Sony Music pede indenização de R$3 milhões por descumprimento contratual de organizadores REP Festival

Esta semana marcou o início de uma batalha legal entre a Sony Music e os organizadores do REP Festival, um evento voltado para artistas de rap no Rio de Janeiro. A Sony está buscando a restituição de R$3 milhões, além de indenização por danos materiais, alegando descumprimento contratual.

De acordo com o colunista Ancelmo Góes, a gravadora alega que investiu na promessa de ter sua marca divulgada nos eventos programados para 2023, 2024, 2025 e 2026. No entanto, o REP Festival do ano passado foi marcado por desorganização, com mudança de local a apenas dez dias antes da data prevista. A Sony Music afirma ter sido pega de surpresa com essa mudança e que a edição de 2024 foi adiada para 2025.

Para resolver a questão, a Sony está buscando uma liminar para autorizar o arresto de 30% do faturamento da empresa responsável pela organização do evento até que o valor cobrado seja alcançado. O desenrolar desse embate promete chamar a atenção do mundo da música no Brasil.

 

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Favela Talks Promove Debates sobre Participação de Jovens da Periferia na Cultura do DF

Nesta sexta-feira (1º), o Complexo Cultura Samambaia será palco do Favela Talks, um evento gratuito que busca ampliar as oportunidades para jovens da periferia do Distrito Federal no cenário cultural. O evento é uma extensão do renomado festival de música Favela Sounds, que em 2022 realizou sua primeira edição independente focada em impulsionar a cultura periférica da capital.

Conforme informações do G1, o Favela Talks, que teve sua primeira experiência em 2019, busca fortalecer o caminho desses jovens em busca de carreiras criativas como artistas e produtores culturais. O objetivo é criar uma rede de apoio e capacitação na indústria musical, conectando-os a produtores de grandes festivais, especialistas em comunicação, setor financeiro, direitos autorais e outras áreas relevantes.

Durante o evento, os participantes terão a oportunidade de ouvir as trajetórias e visões de especialistas, além de esclarecer dúvidas e receber orientações para quem está começando nessa jornada. O foco está em proporcionar um ambiente de aprendizado e networking para os jovens talentos da periferia.

Além do Favela Talks, o Favela Sounds promoverá “O Baile”, com shows na área externa do Museu Nacional da República, também nesta sexta-feira (1º) e sábado (2). O evento contará com a presença de artistas que representam a comunidade periférica de todo o Brasil, incluindo Tasha & Tracie, Lia Clark, UMiranda e Toninho Geraes.

Para participar do Favela Sounds, é necessário retirar os ingressos NO SITE. A iniciativa busca não apenas celebrar a riqueza da cultura periférica, mas também oferecer oportunidades concretas para os jovens que desejam fazer parte desse cenário criativo e diversificado do Distrito Federal.

Foto: Divulgação_MC N.I.N.A

O cocriador do Fyre Festival anunciou que está planejando uma nova edição no Caribe

O cocriador do Fyre Festival, Billy McFarland, que passou tempo na prisão por fraude em conexão com o fracasso do festival há seis anos, está de volta à cena e anunciou que vai fazer mais uma edição.

Conforme a Rolling Stone, desta vez o Fyre Festival deve se aventurar nas águas do Caribe, evitando retornar às Bahamas. Embora os primeiros 100 ingressos já estejam à venda a partir de US$499, a falta de informações concretas sobre a localização, line-up e datas da nova edição levanta bandeiras vermelhas.

McFarland, agora livre e aparentemente determinado a reerguer sua reputação, lançou um plano para quitar as dívidas pendentes do festival anterior. Ele pretende se concentrar em suas habilidades de criar ideias e reunir talentos para produções de entretenimento. O criador ainda está comprometido com seus sonhos de grandeza, mencionando um futuro musical da Broadway que transformaria sua história tumultuada em um espetáculo teatral.

Vale notar que os problemas da primeira edição, como a falta de água e comida, o envolvimento de influencers famosas em sua promoção e a prisão de McFarland, foram destacados em um documentário da Netflix que amplificou o desastre para o mundo todo.

Acomodações do Fyre Festival (Foto: Reprodução / Twitter)

FAVELA SOUNDS CRIA PROJETO PARA QUALIFICAR JOVENS DA PERIFERIA DO DISTRITO FEDERAL

O festival Favela Sounds, voltado para a promoção da Cultura da Periferia anunciou que está com inscrições abertas para seu projeto ‘LAB Meu Lugar é o Mundo’, para qualificar jovens das favelas do Distrito Federal em temas ligados à coletividade.

