CEO do Spotify declara que músicos que não fazem sucesso na plataforma são preguiçosos

Na semana passada o serviço de streaming de músicas, Spotify, publicou seu relatório financeiro para o último trimestre, e o CEO Daniel Ek fez uma série de declarações a vários portais, incluindo ao Music Ally.

Segundo o portal Stereogum, durante a entrevista, Ek revelou o que acha sobre a insatisfação de artistas e compositores sobre as remunerações de royalties e colocações injustas em playlists. Para o CEO, esses músicos são preguiçosos!

“Em toda a existência [do Spotify], acho que nunca vi um único artista dizendo: ‘Estou feliz com todo o dinheiro que estou recebendo com o streaming.’” Ek continuou: “A partir dos dados, há cada vez mais artistas capazes de viver com a própria renda.”.

O que Ek quis dizer é que artistas precisam acompanhar seus dados e pensar de forma estratégica em suas carreiras:

“Há uma falácia narrativa aqui, combinada com o fato de que alguns artistas que costumavam se sair bem no passado podem não se sair bem agora. Nesse cenário futuro, você não pode gravar música a cada três ou quatro anos e achar que isso será o suficiente. Os artistas atuais que estão percebendo que se trata de criar um envolvimento contínuo com seus fãs. É sobre colocar o trabalho, contar histórias ao redor do álbum e manter um diálogo contínuo com seus fãs. ”, continuou.

“Eu realmente sinto que aqueles que não estão se saindo bem no streaming são predominantemente pessoas que querem lançar músicas do jeito que costumavam ser lançadas [antigamente]”, concluiu o CEO.

A fala de Ek, claro, não agradou nada aos músicos no Twitter, que responderam à notícia com comentários negativos:

“Quem tem meios para gerar 2 álbuns por ano? Ou aqueles dispostos a fazer um trabalho abaixo da média, ou aqueles com nomes grandes o suficiente para encurralar outros a fazer o trabalho por eles.”, disse o compositor Mat Dryhurst.

Zola Jesus escreveu em outro tweet: “É extremamente claro que o bilionário @Spotify daniel ek nunca fez música ou arte de qualquer tipo para esse assunto. Ele se recusa a entender que há uma diferença entre mercadorias e arte. O potencial de crescimento cultural sofrerá por causa disso. ”

Por aqui, o vocalista da banda brasileira Maglore, Teago Oliveira, declarou em seu Twitter: “o certo é ficar lançando música sabor plástico pra subir conteúdo e engajar os fãs. Entendo o lado dele e de quem quer viver na corrida em busca de seguidores, mas pra mim a vida é mais do que morrer dizendo que teve milhões de plays”.

SHOWS E EVENTOS TERÃO DESCONTOS NO PAGAMENTO DE DIREITOS AUTORAIS ATÉ 2021

Nesta terça-feira (3), o Ecad –  Escritório Central de Arrecadação e Distribuição- anunciou que show e eventos terão descontos de 50% no pagamento de direitos autorais de obras musicais, lítero-musicais e fonogramas, até 2021.

Segundo o escritório, a medida é uma forma de tentar ajudar as empresas que estão sendo afetadas pela crise da pandemia do coronavírus.

De março até agora, cerca de mais de 6 mil eventos mensais deixaram de acontecer, impactando as receitas de toda a indústria do entretenimento (Via Ecad).

O comunicado prevê os seguintes benefícios válidos a partir de Agosto:

– Será concedido um desconto de 50% nos licenciamentos que considerem os percentuais sobre a receita bruta ou custo musical, passando de 10% para 5% (música ao vivo) e de 15% para 7,5% (música mecânica).

– Terão direito a essa redução os clientes que estiverem em dia com o pagamento de direitos autorais.

– Os shows e eventos em caráter beneficente recebem mais 30% de desconto, passando 5% para 3,5% (música ao vivo) e de 7,5% para 5,25% (música mecânica).

– No caso de shows de caráter religioso e ingresso com direito a bufê e/ou open bar e para os promotores que disponibilizarem acesso on-line ao borderô de bilheteria via “ticketeira”, oferecemos uma redução extra de 15%.

