria dos compositores não consegue se sustentar com os direitos arrecadados de suas obras, principalmente viver das execuções dos serviços de streaming. O que não seria algo atrativo para os investidores.

 

Foto: Divulgação

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