Representatividade feminina na música brasileira: Apenas nove mulheres estão na lista dos cem maiores arrecadadores de direitos autorais

A UBC publicou o segundo relatório do projeto “Por elas que fazem a música”, sobre a representatividade feminina na música, fazendo um mapeamento das diferenças entre os gêneros na indústria.

O número da representatividade feminina na música brasileira continua baixo. Segundo  o relatório, em 2018, entre os 100 maiores arrecadadores da associação, apenas 9 são mulheres. Do total arrecadado em direitos autorais, 91% são destinados a homens.

Com relação ao número de associados da UBC, apenas 14%  são mulheres. Se forem avaliados os membros ativos nos últimos três anos, esse número cai para 13%. Mesmo assim, o número  de associadas cresceu de 13% para 15%, em 2018.

No quesito rendimentos como intérpretes o número de mulheres representa 25,1%, enquanto homens 13,5%. Como compositores, ambos os sexos faturam mais: 76,5% para homens e 65,3% para mulheres.

Elisa Eisenlohr , coordenadora de comunicação da UBC, disse ao Globo que os dados revelados são um reflexo de um contexto social ainda maior. Ela afirmou que a pesquisa deve continuar sendo realizada anualmente.

“Estamos fazendo nossa parte ao incitar esta discussão, embora não possamos escolher o que toca nas rádios”, disse a coordenadora.

O Globo destacou que a representatividade feminina na música tem sido bastante discutida do mundo inteiro. Tanto que durante a ultima cerimônia  do Grammy foi marcada por protestos contra o “abuso, o assédio e a subestimação da capacidade das mulheres”.

“Se você tem uma filha mulher, não force balé, nem nada supostamente mais feminino. Aprender um instrumento é algo maravilhoso, mesmo que você queira ser advogada no futuro. Música é pra todxs, e isso é fundamental. Tive aula de música no colégio e isso mudou tudo. Depois estudei piano, e mais tarde violão. Houve estímulos dos meus pais para isso, e sou muito grata. Vejo uma nova cena de compositoras e instrumentistas, e fico muito feliz”, contou a cantora e compositora Letrux ao portal, afirmando que o percentual de arrecadação das mulheres pode aumentar.

 

Foto: Arte da Lari Arantes/O Globo

Estudo no Brasil explica os efeitos da música no cérebro

O portal Nexo entrevistou a pesquisadora Patrícia Vanzella­­­. Ela é coordenadora de um projeto que estuda os efeitos da música no cérebro.

Apesar de já existirem estudos relacionados aos efeitos da música no cérebro no exterior, aqui no Brasil é a primeira vez que há um aprofundamento na área.

“É um pouco como estudar como o ser humano evoluiu e como ele funciona”, disse Vanzella ao portal.  A pesquisadora que  coordena o projeto Neurociência e Música da UFABC (Universidade Federal do ABC), explica que a música é uma base para a pesquisa de processos neurológicos, afinal “ela envolve uma série de funções mentais que a gente usa em outros domínios, como memória, atenção, planejamento motor e sincronização”, explica.

Segundo Vanzella, o projeto fundando em 2015, faz parte do Núcleo Interdisciplinar de Neurociência Aplicada da UFABC. É o único do gênero no país, e desenvolve também várias atividades de ensino, pesquisa e extensão.

“A música  é uma coisa que a gente costuma pensar do ponto de vista das ciências humanas, como produto cultural. Mas o impulso de fazer música é universal, caracteriza o ser humano assim como a linguagem, o falar.”, cita a coordenadora do projeto.

Segundo o Nexo, o estudo os efeitos da música no cérebro tem sido usado para fins terapêuticos, reabilitação neurológica de certos casos de demência e doença de Parkinson. Além de auxiliar no tratamento de limitações cognitivas, motoras e sociais em crianças com dislexia ou autismo.

