Em 2009, o escritor colaborador para a revista Rolling Stone, Steve Knopper, publicou o livro “Appetite for Self-Destruction: The Spectacular Crash of the Record Industry in the Digital Age”, que acompanhou o aumento dos formatos digitais no negócio da música. Agora ele acrescenta um novo capítulo na nova reedição: A Revolução do Streaming.
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APPLE MUSIC’S GROWTH IS GETTING FASTER… BUT IT CAN’T QUITE KEEP UP WITH SPOTIFY
A Apple anunciou nessa semana que já alcançou a marca de 27 milhões de assinantes em sua plataforma de música, a Apple Music. O site MBW fez uma análise para este novo dado histórico. Confira!
Esse foi o período mais rápido para o crescimento de assinantes na história da empresa, já que há seis meses, a Apple Music tinha ao todo 20 milhões de assinantes. Ao todo, esse valor resulta em uma média de 1,2 milhões por mês em novos assinantes. Um desempenho impressionante.
No entanto, seu concorrente, Spotify, tem conquistado resultados um pouco melhores. Em março deste ano, a companhia de Daniel Ek anunciou que ultrapassou 50 milhões de assinantes, 10 milhões em menos de seis meses.
Atualmente, a Apple tem investido em conteúdo exclusivo para se destacar no mercado e conseguir mais assinantes. Com certeza, esse é apenas o início de muitas novidades para a indústria da música.
Spotify se está convirtiendo en el nuevo iTunes
Assim como o iTunes, o Spotify está ganhando poder na indústria da música ao ter controle sobre os usuários.
Vimos a indústria da música sofrer com a devastação da pirataria impulsionada pelo Napster. Em 2003, a Apple veio com uma solução que poderia ajudar, vendendo músicas por 1 dólar em seu iTunes. O problema é que a indústria cometeu um grande erro na época ao deixar que a empresa de Steve Jobs controlasse sua base de usuários.
Assim, estamos em 2017 e agora é possível perceber que outros meios tecnológicos estão começando a exercer uma influência semelhante sobre o comportamento dos usuários. Com o streaming, “a indústria ainda está no perigo de se tornar um prisioneiro de um ecossistema que não controla”.
Enquanto o Spotify possui grandes concorrentes como a Apple Music, Amazon, Google Play, entre outros, a plataforma está conseguindo envolver os usuários de uma maneira semelhante ao iTunes, que tinha controle sobre os consumidores de música. A vantagem é que o Spotify possui as playlists e o sofisticado “Discover Weekly” que cada vez mais determina o que os usuários ouvem.
O perigo para a indústria é que os serviços de streaming se tornarão os “sentinelas” que decidem os termos de sucesso no mercado. Por isso, a indústria precisa aprender com o passado para não perderem, mais uma vez, o controle do mercado.
Por que serviços como o Spotify ainda não conquistaram o Japão?
Saiba por que os serviços de streaming não conseguem abocanhar a fatia de mercado dominada pelos CDs no Japão.
Atualmente no Japão são vários os serviços de streaming , como a Apple Music, Google Play Music, Amazon Prime Music, AWA, Line Music – um “whatsapp japonês” – e Spotify, que entrou no mercado no final do ano passado.
A indústria da música no Japão gera 3 bilhões, porém os serviços de streaming não conquistaram muito os japoneses, “só a minoria passa a assinar os serviços “premium””.
Somados aos downloads pagos, o streaming no Japão representa apenas 8% da receita (em 2016); “os serviços de streaming não conseguem abocanhar a fatia de mercado dominada pelos CDs”. Entenda no blog, o motivo!
‘THE VALUE OF CREATIVE ASSETS IS SYSTEMATICALLY BEING TAKEN AWAY FROM ARTISTS AND MUSIC COMPANIES’
Darius Van Arman é fundador de uma gravadora independente chamada “Jagjaguwar”, ele comenta sobre a “Safe Harbor”, lei que favorece serviços como o YouTube .
A gravadora Jagjaguwar, de Darius, conta com artistas parceiros como Bon Iver, Angel Olsen, Jamila Woods, Dinosaur Jr., Sharon Van Etten e Unknown Mortal Orchestra. lém disso, Van Arman também é fundador e co-proprietário do Secretly Group, um grupo independente de gravadoras como a Dead Oceans, The Numero Group e Secretly Canadian –
No blog do site MBW ele fala sobre as chamadas leis de Safe Harbors, ou “portos seguros” onde favorecem os serviços de internet, como YouTube e SoundCloud, mas precisam ser revisadas.