Conforme o Correio Braziliense, a ideia do projeto é reunir virtualmente convidados-especialistas para ensinar e debater com os jovens da periferia temas como tecnologia e racismo algorítmico, diversidade religiosa, sexual e de gênero, educação, território e mobilidade, segurança pública, entre outros.

As inscrições estarão abertas até sexta-feira (17/06) e poderão ser realizadas através de formulário no site do evento. Serão selecionados 15 jovens de diferentes Regiões Administrativas, que “terão a missão de mapear um problema público do Distrito Federal e, ao final do laboratório, produzir um documento sugestivo para a criação de políticas públicas a ser apresentado em audiência na Câmara Legislativa do DF. Os escolhidos serão divulgados dia 22 de junho, pelo site do festival”.

A sexta edição do Favela Sounds acontece entre os dias 25 e 30 de julho, no Museu Nacional, no Distrito Federal, Brasília. O evento é gratuito, com um line-up formado por funk, rap, trap, samba e bregafunk, e terá ainda oficinas técnicas no sistema socioeducativo, debates em escolas públicas e o primeiro ambiente de mercado voltado para à criatividade periférica, o Favela Talks.

 

Foto: divulgação/instagram @favelasounds

Festival Sarará chama cinco cantoras para homenagear Elza Soares

MEMÓRIA. Nesta semana o Festival Sarará anunciou que fará uma grande homenagem à Elza Soares, que faleceu em janeiro, aos 91 anos.

De acordo com o Estado de Minas, as cantoras Paula Lima, Teresa Cristina, Julia Tizumba, Luedji Luna e Nath Rodrigues subirão ao palco do festival interpretando o mesmo repertório que seria apresentado por Elza Soares.

Esta foi a maneira que a produção do Sarará encontrou para melhor representar a artista, como contou Carol de Amar, diretora artística do festival, que assina a curadoria com Mônica Brandão:

“A partida da Elza foi um grande susto. No primeiro momento, ficamos travados, sem saber o que fazer, chocados. Depois, conversando com a equipe dela, chegamos à conclusão de que o Sarará não poderia não ter a Elza. Então, começamos a pensar na homenagem”.

De acordo com as curadoras, a ideia é reconstruir o show “Elza Ao vivo no Municipal”, gravado pela cantora no Theatro Municipal de São Paulo entre 17 e 18 de janeiro passado, dois dias antes de falecer no dia 13 de maio. Esta é uma forma de legitimar a vontade da artista:

“É homenagem à altura dela, não vai fugir em nada do que ela mesma estava esperando. Nossa intenção é que seja algo extremamente respeitoso, próximo do que a Elza faria”, afirmou Mônica.

O Festival Sarará acontece na Esplanada do Mineirão, Belo Horizonte, no dia 27 de agosto, e conta com um line-up formado por artistas como Emicida, Zeca Pagodinho, Pabllo Vittar, Karol Conká e Marina Sena. Os ingressos variam de R$220 (inteira) a R$400 (inteira).

Foto: Carl de Souza/AFP/28/8/18

AMAZON MUSIC VAI PROMOVER SÉRIE DE FESTIVAIS COM CURADORIA DE EVENTOS BRASILEIROS CONSOLIDADOS

Neste sábado (11) acontece o Amazon Music Festival: Palco Coala, um festival virtual com atrações brasileiras, em parceria com a Altafonte e curadoria do Coala Festival.

Conforme a Folha de São Paulo, este será o primeiro de uma série de festivais digitais promovidos pelo serviço de streaming, sendo que cada um contará com curadoria de tradicionais festivais de música do país:

“O Coala Festival, em parceria com a Altafonte, reuniu artistas incríveis para o lineup do nosso primeiro festival, para a alegria dos fãs, e nós estamos muito animados com essa parceria”, revelou Bruno Vieira, chefe do Amazon Music Brasil. “Essa será a primeira edição de uma série de festivais que vamos trazer para que o público possa curtir de qualquer lugar”.

Para fazer parte do line-up o Coala festival chamou nomes como Kyan, Liniker, Luedji Luna, Marina Lima e Marina Sena. O festival será apresentado pelo ex-VJ da MTV Léo Madeira.

“Estamos nos preparando para retomar o festival presencial em 2022. Assinar a curadoria dessa iniciativa do Amazon Music é uma maneira de levar um pouco do que é a essência do Coala para dentro das casas das pessoas”, diz Gabriel Andrade, curador e sócio-fundador do Coala Festival, cuja oitava edição foi adiada para 2022, por causa da pandemia.