“A música facilita a comunicação em pacientes com transtorno do espectro autista, a música também diminui ansiedade, pois diminui o nível de cortisol [hormônio do stress], pode ajudar na recuperação de funções cognitivas e motoras em pacientes que tenham tido AVC. Tem terapias baseadas na estimulação musical, como uma chamada melodic intonation therapy. Quando há uma área danificada no cérebro, por um processo de neuroplasticidade outra área pode eventualmente assumir a função que foi prejudicada pelo AVC, por exemplo”, explicou Vanzella.

Além de descobrir como a música pode auxiliar em tratamentos terapêuticos, o estudo também revelou porque ficamos felizes ou tristes ao ouvir uma canção:

“Alguns aspectos acústicos parecem ser universais. Outros são nitidamente culturais, de acordo com a música que você escuta. Por exemplo, algo que você ouve desde pequeno você vai associar com uma determinada emoção. Entre os aspectos acústicos comuns estão o andamento da música: mais rápido, em geral, passa uma sensação de música alegre, ou mais triste quando o andamento é mais lento. Intensidade é outro aspecto: quando a música é mais forte, mais agitada, ela é percebida como alegre. Entre diferentes aspectos culturais, por exemplo, há os modos maior e menor [sistema de classificação de escalas musicais]. A gente associa normalmente o modo maior com música alegre e o menor com música triste”, revelou a pesquisadora.

 

Foto: MARKO JURICA/REUTERS

Xvideos está sendo usado para filmes derrubados do Youtube

Segundo o portal Hypeness, vários usuários tem compartilhado filmes de maneira ilegal no portal de conteúdo adulto Xvideos.

Por lá está cada vez mais fácil encontrar filmes como Bohemian Rhapsody, Liga da Justiça, Doutor Estranho e Extinção, entre outros. Tudo na íntegra e de alta qualidade. Mas não somente filmes, séries e animes também estão sendo compartilhadas no site.

“Pra quem acha que a pornografia está dominando o mundo, eis uma notícia surpreendente: é o cinema dito “sério” que agora parece estar invadindo o universo da pornografia”, informou o Hypeness.

 

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Cobrança de taxa de conveniência na venda de ingressos pela internet se tornou ilegal

Cobrar taxa de conveniência na venda de ingressos online se tornou ilegal no Brasil. A decisão foi tomada na terça-feira (12), pela Terceira Turma do STJ e é válida para todo território nacional.

De acordo com o G1, empresas terceirizadas e especializadas na venda de ingressos costumam cobrar valores de 15% do valor do ingresso em taxa de conveniência. A prática não será mais aceita.

O pedido veio da Associação de Defesa dos Consumidores do Rio Grande do Sul contra a empresa Ingresso Rápido.

Os ministros votaram de forma unânime e entenderam que a conveniência ao vender um ingresso antecipado pela internet é de quem produz ou promove um determinado evento, e não do consumidor. Repassar o custo ao consumidor é o mesmo que realizar uma “venda casada”.

Além disso, ficou determinado que as empresas deverão devolver todas as taxas de conveniência cobradas nos últimos cinco anos.

“Mesmo pagando a taxa de conveniência pela venda do ingresso na internet, o consumidor é obrigado a se deslocar ao ponto de venda, no dia do espetáculo ou em dias anteriores, enfrentando filas, ou a pagar uma taxa de entrega”, afirmou a relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, no recurso a Associação de Defesa dos Consumidores do Rio Grande do Sul.

“A venda pela internet, que alcança interessados em número infinitamente superior do que a venda por meio presencial, privilegia os interesses dos produtores e promotores do espetáculo cultural de terem, no menor prazo possível, vendidos os espaços destinados ao público e realizado o retorno dos investimentos”, explicou a ministra.

Por enquanto, o STJ não informou como será o processo de devolução dos valores cobrados nos últimos cinco anos. A decisão ainda cabe recurso própria turma e ao Supremo Tribunal Federal.