WARNER/CHAPPELL’S YOUTUBE ROYALTIES WILL NOW BE HANDLED BY SACEM IN EUROPE
A Warner / Chappell assinou um acordo com a SACEM da França para melhor administrar licenças do YouTube, Deezer e Qobuz
Dois meses antes, um acordo similar que envolve royalties mecânicos também foi realizado com o SESAC para lidar com royalties do iTunes fora da América do Norte.
Eric Mackay, o vice-presidente Digital EMEA Ásia-Pacífico para a Warner/Chappell, disse que uma abordagem fragmentada para controlar direitos online fora dos EUA – a Warner escolheu duas sociedades diferentes para lidar com quatro plataformas – fornece um serviço melhor, capaz de identificar seus trabalhos em serviços digitais, significando maiores receitas e agilidade para os compositores.
How to follow Midem 2017, live!
Saiba onde acompanhar o Midem online, o maior encontro de negócios da música.
O Midem sempre ocorre em Cannes. Este ano, o evento será entre os dias 6 a 9 de Junho.
Se você não pode ir e deseja acompanhar, saiba pelo do Music Ally como seguir o evento nas principais mídias na internet.
WHAT’S NEXT FOR MUSIC-STREAMING SERVICES? (#MIDEM)
Painel no Midem fala muito mais do que o crescimento do streaming e discute o que é necessário para fazer o mercado crescer
A conferência Midem, sobre música e indústria deste ano, começou abordando o tema sobre serviços de streaming e assinaturas. Muito mais do que falar sobre o crescimento do mercado, o painel em Cannes, deu ênfase a discutir sobre o que é necessário para fazer o streaming florescer.
Entre os participantes do painel estavam Darryl Ballantyne, CEO da Lyricfind; Virginie Berger, CEO da Armonia Online; Vincent Favrat, CEO da Musimap; Rishi Mirchandani, diretor de aquisição de conteúdo da Amazon; e Malcolm Ouzeri, OCM da Qobuz. O moderador foi o consultor estratégico da TAG, Ted Cohen.
O painel falou sobre as coisas mais emocionantes no atual ambiente dos serviços de streaming de música, além de suas perspectivas para o futuro. O MusicAlly mostra os melhores momentos em Cannes.
HAVE YOUR SAY ON ‘MAKING THE INTERNET FAIR’ FOR CREATORS
“Make the Internet Fair” é um petição que exige das autoridades a correção do “value gap”.
Durante o evento “Meet the Authors”, realizado em Bruxelas no dia 30 de maio, autores puderam assinar uma petição que exigia medidas da União Européia (UE) para garantir uma legislação sobre direitos autorais que de fato proteja os interesses dos autores.
Agora os organizadores do evento estão convidando todos os autores a apoiarem a petição “Make The Internet Fair”, onde exige que as autoridades corrijam o “value gap” (a diferença de valor) para que os criadores sejam remunerados em plataformas on-line para o uso de suas músicas.
A carta pede às autoridades que esclareçam como as plataformas de conteúdo, como o YouTube, estão envolvidas na reprodução e disponibilização de obras sob leis de direitos autorais, além de garantir que a legislação dos “safe harbors” (portos seguros) não se aplique a tais plataformas.
SBT deverá repassar 2,5% de seu faturamento bruto ao Ecad, decide TJ-SP
Assim como decidiu em caso envolvendo a TV Bandeirantes, a Justiça paulista determinou que o SBT deve repassar 2,5% de seu faturamento bruto ao Ecad.
Quem realizou a decisão foi a 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, “que reafirmou a jurisprudência de que as emissoras devem respeitar o critério de cobrança da entidade, já que ela é a detentora dos direitos e vontades dos autores das músicas tocadas no canal”.
O SBT alegou que o Ecad dá um tratamento especial à TV Globo, que “paga valores que variam entre 1,97% e 6,99%”, deixando claro tratamento diferenciado, prejudicando o SBT frente ao concorrente.
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No livro, Knopper descobriu que as gravadoras agiram errado diversas vezes, tendo aversão à inovação com relação aos formatos digitais. Em vez de ver o Napster como um aliado potencial, uma plataforma de distribuição digital com uma base milhões usuários, as gravadoras deram as costas à plataforma.
Desta vez, em uma reedição de seu livro, Knopper acrescentou um novo capítulo focado na revolução do streaming. Nesta edição, o autor detalha como os executivos da indústria musical perceberam que precisavam abraçar o streaming, o que resultou em acordos com o Spotify, permitindo que o serviço de streaming entrasse no mercado europeu em 2008. Os detalhes da nova edição do livro encontram-se no artigo da Rolling Stone.