NETFLIX FAZ DOAÇÃO DE R$5 MILHÕES PARA AJUDAR TRABALHADORES DO AUDIOVISUAL NO BRASIL

Nesta semana a Netflix anunciou que realizou uma doação no valor de R$5 milhões para ajudar trabalhadores do audiovisual afetados pela pandemia de covid-19 no Brasil.

De acordo com o Uol, a doação será direcionada à um fundo administrado pelo Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros (ICAB) e ajudará até 5 mil pessoas.

Profissionais do audiovisual que não possuem contratos podem receber um salário mínimo (R$ 1.045.) como benefício.

Para se inscrever, basta responder ao formulário no portal oficial do ICAB (icabrasil.org) a partir de 28 de abril. Segundo o portal, cada inscrição será revisada por um comitê composto por membros do ICAB, da BRAVI e da Netflix. As inscrições poderão ser feitas por dois meses ou até que os recursos do fundo se esgotem.

A Netflix informou em um comunicado que o valor doado é um “complemento ao pagamento de cachês que foram feitos às equipes e atores das nossas produções originais no país”.

A doação para o ICAB faz parte de um fundo de US$100 milhões criado pela Netflix em março para apoiar trabalhadores do audiovisual em países em que a empresa atua.

 

Foto: Guetty Images

Covid-19: Prejuízo causado no mercado musical do Brasil chega a R$480 milhões

A Data Sim – núcleo de pesquisa da Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM São Paulo) divulgou na semana passada que o prejuízo causado pelo coronavírus no mercado musical do Brasil chegou a R$480 milhões.

De acordo com o G1, o levantamento identificou que mais de 8 mil eventos musicais foram cancelados ou adiados. Ou seja, 8 milhões de pessoas vão deixar de frequentar eventos.

Cerca de 500 empresas participaram da pesquisa, que identificou ainda um baixo índice de participação em associação de classes (77% dos profissionais não participam de entidades coletivas).

“Esses números ajudam a pensar em ações concretas para o setor, composto por muitos interesses, a maioria sem representação ou associação de classe. É hora de pensarmos coletivamente”, disse Dani Ribas, diretora de pesquisa do Data SIM, em um comunicado.

No episódio, ‘O impacto do Coronavírus na Música’, o Fast Forward Podcast convidou Dani Ribas, o rapper Fióti e a Head Comercial da Sympla, Karla Megda, para nos ajudar a entender como o mercado musical está respondendo à crise gerada pela pandemia do covid-19. OUÇA AQUI!

Para fazer o download completo da pesquisa ‘Impactos da Covid-19 no Mercado de Música do Brasil’ CLIQUE AQUI.

Foto: Divulgação/DataSim

Lady Gaga pede e Apple doa mais de R$50 milhões para combate ao coronavírus

A cantora Lady Gaga ligou para Tim Cook, CEO da Apple, pedindo uma doação de US$10 milhões (mais de R$50 milhões) para um projeto global de combate ao coronavírus e ele disse sim!

Gaga está por trás de um mega festival online previsto para acontecer no dia 18 de abril. O One World: Together At Home já tem grandes nomes como Paul McCartney, Lizzo, Billie Eilish, Stevie Wonder e Elton John.

O festival está sendo organizado em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Global Citizen. A ideia é arrecadar recursos antes da transmissão e direcioná-los ao Fundo de Resposta de Solidariedade Covid-19.

O evento, que já arrecadou R$180 milhões de dólares, será apresentado pelos comediantes Jimmy Kimmel, Stephen Colbert e Jimmy Fallon, time do programa “The Tonight Show”.  E foi durante o programa que Lady Gaga fez o pedido ao CEO da Apple.

“Acho que deveríamos ligar para Tim Cook. Eu não sei se ele sabe que estará na TV, mas vamos chamá-lo e descobrir”, disse Gaga.

Durante o programa a cantora perguntou para Tim se ele lembrava sobre a doação que os dois tinham discutido na noite anterior e se ele poderia bater o martelo. Tim respondeu: “Você pode confirmar. Estamos muito orgulhosos de fazer parte disso.”

A cantora comemorou e brincou dizendo que sua próxima música se chamaria “Tim Cook”. Veja o momento AQUI!

