Spotify investe em podcast para ir além da música e virar líder em áudio

Nesta semana o Spotify anunciou que fará duas novas aquisições em empresas especializadas em podcasts. De acordo com a notícia publicada pelo portal do jornal Folha de São Paulo, o movimento indica o interesse do serviço de streaming em acelerar o investimento em conteúdo não musical e ganhar um novo público consumidor de rádio.

Está confirmado que o Spotify comprará a Anchor  e a Gimlet Media. Segundo o jornal, a Anchor é uma empresa fundada em 2015, responsável por criar um app capaz de simplificar a produção e a distribuição de podcasts. A empresa afirma hospedar 40% dos novos podcasts do mundo.

A Gimlet, é uma produtora de podcasts populares nos Estados Unidos. Foi co-fundada em 2014 por Alex Blumberg, conhecido por ser ex-produtor do famoso programa de rádio This American Life.

Não foram revelados os valores das transações, entretanto especula-se que a Anchor esteja avaliada em mais de US$150 milhões (cerca de R$ 560 milhões), já a Gimlet, acima dos US$200 milhões (R$ 740 milhões).

“O Spotify planeja fazer no ramo dos podcasts o que fez no da música, oferecendo curadoria, personalização e serviços de recomendação, além de desenvolver ferramentas para podcasters e recolher dados para eles”, afirmou a Folha.

A razão para tantos investimentos em empresas voltadas para os podcasts está na audiência engajada. Esse tipo de ouvinte passa duas vezes mais tempo ouvindo  podcasts e tendem a ouvir mais música, portanto o cancelamento de assinaturas tende a ser menor.

O Spotify está tão focado neste tipo de investimento, que seus investidores já afirmaram que US$500 milhões (mais de R$ 1,8 bilhão) serão investidos em múltiplas transações em 2019.

MARCA DE ROUPAS, YOUTUBE, NETFLIX: KONDZILLA QUER MUITO MAIS

A história de Konrad Dantas (30 anos) é uma das mais inspiradoras na música. Foi com muita vontade de fazer seu próprio trabalho e uma câmera na mão que hoje seu canal no Youtube, KondZilla, é o maior do Brasil e o do 3º maior canal de música do mundo.

Além de seu canal no Youtube, Kond fundou uma holding de comunicação, englobando a marca KondZilla Filmes e a KondZilla Wear, uma marca de roupas que espelha a cultura periférica. Há dois anos o produtor também possui um portal de comportamento.

“A música foi um meio mais rápido para conseguir viver com um pouco mais de conforto. Mas esse momento chegou. E como eu vou devolver isso para o universo? Como devolver isso para o público que apoiou nosso trabalho? A gente tem que entregar outro tipo de mensagem também. Minha missão de vida é contribuir para a transformação das pessoas. Ajudando elas a se transformar. Ser o meio para que elas se transformem.”, falou KondZilla à Huffpost Brasil em entrevista, sobre seu portal.

KondZilla chamou a atenção da Netflix e está prestes a lançar uma série sobre funk e periferia. A Orloff também quis Kond em seu time e anunciou que o produtor e empresário será seu diretor criativo.

“Ser diretor de cena é uma das minhas atividades. Ser empresário é uma das minhas atividades. Escrever roteiro é outra das minhas atividades. Acho que a atividade que consegue sintetizar isso tudo é ser diretor de criação”, disse KondZilla sobre o novo papel como diretor criativo.

 

Foto: instagram/@kond

Sony/ATV lidera o ranking das editoras com maior participação de mercado

A Billboard divulgou o ranking trimestral de participação de mercado das editoras de música.

Em primeiro lugar ficou a Sony/ATV Music Publishing, mantendo sua  liderança pelo quinto trimestre consecutivo. No quarto trimestre de 2018, a empresa registrou um mercado de 21,2% de participação – share. A editora se destacou por ter 56 músicas entre as 100 melhores nas rádios, incluindo o Maroon 5, na segunda posição com “Girls Like You”.

