Conheça o NFT, novidade que está gerando milhões à artistas

O Tenho mais Discos que Amigos explicou os benefícios e as principais questões sobre a novidade. O NFT (non-fungible token) tem o conceito parecido com as criptomoedas e aos blockchains. Com essa tecnologia pode-se registrar, de forma segura, transações que ocorrem em moedas virtuais, como o Bitcoin.

O NFT é uma espécie de moeda/símbolo não fungível, ou seja, que não pode ser trocada por outra coisa da mesma espécie, qualidade ou quantidade. Não é como uma nota de um real ou dólar, que pode ser trocado por outra nota do mesmo valor.

Na última semana a novidade ganhou ainda mais destaque, pois vários artistas anunciaram que arrecadaram milhões ao usar o recurso. Foi o caso do DJ e produtor 3LAU, que faturou mais de 11 milhões de dólares ao vender a gravação original de seu disco Ultraviolet (2018), além de vender o direito de gravar uma música com ele por 3 milhões de dólares.

Após 3LAU, a cantora Grimes também anunciou que ganhou mais de 6 milhões de dólares em seu leilão digital. Até a banda Kings of Leon, já tem um álbum confirmado para lançar neste formato digital.

Do lado do fã, o NFT pode ser muito lucrativo. Isso porque, como a Rolling Stone explicou, o formado digital pode ser renegociado e agir como se fosse um investimento assim como uma ação da bolsa de valores.

O que muitos artistas estão fazendo na prática é tornar o seu material exclusivo, de modo que ele se torne raro para ser vendido dessa forma. Como o exemplo da cantora Yaeji, que faturou 29 mil dólares com a venda de seu ‘mascote virtual’. Com o NFT o investidor pode renegociar o item virtual e faturar ainda mais: “Essencialmente, o NFT permite que a arte seja negociada como um bem ao invés de ser (apenas) consumida e avaliada por seu valor artístico”, explica o TMDQA.

Como toda novidade, ainda não sabemos se o formato vai vingar. Mas já é possível apontar algumas questões. A primeira é que o NFT pode transformar o mercado musical no sentido de criar uma sensação de exclusividade, valorizando obras e produtos únicos de artistas:

“O fato é que usar uma tecnologia como a de criptomoedas para isso ajuda a reviver o conceito de escassez que tornou a arte “convencional” tão valiosa. Da mesma forma que um quadro de Picasso ou Van Gogh vale milhões por sua exclusividade, uma música ou uma arte exclusiva negociada como NFT pode repetir esse conceito de maneira digital graças à tecnologia que o protege e o torna único”, afirma o portal.

Em contraponto, essa exclusividade corre o risco de beneficiar apenas as pessoas mais ricas, que podem vir até a dominar algo que já é democrático e acessível a todos:

“O problema intrínseco a isso é justamente o mesmo dos quadros raríssimos: apenas pessoas muito ricas “entram na brincadeira”. Ainda assim, a ideia de que pessoas fora da indústria musical possam adquirir vídeos, fotos, entrevistas ou quaisquer outros materiais raros é definitivamente atraente e pode eventualmente ser traduzida de uma forma que a torne acessível, priorizando aqueles que chegam primeiro e não os que têm mais dinheiro”.

 

Imagem: reprodução

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