 

Foto: YouTube

Artistas vão receber benefício emergencial de R$600

Nesta quarta-feira (1) o Senado aprovou a inclusão de artistas entre as categorias que estão habilitadas a receber o auxílio emergencial de R$600 mensais pelo estado brasileiro.

O benefício faz parte do projeto para conter a crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus.

De acordo com a UBC, o benefício tem previsão de duração por três meses e pode chegar a R$1.200, no caso de mães solteiras ou que são as chefes da família.

Serão contemplados no benefício, autores e intérpretes de qualquer área — música, teatro, cinema, artes visuais, dança e outras. Além disso, técnicos de espetáculos e outros membros da cadeia produtiva artística.

Para ser aprovado, o documento precisa ser votado na Câmara, passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente. Espera-se que isto ocorra até sexta-feira.

O portal ressaltou que embora o projeto seja necessário, ainda faltam estímulos à produção artística, como já está sendo feito em outros países.

1) Os requisitos para ter direito ao benefício:

– ser maior de 18 anos de idade

– não ter emprego formal

– não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família

– renda familiar mensal por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135,00)

– não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70

2) Quem se encaixa em uma dessas condições:

– exerce atividade na condição de microempreendedor individual (MEI)

– é contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)

– é trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico)

– se não pertencer a nenhum cadastro, é preciso que, no último mês, a renda familiar mensal por pessoa tenha sido de no máximo meio salário mínimo ou a renda familiar mensal total tenha sido de até três salários mínimos

Mais informações em Agência Câmara de Notícias

Foto: Rmcarvalho/iStock

CNC afirma que corte em verbas do Sistema S pode fechar 256 unidades do Sesc e Senac

Na semana passada (27), a CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – anunciou em nota que o corte, por três meses, de 50% nas verbas destinadas ao Sistema S pode fechar mais de 250 unidades do Sesc e Senac, além causar a demissão de 10 mil funcionários.

De acordo com o Valor Econômico, a nota foi uma resposta ao pacote de R$2 bilhões criado pelo governo para dar apoio a empresas perante a crise do coronavírus.

Em documento enviado a todos os governadores, a CNC alegou que o corte da verba poderia reduzir cerca de 36 milhões de atendimentos, em sua maioria em áreas carentes.

A entidade afirmou ainda que enviou ao presidente Jair Bolsonaro, aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Mandetta (Saúde), e aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, David Alcolumbre, um plano de R$1 bilhão com ações nas unidades para combater o coronavírus.

Segundo o portal, a CNC deseja com o plano, ampliar e interiorizar ações de atenção primária à saúde, tais como vacinação, coleta de sangue, ações gerais de prevenção, distribuição de alimentos e compra e disponibilização de respiradores e outros equipamentos necessários para o tratamento de infectados.

 

Foto: Comércio de São Paulo vazio por causa da pandemia de coronavírus — Rovena Rosa/Agência Brasil

COVID-19: TRATORE ANUNCIA QUE VAI DESTINAR SEUS LUCROS PARA ARTISTAS

A distribuidora brasileira Tratore anunciou que vai destinar seus lucros para seus artistas. A decisão foi anunciada pelo diretor Mauricio Bussab, no blog da empresa.

A medida foi adotada em apoio aos seus artistas independentes que estão impedidos de se apresentar em shows por conta da pandemia do coronavírus.

De acordo com Bussab, a Tratore vai continuar a pagar os artistas e selos normalmente, assim como não cobrará taxas aos distribuídos. Além do pagamento do mês, os artistas receberão o chamado de “Bônus Emergencial 2020”, uma espécie de distribuição de lucros da empresa que serão distribuídos conforme o faturamento digital do contrato no mês.

“O bônus não será muito grande, porque nossa margem não é muito grande. Vocês já recebem três quartos do que as plataformas nos pagam e nós ficamos com um quarto. Depois de pagas as nossas contas, estimamos que o bônus possa ser da ordem de 7%, chegando até a 10%, se o streaming for bom em determinado mês”, explicou Bussab.

“Não é muito, mas é o que podemos fazer. E essa é a hora de todos fazermos tudo o que pudermos, mesmo que seja pouco. Isto vale, a princípio, para os próximos três meses (relatórios publicados em março, abril e maio), que é a previsão dada pelo Ministério da Saúde para a duração da crise. Se ela se prolongar, voltamos a conversar”, continuou.