– Não será possível acumular o desconto de 50% para clientes permanentes e esse valor também não será aplicado a determinados festivais de música e congêneres a partir de valores que estão estipulados nesta ação.

O CEO da UBC, Marcelo Castello Branco, se manifestou a respeito do benefício: “As medidas anunciadas revelam um movimento de flexibilização e sensibilidade da gestão coletiva ao momento que estamos vivendo e alguns dos seus principais atores. O setor de shows foi frontalmente atingido e tem perspectiva de uma retomada lenta e cautelosa. Somos todos parte de um mesmo mercado e precisamos trabalhar juntos”.

 

Foto: Divulgação

Ecad revela que arrecadação de direitos autorais caiu para 50% durante a pandemia

Em entrevista para o Correio Braziliense a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, revelouque a pandemia do novo coronavírus provocou uma queda na distribuição aos compositores de 50%, nos quatro últimos meses deste ano.

De acordo com Isabel, a previsão anual do Ecad era de que a arrecadação feita à compositores e artistas brasileiros poderia sofrer uma queda entre R$330 milhões e R$340 milhões, chegando a R$1,17 bilhão em 2020. Entretanto, com a pandemia, os valores devem ficar em torno de R$830 milhões a R$840 milhões.

“Grande parte da arrecadação, entre 40% e 50%, equivale a segmentos como clientes gerais (bares, restaurantes, estabelecimentos comerciais), além de shows e eventos. Para se ter uma ideia, nós estamos voltando para a mesma média de 2015 e 2016. É muita coisa, para nós e para os músicos”, disse a superintendente.

Com as portas de bares e restaurantes fechadas, Isabel informou que a arrecadação entre os meses de abril a julho caiu para 50%: “Estamos falando de um dos segmentos que mais sofreram durante a pandemia”, afirmou Isabel.

Em uma tentativa de equilibrar a queda nos números de arrecadação e distribuição de direitos aos compositores, o Ecad realizou várias iniciativas. Primeiramente, remanejou seus funcionários para o home office, para trabalharem de forma segura e garantir que os processos do escritório não sejam interrompidos. Além disso, com o apoio das outras entidades de gestão coletiva da música no país (Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro, UBC) o Ecad aprovou um plano emergencial, em março, para dar suporte aos compositores e artistas neste momento difícil.

“Conseguimos trabalhar de forma muito ágil, mas para isso foi necessário tornar a equipe mais eficiente. E não estamos falando de um milagre. Os músicos não vão receber pelos shows que poderiam estar acontecendo. Isso vai refletir em toda a arrecadação e receitas dos músicos do próximo semestre”, contou Isabel.

De acordo com Amorim, atualmente o Ecad possui um dos maiores bancos de dados da música na América Latina, com 12 milhões de obras musicais, 8 milhões de fonogramas, 178 mil obras visuais e 586 mil espaços e canais que utilizam música, como hotéis, academias, emissoras de tv e rádio, hospitais, restaurantes, entre outros.

Foto: Reprodução

 

Roberto Carlos consegue recuperar direitos sobre obras produzidas de 1960 a 1990

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro declarou, em nota ao F5, que Roberto Carlos e Erasmo Carlos conseguiram recuperar os direitos sobre suas obras produzidas nas décadas de 1960 a 1990.

De acordo com o F5, os compositores alegavam que a editora Universal Music havia abandonado a gestão contratual, além de pagar remunerações baixas por execuções de suas músicas em plataformas de streaming.

A decisão da 2ª Vara Empresarial é retroativa à notificação extrajudicial da editora, realizada em julho de 2018, onde a juíza Maria Cristina de Brito Lima havia favorecido à Universal Music, reconhecendo uma inexistência de direitos autorais da empresa sobre as obras da dupla.

 

Foto: YouTube/reprodução

Anavitória desabafa após Tiago Iorc não autorizar regravação de suas músicas

Durante o fim de semana, um caso envolvendo direitos autorais entre o cantor Tiago Iorc e a dupla Anavitória grande repercussão nas redes sociais. Isso porque durante uma live dos Dia dos Namorados na sexta-feira (12), Ana, da dupla Anavitória resolveu tornar pública a notícia de que Tiago Iorc está impedindo que elas relancem músicas de sua autoria para um novo projeto.

