SHOWS E EVENTOS TERÃO DESCONTOS NO PAGAMENTO DE DIREITOS AUTORAIS ATÉ 2021

Nesta terça-feira (3), o Ecad –  Escritório Central de Arrecadação e Distribuição- anunciou que show e eventos terão descontos de 50% no pagamento de direitos autorais de obras musicais, lítero-musicais e fonogramas, até 2021.

Segundo o escritório, a medida é uma forma de tentar ajudar as empresas que estão sendo afetadas pela crise da pandemia do coronavírus.

De março até agora, cerca de mais de 6 mil eventos mensais deixaram de acontecer, impactando as receitas de toda a indústria do entretenimento (Via Ecad).

O comunicado prevê os seguintes benefícios válidos a partir de Agosto:

– Será concedido um desconto de 50% nos licenciamentos que considerem os percentuais sobre a receita bruta ou custo musical, passando de 10% para 5% (música ao vivo) e de 15% para 7,5% (música mecânica).

– Terão direito a essa redução os clientes que estiverem em dia com o pagamento de direitos autorais.

– Os shows e eventos em caráter beneficente recebem mais 30% de desconto, passando 5% para 3,5% (música ao vivo) e de 7,5% para 5,25% (música mecânica).

– No caso de shows de caráter religioso e ingresso com direito a bufê e/ou open bar e para os promotores que disponibilizarem acesso on-line ao borderô de bilheteria via “ticketeira”, oferecemos uma redução extra de 15%.

– Não será possível acumular o desconto de 50% para clientes permanentes e esse valor também não será aplicado a determinados festivais de música e congêneres a partir de valores que estão estipulados nesta ação.

O CEO da UBC, Marcelo Castello Branco, se manifestou a respeito do benefício: “As medidas anunciadas revelam um movimento de flexibilização e sensibilidade da gestão coletiva ao momento que estamos vivendo e alguns dos seus principais atores. O setor de shows foi frontalmente atingido e tem perspectiva de uma retomada lenta e cautelosa. Somos todos parte de um mesmo mercado e precisamos trabalhar juntos”.

 

Foto: Divulgação

Técnicos de eventos realizam protesto em São Paulo pela volta ao trabalho durante a pandemia

Neste domingo (2), profissionais da area técnica de eventos se reuniram em uma passeata em protesto para cobrar a volta ao trabalho durante a pandemia do coronavírus.

Não há dúvidas de que quem trabalha nos bastidores de eventos – profissionais técnicos de som, luz e imagem, entre outros – são os mais afetados no mercado musical pela pandemia. Com um plano emergencial que não pode ajudá-los neste momento difícil, o jeito foi ir às ruas para cobrar medidas que atendam à classe.

De acordo com o G1, respeitando as regras de distanciamento, os profissionais, em fila, empurraram cases de equipamentos que costumam usar nos bastidores dos shows e seguraram cartazes pelas ruas da Zona Sul de São Paulo.

Para os organizadores, a pandemia trouxe “o verdadeiro pesadelo do apagão” para os profissionais, que agora reivindicam um plano emergencial e revisão das leis para o setor.

Entre as medidas cobradas pelos manifestantes estavam:

– auxílio emergencial até o fim do estado de calamidade pública ou até que seja autorizada a realização de eventos;

– cursos de capacitação para os profissionais, de modo que possam atuar como trabalhadores formais;

– criação de um Comitê de Eventos no Conselho Nacional de Turismo para identificar e discutir questões do setor de eventos;

– criação de uma linha de crédito voltada para o setor de eventos, visando, principalmente, o pagamento da folha de salários e das despesas das empresas.

“Somos os profissionais que ninguém vê, mas, sem o nosso trabalho, nenhum artista sobe ao palco, nenhuma marca apresenta o seu produto, nenhum aplauso será ouvido. Sim, nós empurramos cases, mas também fazemos o show acontecer”, dizia um manifesto durante a passeata.

 

Foto: Van Campos/FotoArena/Estadão Conteúdo

 

Impedido de fazer shows, Luan Santana dispensa colaboradores e equipe técnica

Nesta terça-feira , o cantor sertanejo Luan Santana anunciou, por meio de sua assessoria, que devido a crise do coronavírus teve que dispensar sua equipe técnica e de músicos.

Segundo a nota, foram 20 colaboradores dispensados, entre eles, músicos, produção e equipe técnica:

“Em razão da pandemia decorrente do novo coronavírus e da paralisação dos shows por tempo indeterminado, os departamentos jurídico e administrativo de Luan Santana concluíram pela necessidade de encerrar os contratos com sua equipe de estrada, que envolve banda, técnicos e produção.”, “, informou a nota.

“Foram dispensados cerca de 20 colaboradores, que eram devidamente registrados e recebiam de acordo com a CLT”.

“Foram garantidas todas as remunerações da equipe até 05 de agosto de 2020 e os acertos rescisórios compreendem todos os direitos previstos em lei, tais como férias, 13º salário, multa de 40% sobre o FGTS e entrega da documentação necessária para habilitação dos colaboradores no programa do seguro desemprego.”