A transmissão do Amazon Music acontece a partir das 17h, disponível para todos os clientes, incluindo o Plano Free. O evento será transmitido também no canal do Amazon Music no  Twitch.

 

foto: Divulgação/Liniker

Festival Coachella é cancelado pela terceira vez

Na manhã (01), o Festival Coachella Valley Music And Arts, que estava marcado para Abril deste ano foi cancelado devido a pandemia do coronavírus.

O anúncio veio após o oficial de saúde pública, Dr. Cameron Kaiser,  ter assinado uma ordem de saúde pública no Condado de Riverside, cancelando eventos em espaços abertos.

Infelizmente, esta é a terceira vez que o festival, considerado uns dos mais importantes do mundo precisou cancelar suas datas programadas, devido a atual crise sanitária mundial provocada pelo Covid-19.

Segundo a Billboad, em março passado, o Coachella havia confirmado em seu line-up nomes como Travis Scott, Frank Ocean e Rage Against the Machine. Entretanto, não se sabe se o line-up terá uma nova programação, já que há rumores de que o festival pode acontecer ainda este ano, porém só em outubro.

Na semana passada, o Glastonbury, na Inglaterra, também anunciou o cancelamento para  Junho de 2021. A previsão é de que outros festivais como o Ultra Music Festival, em Miami, e o Rock in Rio, devem anunciar novas datas, principalmente pelo atraso das aplicações de doses de vacinas no mundo todo.

 

 

Rich Fury/Getty Images for Coachella

Sua Música anuncia festival online para celebrar a Festa de São João

O serviço de streaming brasileiro Sua Música está preparando um super festival online para celebrar a Festa de São João, adiada pro conta da pandemia do coronavírus.

Previsto par acontecer em junho, o festival intitulado ‘São João de Todos’ terá um line-up formado por artistas de grande porte como Solange Almeida e Mastruz com Leite, além de um espaço especial para dar maior visibilidade à artistas independentes.

Como parte programação, o ‘São João de Todos’ terá entrevistas com artistas e aulas de gastronomia, com comidas típicas das festas juninas. Segundo o Meio & Mensagem, todo o conteúdo será transmitido pelas redes sociais e produzido via streaming.

O projeto, também irá arrecadar doações para artistas independentes, suas equipes e instituições de caridade locais a serem definidas do Nordeste.

Ainda de acordo com o portal, criação da hashtag #VaiTerSãoJoão é uma resposta aos cancelamentos e adiamentos de todas as tradicionais festas de São João no Brasil em 2020, por conta das medidas de prevenção ao Covid-19.

 

Crédito: Divulgação/Sua Música

Especialista afirma que shows só poderão voltar a partir de 2021

Parece que não voltaremos tão cedo a frequentar shows e festivais. Pelo menos segundo a orientação do vice reitor e diretor do Healthcare Transformation Institute da Universidade da Pensilvânia, Zeke Emanuel.

De acordo com a notícia publicada pela Rolling Stone Br, durante uma entrevista sobre a pandemia do coronavírus com o New York Times, Emanuel se mostrou pouco otimista quanto à volta de eventos com aglomerações.

Para ele, grandes shows só devem ser liberados em 2021: “Precisamos fazer em etapas. Primeiro, em espaços que permita gente de baixo risco de morte voltar […] Lugares que você consegue ficar a 2 metros de distância de outra pessoa devem voltar antes.”

“Encontros maiores – conferências, shows, eventos esportivos – que todo mundo quer remarcar para outubro de 2020… Não faço ideia como eles pensam que essa é uma possibilidade plausível. Esses serão os últimos a retornar”, disse o diretor.

A previsão do reitor é de que festivais só possam ser liberados a partir de setembro do ano que vem por questão de segurança.

 

Foto: Rolling Stone / Scott Roth / Invision / AP / Shutterstock

Covid-19: O Streaming ao vivo pode substituir os shows que foram cancelados?

Impedidos de fazer shows com aglomerações de pessoas devido a pandemia do coronavírus, artistas de todo o mundo começaram a se organizar, se apresentando pelas redes sociais e em plataformas de streaming. Entretanto, será que este movimento é mesmo uma solução para substituir os shows que foram cancelados? O The Gardian publicou um artigo para refletirmos sobre esta questão.

