Spotify pagou a mais aos artistas (e quer o dinheiro de volta)

O Spotify anunciou esta semana que devido as mudanças na regulamentação de royalties, pagou mais do que deveria a artistas e editoras.

Segundo o Music Business Worldwide, o CRB – conselho de direitos do autor –  determinou em março, uma série de mudanças para aumentar os royalties pagos a artistas, o que incluiu o aumento de mais 44% durante os próximos 5 anos.

A mudança nos repasses no mercado americano impactou o cálculo das ofertas de descontos para estudantes e pacotes de planos familiares do Spotify. Assim, o serviço de streaming chegou a conclusão de que estaria repassando um valor excessivo em comparação as taxas anteriores.

O cálculo foi baseado de acordo com as determinações do CRB, onde a taxa de royalties de streaming anual, entre 2018 e 2022, será fixada de acordo com o maior valor dos três modelos diferentes: (i) uma porcentagem da receita total de uma empresa de streaming; (ii) uma porcentagem do que esse serviço de streaming paga a gravadoras a cada ano; e (iii) uma taxa fixa por assinante nos EUA.

“De acordo com os novos regulamentos da CRB, pagamos em excesso a maioria dos editores em 2018. Embora a decisão esteja pendente, as taxas estabelecidas são as leis atuais, e nós vamos cumpri-las – não só para 2018, mas também para os próximos anos em que o montante pago aos editores deverá aumentar significativamente”, informou um porta-voz do Spotify ao MBW.

“Em vez de cobrar o pagamento indevido de 2018 imediatamente, oferecemos a extensão do período de recuperação até o final de 2019, a fim de minimizar o impacto do ajuste nas editoras.”,  acrescentou.

 

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Foto: Divulgação

#CancelSpotify – será que o Spotify vai ouvir o apelo dos compositores no twitter?

Tem aumentado o número de mensagens no Twitter com a #CancelSpotify – hashtag criada para incentivar o Spotify a desistir de seu recurso contra o aumento do valor de royalties pagos a compositores em plataformas de streaming.

A decisão do aumento de 44% nos valores de royalties pagos a compositores e editores em serviços de streaming foi tomada há dois meses, pelo Copyright Royalty Board (CRB). Em seguida, serviços de streaming como Spotify, Pandora e Amazon entraram com um recurso contra a decisão.  A notícia causou grande repercussão, ainda mais porque a Apple Music preferiu não entrar na causa.

“Sem músicas, essas empresas de tecnologia não têm nada para transmitir/vender. Vergonhoso.”, disse Justin Tranter, autor de canções de nomes como Ariana Grande, Fall Out Boy, Justin Bieber, 5 Seconds of Summer e Gwen Stefani.

Segundo Digital Music News, Dina LaPolt, advogada de entretenimento e defensora dos direitos dos artistas em Los Angeles, Califórnia chegou a ser mais direta: “Você deveriam ter vergonha de si mesmos.”

Nesta semana, um movimento no Twitter mostrou que o recurso contra a decisão do CRB continua não agradando os compositores. A hashtag #CancelSpotify foi usada por vários usuários na rede social para pedir ao Spotify a desistência do recurso.

@MannyDMedina: ” Oficialmente cancelei minha assinatura no @Spotify por causa de seu tratamento repugnante aos compositores e adicionei @AppleMusic #cancelspotify”, escreveu um perfil no Twitter.

Vale lembrar que grandes compositores como Ali Tamposi, Babyface e Nile Rodgers assinaram uma carta aberta ao CEO do Spotify, Daniel EK, para que o recurso seja desfeito:

“Agora, podemos ver a verdadeira razão para o alcance do seu compositor. Você nos usou e tentou nos dividir, mas estamos juntos”, afirmou os autores em trecho da carta.

Será que o serviço de streaming irá ouvir os compositores? Vamos acompanhar a decisão do CRB.

 

Foto: twitter/hypebot

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