Ecad revela que R$140 milhões em direitos autorais deixarão de ser arrecadados por conta do coronavírus

A superintendente executiva do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) Isabel Amorim, contou nesta semana à Veja que se a quarentena por conta do coronavírus se estender por mais quatro meses, cerca de 140 milhões de reais deixarão de ser arrecadados.

“É um dinheiro que não será recuperado nunca mais”, disse Isabel ao portal. “No caso dos shows, alguns serão remarcados para outras datas. Porém, não haverá uma nova reprodução pública da música em outra data. Se não tocou, não tem direito autoral para pagar”, afirmou.

É como disse o portal, a perda causada pelo cancelamento de shows, também afeta aqueles que têm como fonte de renda bares e casas de eventos.

Enquanto isso, outras fontes como rádio, tv e plataformas digitais nunca foram tão necessárias para os compositores e artistas: “Esse pagamento nunca foi tão importante para a música, já que quase todas as outras fontes de renda dos artistas foram comprometidas.”, avaliou a executiva

Para apoiar os compositores, a entidade já confirmou que vai adiantar pagamento de direitos autorais para evitar descapitalizar os músicos e compositores. Como não há como fiscalizar estabelecimentos, a empresa colocou 300 funcionários de férias. O Ecad espera que o mercado de shows se estabilize ainda este ano.

 

Foto: A cantora sertaneja Marília Mendonça – uma das maiores compositoras do Brasil/Divulgação

 

ECAD ARRECADA R$1 BI EM 2019

O Ecad anunciou que arrecadou mais de R$1 Bilhão em 2019, com média de repasse foi de R$2.570 para cada titular.

A superintendente do Ecad, Isabel Amorim, revelou ao Estadão que em 2019 o Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – arrecadou o valor de R$1.121 bilhão.

Segundo o portal, Isabel afirma que a entidade tem cada vez mais investido em tecnologia para trazer maior agilidade nos processos de suas equipes. Uma delas permite “a leitura de fonogramas numa média de 67 segundos”, providência essencial “na hora em que novos players, tipo Amazon ou Netflix, ampliam o serviço de forma gigantesca”.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal Isabel Amorim

 

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MEDIDA PROVISÓRIA TRARÁ PREJUÍZO DE R$110 MILHÕES A COMPOSITORES

O jornal O Estado de S. Paulo publicou uma entrevista com a nova superintendente do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), Isabel Amorim. A pauta principal foi a medida provisória “A Hora do Turismo”, que embora tenha sido criada para incentivar o setor hoteleiro no país, pode tirar cerca de R$110 milhões da classe artística por ano.

Embora tenha o objetivo de incentivar a criação de empregos e o crescimento do setor hoteleiro no Brasil, a medida provisória pode prejudicar os compositores, uma vez que entre as mudanças previstas está a isenção de pagamento de direitos autorais por músicas executadas em quartos de estabelecimentos hoteleiros.

De acordo com a notícia, a MP proposta pelo Ministério do Turismo está sob análise da equipe econômica. “A proposta mantém a cobrança dos direitos autorais de canções executadas em áreas comuns dos hotéis, como recepção e restaurantes, mas a retira dos espaços privados”, informou o portal.

Ela disse que a expectativa é a de que “a medida não seja assinada pelo presidente da República”.

“Apoiamos reformas que beneficiem o desenvolvimento do turismo e a economia do País, mas não é necessário que isso seja feito à custa dos artistas. Esta proposta de isenção é temerária e prejudicial para toda a classe artística. A música disponibilizada nos quartos, seja na programação musical de rádio ou televisiva, é um atributo importante para o maior conforto dos clientes, agregando valor ao negócio”, disse Isabel Amorim.

Segundo a Superintendente, a medida trará um prejuízo de R$110 milhões anuais para mais de 100 mil compositores, intérpretes e músicos.

Foto: Canva

ISABEL AMORIM É NOVA SUPERINTENDENTE DO ECAD

O Ecad, Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, anunciou nesta segunda-feira (4) Isabel Amorim  como sua nova Superintendente.

