Com a popularização dos serviços de streaming, os artistas precisam inovar para se destacar entre o volume de novidades que são lançadas diariamente. Pensar em estratégias voltadas para as playlists temáticas nos serviços de streaming tem sido uma boa solução.

O Globo contou como artistas e gravadoras têm procurado se destacar nas playlists dos serviços de streaming misturando estilos e parcerias.
“Os crossovers têm ficado muito populares no mundo inteiro. Hoje, o conteúdo é o que manda. O digital acabou com a limitação do espaço físico e fez com que se pudesse ter muito mais subgêneros do que havia antes”, afirmou Paulo Lima, presidente da Universal Music que apostou em misturar a dupla Matheus & Kauan com a cantora Anitta (“Ao vivo e a cores”).
Guilherme Figueiredo, diretor de marketing e digital da Som Livre, também comentou sobre as novas tendências: ““Mentalmente”, faixa com Naiara Azevedo e Kevinho, foi bem em playlists completamente diferentes, de sertanejo e de funk, mas principalmente na de funknejo, que é uma novidade. Outro caso foi do “Energia surreal”, do Thiaguinho, um artista de “Hip-pop”(22 mil)”.
Segundo o diretor geral da Deezer, Bruno Vieira, os artistas têm seguido a política de lançar muitos singles antes de um álbum para sempre ter uma novidade nas playlists da semana. Como foi o caso da dupla Zé Neto & Cristiano. Eles decidiram “guardar as músicas para lançá-las juntas num álbum”. O resultado foi impressionante e hoje a dupla é a mais ouvida na Deezer Brasil, com quatro músicas no top 10.
“Mas o que aconteceu aí foi uma estratégia muito bem pensada com a gravadora e o escritório deles. Geralmente, um artista quando lança o álbum fica tendo que pensar em outras novidades para as semanas seguintes”, lembrou Bruno Vieira.
Recentemente, temos Pabllo Vittar. Seu lançamento “Não para não”, está em diversas listas diferentes. Além de ser álbum pop, há muitas influências de gêneros como pagode baiano, tecnobrega, carimbó e trap e parcerias com o sambista Dilsinho e Ludmilla.
Rodrigo Gorky, produtor dos álbuns de Pabllo, contou que durante a produção, não ouve intenção de estar em diferentes listas: “Não tivemos essa maldade de pensar em fazer músicas para diferentes playlists, mas é lógico que vem na cabeça que, se você está fazendo uma coisa aberta, atinge mais gente. Hoje em dia, as pessoas não escutam mais o gênero x ou y. Não dá mais para ser o Ramones”.
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Foto: O Globo/Divulgação