 

 

Foto: Pixabay

KONDZILLA ASSINA MÚSICA E CLIPE DE MARCA DE BEBIDAS

A produtora e maior canal do Youtube no Brasil Kondzilla, criou uma música com exclusividade para a marca de bebidas “ready to drink” Syn Ice.

“Só vai” foi produzida pela KondZilla, com o DJ RD e o MC MM. A música estará no canal da produtora no Youtube, tocará nos shows dos artistas e terá várias ações ao longo do ano com mídia digital, redes sociais, ações com influenciadores e nos PDVs.

De acordo com o portal Adnews, a agência Peppery escolheu a produtora Kondzilla para atingir o público jovem-adulto.

“Com este lançamento, fortalecemos a proposta de valor de SYN ICE: produtos saborosos e acessíveis a todos os brasileiros. Nada como inovar com o drink que está em moda no momento”, disse Anna Speroni, gerente de marketing da Arbor, fabricante brasileira de outras marcas como Catuaba Selvagem e Cerveja Therezópolis.

“Buscamos cada vez mais estreitar laços com marcas relevantes para o mercado e que tenham o público jovem como centro, por isso estamos muito otimistas com essa parceria”, afirmou Roberto Severo, Diretor Comercial da KondZilla.

Scott Cohen é o novo Diretor de Inovação da Warner Music

A Warner Music anunciou que Scott Cohen, co-fundador da distribuidora The Orchard, assumirá o cargo de Diretor de Inovação de Música Gravada. Uma área pouco vista no mercado.

Segundo a Billboard, Scott Cohen ajudará a Warner Music a traçar um curso, de longo prazo, na intersecção de música, tecnologia, e cultura.

Após criar sua empresa há 22 anos, Cohen anunciou sua aposentadoria. A The Orchard surgiu como um meio de apoiar músicos independentes que vendem suas músicas para um público mainstream. Em 2003, a distribuidora entregou o maior catálogo de músicas independentes para o iTunes. Um ano depois, tornou-se a primeira distribuidora indie digital alcançando a marca de 1 milhão de downloads pagos. Após ser adquirida pela Sony em 2015, a empresa se juntou com a  RED, operando sob a marca Orchard, e se tornou a maior distribuidora independente do mundo.

Atualmente, Cohen é palestrante, além de promover novos modelos de negócios para a era digital, incentivando o desenvolvimento em realidade aumentada, realidade virtual, blockchain e inteligência artificial. Ele também é co-fundador da empresa CyborgNest, que explora a interface da inteligência biológica e digital.

“O que me atraiu na Warner foi a sensação de que Max [Lousada] e sua equipe estão construindo um ambiente onde idéias originais podem florescer. A Warner está singularmente posicionada para adotar uma abordagem ágil, mas baseada em princípios, para aumentar o universo de oportunidades para a música “, disse Cohen sobre o novo desafio.

Prefeitura vai pagar R$ 2,8 milhões devidos a artistas por direitos autorais

A prefeitura de Salvador anunciou que realizou um acordo com o Ecad para quitar a dívida que chega a mais de R$2,8 milhões.

Segundo o BahiaNotícias.com, o acerto da dívida em direito autorais foi divido em 12 parcelas, além disso será cobrado um percentual de 5% por cada atração contratada, valendo a partir desse Carnaval.

O secretário de Cultura e Turismo da prefeitura, Cláudio Tinoco, informou que o Ecad retirou todas as ações judiciais contra a prefeitura realizadas desde 2013.

“Esse acordo servirá de marco para outras gestões que virão. O Ecad aceitou nossa proposta de aprovar esse percentual de 5% e a partir de agora sempre haverá um pagamento de direitos autorais”, finalizou Tinoco.

Vale lembrar que a notícia da dívida em direitos autorais pela prefeitura de Salvador causou grande repercussão e protestos de músicos, o que resultou em uma campanha nacional com artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Nando Reis.