Para o artista e pesquisador Mat Dryhurst, o impacto dos cancelamentos de shows será grande e a longo prazo. Ele acredita que a crise do coronavírus está apenas “amplificando a natureza precária e defeituosa da indústria da música” em geral, e que “reformas mais amplas são essenciais”:

“Eu acho que há um futuro para performances telemáticas ou remotas”, disse Dryhurst. “Mas não pode ser apenas como ‘Ei, você é um artista, pegue seu violão e vá para a câmera!’. Ou seja, não pode ser algo imposto para os artistas.

Para dar apoio aos afetados pela crise global do COVID-19, a revista Left Bank organizou um festival de música no YouTube entre os dia 17 a 22 de março. Foram 12 horas com vários artistas do mundo todo tocando ao vivo diretamente de seus quartos. Festivais parecidos aconteceram no Brasil também.

Apesar do livre acesso ao festival, a revista incentivou seus seguidores a fazer contribuições através do aplicativo Venmo durante a live. A fundadora do Left Bank Media, Kristyn Potter, explicou ao portal que esta foi a melhor maneira de monetizar os artistas sem violar direitos autorais. Embora as limitações de licenciamento e propriedade intelectual ainda não tenham sido totalmente resolvidas pela indústria, Potter é uma entusiasta: “Alguns artistas são feitos para esse formato – nós definitivamente faremos o festival novamente”.

Assim como Potter, a especialista da indústria musical, Cherie Hu, também acredita que há artistas que se saem melhor nas plataformas de streaming de vídeo. E nem sempre são os mais famosos.

É o caso de Hana (foto), artista de música eletrônica que se tornou popular ao fazer feats com as cantoras Lord e Grimes. Hana se tornou conhecida ao jogar League of Legends, tocar músicas e interagir com seus fãs no Twitch (app famoso entre os gamers).

Recentemente, Cherie Hu criou um Google Doc maravilhoso para ensinar aos artistas a usar o streaming de vídeo como uma ferramenta de apoio. Uma tentativa de ajudar a diminuir o impacto financeiro de artistas que participariam do SXSW (CONFIRA AQUI).

Hu acredita que o streaming ao vivo é uma grande oportunidade para que artistas desenvolvam conteúdos únicos, mas hesita em recomendá-lo como uma solução imediata:

“Acho que se os artistas abordam as transmissões ao vivo de uma maneira interessante, posso ver isso se tornando um fluxo de receita para algumas delas”, diz ela. “Mas esses modelos não são comprovados financeiramente. Do ponto de vista dos artistas, definitivamente existem outros canais que podem gerar renda mais imediata e concreta”.

Em seu Doc, Hu avisa ao leitor que a transmissão ao vivo não substitui o valor financeiro, emocional ou cultural de um show ao vivo. E com esse alerta, o The Gardian levanta uma outra questão: Qual o significado real do “ao vivo”?

Em 1993, a ex-presidente do Departamento de Estudos da Performance da Universidade de Nova York, Peggy Phelan argumentou que: “A única vida da performance está no presente. O desempenho não pode ser salvo, gravado, documentado…uma vez que o faz, torna-se algo diferente de desempenho.”

Muitos poderiam concordar, já que assistir um show ao vivo é uma experiência única. Sem contar que há um grande negócio na venda de música ao vivo, tanto que os Rolling Stones chegaram a lançar 28 álbuns de seus shows.

Em 1999, Philip Auslander, lançou o célebre livro Liveness e respondeu à Phelan que o fenômeno da “vivacidade” é “específico do contexto”, “matizado” e “subjetivo”.

“Vinte anos depois, temos mais variações de “vivacidade” na ponta dos dedos do que Auslander ou Phelan jamais poderiam ter previsto”, afirma o The Gardian. Atualmente, a sensação de vivacidade se manifesta de diferentes formas, seja no Instagram Live ou até no TikTok.

Enquanto isso, Dryhurst permanece cético sobre o potencial da transmissão ao vivo como uma solução de curto prazo: “Não sei se a música nessa crise em particular precisa se reinventar”, diz ele. “As pessoas já estão bastante entretidas!”.

O pesquisador se preocupa ainda com a saúde mental dos artistas que podem se sentir pressionados a fazerem apresentações só para não ficarem de fora em meio ao estresse da pandemia: “Não vou citar nomes”, conta o pesquisador, “mas os músicos têm entrado em pânico e me enviando mensagens como ‘Devo aprender a fazer streaming ao vivo?’. “Estou meio irritado por eles estarem sentindo essa ansiedade além de se preocupar sobre seus pais.”, desabafa.

Foto: a artista de música eletrônica Hana faz streaming ao vivo do making of de seu álbum/ YouTube/Reprodução