Para saber mais detalhes sobre repasses e outras informações acesse https://tratore.wordpress.com/, a Tratore continua trabalhando, porém remotamente.

 

Foto: Reprodução

Spotify anuncia ajuda de US$10M para amenizar impacto do Covid-19 na música

Nesta terça-feira (24) publicamos uma notícia sobre uma petição para pedir que o Spotify aumentasse a porcentagem de royalties pagos à artistas, já que os mesmos estão sem renda e impedidos de fazer shows devido a pandemia do coronavírus.

Pois bem, acontece que hoje (25) o Spotify anunciou que fará uma contribuição financeira de US$10 milhões para ajudar artistas e outros membros do mercado musical durante a pandemia.

De acordo com o Music Business Worldwide, parte da ajuda será dividida a três importantes entidades nos EUA e no Reino Unido: MusiCares (EUA), PRS Foundation (Reino Unido) e Help Musicians (Reino Unido).

O serviço de streaming criou um site exclusivo para incentivar seus usuários a também contribuírem com doações para estes fundos. Sempre que uma doação for recebida, o serviço fará outra (equivalente a um dólar por dólar), até atingir o valor total de US$10 milhões, como prometido.

Além disso, um novo recurso será adicionado ao Spotify for Artists que permitirá aos artistas arrecadar fundos diretamente de seus fãs.

“Combater o impacto dessa pandemia na indústria da música exigirá um enorme esforço global, e estamos trabalhando para montar e otimizar esses novos recursos”, informou o serviço.

Covid-19: Para cobrir receita, músicos pedem ao Spotify aumento dos pagamentos de royalties

Impedidos de fazer shows devido a pandemia do coronavírus, artistas estão pedido ao Spotify para aumentar suas taxas de royalties em uma petição.

Postada pelo músico Evan Greer na semana passada, a petição pede ao Spotify para triplicar as taxas de royalties e uma doação de US$500.000 ao fundo Covid-19 da Sweet Relief, uma instituição da Califórnia que dá assistência financeira à músicos e trabalhadores da indústria.

Em resposta ao pedido, um porta-voz do serviço de streaming disse ao The Guardian: “Não há dúvida de que este é um momento desafiador para a nossa comunidade de criadores e estamos trabalhando para ajudá-los através do fundo de ajuda Covid-19 do MusiCares para fornecer a assistência necessária”.

Foi informado ainda que o serviço deixou a disposição dos governos e instituições um espaço na plataforma para anúncios sobre segurança durante a pandemia.

A petição de Greer surgiu após o Bandcamp anunciar que a partir do dia 20 de março não iria cobrar sua parte na taxa de participação nos lucros por 24 horas.

Fundada em 2008, a Bandcamp é uma plataforma de streaming digital, compras e merchandising para artistas independentes. Sua proposta é oferecer maior transparência do que as tradicionais plataformas de streaming.

Vale lembrar que os serviços de streaming também estão sofrendo um pouco do impacto  causado pela pandemia. Analistas da Quartz descobriram que na Itália, um dos países mais atingidos pelo Covid-19, as 200 principais músicas mais ouvidas no Spotify apresentaram uma queda de 23% nas transmissões. De 18,3 milhões de transmissões por dia em fevereiro de 2019 para 14,4m em 9 de março, data do bloqueio de circulação no país.

Resultados semelhantes foram apresentados em outros países que também foram afetados pelo vírus como EUA, Reino Unido, França e Espanha.

Foto: Dado Ruvić/Reuters

Covid-19: O Streaming ao vivo pode substituir os shows que foram cancelados?

Impedidos de fazer shows com aglomerações de pessoas devido a pandemia do coronavírus, artistas de todo o mundo começaram a se organizar, se apresentando pelas redes sociais e em plataformas de streaming. Entretanto, será que este movimento é mesmo uma solução para substituir os shows que foram cancelados? O The Gardian publicou um artigo para refletirmos sobre esta questão.

Para o artista e pesquisador Mat Dryhurst, o impacto dos cancelamentos de shows será grande e a longo prazo. Ele acredita que a crise do coronavírus está apenas “amplificando a natureza precária e defeituosa da indústria da música” em geral, e que “reformas mais amplas são essenciais”:

“Eu acho que há um futuro para performances telemáticas ou remotas”, disse Dryhurst. “Mas não pode ser apenas como ‘Ei, você é um artista, pegue seu violão e vá para a câmera!’. Ou seja, não pode ser algo imposto para os artistas.