Amazon, Google, Pandora e Spotify se unem contra medida que aumenta remuneração de compositores. Apple Music fica de fora.

Segundo o portal MacRumors, o Spotify, o Google, o Pandora e a Amazon  se uniram contra o aumento de 44% na remuneração sobre royalties de compositores, determinada pelo Copyright Royalty Board (CRB). Os serviços de streaming, alegaram que a decisão pode prejudicar tanto os licenciados de música quanto os detentores de direitos autorais:

“O Copyright Royalty Board (CRB), em uma decisão dividida, emitiu recentemente as taxas estatutárias mecânicas dos EUA de uma maneira que levanta sérias preocupações processuais e substantivas. Se deixado de lado, a decisão do CRB prejudica tanto os licenciados de música quanto os proprietários dos direitos autorais. estamos pedindo ao Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito DC para rever a decisão “.

Curiosamente, a Apple não entrou na disputa comercial. De acordo com o portal Variety, isso aconteceu porque a empresa de Cupertino não possui versão gratuita. As organizações de compositores ficaram felizes por isso e elogiaram a Apple, ao mesmo tempo em que condenaram os outros serviços de streaming.

David Israelite, CEO da National Music Publishers, disse que o Spotify, Pandora, Google e Amazon são “valentões da tecnologia”, que não respeitam e valorizam os compositores que tornam seus negócios possíveis.”

Israelite também agradeceu a Apple Music por não participar da briga e por “continuar sendo amiga de compositores”.

Kondzilla contrata CMO e diretor comercial

A produtora KondZilla anunciou que está passando por um processo de reestruturação de sua equipe, com a contratação de Roberto Severo na liderança do núcleo comercial,  e André Izidro, como CMO.

De acordo com o portal Meio & Mensagem, em 2018, a produtora já havia escolhido Fábio Trevisan como CEO.

“Severo passou por grandes canais de mídia como MTV Brasil, SBT, Editora Abril, Vevo e Vice. Já Izidro tem passagens por empresas como TV Globo, Oi e Som Livre”, informou o portal falando sobre o currículo dos novos executivos.

Com a reestruturação o fundador, Konrad Dantas, deve se dedicar mais ao processo criativo da Kondzilla, já que assumiu o cargo de direção artística da marca Orloff e terá uma série na Netflix, Sintonia.

“Estamos montando um time com os melhores profissionais de cada área e essa estruturação faz parte do nosso planejamento para atender ao mercado de forma ainda mais sólida, tanto no segmento de clipes, quanto na expansão para novos negócios e formatos de conteúdo”, afirmou o CEO Fabio Trevisan.

Rapper de 16 anos disputado por gravadoras recusa contrato de US$ 3 milhões

NLE Choppa, é um daqueles casos de artistas que se tornam virais do nada. O garoto de 16 anos publicou um vídeo com seus amigos dançando uma música de hip hop que ele mesmo escreveu. Em duas semanas, o clipe alcançou 300 mil visualizações e atualmente passou a casa de 15 milhões.

O hit de Choppa,”Shotta Flow”, ainda não chegou no Brasil, mas o rapper chamou a atenção por um outro motivo. Ele recusou ofertas que chegaram de US$3 milhões de gravadoras como Republic, Interscop e Caroline, não porque está extremamente confiante no seu talento, mas para proteger seus direitos autorais.

De acordo com O Globo, Choppa assinou com a UnitedMasters, pois na distribuição de músicas em serviços digitais como o Spotify, os royalties são divididos e o artista mantém a propriedade de suas canções. Com apenas 3 faixas nas plataformas, o rapper possui 841.761 ouvintes mensais.

“Ele percebeu que, mantendo os direitos e fazendo a distribuição, ganha dinheiro com o Spotify e com a Apple Music, além de ter a sua música crescendo no Youtube. Para que ele precisa de uma gravadora?”, afirmou Steve Stoute, dono UnitedMasters, à Billboard.

 

 

Foto:  Reprodução Instagram