Segundo o G1, mesmo não mencionando Tiago diretamente, no dia seguinte, o cantor publicou em seu Instagram um vídeo em resposta à crítica, explicando que o escritório da dupla está “sabotando” e prejudicando seu trabalho:

“Nessa tua atitude impensada de tornar isso público, você, realmente, da missa não sabe a metade”, falou o cantor respondendo à Ana. “O escritório que gerencia a carreira de vocês, que é o escritório com o qual eu trabalhava e não trabalho mais, vem repetidamente sabotando meu trabalho, agindo de má-fé para me prejudicar, causando danos, inclusive, financeiros.”, continuou. Ele afirmou que o problema não é pessoal com as meninas, mas sim com o escritório, e por isso, não está autorizando a liberação das músicas.

A dupla deseja fazer um relançamento em versão ao vivo de seu trabalho, já gravado no ano passado. Incluindo “Trevo (Tu)”, primeiro sucesso da dupla de 2017, composta por Ana e Tiago.

Considerado padrinho de Anavitória no início de sua carreira, Tiago também produziu todo o álbum de estréia da dupla, além de ter sido sócio do mesmo escritório, que também gerenciava sua carreira até fevereiro deste ano.

Ao G1, o empresário Felipe Simas, responsável pelo escritório, não deu maiores detalhes sobre os conflitos entre ele o cantor, mas alegou que Iorc deve apresentar provas e que elas “devem ser discutidas na Justiça, e não nas redes sociais”. Para o empresário, o cantor é “irresponsável” ao “tentar prejudicar duas meninas, que não têm nada a ver com questões dele com o escritório”. Ele também informa que há dois anos as artistas tentam encontrar o cantor, mas o convite sempre é recusado.

Por fim, Anavitória publicou mais um vídeo na rede social neste domingo (14), para responder as questões levantadas por Tiago e tentar pedir mais uma vez pela liberação de suas músicas:

“Foi um espaço que a gente achou de mandar uma mensagem e deu certo, porque realmente a gente tá podendo ter esse diálogo, mesmo que aos olhos de tantas pessoas. Não era dessa forma que a gente queria que fosse. Estamos sempre abertas para uma conversa”, encerrou. Veja o vídeo completo AQUI.

Foto: Divulgação

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Twitch pede para que usuários excluam vídeos que podem violar direitos autorais

A semana já começou com uma bomba para os usuários do Twitch, a plataforma de streaming da Amazon. Isso porque, a plataforma recebeu uma série de notificações sobre violação de direitos autorais e vários conteúdos terão que ser removidos!

De acordo com o Music Business Worldwide, o Twitch recebeu várias de notificações nesta segunda-feira (8) pelo DMCA – (Digital Millennium Copyright Act) – por causa de músicas tocadas em segundo plano entre as transmissões e vídeos na plataforma. Um comunicado foi enviado aos usuários no Twitter para que todo o conteúdo não autorizado seja removido para não terem suas contas canceladas:

“É a primeira vez que recebemos reivindicações em massa do DMCA contra vídeos. Entendemos que isso tem sido estressante para os criadores afetados e estamos trabalhando em soluções, inclusive examinando como podemos oferecer mais controle sobre seus clipes”.

Quem não gostou nada disso, claro, foram os usuários, principalmente os que são populares por lá. Muitos terão que remover, seus melhores conteúdos, ou praticamente todos.

Este é o caso da gamer @Fuslie, em seu twitter ela disse que recebeu o alerta sobre violações de direitos: “Recebi dois ataques de direitos autorais em meu canal (ambos com mais de um ano) na semana passada, e informamos que, se encontrarem mais uma violação nos meus vídeos, minha conta do Twitch será permanente excluída.”