Terminando o trimestre com 18,93% de participação de mercado das editoras de música, a Universal Music Publishing Group ficou em segundo lugar. 52 de suas principais músicas estiveram no top 100 das rádios, entre elas o primeiro lugar com “Happier” de Marshmello e Bastille.

Com 38 musicas das 100 melhores, a Kobalt ficou na terceira posição. Enquanto isso,  a Warner/Chappell ficou em quarto lugar, sua participação de mercado subiu para 16,81%, de 14,51%.

A BMG conseguiu o quinto lugar. No quarto trimestre, a companhia tinha 24 músicas no top 100. A Billboard destacou o compositor Louis Bell, com seis colaborações no top 100, entre eles “Youngblood” do 5 Seconds of Summer e “Better Now” de Post Malone.

Imagem: Billboard

MC Kevinho ganha R$17 milhões em contrato com gravadora

Na sexta feira passada, Anitta e Mc Kevinho lançaram o clipe para a música “Terremoto”. O clipe já conseguiu desbancar o hit “Jenifer” de Gabriel Diniz, alcançando a marca de 27 milhões de visualizações no Youtube.

Kevinho tem chamado a atenção da indústria da música, tanto que assinou um contrato milionário com a gravadora Warner Music.

Segundo a coluna de Marina Caruso, do O Globo, o contrato teve o maior adiantamento da história da música brasileira: R$17 milhões.

“Terremoto”, teve como inspiração o clipe de “I’m still in love”, sucesso dos anos 2000 de Sean Paul e Sasha.

Apenas 17% das 100 músicas mais ouvidas foram feitas por mulheres em 2018

O portal da revista Rolling Stone divulgou uma pesquisa realizada pela USC (University of Southern California) sobre o envolvimento e presença de homens e mulheres na indústria fonográfica. Mais uma vez os resultados demonstraram que ainda há grande desigualdade no meio.

A contagem revelou que na lista das músicas mais tocadas da Billboard, a “Hot 100”, apenas 1 a cada 16 músicas foram compostas por mulheres em 2018, algo em torno de 17% de toda a lista.

A pesquisa também descobriu que entre os anos 2012 e 2018, entre os compositores, as mulheres somaram um total de 12,3%, e entre produtores apenas 2,1%. Foram avaliados todos os top 100 de cada ano, resultando em 700 músicas. Além disso, dos indicados ao Grammy entre 2013 a 2019, homens representam 89,6%.

Durante a pesquisa, foram entrevistadas 75 compositoras e produtoras e descobriu-se que  43% delas se sentiram menosprezadas por suas habilidades e 39% afirmaram ter sofrido com estereótipos e sexualização.

“Ser uma mulher é, por si só, uma barreira que impede a navegação” afirmou Stacy Smith, uma das autoras do estudo e fundadora do instituto responsável. Stone EUA.

Stacy revelou que pretende expandir sua pesquisa abordando empresárias e assessoras de imprensa para entender melhor como proporcionar igualdade no meio.

Estudo analisa a duração do sucesso de artistas brasileiros

Cada vez mais novas ferramentas surgem para contribuir na promoção de música de artistas. Entretanto, é impossível criar estratégias de marketing sem mensurar o desempenho de audiência. Sabendo disso, a empresa de monitoramento e inteligência musical, Playax analisou o desempenho de audiência de artistas como MC Loma, Pabllo Vittar e Gilberto Gil e indicou índices que podem auxiliar nas estratégias de marketing.

De acordo com a análise, há vários modelos de sucesso a serem adotados para avaliar a audiência de um artista. Para  a análise foram adotados as “subidas fugazes”, “contínuas”, “irregulares”, “carreiras estáveis” e “em queda.

“Foram consideradas execuções de todas as músicas dos artistas no Spotify, no YouTube e em rádios ao longo de 2018. A empresa também criou um índice consolidado, que faz uma média da evolução das execuções nos três meios (IAM – índice de audiência musical)”, informou o G1.

MC Loma  – Modelo ‘ascensão e queda’: os gráficos indicaram que apesar do grande sucesso no Carnaval, outros lançamentos não tiveram o mesmo impacto.