Segundo o portal da entidade, a atual Superintendente, Glória Braga, ficará no cargo até o dia 14/11, e então, deixará o escritório para trabalhar como consultora.

O portal informou que para a escolha de sua nova representante houve um processo seletivo rigoroso. Isabel terá como principal missão  tornar o Ecad cada vez mias digital e tecnológico, além de dar continuidade ao trabalho de Glória, trabalhando para o desenvolvimento da cadeia produtiva da música através da valorização dos direitos autorais.

“Estou muito feliz com o desafio e tenho certeza que, com o apoio de toda a equipe do Ecad e das associações, seguiremos inovando e acompanhando as mudanças do mundo digital para que a música esteja sempre viva, gerando cada vez mais renda e contribuindo para a indústria criativa do país”, disse a nova superintendente ao portal.

Foto: Reprodução

Prefeitura vai pagar R$ 2,8 milhões devidos a artistas por direitos autorais

A prefeitura de Salvador anunciou que realizou um acordo com o Ecad para quitar a dívida que chega a mais de R$2,8 milhões.

Segundo o BahiaNotícias.com, o acerto da dívida em direito autorais foi divido em 12 parcelas, além disso será cobrado um percentual de 5% por cada atração contratada, valendo a partir desse Carnaval.

O secretário de Cultura e Turismo da prefeitura, Cláudio Tinoco, informou que o Ecad retirou todas as ações judiciais contra a prefeitura realizadas desde 2013.

“Esse acordo servirá de marco para outras gestões que virão. O Ecad aceitou nossa proposta de aprovar esse percentual de 5% e a partir de agora sempre haverá um pagamento de direitos autorais”, finalizou Tinoco.

Vale lembrar que a notícia da dívida em direitos autorais pela prefeitura de Salvador causou grande repercussão e protestos de músicos, o que resultou em uma campanha nacional com artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Nando Reis.

NO BRASIL, ARTISTAS RECEBEM QUASE R$1 BILHÃO EM DIREITOS AUTORAIS

O portal Amazonas Atual publicou uma notícia revelando os últimos números da distribuição de direitos autorais na música. Cinema e Streaming são os segmentos de maior crescimento no país.

De acordo com o portal, R$971 milhões foram distribuídos em direitos autorais para autores, artistas e associações.

Houve uma aumento de 25% da quantidade de beneficiados, ou seja, em 2018 foram 326 mil compositores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras remunerados. Além disso, 66% do valor total foi repassado ao repertório nacional, o que, segundo o portal, contribuiu para o fortalecimento da indústria musical brasileira.

Após acordos com grupos como a Abraplex, representante das redes UCI, Cinépolis e Cinesystem, o Cinema foi o segmento líder na distribuição de direitos autorais, um crescimento de 400%.

Os acordos entre o Ecad e associações de música com as plataformas de streaming, como a Netflix e o Youtube, fizeram com que a distribuição de direitos aumentasse em 72% no segmento.

Com relação aos direitos conexos foram repassados 23,6% do montante e 76,4% foram repassados aos titulares de direitos de autor.

Vale destacar a cantora e compositora Marília Mendonça (“Infiel”), que lidera a lista dos compositores de maior rendimento, principalmente nas plataformas de streaming de música.

Glória Braga comunica saída da Superintendência do Ecad

O Ecad anunciou a saída de sua Superintendente Executiva, Glória Braga. Segundo a organização, a decisão foi tomada pela executiva em conjunto com as associações de música.

Até o final de 2019 haverá um processo de transição para a escolha de um novo gestor da entidade e definição de novos desafios.

“Administrar o Ecad foi o maior desafio da minha vida profissional. Agradeço a confiança das associações de música, autores e artistas. Me sinto extremamente gratificada pelos resultados alcançados e com um sentimento de missão cumprida.”, afirmou Glória Braga.

 

Foto: Ecad