Fuslie acrescentou: “Conversei com vários funcionários do @Twitch, todos dizendo que a melhor opção é excluir todos os meus maiores clipes. Além de ser quase impossível excluir mais de 100.000 vídeos, o painel do criador não está carregando nenhum dos meus clipes antigos. Como devo me proteger aqui?”

“Para evitar mais avisos de direitos autorais, reserve um momento para limpar sua conta de qualquer conteúdo que possa ser infrator e pare de compartilha-los. Se este for seu terceiro aviso, sua conta será encerrada agora”, alertou a criadora.

Com a pandemia do coronavírus, o Twitch se tornou uma das plataformas de streaming que mais se destacou no mercado musical. Principalmente porque seu novo chefe de produto, Tracy Chan, veio do Spotify, e também pela parceria com o SoundCloud.

Além do comunicado, o Twitch atualizou suas diretrizes sobre o uso de músicas para esclarecer o que pode e o que não pode ser usado em sua plataforma:

“O Twitch valoriza o trabalho de compositores, músicos e outros artistas criativos. Como uma empresa comprometida em apoiar os criadores, respeitamos e pedimos aos nossos usuários que respeitem a propriedade intelectual daqueles que fazem música e daqueles que possuem ou controlam seus direitos ”.

Vale lembrar que em 2018, a Forbes já havia feito uma denúncia em um artigo sobre o não pagamento de royalties de músicas pelo Twitch.

 

Foto: Caspar Camille Rubin

FELIPE CARRERAS AFIRMA QUE VAI RETIRAR EMENDA PREJUDICIAL AOS COMPOSITORES

Após toda a repercussão sobre a Medida Provisória 948/2020, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) divulgou uma carta aberta aos artistas informando que irá retirar a emenda prejudicial aos compositores.

“Diante das informações contraditórias devido à falta de entendimento claro a respeito da nossa emenda à MP 948 e da possibilidade de termos um diálogo maior sobre o assunto com toda a classe em relação à transparência aos critérios de cobrança dos direitos autorais no Brasil, decidimos não esperar o relator da MP ser definido como é uso e costume do Congresso, e enviamos um requerimento direto para o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, com a solicitação que ele retire a emenda”, afirmou o deputado em documento.

A cantora Anitta, que chegou a fazer um debate em uma live no Instagram com Carreras para esclarecer a medida que extinguia a cobrança de direitos autorais em eventos, comemorou a notícia em sua rede social:

“VITÓRIA. Feliz de saber que toda a classe de músicos dormirá tranquila hoje com menos este problema. Agora vamos seguir com o foco no que importa no momento que é o covid 19 e depois que tudo passar reitero meu convite feito ontem na live”, escreveu a artista.

Agora, vamos aguardar para que a emenda seja retirada, de fato, e continuar sempre informando aos nossos leitores para que se mantenham informados sobre seus direitos.

 

Foto: Instragram

Anitta debate MP948/2020 com o deputado Felipe Carreras durante live no Instagram

Aconteceu ontem (5) no Instagram da cantora Anitta, uma live com o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) a fim de esclarecer a Medida Provisória 948/202, que envolve uma emenda para isentar o pagamento de direitos autorais em eventos.

A live aconteceu a pedido da própria cantora, que ao longo desta terça-feira recebeu vários apelos de compositores preocupados com a medida que, se aprovada, passa a cobrar dos próprios autores os direitos autorais em eventos.

O assunto também ganhou grande proporção na internet por causa da circulação de um vídeo em denúncia à emenda e os reais interesses para que sua aprovação aconteça.

Segundo matéria da UBC (União Brasileira dos Compositores), a artista pediu ao deputado a retirada da emenda, explicou detalhes sobre o sistema de gestão coletiva de direitos autorais e afirmou que a inclusão do texto em um pacote que se refere à epidemia do covid-19 é uma ação de “má-fé”, já que se aprovada às pressas, os titulares de direitos autorais serão prejudicados.

Em resposta, o deputado afirmou que a medida poderia ser uma proposta de má-fé apenas se a votação acontecesse nesta semana: “[…] Mas temos 120 dias para votar, até o final de julho. Foi um compromisso pactuado para retirar o tema da MP 907”, afirmou Carreras. “Eu posso fazer uma autocrítica e reconhecer que a emenda pode dar uma leitura dúbia”, completou.