“Outros lançamentos da artista até o momento não foram capazes de sustentar sua carreira. Se a meta é estar nas primeiras posições do ranking, um hit é essencial, mas sem uma estratégia de sustentação o artista pode morrer na praia”, informou o relatório da Playax.

Vale lembrar que a cantora teve problemas com seus empresários e com a Vara da Infância, o que pode ter impactado em sua carreira e audiência. Entretanto, a cantora ainda possui muitos seguidores nas redes sociais, o que contribui para que seu sucesso não termine.

Ferrugem – Modelo ‘crescimento contínuo’: este modelo parece ser bem aproveitado pelo pagodeiro Ferrugem. Os gráficos indicaram crescimento constante, porém quedas nas execuções ao longo de 2018.

“Planejamento de carreira, investimento em marketing, execução maciça em rádio, participação em programas de TV e parcerias com artistas populares são alguns dos estímulos que impulsionaram o artista”, informou o relatório. “A tendência para 2019 ainda é de crescimento”, indicou a Playax para o artista.

Mano Walter – Modelo ‘escada’: Neste modelo o artista realiza um lançamentos e faz ações para divulgar seu trabalho durante um maior período de tempo.

“Diferente do crescimento contínuo, neste modelo vemos períodos de consolidação seguidos de picos de audiência e o retorno a um patamar maior. O exemplo de 2018 é Mano Walter, que teve lançamentos bem-sucedidos e esforços de marketing coordenados desde o fim de 2017”, descreveu o relatório.

Melim –  Modelo ‘do zero ao topo’: Modelo similar ao crescimento contínuo, porém os gráficos indicam que o grupo alcançou o seu limite de audiência.

“Nos serviços de streaming, passou de uma média mensal de 2 milhões de plays em janeiro para 89 milhões em novembro e, desde então, mantém essa média”, analisou a empresa.

Gilberto Gil – Modelo ‘estável’:  “Este movimento é mais fácil de ser explicado e previsto: são artistas com carreiras consolidadas e repertório já bem conhecido e grande. Gilberto Gil , mesmo tendo lançado um novo disco em agosto de 2018, apresenta um gráfico linear, descreve a Playax. A execução não chega a picos como o dos outros artistas aqui, mas também é mais garantida que a dos colegas”, informou o gráfico.

Pabllo Vittar – Modelo ‘queda contínua’: este modelo indica um saldo negativo, porém com quedas menores que os outros modelos.

“Queda na popularidade é comum aos artistas em momentos de poucos shows ou nenhum lançamento, mas é um ponto de atenção quando essa queda se repete por meses consecutivos”, indicou a Playax.

O G1 lembrou que nesta semana, Vittar lançou um novo clipe para a música “Seu Crime”, que logo ganhou 500 mil views em 3 horas. Com certeza, o gráfico apresentou alterações no nível de audiência da artista.

Todos os gráficos estão disponíveis na matéria do G1.

Foto: MC Loma (divulgação)

NO BRASIL, ARTISTAS RECEBEM QUASE R$1 BILHÃO EM DIREITOS AUTORAIS

O portal Amazonas Atual publicou uma notícia revelando os últimos números da distribuição de direitos autorais na música. Cinema e Streaming são os segmentos de maior crescimento no país.

De acordo com o portal, R$971 milhões foram distribuídos em direitos autorais para autores, artistas e associações.

Houve uma aumento de 25% da quantidade de beneficiados, ou seja, em 2018 foram 326 mil compositores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras remunerados. Além disso, 66% do valor total foi repassado ao repertório nacional, o que, segundo o portal, contribuiu para o fortalecimento da indústria musical brasileira.

Após acordos com grupos como a Abraplex, representante das redes UCI, Cinépolis e Cinesystem, o Cinema foi o segmento líder na distribuição de direitos autorais, um crescimento de 400%.

Os acordos entre o Ecad e associações de música com as plataformas de streaming, como a Netflix e o Youtube, fizeram com que a distribuição de direitos aumentasse em 72% no segmento.

Com relação aos direitos conexos foram repassados 23,6% do montante e 76,4% foram repassados aos titulares de direitos de autor.