De acordo com o G1,  a assessoria do cantor informou que o cantor tem o intuito de recontratar todos os colaboradores quando as apresentações em locais com público forem retomadas.

 

Foto: Reprodução/Canal oficial do artista

Câmara aprova projeto para repassar R$3 Bi ao setor cultural durante a crise do coronavírus

Nesta terça-feira (26) a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei para beneficiar o setor cultural perante a crise do coronavírus.

O projeto deve repassar R$3 bilhões ao setor através de medidas como o pagamento emergencial de três parcelas de RS600 aos profissionais informais, atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela internet e ainda linhas de crédito (Via G1).

Aprovado pela Câmara, o texto deverá ser aprovado pelo Senado. O dinheiro do projeto será repassado aos estados, Distrito federal e municípios, que deverão implementar várias políticas como:

– O pagamento de três parcelas de R$ 600 aos trabalhadores do setor ( artistas, produtores, técnicos, curadores, oficineiros e professores de escolas de arte);

-destinação de subsídios mensais (no valor mínimo de R$3 mil e máximo de R$ 10 mil) para manutenção de espaços artísticos e culturais e de micro e pequenas empresas culturais que tiveram as suas atividades interrompidas em razão das medidas de distanciamento social;

– realização de atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela internet ou por redes sociais.

Como parte do projeto, bancos federais podem disponibilizar linhas de crédito e condições de renegociação de débitos para trabalhadores do setor cultural ou a micro e pequenas empresas que visam fomentar atividades e aquisição de equipamentos.

A deputada e relatora do projeto Jandira Feghali (PCdoB-RJ), propôs que a lei fosse batizada de “Lei Aldir Blanc”, em homenagem ao compositor, que morreu vítima do novo coronavírus.

“Esta lei foi apelidada por todo o Brasil de Lei de Emergência Cultural. Muitos artistas faleceram neste período da pandemia como Dona Neném da Portela, Rubem Fonseca, Flávio Migliaccio, Moraes Moreira, mas um deles deve dar nome a esta lei pela obra que deixa ao Brasil e por ter sido vitimado pela covid-19, e tenho certeza honrará muito a todas e todos nós. Por isto, quero propor ao Parlamento e à sociedade que chamemos esta lei de Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc”, disse Jandira.

 

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Zezé di Camargo e Luciano confirmam Covid-19 após live

Neste domingo recebemos a notícia de que Zezé di Camargo e Luciano estão com Covid-19. A confirmação aconteceu após a Live da dupla.

Segundo o portal Metropolis.com, a dupla teria se contaminado durante os ensaios para a live. Fontes afirmaram que o gerente do estúdio estava contaminado e não avisou os músicos.

A imprudência deixou o baixista e diretor da banda internado, em estado grave na UTI do hospital Metropolitano de São Paulo.

Zezé di Camargo está dando total assistencial ao músico, que possui 65 anos e ainda está se recuperando de um tratamento de câncer.

 

Foto: Reprodução

 

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Spotify anuncia que seus funcionários poderão trabalhar em casa até 2021 se quiserem.

Nesta terça-feira (21), o Spotify anunciou que seus funcionários poderão trabalhar em casa até o ano que vem.

O Spotify enviou um memorando a todos os seus funcionários hoje para explicar que está seguindo todas as diretrizes locais de prevenção ao novo coronavírus e está adotando uma série de medidas para continuar suas operações durante a pandemia (Via Music Business Worldwide).

Como parte dessa estratégia, a empresa informou aos seus funcionários que a decisão de trabalhar em “home-office” até 2021 será realizada por eles mesmos, individualmente e com “total discrição”.

Um porta-voz da empresa confirmou a notícia: “Hoje, anunciamos a extensão do nosso acordo de trabalho em casa para todos os funcionários do Spotify em todo o mundo. Continuaremos a acompanhar as diretrizes do governo local de acordo com cada cidade e adotaremos uma abordagem em fases para abrir nossos escritórios quando acharmos seguro fazê-lo. A saúde e a segurança de nossos funcionários são nossa principal prioridade. Nenhum funcionário precisará entrar no escritório e pode optar por trabalhar em casa até o final do ano. ”

Desde seu último relatório financeiro divulgado em 2019, com 79 escritórios ao redor do mundo, o serviço de streaming empregava mais de 4 mil pessoas em período integral. Destes, 2.121 nos Estados Unidos e 1.437 na Suécia.

Além disso, o relatório também informava que a empresa teve um custo de €1.007 bilhões (US$1,13 bilhão) com leasings de escritórios em 2019.

Vale notar que só nas últimas 48 horas, o valor de mercado do Spotify disparou após um acordo de licenciamento exclusivo com o podcast ‘The Joe Rogan Experience’, passando de US$31,50 bilhões para US$35,29 bilhões. Ou seja, atualmente o Spotify vale mais do que há dois anos.

O ‘Joe Rogan Experience’, foi o podcast mais popular nas plataformas da Apple no ano passado, superando o The Daily Times, do New York Times. Segundo o comediante e apresentador, Joe Rogan, seu podcast foi baixado 190 milhões de vezes ao mês no ano passado.