Para dar apoio aos afetados pela crise global do COVID-19, a revista Left Bank organizou um festival de música no YouTube entre os dia 17 a 22 de março. Foram 12 horas com vários artistas do mundo todo tocando ao vivo diretamente de seus quartos. Festivais parecidos aconteceram no Brasil também.

Apesar do livre acesso ao festival, a revista incentivou seus seguidores a fazer contribuições através do aplicativo Venmo durante a live. A fundadora do Left Bank Media, Kristyn Potter, explicou ao portal que esta foi a melhor maneira de monetizar os artistas sem violar direitos autorais. Embora as limitações de licenciamento e propriedade intelectual ainda não tenham sido totalmente resolvidas pela indústria, Potter é uma entusiasta: “Alguns artistas são feitos para esse formato – nós definitivamente faremos o festival novamente”.

Assim como Potter, a especialista da indústria musical, Cherie Hu, também acredita que há artistas que se saem melhor nas plataformas de streaming de vídeo. E nem sempre são os mais famosos.

É o caso de Hana (foto), artista de música eletrônica que se tornou popular ao fazer feats com as cantoras Lord e Grimes. Hana se tornou conhecida ao jogar League of Legends, tocar músicas e interagir com seus fãs no Twitch (app famoso entre os gamers).

Recentemente, Cherie Hu criou um Google Doc maravilhoso para ensinar aos artistas a usar o streaming de vídeo como uma ferramenta de apoio. Uma tentativa de ajudar a diminuir o impacto financeiro de artistas que participariam do SXSW (CONFIRA AQUI).

Hu acredita que o streaming ao vivo é uma grande oportunidade para que artistas desenvolvam conteúdos únicos, mas hesita em recomendá-lo como uma solução imediata:

“Acho que se os artistas abordam as transmissões ao vivo de uma maneira interessante, posso ver isso se tornando um fluxo de receita para algumas delas”, diz ela. “Mas esses modelos não são comprovados financeiramente. Do ponto de vista dos artistas, definitivamente existem outros canais que podem gerar renda mais imediata e concreta”.

Em seu Doc, Hu avisa ao leitor que a transmissão ao vivo não substitui o valor financeiro, emocional ou cultural de um show ao vivo. E com esse alerta, o The Gardian levanta uma outra questão: Qual o significado real do “ao vivo”?

Em 1993, a ex-presidente do Departamento de Estudos da Performance da Universidade de Nova York, Peggy Phelan argumentou que: “A única vida da performance está no presente. O desempenho não pode ser salvo, gravado, documentado…uma vez que o faz, torna-se algo diferente de desempenho.”

Muitos poderiam concordar, já que assistir um show ao vivo é uma experiência única. Sem contar que há um grande negócio na venda de música ao vivo, tanto que os Rolling Stones chegaram a lançar 28 álbuns de seus shows.

Em 1999, Philip Auslander, lançou o célebre livro Liveness e respondeu à Phelan que o fenômeno da “vivacidade” é “específico do contexto”, “matizado” e “subjetivo”.

“Vinte anos depois, temos mais variações de “vivacidade” na ponta dos dedos do que Auslander ou Phelan jamais poderiam ter previsto”, afirma o The Gardian. Atualmente, a sensação de vivacidade se manifesta de diferentes formas, seja no Instagram Live ou até no TikTok.

Enquanto isso, Dryhurst permanece cético sobre o potencial da transmissão ao vivo como uma solução de curto prazo: “Não sei se a música nessa crise em particular precisa se reinventar”, diz ele. “As pessoas já estão bastante entretidas!”.

O pesquisador se preocupa ainda com a saúde mental dos artistas que podem se sentir pressionados a fazerem apresentações só para não ficarem de fora em meio ao estresse da pandemia: “Não vou citar nomes”, conta o pesquisador, “mas os músicos têm entrado em pânico e me enviando mensagens como ‘Devo aprender a fazer streaming ao vivo?’. “Estou meio irritado por eles estarem sentindo essa ansiedade além de se preocupar sobre seus pais.”, desabafa.

Foto: a artista de música eletrônica Hana faz streaming ao vivo do making of de seu álbum/ YouTube/Reprodução