Vale destacar a cantora e compositora Marília Mendonça (“Infiel”), que lidera a lista dos compositores de maior rendimento, principalmente nas plataformas de streaming de música.

Glória Braga comunica saída da Superintendência do Ecad

O Ecad anunciou a saída de sua Superintendente Executiva, Glória Braga. Segundo a organização, a decisão foi tomada pela executiva em conjunto com as associações de música.

Até o final de 2019 haverá um processo de transição para a escolha de um novo gestor da entidade e definição de novos desafios.

“Administrar o Ecad foi o maior desafio da minha vida profissional. Agradeço a confiança das associações de música, autores e artistas. Me sinto extremamente gratificada pelos resultados alcançados e com um sentimento de missão cumprida.”, afirmou Glória Braga.

 

Foto: Ecad

Apple Music oficialmente atinge 50 milhões de assinantes

O Financial Times divulgou nesta semana o relatório financeiro da Apple, onde confirmou que seu serviço de streaming de músicas, Apple Music, chegou aos 50 milhões de assinantes.

Segundo o portal sobre finanças, o movimento das festas de fim de ano contribuiu para que a empresa chegasse ao número.

Segundo o Digital Music News, além de ser lançado em tablets Android, o Apple Music também anunciou uma grande parceria com a American Airlines. A partir de sexta-feira, os assinantes da Apple Music podem acessar sua biblioteca em vôos domésticos da companhia aérea com o Wi-Fi, via satélite da Viasat.

Outra novidade anunciada são as parcerias com a Amazon e a Verizon Wireless.

Falando sobre os resultados financeiros da Apple, sua receita do último trimestre ficou em US$84,3 bilhões, um declínio de 5% ano a ano.

Ressaltando o enfraquecimento das vendas do smartphone, a receita do iPhone caiu 15%. Enquanto isso, a receita de todos os outros produtos e serviços cresceu 19%.

A receita de serviços – Apple Music, iTunes, iCloud, etc. – atingiu o recorde histórico de US$10,9 bilhões, um aumento de 9% ano a ano.

Soundclound se renova em 2017 e arrecada US$102 milhões.

As receitas globais do SoundCloud, em 2017, atingiram 90,7 milhões de euros (US$102 milhões), aumentando 80% em relação aos 50,3 milhões de euros em 2016. Dentro desse valor, as receitas de assinaturas quase dobraram para €72,6m, um amento de 89% com relação a 2016, €38,4m em 2016.

O Soundcloud conseguiu reduzir o prejuízo em suas contas em 27%, um total de €51,4 milhões (US$58 milhões). No mesmo período, em 2016, o tamanho do prejuízo chegou a €70,5 milhões.

Segundo o MBW, esses números refletem um ano de transformação na empresa. No verão de 2017, o SoundCloud recebeu US$170 milhões em uma rodada de financiamento por duas empresas, a Temasek, de Cingapura, e a The Raine Group, dos EUA.

2017 também foi o ano em que Kerry trainor, ex-executivo do Vimeo foi escolhido como novo CEO da plataforma. A empresa teve que fechar escritórios em Londres e São Francisco e eliminar 40% de sua mão de obra.

“Desde o financiamento de agosto de 2017 e ao longo de 2018, o SoundCloud tomou medidas significativas para melhorar sua saúde financeira, incluindo a retirada de todas as dívidas pendentes, reduzindo certas despesas operacionais fixas e fluxo de caixa, melhorando seus processos de recebimento e renegociação, contratos de titulares de direitos”, informou o relatório.

Essas mudanças melhoram a situação financeira da empresa que agora possui novas estratégias como continuar crescendo, criando novas ferramentas para que os criadores possam compartilhar e promover seu conteúdo e criar melhores experiências para os usuários.

A SoundCloud terminou o ano de 2017 com 214 funcionários e já informou que bateu a meta de seu plano de crescimento em 2018. Além disso, já foram divulgadas parcerias importantes com o Pandora nos EUA e a Global Radio/DAX, no Reino Unido.