Foto: Reprodução

Artistas poderão cobrar por acesso em lives no Facebook

Nesta semana o Facebook anunciou que fará diversas mudanças em suas políticas para monetização de transmissões, e em breve, artistas poderão cobrar pelo acesso às lives na rede social.

Segundo a Rolling Stone, as mudanças na plataforma é uma resposta à crise gerada pela pandemia do coronavírus. Impedidos de realizarem apresentações em eventos e festivais, as lives se tornaram uma maneira de manter contato com os fãs.

Além de poder cobrar pelas lives, outros novos recursos como a possibilidade de adicionar pessoas durante a transmissão ao vivo.

Ainda segundo o portal, a rede social ainda não informou como será realizada a estrutura de pagamento de transmissões ao vivo monetizadas ou quando elas serão disponibilizadas aos artistas.

 

Foto: Reprodução

Milton Nascimento e Criolo estão juntos em campanha para ajudar pessoas afetadas pela crise do coronavírus

O rapper Criolo e Milton Nascimento estão juntos novamente para a promoção da campanha #Existeamor,  um fundo para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia do coronavírus.

Para a divulgação da campanha foi lançado um clipe de uma releitura da música “Não Existe Amor em São Paulo”, de 2011, na qual uniu os dois artistas e o pianista Amaro Freitas.

O clipe foi projetado em algumas empenas de edifícios em São Paulo e transmitido ao vivo nos perfis do artistas no Facebook e YouTube. Para evitar aglomeração, as localizações não foram reveladas previamente o lançamento.

“Enquanto muitos brasileiros estão protegidos em suas casas, mais de 40 milhões estão em situação de vulnerabilidade social”, revelou uma mensagem durante a transmissão do clipe.

A Folha de São Paulo destacou que a ação tem como responsáveis a agência AKQA e o Coala.Lab (núcleo de música e projetos do Coala Festival), empresas que ajudaram o rapper brasileiro Baco Exu do Blues a vencer o prêmio Grand Prix, principal evento de publicidade no mundo,  na categoria Entertainment Lions for Music., em Cannes.

Quer saber o resultado e também colaborar com a campanha? ASSISTA AQUI!!

Foto: YoTube

Fãs podem fazer doações para artistas com novo recurso do Spotify

O Spotify anunciou nesta quarta-feira (22) um novo recurso que permite a fãs doarem dinheiro para os artistas na plataforma.

Com o ‘Artist Fundraising Pick’ (Angariação de Fundos para Artistas, em livre tradução) artistas poderão fixar um destaque em seu perfil para receber doações para eles mesmos, ou ainda destinar recursos para instituições apoiadas pelo Spotify COVID-19 Music Relief.

De acordo com o Music Business Worldwide, o novo recurso só foi possível graças a parceria do Spotify com o PayPal e o Cash App, empresa que ainda dará um bônus para os artistas que fizerem doações ao Music Relief:

“Os usuários do [app] Spotify for Artists que enviarem seu nome de usuário junto com a tag ‘$cashtag’ como sua Escolha de Angariação de Fundos para Artistas – e que já tenham recebido pelo menos uma contribuição de qualquer valor através do Spotify – receberão um extra de US$100 em sua conta do Cash App, até um total coletivo de US$1 milhão contribuído”, anunciou a plataforma.

O Spotify postou hoje em seu blog que esta é uma iniciativa que pode sofrer alterações, já que foi lançada emergencialmente como uma maneira de ajudar os artistas neste momento de pandemia. Não foi informado se o serviço de streaming pretende estender o período de disponibilidade do recurso para após a quarentena:

“Dada a urgência e o impacto da crise do COVID-19, estamos trabalhando o mais rápido possível para desenvolver esse novo produto e divulgá-lo ao maior número possível de artistas. No entanto, nunca criamos um recurso de captação de recursos como esse antes. Consideramos essa uma primeira versão que evoluirá à medida que aprendermos a torná-la o mais útil possível para a comunidade musical”.

Especialista afirma que shows só poderão voltar a partir de 2021

Parece que não voltaremos tão cedo a frequentar shows e festivais. Pelo menos segundo a orientação do vice reitor e diretor do Healthcare Transformation Institute da Universidade da Pensilvânia, Zeke Emanuel.

De acordo com a notícia publicada pela Rolling Stone Br, durante uma entrevista sobre a pandemia do coronavírus com o New York Times, Emanuel se mostrou pouco otimista quanto à volta de eventos com aglomerações.

Para ele, grandes shows só devem ser liberados em 2021: “Precisamos fazer em etapas. Primeiro, em espaços que permita gente de baixo risco de morte voltar […] Lugares que você consegue ficar a 2 metros de distância de outra pessoa devem voltar antes.”

“Encontros maiores – conferências, shows, eventos esportivos – que todo mundo quer remarcar para outubro de 2020… Não faço ideia como eles pensam que essa é uma possibilidade plausível. Esses serão os últimos a retornar”, disse o diretor.

A previsão do reitor é de que festivais só possam ser liberados a partir de setembro do ano que vem por questão de segurança.

 

Foto: Rolling Stone / Scott Roth / Invision / AP / Shutterstock