Não satisfeita com os posicionamentos do deputado, a artista foi incisiva: “Vocês estão ferindo a Constituição: o artista tem o direito constitucional de decidir como a obra dele vai ser usada, como vai cobrar por ela. Seus direitos autorais estão protegidos pela lei. Essa inclusão é de um oportunismo sem limites.”

Mesmo com os argumentos incoerentes com o que, de fato, está na emenda, o deputado ainda alegou que está defendendo os interesses dos titulares ao propor uma “distribuição de lucros e prejuízos” no caso dos eventos e shows, tirando do âmbito da receita bruta o critério de cobrança da execução pública. Anitta finalizou a transmissão com a frase: “Você não está do nosso lado”.

Assista a live na íntegra AQUI

 

Entendendo a MP 948:

– A MP 948/2020 prevê medidas para cancelamentos de reservas turísticas e de eventos no contexto da epidemia de Covid-19.

– No dia 05/05 foi inclusa uma emenda com novas regras que incluem a isenção de pagamentos de direitos de execução pública por produtores de eventos.

– A emenda é considerada um jabuti, termo usado no legislativo para tratar de emendas que são incluídas nas pautas para atender interesses pessoais.

– A MP é apresentada pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), ligado à Associação Brasileira dos Produtores de Eventos (Abrape).

– Se a proposta for aprovada, sociedades em dívida com a União no Cadin (Cadastro Informativo dos Créditos Não Quitados) não poderão mais cobrar direitos autorais.

– O Ecad será proibido de usar o critério de percentual sobre bilheteria para calcular o valor devido pelos produtores de eventos e shows.

– A partir da aprovação, os próprios intérpretes ficam responsáveis pelo pagamento de execução, por meio de uma retenção de 5% de seus cachês.

 

 

Foto: reprodução

Cisac oferece curso para quem deseja entender mais sobre Copyright gratuitamente

Muitos de nossos leitores nos perguntam sobre indicação de cursos sobre Music Business e Direito Autoral. Pois bem, hoje deixamos a dica do curso ”Copyright e os Negócios das Indústrias Criativas”.

Se você deseja saber mais sobre o papel do copyright nos negócios das indústrias criativas, este é “o curso”! Ainda mais porque ele foi produzido pela CISAC (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores) em parceria com a UBC (União Brasileira de Compositores).

O curso é gratuito e online, mas há ainda uma versão paga para quem quiser mais conteúdos. Gostou da dica? Para mais informações e se inscrever CLIQUE AQUI.

Foto: Divulgação

Ecad revela que R$140 milhões em direitos autorais deixarão de ser arrecadados por conta do coronavírus

A superintendente executiva do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) Isabel Amorim, contou nesta semana à Veja que se a quarentena por conta do coronavírus se estender por mais quatro meses, cerca de 140 milhões de reais deixarão de ser arrecadados.

“É um dinheiro que não será recuperado nunca mais”, disse Isabel ao portal. “No caso dos shows, alguns serão remarcados para outras datas. Porém, não haverá uma nova reprodução pública da música em outra data. Se não tocou, não tem direito autoral para pagar”, afirmou.

É como disse o portal, a perda causada pelo cancelamento de shows, também afeta aqueles que têm como fonte de renda bares e casas de eventos.

Enquanto isso, outras fontes como rádio, tv e plataformas digitais nunca foram tão necessárias para os compositores e artistas: “Esse pagamento nunca foi tão importante para a música, já que quase todas as outras fontes de renda dos artistas foram comprometidas.”, avaliou a executiva

Para apoiar os compositores, a entidade já confirmou que vai adiantar pagamento de direitos autorais para evitar descapitalizar os músicos e compositores. Como não há como fiscalizar estabelecimentos, a empresa colocou 300 funcionários de férias. O Ecad espera que o mercado de shows se estabilize ainda este ano.

 

Foto: A cantora sertaneja Marília Mendonça – uma das maiores compositoras do Brasil/Divulgação